Justiça

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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"Além disto, a administração da justiça não era de modo algum um ato meramente cívico, mas também de caráter religioso e até mágico, na medida em que a ordem social não se distinguia ainda, para a mentalidade mítica e arcaica, da ordem natural e até da ordem temporal (isto é, cronológica)" (1).


Referência:
(1) TORRANO, Jaa. "O mundo como função de musas". In: HESÍODO. Teogonia. Tradução de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992, p. 36.


Ver também:
*Direito
*Lei

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"Embora, portanto, seja difícil compreender como a tua misericórdia possa separar-se da tua justiça, vemo-nos, todavia, obrigados a crer que o que emana da tua bondade nunca conflita com a justiça, que nunca se separa da tua bondade, mas com ela está sempre unida. Então, se tu és misericordioso porque és sumamente bom, e és sumamente bom porque sumamente justo, deve-se admitir que é verdadeiramente misericordioso porque és sumamente justo" (1).


Referência:
(1) ANSELMO, Santo. "Cap. VIII - Como é misericordioso e impassível". In: Proslógio. In: Os Pensadores. Santo Anselmo - Abelardo. São Paulo: Abril Cultural, 2. e., 1979, p. 108.

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"Ignorava a verdadeira justiça interior, que não julga pelo costume, mas pela lei retíssima de Deus Onipotente" (1).


Referência:
(1) SANTO AGOSTINHO. "Vencido pela ignorância e pelos maniqueus". In: ..... Confissões, Livro III, p. 47. Coleção Os Pensadores, Abril Cultural, São Paulo, 1980, Trad. J. Oliveira Santos, S. J. e A. Ambrósio de Pina, S. J.

3

"As ações, enquanto tais, não são com efeito, nem boas nem más. Por exemplo: o que estamos fazendo neste momento, como seja beber, cantar, falar, nada disto é em si mesmo belo, mas torna-se belo de acordo com a maneira como o fazemos. Se o fizermos segundo as regras do honesto e do justo, torna-se belo; se o fizermos contrariamente à justiça, torna-se feio. O mesmo podemos afirmar de Eros, pois que nem todo Eros é em si mesmo belo e louvável, mas de torna belo quando nos leva a amar segundo as regras do belo" (1).


Referência:
(1) PLATÃO. O Simpósio ou O do Amor. Tradução Revista e Notas: Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores, 1986, p. 34. Discurso de Pausânias.
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