Poder

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 22h04min de 7 de Setembro de 2021 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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"Devido ao mecanismo da funcionalidade, uma sociedade dominada por relações funcionais tende a substituir a autoridade pelo poder. Geralmente se entende por poder a força material à disposição de um sujeito. No entanto, poder nem sempre possui natureza material e nem toda força material é poder. A Essência do poder é o "eu posso" da subjetividade. Trata-se de uma determinação metafísica que reduz toda realidade à objetividade, e toda interioridade, à subjetividade. No âmbito do poder não pode haver mistério" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Poder e autoridade no cristianismo". In: --------. Aprendendo a pensar I. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2008, p. 225.

2

"Pensando de modo mais originário, querer significa essencializar, dar Essência. Esse querer é que constitui a própria Essência do poder" (1). Em nota, o tradutor Emmanuel Carneiro Leão, diz: "...solches Moegen ist das eigentlich Wesen des Vermoegens...: o verbo moegen, que significa querer e gostar, possui um derivado, ver-moegen, que diz poder. Heidegger determina a Essência própria de ver-moegen (poder) e de moeg-lich (possível), pelo sentido originário de moegen (querer). Querer é poder" (2).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: 1967, p. 29.
(2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. (Nota 14), in: HEIDEGGER, Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: 1967, p. 29.

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"Muitos foram os pensadores que não titubearam em assumir posições, muitas vezes, como geralmente acontece, avaliando os riscos, pois o poder entificado é bem mais perigoso e traiçoeiro do que se pode imaginar. Mas nenhuma avaliação tem o poder de prever os meandros do poder e suas finalidades, geralmente dissimuladas" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In: --------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p.20.

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"Devemos, sim, dizer aos pequenos: o impossível pode acontecer. E isso não será apenas uma fantasia inócua ou uma falsa esperança. Aqueles que reduzem a fantasia à mentira ignoram seu poder de criação" (1)


Referência:
(1) CASTELLO, José. "A presença da ausência", crônica. In: O Globo, Segundo caderno, "Prosa": 22-11-2014, p. 5.

5

"O poder do vocabulário é funcional e operativo. É por isso que todo vocabulário, nesse sentido, gera um “ismo”. E nem se nota que o próprio mundo real se esvai e se retrai nos interstícios dos vocabulários. É que o vocabulário não passa, a essa altura, de uma representação da realidade. Portanto, como falar ainda da realidade? É aí que aparece a questão do mistério. Eis algo complexo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte, vocabulário e mundo". In: ------------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 245.

6

"Neste sentido, to khaos, o caos, é o poder, em si mesmo, indeterminado e indeterminável, mas determinante de qualquer determinação ou indeterminação. Nestas condições, o sentido grego de kháos remete sempre, em toda experiência de ser e realizar-se, para a conjugação das três dimensões ou poderes da realidade, que, na grande época de sua criação, os gregos pensaram em palavras e em mármore:
1o. o caos está aquém de toda ordem e/ou desordem de qualquer tipo, natureza ou nível;
2o. o caos é a possibilidade, em sentido incoativo de possibilitar, i.é, dar e/ou tirar o poder de ser, de toda discriminação e de toda indiscriminação;
3o. o caos é o princípio de conservação e continuidade para toda diferenciação e/ou indiferenciação" (1).
No meu entender, para o 1o. temos o Nada; para o 2o. temos o Diferenciar ou, em grego, krinein, julgar, criticar; para o 3o. temos o Perdurar, o Universal, ou seja, é o princípio de identidade.


Referência:
- Manuel Antônio de Castro
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O sentido grego do caos". In: --------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 38.

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"No e pelo pacto, Riobaldo nos joga no horizonte de um outro agir, fundado no poder do sagrado: é o agir poético do amor. Por isso, a memória será memória do amor. É o amor como memória que orientará e fundará todo o poder de agir e conhecer de Riobaldo, porque será o poder de ser do sertão que dará sentido e destino ao agir do homem, ou seja, o poder de amar, pois aí, poder é energia do amor, energia amorosa. E agir será agir do amar, plenamente verbo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Pacto: a poética do amor". In: -----. www. travessiapoetica. Blogspot.com.2017.

8

A pólis grega significa um modelo de estruturação social. O estruturar diz do juntar, agregar com ordem, do ordenar (de onde se pensa o construir, o instruir etc.). A face visível da ordenação se dá como instituição (in + stare), ou seja, a emergência do "lugar de um grupo social" como espaço e tempo tem a sua face visível nas instituições. Estas têm no poder a força de sua vigência. É um poder que não lhes é externo, mas que brota do vigor das instituições, enquanto força de estruturação do "lugar de um grupo social". À gerência, à administração desse poder se dá o nome de política. A política é, pois, a arte da mediação dos homens entre si e do "lugar do grupo social". Este lugar os gregos denominaram polis. E à realização nela e com ela os romanos denominaram cidadania.


- Manuel Antônio de Castro

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O poético é a presença vigorante do mítico. Devemos, por isso mesmo, ter sempre em vista a questão em que as diferentes realizações míticas se moviam. O poder não é nem foi, nas origens, um poder determinado por um sistema de relações e funções. Qualquer explicação dialética neste caso é uma extrapolação lógica. O poder é o próprio acontecer da realidade. Aliás como é até hoje. O poder das relações sócio-econômicas e das conquistas técnicas é de outra natureza, isto é, de outra procedência. E de outro alcance. Por isso, haverá também um poder inerente à arte. Que poder misterioso é esse? É o poder originário, esse que nenhum sistema pode ter nem dar nem aplicar nem tornar Lei. É o poder ético e, portanto, ontológico.


- Manuel Antônio de Castro.

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"... o que se chama de ciência ocidental europeia determina também, em seus traços fundamentais e em proporção crescente, a realidade na qual o homem de hoje se move e tenta sustentar-se. Meditando o sentido deste processo, percebe-se que, no mundo do Ocidente e nas épocas da sua história, a ciência desenvolveu um poder que não se pode encontrar em nenhum outro lugar da terra e que está em vias de estender-se por todo o globo terrestre" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. “Ciência e pensamento do sentido”, Trad. Emmanuel Carneiro Leão: In: -----. Ensaios e conferências. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002, p. 39.

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"O poder inerente a toda liberdade radica em um poder mais radical, inerente ao que é o poder do poder falar, ou seja, da linguagem. O poder é a fonte do querer como possibilidades. Por outro lado, o querer é já desde sempre o vigorar do poder de toda e qualquer possibilidade. Toda autoridade que não oprime, mas liberta, se funda no poder que advém do vigorar do ser e jamais de um sujeito ou sistema, seja ele qual for" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: --------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 272.

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"A cultura moderna ganhou um caráter econômico. Sobretudo nos países que fazem dela um soft power, instrumento de influência através do consumo global. Países como os Estados Unidos exercem seu poder internacional graças ao poder de sua cultura espalhada pelas nações de todos os continentes. Através da produção cinematográfica, uma de suas mais poderosas armas, os americanos vendem ao mundo seus produtos, desde geladeira e automóvel até a própria forma de viver" (1).


Referência:
(1) DIEGUES, Cacá. "Cultura como economia". In: Jornal O Globo, 1o. Caderno, p.3, Segunda-feira, 20-08-2018.

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"O Universo não pode existir sem a habilidade de replicar, isto é, reproduzir. O touro selvagem, que é um símbolo quase universal de poder sexual, simboliza a força livre e a fertilidade. Os touros são conhecidos por sua sexualidade, pois um único animal pode emprenhar um rebanho inteiro. Sendo assim, o touro selvagem é símbolo da energia sexual descontrolada" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "Nosso Objetivo na Terra". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 138.

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"O sistema psicológico egípcio baseia-se na presença de 12 centros de poder. Uma vez a cada duas horas diurnas ou noturnas, um destes centros atinge o pico das atividades, devido à passagem de Ra, o sol do sangue, e, em seguida, retorna a adormecer. As alterações das energias solares vermelha e branca, nas áreas onde os doze poderes permanecem adormecidos nos órgãos do corpo, são resultado do ritmo cósmico. Esta atividade ocorre doze vezes ao dia. Doze também é o número de signos zodiacais do Grande Ano" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.

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"Os textos egípcios afirmam que o caos anterior à criação possuía características que se identificavam com quatro pares de forças/poderes primordiais. Cada par representa os gêmeos primitivos de gêneros dualistas - o aspecto masculino/feminino. Os quatro pares equivalem às quatro forças do Universo (a força fraca, a força forte, a gravidade e o eletromagnetismo)" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "A Estabilidade dos Quatro". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 47.

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Geralmente emprega-se a palavra numinoso quando se quer nomear algo referente ao sagrado. Numinoso origina-se da palavra latina: Numen, numinis. Tem diversos significados (1). Exemplos: ordem, vontade, permissão, vontade divina, onipotência divina, divindade, estátua de uma divindade, poder divino, inspiração divina, oráculo, majestade. Num ditado famoso fica bem evidente o poder e a vontade divinos: " Nihil sine Dei numine geritur: Nada se faz sem a vontade divina. Vontade implica poder. Porém, não podemos confundir o poder e a vontade das forças divinas com o poder e a vontade da razão humana, da consciência humana. Essa diferença é essencial para compreender todo o poder do Destino e a impotência humana diante dele. Este jamais significa uma força cega e do acaso. Acontece que o alcance do poder da vontade humana fundada na razão é impotente para alcançar o âmbito do poder e da vontade divinos. Na literatura, um exemplo clássico é o personagem Édipo, da tragédia de Sófocles: Rei Édipo. Estas observações são importantes para compreendermos o alcance e limites da psicanálise, sobretudo a freudiana, que se fundamenta no poder da razão humana somente. Por isso Jung, mais aberto ao mistério da alma humana ou psique, criará o conceito de arquétipo. Diante disso tudo, só podemos afirmar o poder das obras de arte e o seu mistério. Qualquer teoria racional que as queira abarcar, classificando-as, se torna limitada e insuficiente. Por isso, é essencial se pensar uma Poética, no lugar de uma mera Estética racional e conceitual, que se mova somente nas questões e não nos conceitos racionais.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) KOEHLER, Pe. H., S.J. Dicionário Escolar Latino - Português. Porto Alegre, Editora Globo, 1957, p. 543.

17

"Mas contra os sentimentos ninguém pode fazer nada, estão aí e escapam a qualquer censura. Podemos nos censurar por um ato, uma palavra pronunciada, não podemos nos censurar por um sentimento, simplesmente porque não temos nenhum poder sobre ele" (1).


Referência:
(1) KUNDERA, Milan. A identidade, trad. Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca. São Paulo: Companhia de Bolso, 2009, p. 33.

18

"Mas como poderás ser onipotente se tu não podes tudo? Como poderás ser onipotente desde que não é possível a ti nem morrer, nem mentir, nem fazer com que o verdadeiro se transforme em falso? Salvo se poder fazer coisas desta espécie não é potência, mas verdadeira impotência, pois quem pode fazer coisas assim, tem a possibilidade de fazer, evidentemente, coisas funestas e contrárias ao dever e, quanto mais tiver poder para fazê-las, tanto mais o mal e a perversidade adquirem força sobre ele e tanto menos ele consegue resistir-lhes. Quem tem, portanto, semelhante faculdade não possui o poder, mas o não-poder" (1).
Fica claro que nesta passagem, Santo Anselmo está discutindo os atributos de Deus, horizonte da sua existência, que é a questão central da sua obra Proslógio. Note-se bem que, no fundo, ele está pensando aqui a essência do mal. E torna-se essencial pensar esta questão. O pensamento de Santo Anselmo traz uma grande contribuição para apreendermos a essência do mal.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) ANSELMO, Santo. Proslógio. In: Os Pensadores. Santo Anselmo - Abelardo. São Paulo: Abril Cultural, 2. e., 1979, p. 106.

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"Numa sociedade anônimaentre os escalões uma relação de poder. Em razão da hierarquia das funções, um determinado status "pode mais" do que outro. O poder do gerente se liga à função do cargo, independente da pessoa que o ocupa. Para uma instituição o ideal seria uma empresa, cujos cargos fossem puras funções. É sempre o Mistério da pessoa que atrapalha a eficiência da funcionalidade" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Poder e autoridade no cristianismo". In: --------. Aprendendo a pensar I. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2008, p. 225.

20

E Cristo só lhe diz coisas estranhas. Aberto para o extraordinário, mas ciente do seu aparente poder, Pôncio Pilatos lhe diz que tem o poder de o inocentar ou condenar (Cristo lhe fora entregue pelos sacerdotes judeus). E escuta a contraditória resposta de que nenhum poder teria se não lhe fosse dado pelo alto. Perplexo, lhe pergunta em seguida, quem ele era. E nova perplexidade: - Eu sou o caminho, a verdade e a vida. O caminho, é evidente, é o percurso que se faz para realizar a vida. Todos os nossos empenhos se fazem tendo em vista o Penhor: a Vida. Mas que caminho então seguir? Só há um: a verdade. Caminho, verdade e vida são um e o mesmo.


- Manuel Antônio de Castro.

21

Toda verdade é portadora de um poder.


- Manuel Antônio de Castro.

22

"O poder que Eros possui é múltiplo, imenso, talvez universal, mas é quando ele procura o bem nos caminhos da sabedoria e da justiça, seja em nós, seja nos outros deuses, que Eros manifesta o seu poder e nos oferece a completa felicidade, tornando-nos capazes de viver em sociedade, permitindo-nos viver em paz com o nossos semelhantes e com os deuses - que estão muito acima de nós" (1).


Referência:
(1) PLATÃO. O Simpósio ou O do Amor. Tradução Revista e Notas: Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores, 1986, p. 47. Discurso do médico Erixímaco.

23

"Eros é realmente grande, um deus admirável que estende o seu império a todas as coisas divinas e humanas" (1).


Referência:
(1) PLATÃO. O Simpósio ou O do Amor. Tradução Revista e Notas: Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores, 1986, p. 43. Discurso do médico Erixímaco.

24

"Dispor é o poder de Midas, porém, não é todo o poder. Tanto que ele procura outro, o da sabedoria, porque ser feliz ainda não depende do dispor do que na realidade se põe e predispõe segundo o modelo intervencionista moderno" (1).


Referência bibliográfica:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 191.

25

"Todos os mitos são figurados em imagens-questões. Na literatura, Capitu, Mme. Bovary, Dom Quixote, Édipo, Riobaldo etc. são imagens-questões. As imagens-questões se entre-tecem com o poder ambíguo-verbal da metá-fora, ou seja, literalmente: um conduzir (fero) no e pelo vigor do "entre" (metá). A imagem-questão é ambígua e retira sua ambiguidade do "entre", na medida em que a linguagem é a própria manifestação do Da-sein como Entre-ser. O poder e vigor da imagem-questão está no fato de que congrega: tempo, linguagem, memória, verdade, narrar. Por isso ela repousa, como quietude enquanto tempo ontológico, "entre" o ser escrita e o ser lida, entre o ser vista, pensada, figurada e o ser narrada. A imagem-questão é um modo concentrado e verbal de poiesis, enquanto narrar. Como tal, concentra a fala de toda escuta e aguarda o desvelo poético da leitura do leitor, aberto à escuta do logos ou à fala da Memória enquanto Musas" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 20.

26

"No fundo, o mito de Édipo, como mito do homem, também coloca a questão fundamental da “Polis” e do exercício do poder. Sófocles desenvolve essa questão tematizando a tensão entre o poder em Édipo Basileus (Rei) e o poder do não-poder em Édipo em Colona. O mito e a arte de Sófocles nos trazem a mais profunda reflexão sobre a questão sempre atual da essência da “Polis” e do exercício do poder, que ela necessariamente implica" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 24.

27

"Para os celtas, a essência do ser, tanto física quanto espiritual, reside na cabeça. A imagem da cabeça aparece em todo lugar - entalhada em redondo ou como decoração em pilares, moedas, caldeirões e altares. Dotada de um poder protetor, a cabeça serve de talismã para afastar o mal. Também é um símbolo do divino e um lembrete de que a vida continua depois da morte" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "O mistério da cabeça". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 90.
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