Celta

De Dicionário de Poética e Pensamento

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: Citação de Juliette Hood, O livro celta da vida e da morte
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: Citação de Juliette Hood, '''O [[livro]] celta da [[vida]] e da [[morte]]'''
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] celta da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p.'''
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: "[[Celta]] é a designação dada a um [[conjunto]] de [[povos]] organizados em múltiplas [[tribos]]. Eles também eram pertencentes à [[família]] linguística [[indo-europeia]] que se espalhou pela maior parte do Oeste da [[Europa]] a partir do segundo milênio a.C.. Pela inexistência de dados e documentos [[originais]], grande parte da [[história]] dos [[celtas]] é hipotética. Sabe-se que ela se estendeu por 19 séculos. Os [[Celtas]] foram os primeiros [[povos]] [[civilizados]] da [[Europa]]. Chegaram neste continente junto com a primeira onda de [[colonização]] ainda em 4.000 a.C.. Em 1.800 a.C., já tinham a sua [[cultura]] e o território totalmente estabelecidos, isso enquanto os [[gregos]] e os [[romanos]] nem sonhavam em [[nascer]]. Seus domínios eram compreendidos [[entre]] a região da [[Alemanha]], [[Holanda]], [[Dinamarca]], [[Bélgica]], [[França]], [[Inglaterra]], [[Escócia]] e [[Irlanda]]. Tinham uma [[estrutura]] de [[família]] bem peculiar. Eles viviam em [[vilas]] ou em [[aldeias]]. Na [[Irlanda]], essas formações eram chamadas de ''túath''. Nelas, cada uma possuía seu líder, em alguns casos, o ''túath'' poderia conter um forte, onde viveria a [[nobreza]] ou a [[família]] [[aristocrata]] governante. Ainda sobre a [[estrutura]] [[social]], os [[Celtas]] se dividiam em: [[druidas]], [[nobreza]], [[aristocracia]], [[plebe]] e [[escravos]]. A maioria desses [[povos]] viviam da [[agricultura]] e da [[pecuária]]. Porém, os [[Celtas]] também caçavam para se alimentar" (1).
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: "[[Celta]] é a designação dada a um conjunto de [[povos]] organizados em múltiplas [[tribos]]. Eles também eram pertencentes à [[família]] linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do Oeste da [[Europa]] a partir do segundo milênio a.C.. Pela inexistência de dados e documentos [[originais]], grande parte da [[história]] dos [[celtas]] é hipotética. Sabe-se que ela se estendeu por 19 séculos. Os [[Celtas]] foram os primeiros [[povos]] civilizados da [[Europa]]. Chegaram neste continente junto com a primeira onda de colonização ainda em 4.000 a.C.. Em 1.800 a.C., já tinham a sua [[cultura]] e o território totalmente estabelecidos, isso enquanto os [[gregos]] e os romanos nem sonhavam em [[nascer]]. Seus domínios eram compreendidos [[entre]] a região da Alemanha, Holanda, Dinamarca, Bélgica, França, Inglaterra, Escócia e Irlanda. Tinham uma [[estrutura]] de [[família]] bem peculiar. Eles viviam em vilas ou em aldeias. Na Irlanda, essas formações eram chamadas de ''túath''. Nelas, cada uma possuía seu líder, em alguns casos, o ''túath'' poderia conter um forte, onde viveria a nobreza ou a [[família]] aristocrata governante. Ainda sobre a [[estrutura]] [[social]], os [[Celtas]] se dividiam em: [[druidas]], nobreza, [[aristocracia]], plebe e escravos. A maioria desses [[povos]] vivia da agricultura e da pecuária. Porém, os [[Celtas]] também caçavam para se alimentar" (1).
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: (1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...
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: '''(1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...'''
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: "'''Economia celta'''"
: "'''Economia celta'''"
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: "Os [[Celtas]] praticavam o comércio há vários [[séculos]], este baseado em metais como o bronze, ferro e estanho. Outros [[produtos]] também se destacavam no [[comércio]] [[celta]], eram as cerâmicas e escravos. O [[comércio]] tinha como base o [[escambo]]. Foi só por volta do [[século]] III a.C na [[Gália]], que surgiram as primeiras moedas. Elas eram confeccionadas em ouro e baseadas no [[modelo]] das moedas de '''Alexandre, o Grande'''. Além de vender mercadorias, os [[celtas]], principalmente as [[famílias]] mais ricas, compravam muitos [[produtos]] que seriam considerados como artigos de luxo. Vinho, tecidos, joias, ouro, prata, cerâmicas ornamentadas vindas da [[Grécia]] e de [[Roma]], eram alguns desses [[produtos]]" (1).
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: "Os [[Celtas]] praticavam o comércio há vários séculos, este baseado em metais como o bronze, ferro e estanho. Outros [[produtos]] também se destacavam no comércio [[celta]], eram as cerâmicas e escravos. O comércio tinha como base o escambo. Foi só por volta do século III a.C na Gália, que surgiram as primeiras moedas. Elas eram confeccionadas em ouro e baseadas no [[modelo]] das moedas de '''Alexandre, o Grande'''. Além de vender mercadorias, os [[celtas]], principalmente as [[famílias]] mais ricas, compravam muitos [[produtos]] que seriam considerados como artigos de luxo. Vinho, tecidos, joias, ouro, prata, cerâmicas ornamentadas vindas da [[Grécia]] e de Roma, eram alguns desses [[produtos]]" (1).
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: (1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...
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: '''(1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...'''
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== 3 ==
: "'''Arte celta'''"
: "'''Arte celta'''"
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: "A '''arte celta''' se divide em quatro [[fases]]: [[Estilo]] da [[Cultura]] de '''Hallstatt''' (900-500 a.C), [[Estilo]] da [[Cultura]] de '''La Tène''' (500 – 50 a.C), [[Estilo]] Romanizado: Continental e [[Insular]] (séc. I ao V d.C) e [[Estilo]] [[Medieval]] [[Insular]]": Irlandês e Bretão (séc. V ao X)" (1).
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: "A '''arte celta''' se divide em quatro fases: [[Estilo]] da [[Cultura]] de '''Hallstatt''' (900-500 a.C), [[Estilo]] da [[Cultura]] de '''La Tène''' (500 – 50 a.C), [[Estilo]] Romanizado: Continental e Insular (séc. I ao V d.C) e [[Estilo]] [[Medieval]] Insular": Irlandês e Bretão (séc. V ao X)" (1).
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: (1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...
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: '''(1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...'''
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== 4 ==
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: "Os descendentes [[contemporâneos]] dos [[celtas]] têm [[fama]] de apreciar [[poesia]] e a [[sabedoria]] da [[imaginação]]. Mas devido a mudanças na [[língua]], aos padrões migratórios e à absorção desse [[povo]] por [[nações]] maiores, muitas [[pessoas]] com ancestrais [[celtas]] não falam nenhum dos seis [[idiomas]] [[celtas]] (irlandês, manês, gaélico-escocês, galês, bretão e córnico) nos quais a sua [[herança]] [[cultural]] foi preservada" (1).
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: "Os descendentes [[contemporâneos]] dos [[celtas]] têm fama de apreciar [[poesia]] e a [[sabedoria]] da [[imaginação]]. Mas devido a [[mudanças]] na [[língua]], aos [[padrões]] migratórios e à absorção desse [[povo]] por [[nações]] maiores, muitas [[pessoas]] com ancestrais [[celtas]] não falam nenhum dos seis [[idiomas]] [[celtas]] (irlandês, manês, gaélico-escocês, galês, bretão e córnico) nos quais a sua herança [[cultural]] foi preservada" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Tradução: Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 4.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Tradução: Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 4.'''
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== 5 ==
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: "Hoje em dia, tendemos a considerar os primeiros [[celtas]] como cantores, [[poetas]] e fabulosos [[artesãos]], que imbuíam sua [[arte]] e artefatos com uma [[tradição]] de [[sabedoria]] [[mística]] ainda relevante nos [[tempos]] [[atuais]]" (1).
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: "Hoje em dia, tendemos a considerar os primeiros [[celtas]] como cantores, [[poetas]] e fabulosos artesãos, que imbuíam sua [[arte]] e artefatos com uma [[tradição]] de [[sabedoria]] [[mística]] ainda relevante nos [[tempos]] atuais" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 4.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 4.'''
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== 6 ==
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: "Os [[celtas]] [[antigos]] não tinham uma [[língua]] [[escrita]] e, na maior parte do [[tempo]], seu [[conhecimento]] era transmitido [[oralmente]] por profissionais treinados - [[bardos]] ou [[druidas]] -, que usavam elaboradas [[técnicas]] de [[memorização]]. Mesmo assim, algumas inscrições mais [[antigas]] e vários [[textos]] foram preservados. Há muita [[sabedoria]] [[celta]] nos relatos dos [[cronistas]] [[cristãos]] posteriores e nos [[contos]] e [[poemas]] da [[literatura]] [[medieval]]" (1).
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: "Os [[celtas]] [[antigos]] não tinham uma [[língua]] [[escrita]] e, na maior parte do [[tempo]], seu [[conhecimento]] era transmitido oralmente por profissionais treinados - [[bardos]] ou [[druidas]] -, que usavam elaboradas [[técnicas]] de [[memorização]]. Mesmo assim, algumas inscrições mais antigas e vários [[textos]] foram preservados. Há muita [[sabedoria]] [[celta]] nos relatos dos cronistas [[cristãos]] posteriores e nos contos e [[poemas]] da [[literatura]] [[medieval]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 4.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 4.'''
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== 7 ==
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: "A [[infância]] é um período [[mágico]] para os [[celtas]]. Existem [[leis]] que regulamentam os [[deveres]] dos [[pais]] biológicos e adotivos com respeito aos [[cuidados]] e à [[educação]] dos [[filhos]] pequenos. Uma das primeiras responsabilidades é [[escolher]] [[cuidadosamente]] o [[nome]] da [[criança]], pois o [[significado]] do [[nome]] determina o papel que a [[pessoa]] desempenhará na [[vida]] adulta" (1).
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: "A [[infância]] é um período [[mágico]] para os [[celtas]]. Existem [[leis]] que regulamentam os deveres dos [[pais]] biológicos e adotivos com respeito aos [[cuidados]] e à [[educação]] dos [[filhos]] pequenos. Uma das primeiras responsabilidades é [[escolher]] [[cuidadosamente]] o [[nome]] da [[criança]], pois o [[significado]] do [[nome]] determina o papel que a [[pessoa]] desempenhará na [[vida]] adulta" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 8.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 8.'''
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 13.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 13.'''
== 9 ==
== 9 ==
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: "Segundo um conhecido [[preceito]] da [[lei]] irlandesa, a [[mulher]] pertence ao [[pai]] enquanto é solteira, ao [[marido]] depois de casada e aos [[filhos]] quando fica viúva. As [[mulheres]] [[celtas]], porém, não são tão [[passivas]] quanto essa [[fórmula]] pode sugerir. Tanto a [[literatura]] [[clássica]] quanto a [[celta]] [[celebram]] as [[mulheres]] fiéis ao seu senso  de [[honra]]" (1).
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: "Segundo um conhecido preceito da [[lei]] irlandesa, a [[mulher]] pertence ao [[pai]] enquanto é solteira, ao marido depois de casada e aos [[filhos]] quando fica viúva. As [[mulheres]] [[celtas]], porém, não são tão passivas quanto essa fórmula pode sugerir. Tanto a [[literatura]] [[clássica]] quanto a [[celta]] [[celebram]] as [[mulheres]] fiéis ao seu senso  de honra" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 14.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 14.'''
== 10 ==
== 10 ==
-
: "Numa ilha ao sudoeste da Irlanda, vive o [[deus]] [[Donn]], Senhor dos [[Mortos]], a quem  todos os [[seres humanos]] um dia acabam prestando [[homenagens]]. Ele é o [[deus]] [[ancestral]] que dorme numa caverna, assistido por nove donzelas, cujo sopro alimenta o [[fogo]] sob o seu caldeirão [[mágico]]. O [[reino]] de [[Donn]] se estende até as sepulturas em que guerreiros  e [[reis]] [[celtas]] estão enterrados com suas armas, joias e trajes [[cerimoniais]] - e também as carruagens em que eles viajam para o [[Outro Mundo]], onde viverão pela [[eternidade]]" (1).
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: "Numa ilha ao sudoeste da Irlanda, vive o [[deus]] [[Donn]], Senhor dos [[Mortos]], a quem  todos os [[seres humanos]] um dia acabam prestando homenagens. Ele é o [[deus]] [[ancestral]] que dorme numa caverna, assistido por nove donzelas, cujo sopro alimenta o [[fogo]] sob o seu caldeirão [[mágico]]. O [[reino]] de [[Donn]] se estende até as sepulturas em que guerreiros  e [[reis]] [[celtas]] estão enterrados com suas armas, joias e trajes cerimoniais - e também as carruagens em que eles viajam para o [[Outro Mundo]], onde viverão pela [[eternidade]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 18.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 18.'''
== 11 ==
== 11 ==
-
: "Segundo a [[tradição]] [[celta]], as [[formas]] mais [[sagradas]] de [[sabedoria]] provêm do [[reino]] dos ancestrais - o [[mundo dos mortos]]. Isso explica por que até o [[Sol]] brilhante faz seu trajeto descendente, à [[noite]], até o [[reino]] sombrio de [[Donn]]. O [[Sol]] é a [[fonte]] de [[toda]] a [[vida]], e seu [[movimento]] [[entre]] o [[mundo]] dos [[vivos]], durante o [[dia]] , e o [[mundo dos mortos]], durante a [[noite]], determina o [[ritmo]] do [[tempo]]" (1).
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: "Segundo a [[tradição]] [[celta]], as [[formas]] mais [[sagradas]] de [[sabedoria]] provêm do [[reino]] dos ancestrais - o [[mundo dos mortos]]. Isso explica por que até o [[Sol]] brilhante faz seu trajeto descendente, à [[noite]], até o [[reino]] sombrio de [[Donn]]. O [[Sol]] é a [[fonte]] de toda a [[vida]], e seu [[movimento]] [[entre]] o [[mundo]] dos [[vivos]], durante o [[dia]] , e o [[mundo dos mortos]], durante a [[noite]], determina o [[ritmo]] do [[tempo]]" (1).
: Referência:
: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 19.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 19.'''
== 12 ==
== 12 ==
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: "A [[morte]] é uma [[passagem]] para uma esfera [[diferente]] da [[vida]]. Ela muitas vezes é precedida por sinais e [[premonições]]" (1).
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: "A [[morte]] é uma passagem para uma esfera [[diferente]] da [[vida]]. Ela muitas vezes é precedida por sinais e premonições" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 19.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 19.'''
== 13 ==
== 13 ==
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: "O [[ano]] [[celta]] não tem começo nem fim. Ele segue o [[ritmo]] da [[natureza]] em seu [[ciclo]] contínuo. As marcações no calendário são apenas as [[mudanças]] mais [[evidentes]] na [[natureza]]. A cada nova [[estação]], ocorre uma [[festividade]] que [[celebra]] seu [[significado]] para a agricultura. Durante essas [[festividades]], as [[fronteiras]] [[entre]] os [[mundos]] [[material]] e [[sobrenatural]] desaparecem, e as [[entidades]] [[espirituais]] do [[Outro Mundo]] rompem o véu que as separa do [[reino]] dos [[vivos]]" (1).
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: "O [[ano]] [[celta]] não tem começo nem fim. Ele segue o [[ritmo]] da [[natureza]] em seu [[ciclo]] contínuo. As marcações no calendário são apenas as [[mudanças]] mais [[evidentes]] na [[natureza]]. A cada nova [[estação]], ocorre uma [[festividade]] que [[celebra]] seu [[significado]] para a agricultura. Durante essas [[festividades]], as fronteiras [[entre]] os [[mundos]] [[material]] e [[sobrenatural]] desaparecem, e as [[entidades]] [[espirituais]] do [[Outro Mundo]] rompem o [[véu]] que as separa do [[reino]] dos [[vivos]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 23.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 23.'''
== 14 ==
== 14 ==
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: "A [[natureza]] dá e tira a [[vida]], e esses dois [[aspectos]] opostos são completamente interdependentes: [[nada]] pode florir ou ser curado sem destruição. Por isso a [[tradição]] [[celta]] coloca [[animais]] ferozes e poderosos lado a lado com [[deusas]] delicadas e gentis" (1).
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: "A [[natureza]] dá e tira a [[vida]], e esses dois [[aspectos]] opostos são completamente interdependentes: [[nada]] pode florir ou [[ser]] curado sem destruição. Por isso a [[tradição]] [[celta]] coloca [[animais]] ferozes e poderosos lado a lado com [[deusas]] delicadas e gentis" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 24.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 24.'''
== 15 ==
== 15 ==
-
: "A [[natureza]] só pode dar vazão à sua força de [[cura]] quando seu [[potencial]] para a destruição é mantido sob controle por meio das [[ações]] de [[intermediários]], como os [[deuses]] da [[natureza]] e seus congêneres [[humanos]], os [[druidas]] e [[curandeiros]]" (1).
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: "A [[natureza]] só pode dar vazão à sua força de [[cura]] quando seu [[potencial]] para a destruição é mantido sob controle por meio das [[ações]] de intermediários, como os [[deuses]] da [[natureza]] e seus congêneres [[humanos]], os [[druidas]] e [[curandeiros]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 24.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 24.'''
== 16 ==
== 16 ==
-
: "As [[árvores]] são [[símbolos]] importantes na [[sabedoria]] [[celta]] - por exemplo, o [[deus]] Esus é, por [[tradição]], retratado cortando um salgueiro. Com raízes que penetram fundo na [[terra]] e galhos que crescem em direção ao [[céu]], o salgueiro proporciona uma ligação [[entre]] os [[mundos]] [[superior]] e [[inferior]]. As [[árvores]] que mudam de folhas anualmente evocam o [[ciclo]] [[infinito]] de [[nascimento]], [[morte]] e [[renascimento]], enquanto as [[árvores]] perenes refletem o aparente [[paradoxo]] de [[vida]] [[eterna]] depois da [[morte]]" (1).
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: "As [[árvores]] são [[símbolos]] importantes na [[sabedoria]] [[celta]] - por exemplo, o [[deus]] Esus é, por [[tradição]], retratado cortando um salgueiro. Com raízes que penetram fundo na [[terra]] e galhos que crescem em direção ao [[céu]], o salgueiro proporciona uma ligação [[entre]] os [[mundos]] superior e inferior. As [[árvores]] que mudam de folhas anualmente evocam o [[ciclo]] [[infinito]] de [[nascimento]], [[morte]] e [[renascimento]], enquanto as [[árvores]] perenes refletem o aparente [[paradoxo]] de [[vida]] [[eterna]] depois da [[morte]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 27.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 27.'''
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. "A sabedoria do Clima". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 31.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "A [[sabedoria]] do Clima". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 31.'''
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. "O Sol e a Lua". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 39.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "O [[Sol]] e a [[Lua]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 39.'''
== 19 ==
== 19 ==
Linha 165: Linha 165:
: Referência:
: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. "O Sol e a Lua". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 41.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "O [[Sol]] e a [[Lua]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 41.'''
== 20 ==
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: Referência:
: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. "O Sol e a Lua". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 52.
+
: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "O [[Sol]] e a [[Lua]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 52.'''
== 21 ==
== 21 ==
Linha 181: Linha 181:
: Referência:
: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 62.
+
: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "O [[Limiar]] do [[Outro Mundo]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 62.'''
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== 22 ==
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: "O [[cosmo]] [[celta]] irradia de um ponto em que os domínios [[humano]] e [[sobrenatural]] convergem" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "O [[Limiar]] do [[Outro Mundo]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 62.'''
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== 23 ==
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: "O [[amor]] pela [[beleza]] levou os [[celtas]] a [[traduzir]] sua [[sabedoria]] em [[arte]]" (1).
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: Referência:
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 +
: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "O [[Limiar]] do [[Outro Mundo]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 64.'''
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== 24 ==
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: "Por ser a [[água]] a [[essência]] da [[vida]] e também uma poderosa [[fonte]] de [[sabedoria]] e [[verdade]], acessível a [[poetas]], [[druidas]], [[reis]] e [[heróis]], o caldeirão e a taça, receptáculos desse fluido [[mágico]], têm, eles próprios, [[poder]] [[espiritual]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "Receptáculos da [[verdade]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 76.'''
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== 25 ==
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: "Às vezes, o [[graal]] é um recipiente que contém uma cabeça sangrenta, um [[símbolo]] [[celta]] [[primitivo]], ou, numa [[versão]] mais [[cristã]], é o cálice no qual se recolheu o sangue de [[Cristo]] na cruz" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "Receptáculos da [[verdade]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 76.'''
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== 26 ==
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: "Como podemos descobrir o que o [[destino]] nos reserva? Só consultando os [[druidas]], [[profetas]] ou [[poetas]]. Os [[druidas]] impressionaram os visitantes romanos com sua capacidade de [[prever]] o [[futuro]] observando o voo dos pássaros, as fases da [[Lua]] ou o movimento das estrelas. As [[mulheres]] também eram [[videntes]] e muitas vezes eram capazes de [[prever]] o resultado das batalhas e o [[destino]] dos [[heróis]]. E todo [[rei]] [[celta]] também tinha um [[poeta]] versado na [[arte]] de compor versos [[proféticos]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "[[Destino]] e [[conhecimento]] do [[futuro]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 83.'''
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== 27 ==
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: "Aqueles que querem [[prever]] o [[futuro]] precisam primeiro [[conhecer]] o [[passado]]...razão pela qual os [[videntes]] e magos [[celtas]] começavam suas [[profecias]] sondando os [[tempos]] de outrora, não o [[futuro]]. Sua [[experiência]] e [[aprendizado]] lhes proporcionavam um "[[conhecimento]] acurado da [[raça]] [[divina]]", que eles utilizavam como base para suas previsões" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "Nosso [[passado]] é nosso [[futuro]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 84.'''
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== 28 ==
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: "Para os [[celtas]], a [[essência]] do [[ser]], tanto física quanto [[espiritual]], reside na [[cabeça]]. A [[imagem]] da [[cabeça]] aparece em todo [[lugar]] - entalhada em redondo ou como decoração em pilares, moedas, caldeirões e altares. Dotada de um [[poder]] protetor, a [[cabeça]] serve de [[talismã]] para afastar o [[mal]]. Também é um [[símbolo]] do [[divino]] e um lembrete de que a [[vida]] continua depois da [[morte]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "O [[mistério]] da [[cabeça]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 90.'''
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== 29 ==
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: "Uma [[sociedade]] que acredita numa [[dimensão]] extrafísica - as [[profundas]] [[verdades]] que se ocultam por trás do véu da [[vida]] [[terrena]] - investe sua [[fé]] em especialistas talentosos, capazes de servir de intermediários [[entre]] os dois [[mundos]]: os [[videntes]], os [[druidas]] e os [[bardos]]. Com o [[surgimento]] do [[Cristianismo]], os [[santos]] se juntaram às fileiras de talentos guardiães da [[alma]] - e muitas [[figuras]] antes [[pagãs]] adquiriram outros [[nomes]] e um novo conjunto de [[atributos]] [[religiosos]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "Guardiães da [[alma]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 95.'''
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== 30 ==
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: "Os [[druidas]], ao lado dos [[bardos]] e dos [[videntes]], são os detentores da [[sabedoria]] no [[mundo]] [[celta]]. O [[autor]] [[clássico]], Diodoro Sículo, escreveu um conto detalhado acerca de como eles adquiriam essa [[sabedoria]]. Ele explica que o título "[[druida]]" significa "aquele que é muito instruído" e que a [[erudição]] dos [[druidas]] advinha do ''fis'', "[[conhecimento]] secreto" ou até mesmo do ''im fiss'', "[[conhecimento]] secreto completo" " (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[sabedoria]] dos [[druidas]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 96.'''
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== 31 ==
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: "Os [[druidas]] praticavam [[divinação]] (a [[arte]] de [[prever]] o [[futuro]]) por meio de augúrios e [[sacrifícios]] de [[animais]]. Eles observavam o voo dos pássaros e faziam [[profecias]] com base no padrões do voo. Também eram capazes de [[prever]] [[acontecimentos]] [[futuros]] quebrando ossos de certos [[animais]], inclusive cães e gatos, e mastigando o tutano. Se tamborilassem os dedos enquanto entoavam [[encantamentos]] e depois tocassem alguém, também eram capazes de [[prever]] o [[destino]] dessa [[pessoa]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[sabedoria]] dos [[druidas]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 96.'''
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== 32 ==
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: "Todos os líderes [[druidas]] predizem [[acontecimentos]] relacionados ao [[rei]] e seu [[reino]], no entanto, Beag mac De, [[druida]] da corte do Grande Rei Diarmid mac Cearrbheoil, tem outras capacidades surpreendentes - ele é  capaz de [[prever]] o [[futuro]] [[poder]] dos [[santos]] irlandeses e tem [[visões]] de São Brenan, São Ciaran e São Columba. Beag é recompensado antes da sua [[morte]], quando encontra São Columba, que administra os sacramentos [[cristãos]] ao [[druida]] como um favor especial. Essa afinidade [[entre]] [[homens]] santos [[pagãos]] e [[cristãos]] simboliza o modo como o [[Cristianismo]] incorporou os aspectos da antiga [[sabedoria]] [[celta]] e assimilou-os em suas próprias [[tradições]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[sabedoria]] dos [[druidas]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 99.'''
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== 33 ==
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: "A [[palavra]] ''[[inspiração]]'' lembra respiração (o [[ato]] de inalar o [[ar]]). Para os [[celtas]], a [[inspiração]] é um tipo de [[conhecimento]] que vem pelo [[ar]] e pela [[água]], e essas duas [[imagens]] são muitas vezes combinadas. A versão [[celta]] dessas [[ideias]] é a "do sopro líquido da [[inspiração]]" ou ''awen''. Só depois de uma jornada perigosa, em que a [[alma]] sai do [[corpo]], seguindo talvez até o [[reino]] dos [[mortos]], é que a ''awen'' pode possuir o [[espírito]]. Para se preparar para adquirir essa [[sabedoria]] [[sobrenatural]], o [[druida]] aguçava os seus [[sentidos]] por meio do transe - uma [[técnica]] antiga usada pelos xamãs de muitas [[culturas]] do [[mundo]], para atingir o [[mundo]] [[espiritual]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[sabedoria]] da [[inspiração]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 106.'''
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== 34 ==
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: "A [[inspiração]] envolve a [[visão]], a [[audição]] e a [[fala]]. A [[palavra]] irlandesa para [[poeta]], ''filidh'' deriva de uma [[raiz]] indo-europeia cujo [[significado]] é "[[ver]]" " (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[sabedoria]] da [[inspiração]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 107.'''
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== 35 ==
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: "A mais importante das [[faculdades]] do [[vidente]], porém, é o [[poder]] da [[fala]]. A [[sabedoria]] que o [[druida]]  ouve e vê em suas jornadas ao [[reino]] do [[espírito]] é transmitida ao seu [[povo]] por meio da [[fala]], e os ''awenyddion'' vivenciam seu [[dom]] como uma [[abertura]] da boca" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[sabedoria]] da [[Inspiração]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 107.'''
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== 36 ==
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: "Tríades (grupo de [[três]]) e triplicações são um [[tema]] recorrente no [[mundo]] [[celta]]. As [[perguntas]] são feitas [[três]] vezes, as [[deusas]] aparecem em grupo de [[três]] e as [[figuras]] de pedra do homenzinho de capuz que dá sorte [[sempre]]  ocorrem em grupo de [[três]]. O [[número]] [[três]] tem a capacidade de intensificar o [[poder]] e unificar diversas [[experiências]] numa só: cabeças e rostos esculpidos são entalhados em padrões interligados, de modo que o [[três]] se torna uma única [[unidade]]. Esses rostos entalhados olham para o [[passado]], para o [[presente]] e para o [[futuro]] simultaneamente, e qualquer grupo de [[três]] [[imagens]] ligado dessa maneira incorpora a [[natureza]] todo-abrangente da [[sabedoria]] [[celta]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "O [[poder]] do [[Três]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 112.'''
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== 37 ==
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: "As [[três]] [[fontes]] de [[conhecimento]]:
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:      [[Pensamentos]];
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:      [[Intuições]];
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:      [[Aprendizado]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "[[Tríades]] de [[conhecimento]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 113.'''
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== 38 ==
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: "[[Três]] [[motivos]] para o [[riso]] de um [[tolo]]:
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:      Rir do que é [[bom]];
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:      Rir do que é [[ruim]];
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:      Rir do que não entende" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "[[Tríades]] de [[conhecimento]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 113.'''
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== 39 ==
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: "Eis os [[três]] [[tipos]] de [[homem]]:
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: Os [[homens]] de [[Deus]], que retribuem o [[mal]] com o [[bem]];
 +
: Os [[homens]] deste [[mundo]], que retribuem o [[bem]] com o [[bem]] e o [[mal]] com o [[mal]];
 +
: E os [[homens]] do [[demônio]], que retribuem o [[bem]] com o [[mal]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "[[Tríades]] de [[conhecimento]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 113.'''
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== 40 ==
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: "[[Três]] [[coisas]] é [[melhor]] [[fazer]] rápido:
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: Pegar uma mosca tão logo a perceba;
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: Evitar o [[caminho]] de um cão raivoso;
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: Apaziguar discórdias" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "[[Tríades]] de [[Conhecimento]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 113.'''
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== 41 ==
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: "César compara os [[deuses]] [[celtas]] da [[cura]] ao [[clássico]] [[deus]] [[solar]] [[Apolo]], mas para os [[celtas]] o [[poder]] de [[cura]] não vinha do [[sol]], mas do [[Outro Mundo]], o [[reino]] da [[escuridão]] e do [[conhecimento]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "[[Cura]] [[Espiritual]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 114.'''
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== 42 ==
 +
: "O [[poder]] dos [[encantamentos]] [[celtas]] está no [[som]] das próprias [[palavras]] e não no [[significado]] delas, por isso eles precisam [[ser]] recitados em [[voz]] alta. Este [[encantamento]] deve [[ser]] lançado numa [[noite]] sem [[lua]], quando a [[alma]] estiver pesarosa e entristecida" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "Um [[Encantamento]] contra a [[Tristeza]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 116.'''
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== 43 ==
 +
: "As [[palavras]] de Amergin - ''[[Eu]] [[sou]] a [[palavra]] de [[sabedoria]]'' (que significa ''[[Sou]] [[poeta]]'') - evocam a [[posição]] exaltada dos [[poetas]] e dos [[bardos]] no [[mundo]] [[celta]]. Os [[bardos]] são os guardiães da [[sabedoria]] tribal e, com sua [[arte]], eles preservam a [[própria]] [[identidade]] do seu [[povo]]. Os [[três]] privilégios concedidos a todos os [[bardos]] da Britânia são: [[ter]] abrigo e alimentação em qualquer [[lugar]], [[ter]] as armas na bainha em sua [[presença]] e a [[palavra]] respeitada por todos" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 118.'''
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== 44 ==
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: "A [[visão]], ou introvisão, dos [[poetas]] [[celtas]] funciona em [[três]] níveis. Ela vê a [[sabedoria]] [[passada]] do seu [[mundo]], propicia entendimento [[intuitivo]] do [[presente]] e possibilita a previsão do [[futuro]]" (1).
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: Referência:
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 +
: (1) HOOD, Juliette. "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 119.'''
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== 45 ==
 +
: "[[Ser]] [[bardo]] é uma [[vocação]], um chamado, e aqueles a quem falta esse talento não podem adquiri-lo por meio do [[aprendizado]]. Existem muitas [[histórias]] fantásticas sobre como os [[bardos]] adquiriam seus talentos" (1).
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: Referência:
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 +
: (1) HOOD, Juliette. "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 120.'''
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== 46 ==
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: "Além dos [[bardos]] terem o [[poder]] de enfeitiçar as [[pessoas]] com [[palavras]], eles também são capazes de infligir [[sofrimento]] - algumas das suas reprimendas podem causar [[dor]] física. E até os [[reis]] podem ser alvo de sua cólera" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 120.'''
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== 47 ==
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: "Os [[bardos]] [[celtas]] têm grandes responsabilidades. Os jovens aprendizes adquirem grande [[parte]] de seu [[conhecimento]] por meio das [[tríades]]" (1).
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: Um exemplo:
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: "Os [[Três]] [[Prazeres]] dos [[Bardos]] da Britânia:
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: [[Falar]] com [[erudição]];
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: [[Agir]] com [[sabedoria]];
 +
: Trazer [[paz]] e [[harmonia]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 121.'''
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== 48 ==
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: "A [[representação]] de [[animais]] na [[arte celta]] - em armas, esculturas de pedra e, de modo mais espetacular, em manuscritos ilustrados com iluminuras - baseiam-se, em sua maior parte, na [[sabedoria]] do [[mundo]] [[cristão]], como também nas [[tradições]] [[pagãs]]. Os [[animais]] nos lembram a [[vitalidade]] da [[natureza]], o [[dom]] [[divino]] da [[diversidade]] que existe neste [[mundo]] e, embora por associações [[simbólicas]], a [[realidade]] do [[eterno]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "As [[Criaturas]] em Padrões". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 124.'''
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== 49 ==
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: "Todos os [[evangelistas]], exceto São Mateus, que era retratado como um [[homem]] ou um [[anjo]], foram simbolizados como [[animais]]: São Marcos como um Leão, São Lucas como um boi e São João como uma águia" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "As [[Criaturas]] em Padrões". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 124.'''
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== 50 ==
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: "Aqueles que viajaram ao [[Outro Mundo]] voltam muitas vezes com [[histórias]] sobre uma [[terra]] onde é sempre verão e existem belas árvores que produzem frutos o ano todo. Quando [[seres humanos]] comem as maçãs prateadas que crescem nessas árvores eles anseiam pelos seus [[amantes]] do [[Outro Mundo]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "A Videira Trançada". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 127.'''
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== 51 ==
 +
: "De acordo com Diógenes Laércio, a máxima dos [[druidas]] era que todos os [[celtas]] vivessem de acordo com [[três]] condições: venerassem os [[deuses]], não fizessem nenhum [[mal]] e fossem valentes. Como em muitas [[tríades]] [[celtas]], o preceito mais importante - [[ser]] valente - vem por último. Como diz um [[provérbio]] [[celta]]: "A [[memória]] de um [[homem]] não envelhece". [[Ser]] lembrado, depois da [[morte]], como um [[homem]] de boa reputação e lembrado pelos [[bardos]], que louvam os vivos e homenageiam os [[mortos]], é a aspiração de todo [[homem]] [[celta]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "Como [[Viver]] e como [[Morrer]]". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 132.'''
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== 52 ==
 +
: "O [[poeta]] romano Lucano resume a [[atitude]] [[celta]] diante da [[morte]] quando afirma: "A [[morte]] é o meio de uma longa [[vida]]". Oferendas funerárias eram enterradas junto com o [[corpo]] para facilitar a passagem  do [[espírito]] pelo reino dos mortos, até o [[Outro Mundo]]. Armas, muitos objetos [[pessoais]], como taças, trompas de caça e até carruagens, acompanhavam os guerreiros, ao passo que peças de joalheria e cerâmica eram os principais  bens sepultados com as [[mulheres]]. Alimentos e bebidas eram providenciados para sustentar a [[alma]] em sua jornada. Além dos objetos mais práticos, algumas sepulturas continham os ossos de [[animais]] domésticos, como cavalos e cães, e [[modelos]] de rodas, que simbolizavam os [[ciclos]] [[eternos]] de [[vida]] e [[morte]]" (1).
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: Referência:
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 +
: (1) HOOD, Juliette. "Como [[Viver]] e como [[Morrer]]". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 132.'''
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== 53 ==
 +
: "Os [[celtas]] entendiam que o [[movimento]] é a [[realidade]] suprema: o fluxo dá [[significado]] à [[vida]]. Nas [[palavras]] de um [[filósofo]] [[grego]]:
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 +
: ''Ninguém se banha no [[mesmo]] [[rio]] duas vezes'' " (1).
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: Referência:
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 +
: (1) HOOD, Juliette. "Como [[Viver]] e como [[Morrer]]". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 67.'''
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 +
== 54 ==
 +
: "Navegar pelo oceano desconhecido é lançar-se nas mãos do [[destino]]. O [[destino]], contudo, nunca é meramente neutro - [[sempre]] existe uma [[dimensão]] [[moral]]. A [[própria]] [[vida]] é uma [[busca]] e o [[buscador]] dedicado e consciente da  [[verdade]] e do [[bem]] é recompensado da maneira apropriada no devido [[tempo]]" (1).
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: Referência:
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: (1) HOOD, Juliette. "Como [[Viver]] e como [[Morrer]]". In: ---. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 69.'''
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 +
== 55 ==
 +
: "A [[água]], na qual existem tantos [[reinos]] [[misteriosos]], é um [[símbolo]] apropriado da [[verdade]] que existe sob a superfície das [[coisas]] - um [[tipo]] de véu translúcido, às vezes transparente, às vezes opaco, [[entre]] este [[mundo]]  e os [[mundos]] do [[pós-morte]]. Por meio do [[poder]] [[mágico]] da [[água]], podemos entrar em contato com a [[sabedoria]] do [[Outro Mundo]]" (1).
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 +
: Referência:
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 +
: (1) HOOD, Juliette. "A [[Sabedoria]] da [[Ãgua]]". ---. In: '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 74.'''

Edição atual tal como 21h54min de 21 de Maio de 2025

Tabela de conteúdo

0

Citação de Juliette Hood, O livro celta da vida e da morte
Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p.

1

"Celta é a designação dada a um conjunto de povos organizados em múltiplas tribos. Eles também eram pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do Oeste da Europa a partir do segundo milênio a.C.. Pela inexistência de dados e documentos originais, grande parte da história dos celtas é hipotética. Sabe-se que ela se estendeu por 19 séculos. Os Celtas foram os primeiros povos civilizados da Europa. Chegaram neste continente junto com a primeira onda de colonização ainda em 4.000 a.C.. Em 1.800 a.C., já tinham a sua cultura e o território totalmente estabelecidos, isso enquanto os gregos e os romanos nem sonhavam em nascer. Seus domínios eram compreendidos entre a região da Alemanha, Holanda, Dinamarca, Bélgica, França, Inglaterra, Escócia e Irlanda. Tinham uma estrutura de família bem peculiar. Eles viviam em vilas ou em aldeias. Na Irlanda, essas formações eram chamadas de túath. Nelas, cada uma possuía seu líder, em alguns casos, o túath poderia conter um forte, onde viveria a nobreza ou a família aristocrata governante. Ainda sobre a estrutura social, os Celtas se dividiam em: druidas, nobreza, aristocracia, plebe e escravos. A maioria desses povos vivia da agricultura e da pecuária. Porém, os Celtas também caçavam para se alimentar" (1).


Referência:
(1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...

2

"Economia celta"
"Os Celtas praticavam o comércio há vários séculos, este baseado em metais como o bronze, ferro e estanho. Outros produtos também se destacavam no comércio celta, eram as cerâmicas e escravos. O comércio tinha como base o escambo. Foi só por volta do século III a.C na Gália, que surgiram as primeiras moedas. Elas eram confeccionadas em ouro e baseadas no modelo das moedas de Alexandre, o Grande. Além de vender mercadorias, os celtas, principalmente as famílias mais ricas, compravam muitos produtos que seriam considerados como artigos de luxo. Vinho, tecidos, joias, ouro, prata, cerâmicas ornamentadas vindas da Grécia e de Roma, eram alguns desses produtos" (1).


Referência:
(1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...

3

"Arte celta"
"A arte celta se divide em quatro fases: Estilo da Cultura de Hallstatt (900-500 a.C), Estilo da Cultura de La Tène (500 – 50 a.C), Estilo Romanizado: Continental e Insular (séc. I ao V d.C) e Estilo Medieval Insular": Irlandês e Bretão (séc. V ao X)" (1).


Referência:
(1) https://www.estudopratico.com.br>quem-foram-os-celtas...

4

"Os descendentes contemporâneos dos celtas têm fama de apreciar poesia e a sabedoria da imaginação. Mas devido a mudanças na língua, aos padrões migratórios e à absorção desse povo por nações maiores, muitas pessoas com ancestrais celtas não falam nenhum dos seis idiomas celtas (irlandês, manês, gaélico-escocês, galês, bretão e córnico) nos quais a sua herança cultural foi preservada" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Tradução: Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 4.

5

"Hoje em dia, tendemos a considerar os primeiros celtas como cantores, poetas e fabulosos artesãos, que imbuíam sua arte e artefatos com uma tradição de sabedoria mística ainda relevante nos tempos atuais" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 4.

6

"Os celtas antigos não tinham uma língua escrita e, na maior parte do tempo, seu conhecimento era transmitido oralmente por profissionais treinados - bardos ou druidas -, que usavam elaboradas técnicas de memorização. Mesmo assim, algumas inscrições mais antigas e vários textos foram preservados. Há muita sabedoria celta nos relatos dos cronistas cristãos posteriores e nos contos e poemas da literatura medieval" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 4.

7

"A infância é um período mágico para os celtas. Existem leis que regulamentam os deveres dos pais biológicos e adotivos com respeito aos cuidados e à educação dos filhos pequenos. Uma das primeiras responsabilidades é escolher cuidadosamente o nome da criança, pois o significado do nome determina o papel que a pessoa desempenhará na vida adulta" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 8.

8

"Os poetas celtas, além de cantar canções, muitas vezes lutam nas batalhas. Graças aos privilégios de guerra conferidos pela sua condição de bardos, eles raramente perecem nessas ocasiões" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 13.

9

"Segundo um conhecido preceito da lei irlandesa, a mulher pertence ao pai enquanto é solteira, ao marido depois de casada e aos filhos quando fica viúva. As mulheres celtas, porém, não são tão passivas quanto essa fórmula pode sugerir. Tanto a literatura clássica quanto a celta celebram as mulheres fiéis ao seu senso de honra" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 14.

10

"Numa ilha ao sudoeste da Irlanda, vive o deus Donn, Senhor dos Mortos, a quem todos os seres humanos um dia acabam prestando homenagens. Ele é o deus ancestral que dorme numa caverna, assistido por nove donzelas, cujo sopro alimenta o fogo sob o seu caldeirão mágico. O reino de Donn se estende até as sepulturas em que guerreiros e reis celtas estão enterrados com suas armas, joias e trajes cerimoniais - e também as carruagens em que eles viajam para o Outro Mundo, onde viverão pela eternidade" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 18.

11

"Segundo a tradição celta, as formas mais sagradas de sabedoria provêm do reino dos ancestrais - o mundo dos mortos. Isso explica por que até o Sol brilhante faz seu trajeto descendente, à noite, até o reino sombrio de Donn. O Sol é a fonte de toda a vida, e seu movimento entre o mundo dos vivos, durante o dia , e o mundo dos mortos, durante a noite, determina o ritmo do tempo" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 19.

12

"A morte é uma passagem para uma esfera diferente da vida. Ela muitas vezes é precedida por sinais e premonições" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 19.

13

"O ano celta não tem começo nem fim. Ele segue o ritmo da natureza em seu ciclo contínuo. As marcações no calendário são apenas as mudanças mais evidentes na natureza. A cada nova estação, ocorre uma festividade que celebra seu significado para a agricultura. Durante essas festividades, as fronteiras entre os mundos material e sobrenatural desaparecem, e as entidades espirituais do Outro Mundo rompem o véu que as separa do reino dos vivos" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 23.

14

"A natureza dá e tira a vida, e esses dois aspectos opostos são completamente interdependentes: nada pode florir ou ser curado sem destruição. Por isso a tradição celta coloca animais ferozes e poderosos lado a lado com deusas delicadas e gentis" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 24.

15

"A natureza só pode dar vazão à sua força de cura quando seu potencial para a destruição é mantido sob controle por meio das ações de intermediários, como os deuses da natureza e seus congêneres humanos, os druidas e curandeiros" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 24.

16

"As árvores são símbolos importantes na sabedoria celta - por exemplo, o deus Esus é, por tradição, retratado cortando um salgueiro. Com raízes que penetram fundo na terra e galhos que crescem em direção ao céu, o salgueiro proporciona uma ligação entre os mundos superior e inferior. As árvores que mudam de folhas anualmente evocam o ciclo infinito de nascimento, morte e renascimento, enquanto as árvores perenes refletem o aparente paradoxo de vida eterna depois da morte" (1).
Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 27.

17

 :  : "Do lado de fora, a chuva molha as folhas;
Cristas brancas nas ondas do oceano; espuma do mar na praia
 :  : O entendimento é a luz da humanidade
 :  :  :  : (galês)" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "A sabedoria do Clima". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 31.

18

":  : : : : : O Sol.
" Seja bem-vindo, Sol das estações, enquanto viajas lá no alto do céu
 : : : : Teus passos são fortes em teu voo nas alturas,
 : : : : : : :Tu és a mãe gloriosa das estrelas" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Sol e a Lua". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 39.

19

"O Outro Mundo celta é uma dimensão estranha e sobrenatural, onde não vigoram as leis terrenas de tempo e espaço. No Outro Mundo está a terra dos mortos, o reino dos deuses, as ilhas ocidentais dos mitos e lendas, o reino submarino e as colinas encantadas" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Sol e a Lua". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 41.

20

"Mais do que ser uma fonte de alimento, vestuário e transporte, os animais tinham um profundo significado espiritual para os celtas. Acreditava-se que muitas criaturas irracionais tinham poderes sobrenaturais ou uma sabedoria especial, sendo capazes de circular livremente entre o reino terreno e o Outro Mundo" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Sol e a Lua". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 52.

21

"Os espíritos muitas vezes invadem a terra dos vivos e, para manter o equilíbrio entre os dois mundos, os seres humanos precisam às vezes viajar para o Outro Mundo. Existem muitas maneiras pelas quais os vivos podem entrar nos reinos do espírito e uma das mais diretas é cruzar o limiar entre a terra dos mortos e os reinos do sobrenatural, o local onde esses mundos se encontram ou se cruzam. Esses portais são encontrados tanto no centro quanto nos limites externos do mundo celta" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 62.

22

"O cosmo celta irradia de um ponto em que os domínios humano e sobrenatural convergem" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 62.

23

"O amor pela beleza levou os celtas a traduzir sua sabedoria em arte" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 64.

24

"Por ser a água a essência da vida e também uma poderosa fonte de sabedoria e verdade, acessível a poetas, druidas, reis e heróis, o caldeirão e a taça, receptáculos desse fluido mágico, têm, eles próprios, poder espiritual" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "Receptáculos da verdade". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 76.

25

"Às vezes, o graal é um recipiente que contém uma cabeça sangrenta, um símbolo celta primitivo, ou, numa versão mais cristã, é o cálice no qual se recolheu o sangue de Cristo na cruz" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "Receptáculos da verdade". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 76.

26

"Como podemos descobrir o que o destino nos reserva? Só consultando os druidas, profetas ou poetas. Os druidas impressionaram os visitantes romanos com sua capacidade de prever o futuro observando o voo dos pássaros, as fases da Lua ou o movimento das estrelas. As mulheres também eram videntes e muitas vezes eram capazes de prever o resultado das batalhas e o destino dos heróis. E todo rei celta também tinha um poeta versado na arte de compor versos proféticos" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Destino e conhecimento do futuro". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 83.

27

"Aqueles que querem prever o futuro precisam primeiro conhecer o passado...razão pela qual os videntes e magos celtas começavam suas profecias sondando os tempos de outrora, não o futuro. Sua experiência e aprendizado lhes proporcionavam um "conhecimento acurado da raça divina", que eles utilizavam como base para suas previsões" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Nosso passado é nosso futuro". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 84.

28

"Para os celtas, a essência do ser, tanto física quanto espiritual, reside na cabeça. A imagem da cabeça aparece em todo lugar - entalhada em redondo ou como decoração em pilares, moedas, caldeirões e altares. Dotada de um poder protetor, a cabeça serve de talismã para afastar o mal. Também é um símbolo do divino e um lembrete de que a vida continua depois da morte" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "O mistério da cabeça". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 90.

29

"Uma sociedade que acredita numa dimensão extrafísica - as profundas verdades que se ocultam por trás do véu da vida terrena - investe sua fé em especialistas talentosos, capazes de servir de intermediários entre os dois mundos: os videntes, os druidas e os bardos. Com o surgimento do Cristianismo, os santos se juntaram às fileiras de talentos guardiães da alma - e muitas figuras antes pagãs adquiriram outros nomes e um novo conjunto de atributos religiosos" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Guardiães da alma". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 95.

30

"Os druidas, ao lado dos bardos e dos videntes, são os detentores da sabedoria no mundo celta. O autor clássico, Diodoro Sículo, escreveu um conto detalhado acerca de como eles adquiriam essa sabedoria. Ele explica que o título "druida" significa "aquele que é muito instruído" e que a erudição dos druidas advinha do fis, "conhecimento secreto" ou até mesmo do im fiss, "conhecimento secreto completo" " (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A sabedoria dos druidas". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 96.

31

"Os druidas praticavam divinação (a arte de prever o futuro) por meio de augúrios e sacrifícios de animais. Eles observavam o voo dos pássaros e faziam profecias com base no padrões do voo. Também eram capazes de prever acontecimentos futuros quebrando ossos de certos animais, inclusive cães e gatos, e mastigando o tutano. Se tamborilassem os dedos enquanto entoavam encantamentos e depois tocassem alguém, também eram capazes de prever o destino dessa pessoa" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A sabedoria dos druidas". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 96.

32

"Todos os líderes druidas predizem acontecimentos relacionados ao rei e seu reino, no entanto, Beag mac De, druida da corte do Grande Rei Diarmid mac Cearrbheoil, tem outras capacidades surpreendentes - ele é capaz de prever o futuro poder dos santos irlandeses e tem visões de São Brenan, São Ciaran e São Columba. Beag é recompensado antes da sua morte, quando encontra São Columba, que administra os sacramentos cristãos ao druida como um favor especial. Essa afinidade entre homens santos pagãos e cristãos simboliza o modo como o Cristianismo incorporou os aspectos da antiga sabedoria celta e assimilou-os em suas próprias tradições" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A sabedoria dos druidas". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 99.

33

"A palavra inspiração lembra respiração (o ato de inalar o ar). Para os celtas, a inspiração é um tipo de conhecimento que vem pelo ar e pela água, e essas duas imagens são muitas vezes combinadas. A versão celta dessas ideias é a "do sopro líquido da inspiração" ou awen. Só depois de uma jornada perigosa, em que a alma sai do corpo, seguindo talvez até o reino dos mortos, é que a awen pode possuir o espírito. Para se preparar para adquirir essa sabedoria sobrenatural, o druida aguçava os seus sentidos por meio do transe - uma técnica antiga usada pelos xamãs de muitas culturas do mundo, para atingir o mundo espiritual" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A sabedoria da inspiração". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 106.

34

"A inspiração envolve a visão, a audição e a fala. A palavra irlandesa para poeta, filidh deriva de uma raiz indo-europeia cujo significado é "ver" " (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A sabedoria da inspiração". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 107.

35

"A mais importante das faculdades do vidente, porém, é o poder da fala. A sabedoria que o druida ouve e vê em suas jornadas ao reino do espírito é transmitida ao seu povo por meio da fala, e os awenyddion vivenciam seu dom como uma abertura da boca" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A sabedoria da Inspiração". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 107.

36

"Tríades (grupo de três) e triplicações são um tema recorrente no mundo celta. As perguntas são feitas três vezes, as deusas aparecem em grupo de três e as figuras de pedra do homenzinho de capuz que dá sorte sempre ocorrem em grupo de três. O número três tem a capacidade de intensificar o poder e unificar diversas experiências numa só: cabeças e rostos esculpidos são entalhados em padrões interligados, de modo que o três se torna uma única unidade. Esses rostos entalhados olham para o passado, para o presente e para o futuro simultaneamente, e qualquer grupo de três imagens ligado dessa maneira incorpora a natureza todo-abrangente da sabedoria celta" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "O poder do Três". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 112.

37

"As três fontes de conhecimento:
Pensamentos;
Intuições;
Aprendizado" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Tríades de conhecimento". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 113.

38

"Três motivos para o riso de um tolo:
Rir do que é bom;
Rir do que é ruim;
Rir do que não entende" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Tríades de conhecimento". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 113.

39

"Eis os três tipos de homem:
Os homens de Deus, que retribuem o mal com o bem;
Os homens deste mundo, que retribuem o bem com o bem e o mal com o mal;
E os homens do demônio, que retribuem o bem com o mal" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Tríades de conhecimento". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 113.

40

"Três coisas é melhor fazer rápido:
Pegar uma mosca tão logo a perceba;
Evitar o caminho de um cão raivoso;
Apaziguar discórdias" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Tríades de Conhecimento". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 113.

41

"César compara os deuses celtas da cura ao clássico deus solar Apolo, mas para os celtas o poder de cura não vinha do sol, mas do Outro Mundo, o reino da escuridão e do conhecimento" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Cura Espiritual". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 114.

42

"O poder dos encantamentos celtas está no som das próprias palavras e não no significado delas, por isso eles precisam ser recitados em voz alta. Este encantamento deve ser lançado numa noite sem lua, quando a alma estiver pesarosa e entristecida" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Um Encantamento contra a Tristeza". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 116.

43

"As palavras de Amergin - Eu sou a palavra de sabedoria (que significa Sou poeta) - evocam a posição exaltada dos poetas e dos bardos no mundo celta. Os bardos são os guardiães da sabedoria tribal e, com sua arte, eles preservam a própria identidade do seu povo. Os três privilégios concedidos a todos os bardos da Britânia são: ter abrigo e alimentação em qualquer lugar, ter as armas na bainha em sua presença e a palavra respeitada por todos" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 118.

44

"A visão, ou introvisão, dos poetas celtas funciona em três níveis. Ela vê a sabedoria passada do seu mundo, propicia entendimento intuitivo do presente e possibilita a previsão do futuro" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 119.

45

"Ser bardo é uma vocação, um chamado, e aqueles a quem falta esse talento não podem adquiri-lo por meio do aprendizado. Existem muitas histórias fantásticas sobre como os bardos adquiriam seus talentos" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 120.

46

"Além dos bardos terem o poder de enfeitiçar as pessoas com palavras, eles também são capazes de infligir sofrimento - algumas das suas reprimendas podem causar dor física. E até os reis podem ser alvo de sua cólera" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 120.

47

"Os bardos celtas têm grandes responsabilidades. Os jovens aprendizes adquirem grande parte de seu conhecimento por meio das tríades" (1).
Um exemplo:
"Os Três Prazeres dos Bardos da Britânia:
Falar com erudição;
Agir com sabedoria;
Trazer paz e harmonia" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 121.

48

"A representação de animais na arte celta - em armas, esculturas de pedra e, de modo mais espetacular, em manuscritos ilustrados com iluminuras - baseiam-se, em sua maior parte, na sabedoria do mundo cristão, como também nas tradições pagãs. Os animais nos lembram a vitalidade da natureza, o dom divino da diversidade que existe neste mundo e, embora por associações simbólicas, a realidade do eterno" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "As Criaturas em Padrões". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 124.

49

"Todos os evangelistas, exceto São Mateus, que era retratado como um homem ou um anjo, foram simbolizados como animais: São Marcos como um Leão, São Lucas como um boi e São João como uma águia" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "As Criaturas em Padrões". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 124.

50

"Aqueles que viajaram ao Outro Mundo voltam muitas vezes com histórias sobre uma terra onde é sempre verão e existem belas árvores que produzem frutos o ano todo. Quando seres humanos comem as maçãs prateadas que crescem nessas árvores eles anseiam pelos seus amantes do Outro Mundo" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Videira Trançada". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 127.

51

"De acordo com Diógenes Laércio, a máxima dos druidas era que todos os celtas vivessem de acordo com três condições: venerassem os deuses, não fizessem nenhum mal e fossem valentes. Como em muitas tríades celtas, o preceito mais importante - ser valente - vem por último. Como diz um provérbio celta: "A memória de um homem não envelhece". Ser lembrado, depois da morte, como um homem de boa reputação e lembrado pelos bardos, que louvam os vivos e homenageiam os mortos, é a aspiração de todo homem celta" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Como Viver e como Morrer". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 132.

52

"O poeta romano Lucano resume a atitude celta diante da morte quando afirma: "A morte é o meio de uma longa vida". Oferendas funerárias eram enterradas junto com o corpo para facilitar a passagem do espírito pelo reino dos mortos, até o Outro Mundo. Armas, muitos objetos pessoais, como taças, trompas de caça e até carruagens, acompanhavam os guerreiros, ao passo que peças de joalheria e cerâmica eram os principais bens sepultados com as mulheres. Alimentos e bebidas eram providenciados para sustentar a alma em sua jornada. Além dos objetos mais práticos, algumas sepulturas continham os ossos de animais domésticos, como cavalos e cães, e modelos de rodas, que simbolizavam os ciclos eternos de vida e morte" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Como Viver e como Morrer". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 132.

53

"Os celtas entendiam que o movimento é a realidade suprema: o fluxo dá significado à vida. Nas palavras de um filósofo grego:
Ninguém se banha no mesmo rio duas vezes " (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Como Viver e como Morrer". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 67.

54

"Navegar pelo oceano desconhecido é lançar-se nas mãos do destino. O destino, contudo, nunca é meramente neutro - sempre existe uma dimensão moral. A própria vida é uma busca e o buscador dedicado e consciente da verdade e do bem é recompensado da maneira apropriada no devido tempo" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "Como Viver e como Morrer". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 69.

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"A água, na qual existem tantos reinos misteriosos, é um símbolo apropriado da verdade que existe sob a superfície das coisas - um tipo de véu translúcido, às vezes transparente, às vezes opaco, entre este mundo e os mundos do pós-morte. Por meio do poder mágico da água, podemos entrar em contato com a sabedoria do Outro Mundo" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria da Ãgua". ---. In: O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 74.
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