Sensação

De Dicionário de Poética e Pensamento

1

"Mas, sem dúvida, se não podemos falar em sensação pura, também, em se tratando do ser humano, é impossível ficar preso a uma razão pura. Por isso, melhor do que falar em instinto, seja melhor dimensioná-lo pelo mito de Cura, conjugando a sua origem, tanto em Eros, quanto em Cura, fazendo desta uma dimensão do próprio Eros, pois, em última instância, as libidos são sempre uma procura, inerente ao próprio do ser humano, enquanto dimensionada por Eros" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: Eros, tecnologia, transumanismo. MONTEIRO, Maria Conceição e Outros (org.). Rio de Janeiro: Caetés, 2015, p. 47.

2

"Mas jamais podemos dizer que há uma sensação pura. Sem fronteiras delimitadoras precisas e exatas, nela já atua também a libido sciendi, desejo de saber, de conhecer pela qual a indigência e limites o fazem desejar conhecer os entes e os fenômenos, tudo que é, e também o que ele mesmo é..." (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: Eros, tecnologia, transumanismo. MONTEIRO, Maria Conceição e Outros (org.). Rio de Janeiro: Caetés, 2015, p. 47.

3

"Com os olhos, com os ouvidos, com as mãos, captamos algo sempre diferenciado: cor, brilho, claridade, claro e escuro, com os olhos; ruído, sons, barulho, com os ouvidos; pressão, movimento, forma, densidade, com as mãos. A captação por nossos sentidos, chamamos de sensações. Mas, para vermos uma caixa-de-música, um livro ou qualquer outra coisa, é indispensável muito mais do que sensações. Quando vemos um livro, não apenas estamos percebendo e sentindo estímulos óticos, mas dando aos estímulos óticos um significado e um sentido que está muito além das sensações. É isso que Platão chama da doação da ideia" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Idea, Eidos". Conferência proferida na UERJ, em 2005.
Ferramentas pessoais