Dor

De Dicionário de Poética e Pensamento

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==Alegria==
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:"Por toda parte nos resta ainda uma alegria. A dor verdadeira entusiasma. Quem anda sobre a sua miséria está mais alto e é maravilhoso que nós somente na dor sintamos bem a liberdade da alma." Hyperion
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== 1 ==
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: "Crê-me, em qualquer parte resta ainda uma [[alegria]]. A [[dor]] autêntica entusiasma. Quem penetra a sua encontra-se acima. E é magnífico que somente na [[dor]] cheguemos a [[sentir]] corretamente a [[liberdade]] da [[alma]]" (1).
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== Jung ==
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: Referência:
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:Jung relaciona a Dor a uma tensão entre ego e self.
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: (1) HÖLDERLIN, Friedrich. '''Hipérion ou O eremita da [[Grécia]]. Trad. Marcia C. de Sá Cavalcante. Petrópolis: Vozes, 1994, p. 137.'''
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:Referência:
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== 2 ==
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:FRANZ, Marie Louise von. A interpretação dos contos de fada. Rio, Achiamé, 1981, p.105.
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: "Uma das [[situações]] que mais evidenciam a indigência da [[existência]] é a [[experiência]] da [[dor]]. A [[dor]] é uma sensação indizível que se inaugura colada à condição [[corporal]]. Ela aparece permeada pelo [[medo]], o [[medo]] da [[dor]]. A [[dor]] não se limita ao [[corpo]]. Ela pertence à [[existência]]" (1).
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: (1) POMPEIA, João Augusto. "[[Corporeidade]]". In: Rev. '''Daseinsanlyse, No. 12, 2003, p. 36.'''
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: "E a [[dor]] é que não estamos à altura de nossa [[perfeição]], e quanto à nossa [[beleza]], nós mal a suportamos" (1).
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: (1) LISPECTOR, Clarice. '''A maçã no escuro. Rio de Janeiro: José Ãlvaro, 1970, p. 252.'''
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: A [[dor]] está ligada ao [[verbo]] grego ''páskho'', que compõe diferentes [[palavras]] em que [[alegria]] e [[dor]] estão ligadas da mesma forma que [[paixão]] e compaixão; [[empatia]] e [[simpatia]]; apatia e antipatia.
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:- [[Manuel Antônio de Castro]]
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: O [[tema]] da [[dor]] que aparece no [[poema]] de Fernando Pessoa "Autopsicografia" é, sem dúvida, fundamental. Esse é um [[tema]] recorrente nas variadas [[experiência|experiências]] de [[pensamento]]. Aparece em Jó, Cristo, Sócrates e, sobretudo, na [[experiência]] de [[pensamento]] do [[sagrado]] de SiddhÄrtha Gautama, o [[Buda]]. É também o [[tema]] central ou motriz do [[romance]] de Hermann Hesse: '''Sidarta'''.
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]
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: "A [[dor]] é parte do [[amor]] e precisamos aceitar isso. A [[dor]] pode deixá-lo com raiva ou torná-lo mais incondicional em seu [[amor]]. A [[dor]] pode destruir o inimigo do [[amor]], a cobrança. A [[dor]] é aquela  arma que o [[amor]] tem a fim de se livrar da cobrança [[interior]]. A [[dor]] é inevitável, mas o [[sofrimento]] é opcional" (1).
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: (1) SRI SRI RAVI SHANKAR. "A [[dor]] é inevitável, mas o [[sofrimento]] é opcional". Entrevista à jornalista Celina Machado. In: '''O Globo, Quarta-feira, 14.12.2016, 1o. Caderno, p. 36.'''
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: “A [[dor]] é o rasgo do dilaceramento. A [[dor]] não dilacera, porém, espalhando pedaços por todos os lados. A [[dor]] dilacera, corta e diferencia, só que ao fazer isso arrasta tudo para si, reunindo tudo em si†(1).
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:(1) HEIDEGGER, Martin. '''A [[caminho]] da [[linguagem]]. Trad. Márcia Sá Cavalcante Schuback. 4. e. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 21.'''
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: "''Socrates'': Digo que em nós, seres vivos, quando a [[harmonia]] sofre uma ruptura, ocorre simultaneamente uma desintegração em nossa [[natureza]] e o nascimento da [[dor]]" (1).
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: (1) Platão. '''Filebo'''. In: '''[[Diálogos]] de Platão IV. Trad. Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2009, p. 213. Filebo, 31 d.'''
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: "Como médico conheci o [[valor]] [[místico]] do [[sofrimento]]" (1).
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: (1) ROSA, João Guimarães. "[[Diálogo]] com Guimarães Rosa". In: COUTINHO, Eduardo (org.). '''Guimarães Rosa'''. '''Coleção Fortuna Crítica, 2. e. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991, p. 62-97.'''
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: "Diversas [[disciplinas]] tratam do [[sentir]] e da [[dor]] como [[conhecimento]]. Porém, a [[dor]] e o [[sentir]] como [[identidade]] e [[diferença]] só se manifestam no [[poietizar]] do [[poeta]]. É que a ''[[poiesis]]'' é o ''[[logos]]'' enquanto [[entre]]. [[Poietizar]] é [[entrear]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Interdisciplinaridade]] [[poética]]: o ''[[entre]]''". Revista '''Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: [[Interdisciplinaridade]]: dimensões [[poéticas]], 164, jan.-mar., 2006, p. 29.'''
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: É muito difícil dizer o que [[é]] [[dor]], porque faz parte de nossas [[emoções]]. E estas são modos de [[ser]] e [[experienciar-se]] muito ricas, e que exigem outras [[palavras]] para dizê-las, como, por exemplo: [[sofrimento]], [[tristeza]], [[angústia]], [[desespero]], [[solidão]], mágoa...
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]
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: "Socrates: Digo que em nós, seres vivos, quando a [[harmonia]] sofre uma ruptura, ocorre simultaneamente uma desintegração em nossa [[natureza]] e o nascimento da [[dor]]...Se, todavia, a [[harmonia]] é recuperada e a [[natureza]] reintegrada, digo que ocorre o nascimento do [[prazer]], se é que me é permitido expressar-me com o mínimo de [[palavras]] e a máxima brevidade sobre [[matérias]] de suma importância" (1).
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: (1) Platão. '''Filebo'''. In: '''[[Diálogos]] de Platão IV, trad. Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2009, p. 213. Filebo, 31 d.S.'''
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: "...uma boa definição do próprio [[prazer]], tal como Epicuro o concebe. O [[prazer]], como bem principal e inato, não é algo que deva ser buscado a todo custo e indiscriminadamente, já que às vezes pode resultar em [[dor]]. Do mesmo modo, uma [[dor]] nem sempre deve ser evitada, já que pode resultar em [[prazer]]" (1).
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: (1) LORENCINI, Ãlvaro e CARRATORE, Enzo del. In: '''Epicuro. Carta sobre a [[felicidade]] (a Meneceu). Trad. e Apresentação de Ãlvaro Lorentini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 16.'''
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: "O [[anseio]] é a [[dor]] da [[proximidade]] do distante" (1)
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: (1) [[HEIDEGGER]], Martin. "Quem é o Zaratustra de Nietzsche". '''Trad. Gilvan Fogel. In: ---. [[Ensaios]] e conferências. Petrópolis / RJ: Vozes, 2002, p. 93.'''
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: "Não é o parto que causa a [[dor]]. A [[dor]] é o [[uno]] se fazendo [[diversidade]], a [[mulher]] se fazendo [[diferença]] do [[eu]] que é ela e do [[tu]] que é seu filho. Aqui há [[diferença]] e [[identidade]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Poético]]-[[ecologia]]". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). '''[[Arte]]: [[corpo]], [[mundo]] e [[terra]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 20.'''
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== 16 ==
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: "Na [[mulher]], o [[corpo]] influi na normalidade da [[vida]] mais do que o do [[homem]]; porém, ao contrário, esse comportamento frequente faz com que a [[mulher]], não doente, domine mais seu [[corpo]] do que o [[homem]]. Daí o estranho [[fenômeno]] de que a [[mulher]] resista à grande [[dor]] e à miséria física melhor que o [[homem]] e, em contrapartida, seja mais comedida em entregar-se aos prazeres excessivos, daí a surpreendente eurritmia e comedimento na postura [[feminina]], no compasso e contenção em seus gestos, um não sei quê de recolhido e contenção que tem o [[corpo]] da [[mulher]]" (1).
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: (1) ORTEGA Y GASSET, José. "Como nos vemos a nós. A [[mulher]] e seu [[corpo]]". In: '''[[Obras]] Completas de José Ortega y Gasset, 6. e. Madrid: Revista de Occidente, 1964, Tomo VI (1941-1946), p. 162.'''
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: "Sabe, existem [[dores]] no [[mundo]], grandes [[dores]], que até agora nem [[eu]] nem você sentimos como fome e destruição, e muitas [[coisas]] desse [[tipo]]. Mas existe uma [[dor]] que é enorme também: a [[dor]] de [[ser]] abandonada. É uma [[dor]] de [[solidão]] muito profunda, uma [[dor]] que machuca" (1).
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: Referência:
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: '''Liv & Ingmar - Uma história de [[amor]]. Documentário dirigido por DHEERAL AKOLKAR. Narrado por Liv Ullmann, 2013.'''
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: "...todo [[conhecimento]] [[grego]] se funda na [[possibilidade]] de [[ver]]. Ao destruir a [[visão]], [[Édipo]] renega, explode, [[simbolicamente]], o [[conhecimento]] [[humano]], que se revela [[limitado]], [[finito]], [[aparente]], causador de [[dor]] e, portanto, culpado. O [[ato]] do [[trágico]] rei é o máximo de [[sofrimento]] [[humano]], mas também de sua purificação: é a [[catarse]]" (1).
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "As faces do [[trágico]] em '''Vidas Secas'''". In: ---. '''[[Travessia]] [[Poética]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 75.'''
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: "Porque ela estava sentindo a grande [[dor]]. Nessa [[dor]] havia, porém, o contrário de um entorpecimento: era um modo mais leve e mais silencioso de [[existir]]. Quem [[sou]] [[eu]]? perguntou-se em grande [[perigo]]. E o cheiro do jasmineiro respondeu: [[eu]] [[sou]] o meu perfume" (1).
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: Referência:
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: (1) LISPECTOR, Clarice. '''Uma aprendizagem ou o [[livro]] dos prazeres. Rio de Janeiro: José Olympio, 4. e., 1974, p. 157.'''
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: "O [[problemático]] para o [[ser humano]] consiste no [[fato]] de que faz da [[dobra]] [[essencial]] um [[duplo]] e, assim, acha que pode determinar a [[essência]] do [[agir]] pelo seu [[querer]] manifesto na sua [[vontade]]. Isso é [[impossível]]. Daí seu desamparo, [[dor]] e [[sofrimento]], seus desvios e descuidos, na condução das [[possibilidades]] de [[realização]] da sua [[vida]], de seu [[próprio]], até se abrir para o [[acontecer]] do [[sentido do ser]], a [[necessidade]] que o chama em [[tudo]] que faz e não faz, pensa e não pensa, [[é]] e [[não-é]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Liberdade]], [[vontade]] e uso de drogas". In: ----. '''[[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 269.'''
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: "Como [[mortais]], nossa [[liberdade]] é [[necessidade]] [[ontológica]]. A separação [[entre]] [[vida]] e [[morte]] causa a [[dor]] que advém de nossos [[limites]]. A sua [[integração]] nos lança na [[verdadeira]] [[liberdade]], aquela [[necessidade]] de vivermos a [[vida]] como [[sentido]] e não simplesmente como [[vivências]]. Trata-se de [[ser]] o que se sente" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Liberdade]], [[vontade]] e uso de drogas". In: ----. '''[[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.'''
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== 22 ==
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: "[[Filosoficamente]], o [[drama]] de Sófocles ['''Édipo Rei'''] afirma que a [[dor]] é constituinte básico da [[natureza]] [[humana]]. Só através da [[dor]], o [[homem]] encontra a sua [[verdade]] mais [[profunda]] e liberta-se das [[culpas]] que o atormentam" (1).
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: Referência:
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: (1) ÉDIPO. In: '''[[Mitologia]], volumes: 1, 2, 3. São Paulo: Abril Cultural, Editor Victor Civita, 1973, v. 3, p. 548.'''
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== 23 ==
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: "... quanto mais alegre a [[alegria]], mais pura é a [[tristeza]] nela adormecida. Quanto mais [[profunda]] a [[tristeza]], mais a [[alegria]] que nela repousa nos convoca. [[Tristeza]] e [[alegria]] tocam e jogam uma com a outra. O [[jogo]] que afina [[tristeza]] e [[alegria]] entre si, aproximando a [[distância]] e distanciando a [[proximidade]], é a ''[[dor]]''. Por isso, tanto a [[alegria]] mais intensa como a [[tristeza]] mais [[profunda]] são, cada uma a seu modo, dolorosas. A [[dor]] encoraja, no entanto, o [[ânimo]] dos [[mortais]] de tal modo que é da [[dor]] que eles recebem a sua gravidade. A gravidade sustenta os [[mortais]] em [[todas]] as suas oscilações no [[repouso]] de sua [[essência]], de seu [[vigor]]" (1).
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: (1) [[HEIDEGGER]], Martin. "A [[palavra]]". In: '''A [[caminho]] da [[linguagem]]. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 186.'''
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== 24 ==
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: "O [[nada]] é [[fonte]] de [[tudo]] que [[é]], assim como o [[silêncio]] é a [[fonte]] de toda [[fala]]. Por isso mesmo o [[nada]] nos aparece como a [[morte]]. Porém, sem esta não há [[posição]] para o [[vivente]]. [[Nada]] é [[vida]]. [[Vida]] é [[morte]]. Todo [[mal]] e [[dor]] é da nossa condição de [[humanos]] [[finitos]]. Desse modo o maior [[mal]] e a maior [[dor]] é a [[distância]] do [[Nada]]. E o maior [[bem]] e [[plenitude]] é sua [[proximidade]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Ulisses]] e a [[Escuta]] do [[Canto]] das [[Sereias]]â€. In: -----. '''[[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 169.'''
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== 25 ==
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: "A [[dor]] deve nos aproximar do que somos e nos levar ao encontro de [[algo]] maior" (1).
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: (1) ROSSI, Padre Marcelo. "Ressurreição de Lázaro". In: ---.'''[[Ãgape]]. São Paulo: Editora Globo, 2015, 30 reimpressão, p. 75.'''
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== 27 ==
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: "O grito de [[dor]] de [[Édipo]], arrancando os [[olhos]], tem mais [[sentido]] do que mil tratados de [[psicologia]] e [[filosofia]]. É algo muito mais [[profundo]] do que as classificações de [[dor]] físico-psicológicas ou sentimentais, alógicas ou fonéticas. A [[voz]], no grito de [[dor]] de [[Édipo]], é o ''[[pathos]]'' abissal da [[linguagem]] abissal" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Poético]]-[[ecologia]]". In: '''[[Arte]]: [[corpo]], [[mundo]] e [[terra]]. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 32.'''
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== 28 ==
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: "No grito de [[dor]] de [[Édipo]] dá-se o salto [[mortal]] no [[abismo]] sem fundo do [[silêncio]] pleno" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Poético]]-[[ecologia]]". In: '''[[Arte]]: [[corpo]], [[mundo]] e [[terra]]. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 33.'''
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== 29 ==
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: "O grito de [[dor]] de [[Édipo]], arrancando os [[olhos]], leva à [[plenitude]] de [[sentido]], porque o leva à [[Cura]] de todas as [[procuras]] de afirmação da negação do que lhe fora [[destinado]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Poético]]-[[ecologia]]". In: '''[[Arte]]: [[corpo]], [[mundo]] e [[terra]]. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 33.'''
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== 30 ==
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: "Aos 60 anos, Millôr Fernandes dizia que estava na "idade do condor". Com [[dor]] na lombar, com [[dor]] no joelho..." (1).
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: Referência:
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: (1) MOTTA, Nelson. [[Crônica]]: "DORES E ALÃVIOS". In: '''O GLOBO, "Segundo Caderno", p. 2, Sexta-feira 21.6.2024.'''
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== 31 ==
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: "A maturidade oferece a opção da [[sabedoria]] de [[aprender]] na [[dor]] ou [[ser]] derrotado por ela, seja no [[corpo]] ou nos [[sentimentos]]. O [[sofrimento]] pode [[ensinar]] ou destruir uma [[pessoa]]. O ressentimento, [[sentir]] de novo [[dores]] já vividas e [[passadas]], é um dos mais inúteis e nocivos [[sentimentos]]. Guardar [[memórias]] dolorosas e revivê-las em sua [[tristeza]], ou em sua raiva, ou em sua injustiça, é uma das maiores armas de meu maior inimigo, o que [[melhor]] me conhece, o que sabe meus pontos vulneráveis: [[eu]] [[mesmo]]" (1).
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: Referência: 
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: (1) MOTTA, Nelson. [[Crônica]]: "DORES E ALÃVIOS". In: '''O GLOBO, "Segundo Caderno", p.2,Sexta-feira 21.6.2024.'''
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== 32 ==
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: "Dor-de-cotovelo não se cura em balcão de bar, mas ler poesia empodera, você passa a ser uma pessoa que vale a pena - azar de quem te deixou. Enxugue as lágrimas e, se voltar para o balcão do bar, repare no milagre: sua aura intelectual fará mais por você do que o hálito da cachaça" (1).
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: Referência:
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: (1) MEDEIROS, Martha. [[Crônica]]: "LITERACURA". In: '''O GLOBO, Revista '''Ela''', 23 de Junho, 2024, p. 11.'''
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== 33 ==
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: "A [[melhor]] maneira de multiplicar um [[prazer]] é dividi-lo. A [[melhor]] maneira de acalmar uma [[dor]] também" (1).
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: Referência:
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: AGUALUSA, José Eduardo. [[Crônica]]: "PATINS COR-DE-ROSA". In: '''O GLOBO, Segundo Caderno, sábado, 12-10-2024, p.6'''

Edição atual tal como 22h17min de 3 de Abril de 2025

1

"Crê-me, em qualquer parte resta ainda uma alegria. A dor autêntica entusiasma. Quem penetra a sua encontra-se acima. E é magnífico que somente na dor cheguemos a sentir corretamente a liberdade da alma" (1).


Referência:
(1) HÖLDERLIN, Friedrich. Hipérion ou O eremita da Grécia. Trad. Marcia C. de Sá Cavalcante. Petrópolis: Vozes, 1994, p. 137.

2

"Uma das situações que mais evidenciam a indigência da existência é a experiência da dor. A dor é uma sensação indizível que se inaugura colada à condição corporal. Ela aparece permeada pelo medo, o medo da dor. A dor não se limita ao corpo. Ela pertence à existência" (1).


Referência:
(1) POMPEIA, João Augusto. "Corporeidade". In: Rev. Daseinsanlyse, No. 12, 2003, p. 36.

3

"E a dor é que não estamos à altura de nossa perfeição, e quanto à nossa beleza, nós mal a suportamos" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. A maçã no escuro. Rio de Janeiro: José Ãlvaro, 1970, p. 252.

4

A dor está ligada ao verbo grego páskho, que compõe diferentes palavras em que alegria e dor estão ligadas da mesma forma que paixão e compaixão; empatia e simpatia; apatia e antipatia.


- Manuel Antônio de Castro

5

O tema da dor que aparece no poema de Fernando Pessoa "Autopsicografia" é, sem dúvida, fundamental. Esse é um tema recorrente nas variadas experiências de pensamento. Aparece em Jó, Cristo, Sócrates e, sobretudo, na experiência de pensamento do sagrado de SiddhÄrtha Gautama, o Buda. É também o tema central ou motriz do romance de Hermann Hesse: Sidarta.


- Manuel Antônio de Castro

6

"A dor é parte do amor e precisamos aceitar isso. A dor pode deixá-lo com raiva ou torná-lo mais incondicional em seu amor. A dor pode destruir o inimigo do amor, a cobrança. A dor é aquela arma que o amor tem a fim de se livrar da cobrança interior. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional" (1).


Referência:
(1) SRI SRI RAVI SHANKAR. "A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional". Entrevista à jornalista Celina Machado. In: O Globo, Quarta-feira, 14.12.2016, 1o. Caderno, p. 36.

7

“A dor é o rasgo do dilaceramento. A dor não dilacera, porém, espalhando pedaços por todos os lados. A dor dilacera, corta e diferencia, só que ao fazer isso arrasta tudo para si, reunindo tudo em si†(1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. Trad. Márcia Sá Cavalcante Schuback. 4. e. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 21.

8

"Socrates: Digo que em nós, seres vivos, quando a harmonia sofre uma ruptura, ocorre simultaneamente uma desintegração em nossa natureza e o nascimento da dor" (1).


Referência:
(1) Platão. Filebo. In: Diálogos de Platão IV. Trad. Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2009, p. 213. Filebo, 31 d.

9

"Como médico conheci o valor místico do sofrimento" (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. "Diálogo com Guimarães Rosa". In: COUTINHO, Eduardo (org.). Guimarães Rosa. Coleção Fortuna Crítica, 2. e. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991, p. 62-97.

10

"Diversas disciplinas tratam do sentir e da dor como conhecimento. Porém, a dor e o sentir como identidade e diferença só se manifestam no poietizar do poeta. É que a poiesis é o logos enquanto entre. Poietizar é entrear" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o entre". Revista Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, 164, jan.-mar., 2006, p. 29.

11

É muito difícil dizer o que é dor, porque faz parte de nossas emoções. E estas são modos de ser e experienciar-se muito ricas, e que exigem outras palavras para dizê-las, como, por exemplo: sofrimento, tristeza, angústia, desespero, solidão, mágoa...


- Manuel Antônio de Castro

12

"Socrates: Digo que em nós, seres vivos, quando a harmonia sofre uma ruptura, ocorre simultaneamente uma desintegração em nossa natureza e o nascimento da dor...Se, todavia, a harmonia é recuperada e a natureza reintegrada, digo que ocorre o nascimento do prazer, se é que me é permitido expressar-me com o mínimo de palavras e a máxima brevidade sobre matérias de suma importância" (1).


Referência:
(1) Platão. Filebo. In: Diálogos de Platão IV, trad. Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2009, p. 213. Filebo, 31 d.S.

13

"...uma boa definição do próprio prazer, tal como Epicuro o concebe. O prazer, como bem principal e inato, não é algo que deva ser buscado a todo custo e indiscriminadamente, já que às vezes pode resultar em dor. Do mesmo modo, uma dor nem sempre deve ser evitada, já que pode resultar em prazer" (1).


Referência:
(1) LORENCINI, Ãlvaro e CARRATORE, Enzo del. In: Epicuro. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. e Apresentação de Ãlvaro Lorentini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 16.

14

"O anseio é a dor da proximidade do distante" (1)


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "Quem é o Zaratustra de Nietzsche". Trad. Gilvan Fogel. In: ---. Ensaios e conferências. Petrópolis / RJ: Vozes, 2002, p. 93.

15

"Não é o parto que causa a dor. A dor é o uno se fazendo diversidade, a mulher se fazendo diferença do eu que é ela e do tu que é seu filho. Aqui há diferença e identidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 20.

16

"Na mulher, o corpo influi na normalidade da vida mais do que o do homem; porém, ao contrário, esse comportamento frequente faz com que a mulher, não doente, domine mais seu corpo do que o homem. Daí o estranho fenômeno de que a mulher resista à grande dor e à miséria física melhor que o homem e, em contrapartida, seja mais comedida em entregar-se aos prazeres excessivos, daí a surpreendente eurritmia e comedimento na postura feminina, no compasso e contenção em seus gestos, um não sei quê de recolhido e contenção que tem o corpo da mulher" (1).


Referência:
(1) ORTEGA Y GASSET, José. "Como nos vemos a nós. A mulher e seu corpo". In: Obras Completas de José Ortega y Gasset, 6. e. Madrid: Revista de Occidente, 1964, Tomo VI (1941-1946), p. 162.

17

"Sabe, existem dores no mundo, grandes dores, que até agora nem eu nem você sentimos como fome e destruição, e muitas coisas desse tipo. Mas existe uma dor que é enorme também: a dor de ser abandonada. É uma dor de solidão muito profunda, uma dor que machuca" (1).


Referência:
Liv & Ingmar - Uma história de amor. Documentário dirigido por DHEERAL AKOLKAR. Narrado por Liv Ullmann, 2013.

18

"...todo conhecimento grego se funda na possibilidade de ver. Ao destruir a visão, Édipo renega, explode, simbolicamente, o conhecimento humano, que se revela limitado, finito, aparente, causador de dor e, portanto, culpado. O ato do trágico rei é o máximo de sofrimento humano, mas também de sua purificação: é a catarse" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "As faces do trágico em Vidas Secas". In: ---. Travessia Poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 75.

19

"Porque ela estava sentindo a grande dor. Nessa dor havia, porém, o contrário de um entorpecimento: era um modo mais leve e mais silencioso de existir. Quem sou eu? perguntou-se em grande perigo. E o cheiro do jasmineiro respondeu: eu sou o meu perfume" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: José Olympio, 4. e., 1974, p. 157.

20

"O problemático para o ser humano consiste no fato de que faz da dobra essencial um duplo e, assim, acha que pode determinar a essência do agir pelo seu querer manifesto na sua vontade. Isso é impossível. Daí seu desamparo, dor e sofrimento, seus desvios e descuidos, na condução das possibilidades de realização da sua vida, de seu próprio, até se abrir para o acontecer do sentido do ser, a necessidade que o chama em tudo que faz e não faz, pensa e não pensa, é e não-é" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 269.

21

"Como mortais, nossa liberdade é necessidade ontológica. A separação entre vida e morte causa a dor que advém de nossos limites. A sua integração nos lança na verdadeira liberdade, aquela necessidade de vivermos a vida como sentido e não simplesmente como vivências. Trata-se de ser o que se sente" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.

22

"Filosoficamente, o drama de Sófocles [Édipo Rei] afirma que a dor é constituinte básico da natureza humana. Só através da dor, o homem encontra a sua verdade mais profunda e liberta-se das culpas que o atormentam" (1).


Referência:
(1) ÉDIPO. In: Mitologia, volumes: 1, 2, 3. São Paulo: Abril Cultural, Editor Victor Civita, 1973, v. 3, p. 548.

23

"... quanto mais alegre a alegria, mais pura é a tristeza nela adormecida. Quanto mais profunda a tristeza, mais a alegria que nela repousa nos convoca. Tristeza e alegria tocam e jogam uma com a outra. O jogo que afina tristeza e alegria entre si, aproximando a distância e distanciando a proximidade, é a dor. Por isso, tanto a alegria mais intensa como a tristeza mais profunda são, cada uma a seu modo, dolorosas. A dor encoraja, no entanto, o ânimo dos mortais de tal modo que é da dor que eles recebem a sua gravidade. A gravidade sustenta os mortais em todas as suas oscilações no repouso de sua essência, de seu vigor" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A palavra". In: A caminho da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 186.

24

"O nada é fonte de tudo que é, assim como o silêncio é a fonte de toda fala. Por isso mesmo o nada nos aparece como a morte. Porém, sem esta não há posição para o vivente. Nada é vida. Vida é morte. Todo mal e dor é da nossa condição de humanos finitos. Desse modo o maior mal e a maior dor é a distância do Nada. E o maior bem e plenitude é sua proximidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereiasâ€. In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 169.

25

"A dor deve nos aproximar do que somos e nos levar ao encontro de algo maior" (1).


Referência:
(1) ROSSI, Padre Marcelo. "Ressurreição de Lázaro". In: ---.Ãgape. São Paulo: Editora Globo, 2015, 30 reimpressão, p. 75.

26

27

"O grito de dor de Édipo, arrancando os olhos, tem mais sentido do que mil tratados de psicologia e filosofia. É algo muito mais profundo do que as classificações de dor físico-psicológicas ou sentimentais, alógicas ou fonéticas. A voz, no grito de dor de Édipo, é o pathos abissal da linguagem abissal" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Arte: corpo, mundo e terra. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 32.

28

"No grito de dor de Édipo dá-se o salto mortal no abismo sem fundo do silêncio pleno" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Arte: corpo, mundo e terra. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 33.

29

"O grito de dor de Édipo, arrancando os olhos, leva à plenitude de sentido, porque o leva à Cura de todas as procuras de afirmação da negação do que lhe fora destinado" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Arte: corpo, mundo e terra. CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 33.

30

"Aos 60 anos, Millôr Fernandes dizia que estava na "idade do condor". Com dor na lombar, com dor no joelho..." (1).


Referência:
(1) MOTTA, Nelson. Crônica: "DORES E ALÃVIOS". In: O GLOBO, "Segundo Caderno", p. 2, Sexta-feira 21.6.2024.

31

"A maturidade oferece a opção da sabedoria de aprender na dor ou ser derrotado por ela, seja no corpo ou nos sentimentos. O sofrimento pode ensinar ou destruir uma pessoa. O ressentimento, sentir de novo dores já vividas e passadas, é um dos mais inúteis e nocivos sentimentos. Guardar memórias dolorosas e revivê-las em sua tristeza, ou em sua raiva, ou em sua injustiça, é uma das maiores armas de meu maior inimigo, o que melhor me conhece, o que sabe meus pontos vulneráveis: eu mesmo" (1).


Referência:
(1) MOTTA, Nelson. Crônica: "DORES E ALÃVIOS". In: O GLOBO, "Segundo Caderno", p.2,Sexta-feira 21.6.2024.

32

"Dor-de-cotovelo não se cura em balcão de bar, mas ler poesia empodera, você passa a ser uma pessoa que vale a pena - azar de quem te deixou. Enxugue as lágrimas e, se voltar para o balcão do bar, repare no milagre: sua aura intelectual fará mais por você do que o hálito da cachaça" (1).


Referência:
(1) MEDEIROS, Martha. Crônica: "LITERACURA". In: O GLOBO, Revista Ela, 23 de Junho, 2024, p. 11.

33

"A melhor maneira de multiplicar um prazer é dividi-lo. A melhor maneira de acalmar uma dor também" (1).


Referência:
AGUALUSA, José Eduardo. Crônica: "PATINS COR-DE-ROSA". In: O GLOBO, Segundo Caderno, sábado, 12-10-2024, p.6
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