Cosmos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Olhou para as mesinhas com para-sol dispostas em torno da piscina: pareciam sobrepairar na homogeneidade do [[cosmo]]. Tudo era [[infinito]], nada tinha [[começo]] nem [[fim]]: assim era a [[eternidade]] [[cósmica]]. Daí a um [[instante]] a [[visão]] da [[realidade]] se desfazia, fora apenas um átimo de segundo, a [[homogeneidade]] desaparecia e os [[olhos]] se perdiam numa [[multiplicidade]] de tonalidades ainda [[surpreendentes]]: à [[visão]] aguda e [[instantânea]] seguira-se [[algo]] mais reconhecível na [[terra]]" (1).  
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: "Olhou para as mesinhas com para-sol dispostas em torno da piscina: pareciam sobrepairar na homogeneidade do [[cosmo]]. Tudo era [[infinito]], nada tinha [[começo]] nem [[fim]]: assim era a [[eternidade]] [[cósmica]]. Daí a um [[instante]] a [[visão]] da [[realidade]] se desfazia, fora apenas um átimo de segundo, a homogeneidade desaparecia e os [[olhos]] se perdiam numa [[multiplicidade]] de tonalidades ainda surpreendentes: à [[visão]] aguda e instantânea seguira-se [[algo]] mais reconhecível na [[terra]]" (1).  
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: (1) LISPECTOR, Clarice. '''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres'''. 4. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 71.
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: (1) LISPECTOR, Clarice. '''Uma [[aprendizagem]] ou o [[livro]] dos prazeres. 4. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 71.'''
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: * ''[[Kosmos]]''.
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: * ''[[Céu]]''.
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: [[Cosmo]] ou [[Cosmos]]  se origina da [[palavra]] grega: ''[[Kosmos]]''. Esta significa: [[ordem]]. Daí também: boa ordem, [[disciplina]]; prudência, [[sabedoria]], honestidade; [[organização]], [[construção]]; a [[ordem]] do [[universo]]. Em vista disso, [[entre]] os pitagóricos e os [[poetas]] [[filósofos]]: [[mundo]], [[universo]]; o [[mundo]] conhecido, a [[terra]] habitada; o [[homem]], o [[organismo]] [[humano]]. ''[[Kosmos]]'' provém do [[verbo]] [[grego]] ''kosmeo'', que significa: pôr em boa [[ordem]]; dirigir, [[governar]].
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: [[Cosmo]] ou [[Cosmos]]  se origina da [[palavra]] grega: ''[[Kosmos]]''. Esta significa: [[ordem]]. Daí também: boa ordem, [[disciplina]]; prudência, [[sabedoria]], honestidade; [[organização]], [[construção]]; a [[ordem]] do [[universo]]. Em vista disso, [[entre]] os pitagóricos e os [[poetas]] [[filósofos]]: [[mundo]], [[universo]]; o [[mundo]] conhecido, a [[terra]] habitada; o [[homem]], o [[organismo]] [[humano]]. ''[[Kosmos]]'' provém do [[verbo]] [[grego]] ''kosmeo'', que significa: pôr em boa [[ordem]]; dirigir, governar.
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: BAILLY, A. '''Dictionaire Grec Français'''. Edição revista por L. Séchan e Pierre Chantraine. Paris: Hacette, 1950, p. 1125 e 1124.
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: BAILLY, A. '''Dictionaire Grec Français. Edição revista por L. Séchan e Pierre Chantraine. Paris: Hacette, 1950, p. 1125 e 1124.'''
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: "Para os [[antigos egípcios]], o [[homem]] era a [[personificação]] das [[leis]] da [[criação]] e, assim, as [[funções]] e processos fisiológicos das várias [[partes]] do [[corpo]] eram vistas como [[manifestações]] das [[funções]] [[cósmicas]]. Os membros e os órgãos tinham uma [[função]] [[metafísica]], além de seu [[objetivo]] físico. As [[partes]] do  [[corpo]] eram consagradas a um dos '''neteru''' ([[princípios]] [[divinos]]), que aparecem nos registros egípcios [[históricos]] recuperados" (1).
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: "Para os [[antigos egípcios]], o [[homem]] era a [[personificação]] das [[leis]] da [[criação]] e, assim, as [[funções]] e processos fisiológicos das várias [[partes]] do [[corpo]] eram vistas como [[manifestações]] das [[funções]] [[cósmicas]]. Os membros e os órgãos tinham uma [[função]] [[metafísica]], além de seu [[objetivo]] físico. As [[partes]] do  [[corpo]] eram consagradas a um dos '''neteru''' ([[princípios]] [[divinos]]), que aparecem nos registros [[egípcios]] [[históricos]] recuperados" (1).
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: (1) GADALLA, Moustafa. "O [[Ser Humano]]". In: ------. '''Cosmologia egípcia - o universo animado'''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 91.
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: (1) GADALLA, Moustafa.''' "O [[Ser]] [[Humano]]". In: ------. [[Cosmologia]] [[egípcia]] - o [[universo]] animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 91.'''
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “[[Aprender]] com a [[dança]]: fluxos e [[diálogos]] [[poéticos]]”. In: TAVARES, Renata (org.). '''O que me move, de Pina Bausch – e [[outros]] [[textos]] sobre [[dança]]-[[teatro]]'''. São Paulo: LibersArs, 2017, p. 82.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' “[[Aprender]] com a [[dança]]: fluxos e [[diálogos]] [[poéticos]]”. In: TAVARES, Renata (org.). O que me move, de Pina Bausch – e [[outros]] [[textos]] sobre [[dança]]-[[teatro]]. São Paulo: LibersArs, 2017, p. 82.'''
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: "A [[consciência]] [[cósmica]] dos antigos [[egípcios]] e dos [[Baladi]] levou/leva-os a adotar [[práticas]] com bases [[astrológicas]] em todos os aspectos de suas [[vidas]]. Nos exemplos seguintes, fica claro que a [[medicina]] [[egípcia]] possuía um forte elemento [[astrológico]]" (1).  
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: "A [[consciência]] [[cósmica]] dos antigos [[egípcios]] e dos Baladi levou/leva-os a adotar [[práticas]] com bases [[astrológicas]] em todos os aspectos de suas [[vidas]]. Nos exemplos seguintes, fica claro que a medicina [[egípcia]] possuía um forte elemento [[astrológico]]" (1).  
: No texto do [[livro]] seguem os exemplos. Conferir na [[obra]], pois são muito extensos.
: No texto do [[livro]] seguem os exemplos. Conferir na [[obra]], pois são muito extensos.
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: (1) GADALLA, Moustafa. "O [[Ser]] [[Humano]]". In: ------. '''Cosmologia egípcia - o [[universo]] [[animado]]'''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.
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: (1) GADALLA, Moustafa.''' "O [[Ser]] [[Humano]]". In: ------. [[Cosmologia]] egípcia - o [[universo]] animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.'''
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: "O [[sistema]] [[psicológico]] [[egípcio]] baseia-se na [[presença]] de 12 centros de [[poder]]. Uma vez a cada duas [[horas]] [[diurnas]] ou [[noturnas]], um destes centros atinge o [[pico]] das [[atividades]], devido à passagem de [[Ra]], o [[sol]] do sangue, e, em seguida, retorna a [[adormecer]]. As [[alterações]] das [[energias]] [[solares]] [[vermelha]] e [[branca]], nas áreas onde os doze [[poderes]] permanecem adormecidos nos [[órgãos]] do [[corpo]], são resultado do [[ritmo]] [[cósmico]]. Esta atividade ocorre doze vezes ao [[dia]]. Doze também é o número de signos zodiacais do [[Grande Ano]]" (1).
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: "O [[sistema]] [[psicológico]] [[egípcio]] baseia-se na [[presença]] de 12 centros de [[poder]]. Uma vez a cada duas horas diurnas ou noturnas, um destes centros atinge o pico das atividades, devido à passagem de [[Ra]], o [[sol]] do sangue, e, em seguida, retorna a adormecer. As alterações das [[energias]] solares vermelha e branca, nas áreas onde os doze [[poderes]] permanecem adormecidos nos [[órgãos]] do [[corpo]], são resultado do [[ritmo]] [[cósmico]]. Esta atividade ocorre doze vezes ao [[dia]]. Doze também é o número de signos zodiacais do Grande Ano" (1).
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: (1) GADALLA, Moustafa.''' "O [[Ser]] [[Humano]]". In: ------. [[Cosmologia]] egípcia - o [[universo]] animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.'''
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: (1) GADALLA, Moustafa. "O [[Ser]] [[Humano]]". In: ------. '''Cosmologia egípcia - o [[universo]] [[animado]]'''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.
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: (1) GADALLA, Moustafa. "O mais [[religioso]]". In: ------. '''Cosmologia egípcia - o [[universo]] [[animado]]'''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 22.
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: (1) GADALLA, Moustafa.''' "O mais [[religioso]]". In: ------. [[Cosmologia]] egípcia - o [[universo]] animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 22.'''
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: "A [[vigília]] do [[Homem]] que, refletindo, vem a ser [[poeta]] e [[artista]], o leva a defrontar-se com sua [[trilogia]]: [[Esquecimento]], [[Sono]] e [[Morte]], por intermédio do [[dom]] da [[Poesia]], a ele outorgado pelas [[Musas]], filhas da [[Memória]]. A [[deusa]] [[Memória]], ordenadora do [[Caos]], preservando a [[Verdade]] do eixo [[sagrado]], surgirá como a [[medida]] [[ontológica]] do [[Cosmos]], posto que seu [[atributo]] é reter o [[desvelado]] do qual o [[Homem]] participa, dirigindo-o rumo à [[recordação]] do [[essencial]], continuamente à [[espera]] de [[ser]] [[repensado]]" (1).
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: "A vigília do [[Homem]] que, refletindo, vem a ser [[poeta]] e [[artista]], o leva a defrontar-se com sua trilogia: [[Esquecimento]], Sono e [[Morte]], por intermédio do [[dom]] da [[Poesia]], a ele outorgado pelas [[Musas]], filhas da [[Memória]]. A [[deusa]] [[Memória]], ordenadora do [[Caos]], preservando a [[Verdade]] do eixo [[sagrado]], surgirá como a [[medida]] [[ontológica]] do [[Cosmos]], posto que seu [[atributo]] é reter o [[desvelado]] do qual o [[Homem]] participa, dirigindo-o rumo à [[recordação]] do [[essencial]], continuamente à [[espera]] de [[ser]] repensado" (1).
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: (1) BEAINI, Thais Curi. '''A [[Memória]], [[Medida]] [[Ontológica]] do [[Cosmos]]''. São Paulo: Palas Athena, 1989, p. 15.
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: (1) BEAINI, Thais Curi. '''A [[Memória]], [[Medida]] [[Ontológica]] do [[Cosmos]]. São Paulo: Palas Athena, 1989, p. 15.'''
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Ulisses]] e a [[Escuta]] do [[Canto]] das [[Sereias]]”. In: -----. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 163.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Ulisses]] e a [[Escuta]] do [[Canto]] das [[Sereias]]”. In: -----. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 163.'''
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: "Na [[cultura]] [[chinesa]], sem partir de [[dicotomias]], a [[energia]] que flui em nosso [[corpo]] e o constitui como um todo na [[unidade]] de suas [[partes]], é proveniente de cinco [[fontes]] de [[energia]] interligadas [[essencialmente]] através dos cinco [[elementos]], na [[disputa]] (''[[polemos]]'', dizem os [[gregos]]) [[entre]] [[Yin]] e [[Yan]]. Os cinco [[elementos]] são: [[Fogo]], [[Terra]], Metal, [[Água]], Madeira ([[matéria]]). E as [[energias]] são: 1a. [[ancestral]]; 2a. dos alimentos; 3a. do [[ar]]; 4a. do [[cosmo]] / meio ambiente; 5a. das [[relações]] [[afetivas]]" (1).
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: "Na [[cultura]] chinesa, sem partir de [[dicotomias]], a [[energia]] que flui em nosso [[corpo]] e o constitui como um todo na [[unidade]] de suas [[partes]], é proveniente de cinco [[fontes]] de [[energia]] interligadas [[essencialmente]] através dos cinco [[elementos]], na [[disputa]] (''[[polemos]]'', dizem os [[gregos]]) [[entre]] [[Yin]] e [[Yan]]. Os cinco [[elementos]] são: [[Fogo]], [[Terra]], Metal, [[Água]], Madeira ([[matéria]]). E as [[energias]] são: 1a. [[ancestral]]; 2a. dos alimentos; 3a. do [[ar]]; 4a. do [[cosmo]] / meio ambiente; 5a. das [[relações]] [[afetivas]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Filosofia]] e o [[pensamento]] do [[corpo]]". In: '''Desdobramentos do corpo no século XXI'''. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Filosofia]] e o [[pensamento]] do [[corpo]]". In: [[Desdobramentos]] do [[corpo]] no século XXI. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.'''
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: "[[Energia]] [[Cósmica]]. É difícil [[apreender]] toda [[importância]] desta [[energia]] pela [[densidade]] e [[amplitude]] de sua [[atuação]] e [[presença]]. Aí [[cósmica]] não diz uma noção [[científica]] e [[astronômica]], [[espacial]]. Não se trata de [[meio ambiente]] no [[sentido]] [[espacial]]. Propriamente diz [[habitação]], [[morada]], onde, além de entrar em [[harmonia]] com [[tudo]] e [[todos]], também vigora aí a [[energia]] [[cósmica]] como [[mundo]] e [[sentido]] de [[tudo]]. [[Habitar]] é o difícil [[exercício]] [[existencial]] de [[harmonizar]] essa [[tensão]] [[diferenciadora]] [[entre]] o que [[sou]] e o [[lugar]] do [[habitar]], pois este não determina, mas influi ou para ''[[Yin]]'' ou para ''[[Yan]]''. Isso [[é]] [[ser]] [[corpo]]" (1).
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: "[[Energia]] [[Cósmica]]. É difícil [[apreender]] toda importância desta [[energia]] pela densidade e amplitude de sua [[atuação]] e [[presença]]. Aí [[cósmica]] não diz uma noção [[científica]] e [[astronômica]], [[espacial]]. Não se trata de meio ambiente no [[sentido]] [[espacial]]. Propriamente diz [[habitação]], [[morada]], onde, além de entrar em [[harmonia]] com [[tudo]] e [[todos]], também vigora aí a [[energia]] [[cósmica]] como [[mundo]] e [[sentido]] de [[tudo]]. [[Habitar]] é o difícil [[exercício]] [[existencial]] de [[harmonizar]] essa [[tensão]] [[diferenciadora]] [[entre]] o que [[sou]] e o [[lugar]] do [[habitar]], pois este não determina, mas influi ou para ''[[Yin]]'' ou para ''[[Yan]]''. Isso [[é]] [[ser]] [[corpo]]" (1).
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Filosofia]] e o [[pensamento]] do [[corpo]]". In: '''Desdobramentos do corpo no século XXI'''. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 24.
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. '''"[[Filosofia]] e o [[pensamento]] do [[corpo]]". In: [[Desdobramentos]] do [[corpo]] no século XXI. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 24.'''
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: "O [[cosmo]] [[celta]] irradia de um ponto em que os [[domínios]] [[humano]] e [[sobrenatural]] convergem" (1).
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: "O [[cosmo]] [[celta]] irradia de um ponto em que os domínios [[humano]] e [[sobrenatural]] convergem" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 62.
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: (1) HOOD, Juliette. '''O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. "O [[Limiar]] do [[Outro Mundo]]". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 62.'''

Edição atual tal como 21h33min de 28 de Abril de 2025

1

"Olhou para as mesinhas com para-sol dispostas em torno da piscina: pareciam sobrepairar na homogeneidade do cosmo. Tudo era infinito, nada tinha começo nem fim: assim era a eternidade cósmica. Daí a um instante a visão da realidade se desfazia, fora apenas um átimo de segundo, a homogeneidade desaparecia e os olhos se perdiam numa multiplicidade de tonalidades ainda surpreendentes: à visão aguda e instantânea seguira-se algo mais reconhecível na terra" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 71.
Ver também:
* Kosmos.
* Céu.

2

Cosmo ou Cosmos se origina da palavra grega: Kosmos. Esta significa: ordem. Daí também: boa ordem, disciplina; prudência, sabedoria, honestidade; organização, construção; a ordem do universo. Em vista disso, entre os pitagóricos e os poetas filósofos: mundo, universo; o mundo conhecido, a terra habitada; o homem, o organismo humano. Kosmos provém do verbo grego kosmeo, que significa: pôr em boa ordem; dirigir, governar.


Referência:
BAILLY, A. Dictionaire Grec Français. Edição revista por L. Séchan e Pierre Chantraine. Paris: Hacette, 1950, p. 1125 e 1124.

3

"Para os antigos egípcios, o homem era a personificação das leis da criação e, assim, as funções e processos fisiológicos das várias partes do corpo eram vistas como manifestações das funções cósmicas. Os membros e os órgãos tinham uma função metafísica, além de seu objetivo físico. As partes do corpo eram consagradas a um dos neteru (princípios divinos), que aparecem nos registros egípcios históricos recuperados" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 91.

4

"Não tem cada um o seu código genético e dentro deste a sua história, a sua travessia? A medida de nosso destino, de nosso próprio, de nossa identidade, é o princípio, ou seja, o vigorar da dobra de caos e cosmo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de.Aprender com a dança: fluxos e diálogos poéticos”. In: TAVARES, Renata (org.). O que me move, de Pina Bausch – e outros textos sobre dança-teatro. São Paulo: LibersArs, 2017, p. 82.

5

"A consciência cósmica dos antigos egípcios e dos Baladi levou/leva-os a adotar práticas com bases astrológicas em todos os aspectos de suas vidas. Nos exemplos seguintes, fica claro que a medicina egípcia possuía um forte elemento astrológico" (1).
No texto do livro seguem os exemplos. Conferir na obra, pois são muito extensos.


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.

6

"O sistema psicológico egípcio baseia-se na presença de 12 centros de poder. Uma vez a cada duas horas diurnas ou noturnas, um destes centros atinge o pico das atividades, devido à passagem de Ra, o sol do sangue, e, em seguida, retorna a adormecer. As alterações das energias solares vermelha e branca, nas áreas onde os doze poderes permanecem adormecidos nos órgãos do corpo, são resultado do ritmo cósmico. Esta atividade ocorre doze vezes ao dia. Doze também é o número de signos zodiacais do Grande Ano" (1).


(1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.

7

"No Egito, o que hoje chamamos de religião, era tão amplamente reconhecido que nem mesmo necessitava de um nome. Para eles, não havia diferenças palpáveis entre o sagrado e o mundano. Todo o seu conhecimento, baseado na consciência cósmica, estava implantado em suas práticas diárias, que se tornaram tradições" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O mais religioso". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 22.

8

"A vigília do Homem que, refletindo, vem a ser poeta e artista, o leva a defrontar-se com sua trilogia: Esquecimento, Sono e Morte, por intermédio do dom da Poesia, a ele outorgado pelas Musas, filhas da Memória. A deusa Memória, ordenadora do Caos, preservando a Verdade do eixo sagrado, surgirá como a medida ontológica do Cosmos, posto que seu atributo é reter o desvelado do qual o Homem participa, dirigindo-o rumo à recordação do essencial, continuamente à espera de ser repensado" (1).


Referência:
(1) BEAINI, Thais Curi. A Memória, Medida Ontológica do Cosmos. São Paulo: Palas Athena, 1989, p. 15.

9

"Fora da tradição metafísica, a questão do destino se coloca dentro da questão fundamental da Totalidade harmônica do Cosmos, do Ser. Mas o que é o Ser? Não pode ser um conceito nem fundamento, mas o que vigora como silêncio, sentido, linguagem" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 163.

10

"Na cultura chinesa, sem partir de dicotomias, a energia que flui em nosso corpo e o constitui como um todo na unidade de suas partes, é proveniente de cinco fontes de energia interligadas essencialmente através dos cinco elementos, na disputa (polemos, dizem os gregos) entre Yin e Yan. Os cinco elementos são: Fogo, Terra, Metal, Água, Madeira (matéria). E as energias são: 1a. ancestral; 2a. dos alimentos; 3a. do ar; 4a. do cosmo / meio ambiente; 5a. das relações afetivas" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Filosofia e o pensamento do corpo". In: Desdobramentos do corpo no século XXI. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.

11

"Energia Cósmica. É difícil apreender toda importância desta energia pela densidade e amplitude de sua atuação e presença. Aí cósmica não diz uma noção científica e astronômica, espacial. Não se trata de meio ambiente no sentido espacial. Propriamente diz habitação, morada, onde, além de entrar em harmonia com tudo e todos, também vigora aí a energia cósmica como mundo e sentido de tudo. Habitar é o difícil exercício existencial de harmonizar essa tensão diferenciadora entre o que sou e o lugar do habitar, pois este não determina, mas influi ou para Yin ou para Yan. Isso é ser corpo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Filosofia e o pensamento do corpo". In: Desdobramentos do corpo no século XXI. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 24.

12

"O cosmo celta irradia de um ponto em que os domínios humano e sobrenatural convergem" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 62.
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