Amor

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "O [[amor]] transforma o agradecimento em fidelidade para conosco e em crença incondicional no [[outro]]. Dessa forma, o [[amor]] intensifica constantemente o seu segredo mais peculiar. A [[proximidade]] implica aqui a maior [[distância]] diante do [[outro]]. Essa [[distância]] não deixa nada desaparecer, mas nos lança ao seio da [[simples]] [[presença]] de uma [[revelação]] transparente, apesar de incompreensível. O [[coração]] nunca está em condições de dominar o despontar repentino do [[outro]] em nossa [[vida]]. Um [[destino]] [[humano]] entrega-se a um [[destino]] [[humano]] e o serviço do [[amor]] puro é manter desperta essa entrega exatamente como no primeiro [[dia]]" (1).
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: "O [[amor]] transforma o agradecimento em [[fidelidade]] para conosco e em [[crença]] incondicional no [[outro]]. Dessa forma, o [[amor]] intensifica constantemente o seu [[segredo]] mais peculiar. A [[proximidade]] implica aqui a maior [[distância]] diante do [[outro]]. Essa [[distância]] não deixa [[nada]] [[desaparecer]], mas nos lança ao seio da [[simples]] [[presença]] de uma [[revelação]] transparente, apesar de [[incompreensível]]. O [[coração]] nunca está em condições de dominar o despontar repentino do [[outro]] em nossa [[vida]]. Um [[destino]] [[humano]] entrega-se a um [[destino]] [[humano]] e o serviço do [[amor]] [[puro]] é manter desperta essa [[entrega]] exatamente como no primeiro [[dia]]" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''Correspondência 1925/1975''. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001, p. 8.
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: (1) HEIDEGGER, Martin. '''Correspondência 1925/1975. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001''', p. 8.
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: "Mas, Surupita, [[amor]] é [[coragens]]. E [[amor]] é sede depois de se ter bem bebido..." (1).
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: "Mas, Surupita, [[amor]] é [[coragens]]. E [[amor]] é [[sede]] depois de se ter bem bebido..." (1).
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: (1) ROSA, João Guimarães. "Dão-Lalão". In:-------. ''Noites do sertão''. 4. e. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, 61.
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: (1) ROSA, João Guimarães. "Dão-Lalão". In:---. '''Noites do sertão, 4. e. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969''', 61.
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: "Mas parecia-lhe que, assim como uma [[mulher]] às vezes se guardava intocada para dar-se um dia ao [[amor]], que ela queria [[morrer]] talvez ainda toda [[inteira]] para a [[eternidade]] tê-la toda" (1).  
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: "Mas parecia-lhe que, assim como uma [[mulher]] às vezes se guardava intocada para [[dar-se]] um dia ao [[amor]], que ela queria [[morrer]] talvez ainda [[toda]] [[inteira]] para a [[eternidade]] tê-la [[toda]]" (1).  
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: (1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 40.  
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: (1) LISPECTOR, Clarice. '''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres'''. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, 4. e., p. 40.
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: (1) ROSA, João Guimarães. "Buriti". In:-------.  ''Noites do sertão''. 4. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, 103.
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: (1) ROSA, João Guimarães. "Buriti". In:-------.  '''Noites do sertão'''. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, 4. e., p. 103.
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: (1) SANTOS, Mário Ferreira dos. ''Pitágoras e o tema do número''. São Paulo: Logos, 1959, p. 74.
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: (1) SANTOS, Mário Ferreira dos. '''Pitágoras e o tema do número'''. São Paulo: Logos, 1959, p. 74.
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: - (1) Fala de Marianne, no filme de LIV ULLMANN ''Infiel''. Roteiro de Ingmar Bergman.
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: (1) Fala da personagem Marianne, no filme de Liv Ullmann '''Infiel'''. Roteiro de Ingmar Bergman.
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: (1) KIERKEGAARD, Sören. ''Temor e tremor''. Lisboa: Guimarães Editores, 1998, p. 30.
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: (1) KIERKEGAARD, Sören. '''Temor e tremor'''. Lisboa: Guimarães Editores, 1998, p. 30.
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: O afastamento e até a perda do [[pensamento]] acontece "... quando ele se afasta do seu [[elemento]]. O [[elemento]] é aquilo a partir do qual o [[pensamento]] pode ser [[pensamento]]. O [[elemento]] é o propriamente poderoso: o [[poder]]. Ele se apega ao [[pensamento]] e assim conduz à sua [[Essência]]... o [[pensamento]] é o [[pensamento]] do [[Ser]]...O [[pensamento]] [[é]], isso significa: o [[Ser]] se apegou, num [[destino]] [[Histórico]], à sua [[Essência]]. Apegar-se a uma "coisa" ou "pessoa" em sua [[Essência]] quer dizer: amá-la, querê-la" (1).
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: O afastamento e até a perda do [[pensamento]] acontece "... quando ele se afasta do seu [[elemento]]. O [[elemento]] é aquilo a partir do qual o [[pensamento]] pode ser [[pensamento]]. O [[elemento]] é o propriamente poderoso: o [[poder]]. Ele se apega ao [[pensamento]] e assim conduz à sua [[Essência]]... o [[pensamento]] é o [[pensamento]] do [[Ser]]...O [[pensamento]] [[é]], isso significa: o [[Ser]] se apegou, num [[destino]] [[Histórico]], à sua [[Essência]]. Apegar-se a uma "[[coisa]]" ou "[[pessoa]]" em sua [[Essência]] quer [[dizer]]: amá-la, querê-la" (1).
   
   
: Aqui é fundamental [[perceber]] que quando se diz "o [[pensamento]] [[é]]", não nos referimos a predicativos, porque ele simplesmente [[é]], e não isto ou aquilo. Ora, quando simplesmente [[é]], o "[[é]]" é o [[sujeito]], a medida do [[pensamento]]. Daí [[pensamento]] e [[ser]], no "[[é]]", serem [[um]] e o [[mesmo]]. [[Ser]] [[um]] e o [[mesmo]] quer [[dizer]]: amá-la, querê-la. De novo, devemos distinguir que aqui não se quer ou ama isto ou aquilo como um predicativo do [[sujeito]]. [[Amar]] e [[querer]], enquanto "[[é]]", diz simplesmente [[amar]] ou [[ser]]: [[é]]; [[querer]] ou [[ser]]: [[é]]. Disso podemos concluir: [[pensamento]] é igual a viger o [[pensamento]] no seu [[elemento]]. Qual? O [[ser]]. Nessa [[dimensão]] e medidos pelos [[ser]]: [[pensamento]], [[amor]] e [[poesia]] são [[um]] e o [[mesmo]].
: Aqui é fundamental [[perceber]] que quando se diz "o [[pensamento]] [[é]]", não nos referimos a predicativos, porque ele simplesmente [[é]], e não isto ou aquilo. Ora, quando simplesmente [[é]], o "[[é]]" é o [[sujeito]], a medida do [[pensamento]]. Daí [[pensamento]] e [[ser]], no "[[é]]", serem [[um]] e o [[mesmo]]. [[Ser]] [[um]] e o [[mesmo]] quer [[dizer]]: amá-la, querê-la. De novo, devemos distinguir que aqui não se quer ou ama isto ou aquilo como um predicativo do [[sujeito]]. [[Amar]] e [[querer]], enquanto "[[é]]", diz simplesmente [[amar]] ou [[ser]]: [[é]]; [[querer]] ou [[ser]]: [[é]]. Disso podemos concluir: [[pensamento]] é igual a viger o [[pensamento]] no seu [[elemento]]. Qual? O [[ser]]. Nessa [[dimensão]] e medidos pelos [[ser]]: [[pensamento]], [[amor]] e [[poesia]] são [[um]] e o [[mesmo]].
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''Carta sobre o Humanismo''. Tradução Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 28.
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: (1) [[HEIDEGGER]], Martin. '''Carta sobre o [[Humanismo]]'''. Tradução Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 28.
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: "O [[amor]] é paciente, o [[amor]] é benigno, não é invejoso; o [[amor]] não é orgulhoso, não se ensoberbece; não é descortês, não é interesseiro, não se irrita, não guarda rancor; não se alegra com a injustiça, mas se compraz com a [[verdade]]; [[tudo]] desculpa, [[tudo]] crê, [[tudo]] espera, [[tudo]] tolera" (1)
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: "O [[amor]] é paciente, o [[amor]] é benigno, não é invejoso; o [[amor]] não é orgulhoso, não se ensoberbece; não é descortês, não é interesseiro, não se irrita, não guarda rancor; não se alegra com a [[injustiça]], mas se compraz com a [[verdade]]; [[tudo]] desculpa, [[tudo]] crê, [[tudo]] espera, [[tudo]] tolera" (1)
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: (1) PAULO DE TARSO. Primeira Epistola aos Coríntios, 13, 4-8.
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: (1) PAULO DE TARSO. '''Primeira Epistola aos Coríntios''', 13, 4-8.
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: (1) BERGMAN, Ingmar. ''Sorrisos de uma noite de amor''. Fala da personagem ''Desirée''.
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: (1) BERGMAN, Ingmar. '''Sorrisos de uma noite de amor'''. Fala da personagem ''Desirée''.
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:          "Moram em mim a [[dúvida]] e a [[piedade]]:
:          "Moram em mim a [[dúvida]] e a [[piedade]]:
:          [[sou]] [[velho]] e [[jovem]], menino e bebê.
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:          Não digam se eu morrer: ele morreu.
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:          Hei de [[estar]] vivo no seio do amado" (1).
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: (1) RÛMI. "O canto da unidade". In: -----. ''A flauta e a lua - Poemas de Rûmi''. Trad. de Marco Lucchesi e Rafî Moussavî. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2016, p. 109.
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: (1) RÛMI. "O canto da unidade". In: ---. '''A flauta e a lua - Poemas de Rûmi'''. Trad. de Marco Lucchesi e Rafî Moussavî. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2016, p. 109.
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: (1) HESSE, Hermann. ''Sidarta''. Trad. Herbert Caro. Rio de Janeiro: O Globo, 2003, p. 120.
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: (1) HESSE, Hermann. '''Sidarta'''. Trad. Herbert Caro. Rio de Janeiro: '''O Globo''', 2003, p. 120.
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:  (1) ROSA, João Guimarães. ''Grande sertão: veredas''. 6. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968, p. 12.
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:  (1) ROSA, João Guimarães. '''Grande sertão: veredas'''. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968, 6. e., p. 12.
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: ''Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão''.  SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 218.
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: '''Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão'''.  SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 218.
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: (1) PICASSO, Juan Antônio - terapeuta cogninitivo-comportamental. In: ''O GLOBO'', p. 2, 30-11-2017. Entrevista dada a GABRIEL ROSA.
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: (1) PICASSO, Juan Antônio - terapeuta cogninitivo-comportamental. In: '''O GLOBO''', p. 2, 30-11-2017. Entrevista dada a GABRIEL ROSA.
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: "Seja para o [[pensamento]], seja para as [[artes]], [[Éros]] sempre foi a grande [[questão]], sendo a mais tematizada, interpretada e aprofundada. Por detrás do seu [[agir]], como aquilo que o move, está sempre o [[Amor]] do [[amar]]. Dessa maneira, há uma certa impropriedade em se falar de [[Éros]] como algo [[substantivo]], pois remete facilmente para a sua [[interpretação]] e [[compreensão]] como algo, como um [[ente]]. E não é isso [[Éros]]. Como [[essência]] do [[agir]] é total e completa [[energia]] de [[realização]], é [[luz]] irradiante em contínuo [[acontecer]]. E isso já nos obriga a [[compreender]] o que é o [[corpo]] do [[ser humano]], em toda a sua complexidade e densidade, muito além de um simples [[organismo]] e seu [[funcionamento]]. O [[ser humano]], sendo [[essencialmente]] o [[agir]] de [[Eros]], jamais pode ser reduzido a um [[corpo]] [[orgânico]] ou mecânico ou [[virtual]]. Sendo filhos, como somos de [[Pênia]], a [[Pobreza]], pro-curamos pelo que nos é [[necessário]]: o [[Bem]]) (1).
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: "Seja para o [[pensamento]], seja para as [[artes]], [[Éros]] sempre foi a grande [[questão]], sendo a mais tematizada, interpretada e aprofundada. Por detrás do seu [[agir]], como aquilo que o move, está sempre o [[Amor]] do [[amar]]. Dessa maneira, há uma certa impropriedade em se falar de [[Éros]] como algo [[substantivo]], pois remete facilmente para a sua [[interpretação]] e [[compreensão]] como algo, como um [[ente]]. E não é isso [[Éros]]. Como [[essência]] do [[agir]] é total e completa [[energia]] de [[realização]], é [[luz]] irradiante em contínuo [[acontecer]]. E isso já nos obriga a [[compreender]] o que é o [[corpo]] do [[ser humano]], em toda a sua complexidade e densidade, muito além de um simples [[organismo]] e seu [[funcionamento]]. O [[ser humano]], sendo [[essencialmente]] o [[agir]] de [[Eros]], jamais pode ser reduzido a um [[corpo]] [[orgânico]] ou mecânico ou [[virtual]]. Sendo filhos, como somos de [[Pênia]], a [[Pobreza]], pro-curamos pelo que nos é [[necessário]]: o [[Bem]] (1).
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: CASTRO, Manuel Antônio de. "''Eros'', o humano e os humanismos". In: ''Eros, tecnologia, transumanismo''. Org. Maria Conceição Monteiro e Outros. Rio de Janeiro: Caetés, 2015, 45.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "''Eros'', o humano e os humanismos". In: '''Eros, tecnologia, transumanismo'''. Org. Maria Conceição Monteiro e Outros. Rio de Janeiro: Caetés, 2015, 45.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 295.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: ---. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 295.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e Ser". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 317.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e Ser". In:----. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 317.
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:  (1) KAUR, rupi. '''meu corpo / minha casa'''. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 63.
:  (1) KAUR, rupi. '''meu corpo / minha casa'''. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 63.
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: a [[pessoa]] com quem [[você]] se relaciona
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: deve tornar sua [[vida]] mais rica
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: não sugar sua [[energia]]
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: ficar quando dói não é [[amor]]      (1)
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: Referência:
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:  (1) KAUR, rupi. '''meu corpo / minha casa'''. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 68.:
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== 24 ==
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: "Um [[homem]] inspirado pelo [[Amor]]
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: Terá um [[Amor]] gentil e [[bom]]
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: Para [[ouvir]] os [[desejos]] do seu [[coração]]
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: Doce é a [[feminilidade]]
 +
: Pois o [[Amor]] vai nos aquecer [[noite]] e [[dia]]
 +
: O [[Amor]] é a [[fonte]] do [[verdadeiro]] [[prazer]]
 +
: O [[Amor]] alivia a [[dor]] e a [[tristeza]]
 +
: Alivia uma [[alma]] em [[sofrimento]]
 +
: O [[Amor]] tem a chave do amanhã
 +
: Nele nasce a [[eternidade]]
 +
: Pois graças ao [[Amor]] o [[mundo]] surgiu
 +
: [[Homem]] e [[Mulher]] deram [[vida]] ao [[Amor]]
 +
: O [[Amor]] é puro
 +
: O [[Amor]] é iluminado
 +
: Os [[amantes]] iluminam uns aos outros
 +
: Que o [[paraíso]] os una" (1).
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 +
: Referência:
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 +
: (1) Filme: '''A Flauta Mágica''' de Ingmar Bergman, baseado no Ópera imortal de Wolfgang Amadeus Mozart.
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== 25 ==
 +
: "[[Ágape]] é uma [[palavra]] de [[origem]] [[grega]] que significa o [[amor]] [[divino]]. O [[amor]] de [[Deus]] pelos filhos. E ainda o [[amor]] que as [[pessoas]] sentem umas pelas outras inspiradas por esse [[amor]] [[divino]]" (1).
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: Referência:
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: (1) ROSSI, Padre Marcelo. "Introdução". In: ---. '''Ágape'''. São Paulo: Editora Globo, 2015, 30 reimpressão, p. 19.
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== 26 ==
 +
: "O [[amor]] não é uma imposição intrusa, externa. É uma [[condição]] [[própria]] do [[homem]]. O [[amor]] anima, isto é, dá [[alma]] à [[existência]] [[humana]]. O [[amor]] traz o [[significado]] à [[vida]]. Os [[gregos]] falavam dos três [[tipos]] de [[amor]]: ''[[Eros]], [[Filia]] e [[Ágape]]''. ''[[Eros]]'' é o mais aprisionado, brincalhão. ''[[Filia]]'' é [[amizade]]. E ''[[Ágape]]'' é [[divino]]. [[É]] [[amor]] que não exige retribuição. É [[puro]]. É [[livre]]" (1).
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: Referência:
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: (1) ROSSI, Padre Marcelo. "Amor fraterno". In: ---. '''Ágape'''. São Paulo: Editora Globo, 2015, 30 reimpressão, p. 88.
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== 27 ==
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: [[Amor]]: [[memória]] do [[Uno]] ([[Ser]]).
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: - [[Manuel Antônio de Castro]].
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== 28 ==
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: Pois o [[amor]] é a [[convergência]] divergente e a [[divergência]] convergente dos contrários, gerando [[harmonia]]. O seu [[nome]] é [[doação]] e [[felicidade]].
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: - [[Manuel Antônio de Castro]].
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== 29 ==
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: Que é o [[ato]] [[amoroso]] senão um [[pacto]], um mútuo [[ser]] possuído pela [[paixão]] do [[amar]]?
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: - [[Manuel Antônio de Castro]].
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== 30 ==
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:      "Rosa Cor de Rosa"
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: Jorge Fernando - Custódio Castelo
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: --------------------------
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:      [[Eu]] sei de ti, sabes de mim
 +
:      Quando o [[amor]] [[acontece]]
 +
:      [[Eu]] sei de ti, sabes de mim
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:      Quando o [[amor]] nos [[acontece]].
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: -------------------------- (1).
 +
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 +
: Referência:
 +
 +
: (1) CD de Ana Moura: '''Para além da saudade'''. Universal Music Portugal SA, 2007.

Edição atual tal como 00h32min de 28 de Abril de 2024

1

"O amor transforma o agradecimento em fidelidade para conosco e em crença incondicional no outro. Dessa forma, o amor intensifica constantemente o seu segredo mais peculiar. A proximidade implica aqui a maior distância diante do outro. Essa distância não deixa nada desaparecer, mas nos lança ao seio da simples presença de uma revelação transparente, apesar de incompreensível. O coração nunca está em condições de dominar o despontar repentino do outro em nossa vida. Um destino humano entrega-se a um destino humano e o serviço do amor puro é manter desperta essa entrega exatamente como no primeiro dia" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Correspondência 1925/1975. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001, p. 8.

2

"Mas, Surupita, amor é coragens. E amor é sede depois de se ter bem bebido..." (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. "Dão-Lalão". In:---. Noites do sertão, 4. e. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, 61.

3

"Mas parecia-lhe que, assim como uma mulher às vezes se guardava intocada para dar-se um dia ao amor, que ela queria morrer talvez ainda toda inteira para a eternidade tê-la toda" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, 4. e., p. 40.
Ver também:
*Sagrado

4

"O amor é que é o destino verdadeiro" (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. "Buriti". In:-------. Noites do sertão. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, 4. e., p. 103.

5

"O Um mais o Um gerado por ele e o amor que os une formam a tríade pitagórica, simbolizada pelo triângulo sagrado de lados iguais" (1).


Referência:
(1) SANTOS, Mário Ferreira dos. Pitágoras e o tema do número. São Paulo: Logos, 1959, p. 74.

6

"Mas é difícil falar sobre amor, essa mistura de impulsos e ataques de vertigem que cresce como um câncer até se tornar inexpugnável" (1).


Referência:
(1) Fala da personagem Marianne, no filme de Liv Ullmann Infiel. Roteiro de Ingmar Bergman.

7

"Nada será perdido dos que foram grandes; cada um a seu modo e segundo a grandeza do objeto que amou. Porque aquele que amou a si próprio foi grande pela sua pessoa; quem amou a outrem foi grande dando-se; mas o que amou a Deus foi o maior de todos. A história celebrará os grandes homens, mas cada um foi grande pelo objeto da sua esperança: um engrandeceu-se na esperança de atingir o possível; um outro na esperança das coisas eternas - mas aquele que quis alcançar o impossível foi, de todos, o maior" (1).


Referência:
(1) KIERKEGAARD, Sören. Temor e tremor. Lisboa: Guimarães Editores, 1998, p. 30.

8

O afastamento e até a perda do pensamento acontece "... quando ele se afasta do seu elemento. O elemento é aquilo a partir do qual o pensamento pode ser pensamento. O elemento é o propriamente poderoso: o poder. Ele se apega ao pensamento e assim conduz à sua Essência... o pensamento é o pensamento do Ser...O pensamento é, isso significa: o Ser se apegou, num destino Histórico, à sua Essência. Apegar-se a uma "coisa" ou "pessoa" em sua Essência quer dizer: amá-la, querê-la" (1).
Aqui é fundamental perceber que quando se diz "o pensamento é", não nos referimos a predicativos, porque ele simplesmente é, e não isto ou aquilo. Ora, quando simplesmente é, o "é" é o sujeito, a medida do pensamento. Daí pensamento e ser, no "é", serem um e o mesmo. Ser um e o mesmo quer dizer: amá-la, querê-la. De novo, devemos distinguir que aqui não se quer ou ama isto ou aquilo como um predicativo do sujeito. Amar e querer, enquanto "é", diz simplesmente amar ou ser: é; querer ou ser: é. Disso podemos concluir: pensamento é igual a viger o pensamento no seu elemento. Qual? O ser. Nessa dimensão e medidos pelos ser: pensamento, amor e poesia são um e o mesmo.


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Carta sobre o Humanismo. Tradução Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 28.

9

"O amor é paciente, o amor é benigno, não é invejoso; o amor não é orgulhoso, não se ensoberbece; não é descortês, não é interesseiro, não se irrita, não guarda rancor; não se alegra com a injustiça, mas se compraz com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo tolera" (1)


Referência:
(1) PAULO DE TARSO. Primeira Epistola aos Coríntios, 13, 4-8.

10

As questões, como paradoxos, ao configurarem a liminaridade, projetam o ser humano numa profunda dor, mas também numa profunda paixão. Por isso o paradoxo maior do ser humano é o amor, o sabor da sabedoria do amor, ou seja, a tensão radical de paixão amorosa e mortal.


- Manuel Antônio de Castro

11

"Não se esqueça: o amor é um eterno jogo de malabarismo com três bolas. São elas: o coração, as palavras e os órgãos reprodutores. É tão fácil manter as três bolas no ar e também tão fácil deixar uma cair" (1).


Referência:
(1) BERGMAN, Ingmar. Sorrisos de uma noite de amor. Fala da personagem Desirée.

12

"Moram em mim a dúvida e a piedade:
sou velho e jovem, menino e bebê.
Não digam se eu morrer: ele morreu.
Hei de estar vivo no seio do amado" (1).


Referência:
(1) RÛMI. "O canto da unidade". In: ---. A flauta e a lua - Poemas de Rûmi. Trad. de Marco Lucchesi e Rafî Moussavî. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2016, p. 109.

13

"... tenho para mim que o amor é o que há de mais importante no mundo. Analisar o mundo, explicá-lo, menosprezá-lo, talvez caiba aos grandes pensadores. Mas a mim me interessa exclusivamente que eu seja capaz de amar o mundo, de não sentir desprezo por ele, de não odiar nem a ele nem a mim mesmo, de contemplar a ele, a mim, a todas as criaturas com amor, admiração e reverência" (1).


Referência:
(1) HESSE, Hermann. Sidarta. Trad. Herbert Caro. Rio de Janeiro: O Globo, 2003, p. 120.

14

"Que o que gasta, vai gastando o diabo de dentro da gente, aos pouquinhos, é o razoável sofrer. E a alegria de amor..." (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968, 6. e., p. 12.

15

"O fundar que faz o amor acontecer enquanto belo não é o próprio amor, pois o acontecer se dá no amor acontecendo enquanto belo. Porém, o acontecer é que, como tal, funda o acontecer do amor e não é o amor acontecendo enquanto belo que funda o acontecer. O belo só será belo se for, e não enquanto uma qualidade do sujeito" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 218.

16

" - O que aprendeu com clientes famosos, como Maradona e a família Kirchner?"
" - Todos nós, seres humanos, necessitamos que nos amem, que nos aceitem e que nos valorizem. Todos. Atrás de todo excesso, seja de trabalho, de amor, de dinheiro, de poder, de prestígio, de fama...atrás de cada excesso, há uma carência, alguma coisa que faltou. O único elemento que dá paz e ordem a seu cérebro é o amor. É impossível não estar feliz se houver amor de boa qualidade" (1).


Referência:
(1) PICASSO, Juan Antônio - terapeuta cogninitivo-comportamental. In: O GLOBO, p. 2, 30-11-2017. Entrevista dada a GABRIEL ROSA.

17

"Seja para o pensamento, seja para as artes, Éros sempre foi a grande questão, sendo a mais tematizada, interpretada e aprofundada. Por detrás do seu agir, como aquilo que o move, está sempre o Amor do amar. Dessa maneira, há uma certa impropriedade em se falar de Éros como algo substantivo, pois remete facilmente para a sua interpretação e compreensão como algo, como um ente. E não é isso Éros. Como essência do agir é total e completa energia de realização, é luz irradiante em contínuo acontecer. E isso já nos obriga a compreender o que é o corpo do ser humano, em toda a sua complexidade e densidade, muito além de um simples organismo e seu funcionamento. O ser humano, sendo essencialmente o agir de Eros, jamais pode ser reduzido a um corpo orgânico ou mecânico ou virtual. Sendo filhos, como somos de Pênia, a Pobreza, pro-curamos pelo que nos é necessário: o Bem (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: Eros, tecnologia, transumanismo. Org. Maria Conceição Monteiro e Outros. Rio de Janeiro: Caetés, 2015, 45.

18

Um índice que mostra o homem para além do racional é o eros/amor. Há uma relação racional no comportamento amoroso, mas o amor propriamente dito é aquilo que ultrapassa e está além dessa mera relação racional. Daí as variáveis de amor e paixão, onde esta é marcada por um arrebatamento próximo da loucura e que nada tem de racional.


- Manuel Antônio de Castro.

19

"A concepção do amar como doação é usada de uma maneira generalizada. Pode haver amor sem doação? Já sabemos o que é dar/doação para podermos afirmar que o amar é doação, entrega? Damos e entregamos o quê quando amamos? No dia dos pais, por exemplo, os filhos dão e entregam um presente aos pais. É um dar como sinal do amar, que afirma o carinho, o reconhecimento, a importância do pai em suas vidas. Uma forma de dar é dar presentes. Mas será essa e outras formas de dar a essência do dar? E se o amor for presença e não o presente? Amor e doação de quê? Já sabemos o que é, essencialmente, doar para dizer que os amantes se doam quando se amam? Neste dar-se o amante entrega-se completamente, sem limites e sem condições? E pode o outro sem deixar de ser outro receber tal entrega? Tal doar e receber não anulariam o próprio de cada um?" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 295.

20

"A realidade, enquanto linguagem e sentido, é o que denominamos: mundo. No amar e quando amamos vigoramos em nosso amor no mundo, isto é, tudo entra no âmbito do sentido, da linguagem, pois sem esta não há sentido, unidade e musicalidade. Amar, portanto, é sempre deixar acontecer mundo e sentido, unidade e musicalidade. Amar como verbo é o deixar vigorar o sentido musical do ser. E é sempre no horizonte de mundo e sentido que acontece verdade, unidade, beleza, bem" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e Ser". In:----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 317.

21

acho difícil separar
as relações abusivas
das saudáveis
não sei qual é a diferença
entre amor e violência
- parece tudo a mesma coisa (1)


Referência:
(1) KAUR, rupi. meu corpo / minha casa. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 54.

22

precisei viver uma relação saudável
para descobrir que não devo ter medo
da pessoa que eu amo (1)


Referência:
(1) KAUR, rupi. meu corpo / minha casa. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 63.

23

a pessoa com quem você se relaciona
deve tornar sua vida mais rica
não sugar sua energia
ficar quando dói não é amor (1)


Referência:
(1) KAUR, rupi. meu corpo / minha casa. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 68.:

24

"Um homem inspirado pelo Amor
Terá um Amor gentil e bom
Para ouvir os desejos do seu coração
Doce é a feminilidade
Pois o Amor vai nos aquecer noite e dia
O Amor é a fonte do verdadeiro prazer
O Amor alivia a dor e a tristeza
Alivia uma alma em sofrimento
O Amor tem a chave do amanhã
Nele nasce a eternidade
Pois graças ao Amor o mundo surgiu
Homem e Mulher deram vida ao Amor
O Amor é puro
O Amor é iluminado
Os amantes iluminam uns aos outros
Que o paraíso os una" (1).


Referência:
(1) Filme: A Flauta Mágica de Ingmar Bergman, baseado no Ópera imortal de Wolfgang Amadeus Mozart.

25

"Ágape é uma palavra de origem grega que significa o amor divino. O amor de Deus pelos filhos. E ainda o amor que as pessoas sentem umas pelas outras inspiradas por esse amor divino" (1).


Referência:
(1) ROSSI, Padre Marcelo. "Introdução". In: ---. Ágape. São Paulo: Editora Globo, 2015, 30 reimpressão, p. 19.

26

"O amor não é uma imposição intrusa, externa. É uma condição própria do homem. O amor anima, isto é, dá alma à existência humana. O amor traz o significado à vida. Os gregos falavam dos três tipos de amor: Eros, Filia e Ágape. Eros é o mais aprisionado, brincalhão. Filia é amizade. E Ágape é divino. É amor que não exige retribuição. É puro. É livre" (1).


Referência:
(1) ROSSI, Padre Marcelo. "Amor fraterno". In: ---. Ágape. São Paulo: Editora Globo, 2015, 30 reimpressão, p. 88.

27

Amor: memória do Uno (Ser).


- Manuel Antônio de Castro.

28

Pois o amor é a convergência divergente e a divergência convergente dos contrários, gerando harmonia. O seu nome é doação e felicidade.


- Manuel Antônio de Castro.

29

Que é o ato amoroso senão um pacto, um mútuo ser possuído pela paixão do amar?


- Manuel Antônio de Castro.

30

"Rosa Cor de Rosa"
Jorge Fernando - Custódio Castelo
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Eu sei de ti, sabes de mim
Quando o amor acontece
Eu sei de ti, sabes de mim
Quando o amor nos acontece.
-------------------------- (1).


Referência:
(1) CD de Ana Moura: Para além da saudade. Universal Music Portugal SA, 2007.
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