Cosmos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 71.
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: [[Cosmo]] ou [[Cosmos]]  se origina da [[palavra]] grega: ''[[Kosmos]]''. Esta significa: [[ordem]]. Daí também: boa ordem, [[disciplina]]; prudência, [[sabedoria]], honestidade; organização, construção; a [[ordem]] do [[universo]]. Em vista disso, entre os pitagóricos e os [[poetas]] [[filósofos]]: [[mundo]], [[universo]]; o [[mundo]] conhecido, a [[terra]] habitada; o [[homem]], o [[organismo]] [[humano]]. ''Kosmos'' provém do [[verbo]] grego ''kosmeo'', que significa: pôr em boa [[ordem]]; dirigir, governar.
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: : (1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. ''Cosmologia egípcia - o universo animado''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 91.
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: (1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. ''Cosmologia egípcia - o universo animado''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 91.
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: "Não tem cada um o seu [[código]] genético e dentro deste a sua [[história]], a sua [[travessia]]? A [[medida]] de nosso [[destino]], de nosso [[próprio]], de nossa [[identidade]], é o [[princípio]], ou seja, o [[vigorar]] da [[dobra]] de [[caos]] e [[cosmo]]" (1).
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: "Não tem cada um o seu [[código]] [[genético]] e dentro deste a sua [[história]], a sua [[travessia]]? A [[medida]] de nosso [[destino]], de nosso [[próprio]], de nossa [[identidade]], é o [[princípio]], ou seja, o [[vigorar]] da [[dobra]] de [[caos]] e [[cosmo]]" (1).
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: CASTRO, Manuel Antônio de. “Aprender com a dança: fluxos e diálogos poéticos”. In: TAVARES, Renata (org.). ''O que me move, de Pina Bausch – e outros textos sobre dança-teatro''. São Paulo: LibersArs, 2017, p. 82.
: CASTRO, Manuel Antônio de. “Aprender com a dança: fluxos e diálogos poéticos”. In: TAVARES, Renata (org.). ''O que me move, de Pina Bausch – e outros textos sobre dança-teatro''. São Paulo: LibersArs, 2017, p. 82.
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: "No [[Egito]], o que hoje chamamos de [[religião]], era tão amplamente reconhecido que nem mesmo necessitava de um [[nome]]. Para eles, não havia diferenças palpáveis entre o [[sagrado]] e o [[mundano]]. Todo o seu [[conhecimento]], baseado na [[consciência]] [[cósmica]], estava implantado em suas [[práticas]] diárias, que se tornaram [[tradições]]" (1).
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: (1) GADALLA, Moustafa. "O mais religioso". In: ------. ''Cosmologia egípcia - o universo animado''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 22.
: (1) GADALLA, Moustafa. "O mais religioso". In: ------. ''Cosmologia egípcia - o universo animado''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 22.
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: (1) BEAINI, Thais Curi. ''A Memória, Medida Ontológica do Cosmos''. São Paulo: Palas Athena, 1989, p. 15.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 163.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 163.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Filosofia e o pensamento do corpo". In: ''Desdobramentos do corpo no século XXI''. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Filosofia e o pensamento do corpo". In: ''Desdobramentos do corpo no século XXI''. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.
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: "[[Energia]] [[Cósmica]]. É difícil [[apreender]] toda [[importância]] desta [[energia]] pela [[densidade]] e [[amplitude]] de sua [[atuação]] e [[presença]]. Aí [[cósmica]] não diz uma noção [[científica]] e [[astronômica]], [[espacial]]. Não se trata de [[meio ambiente]] no [[sentido]] [[espacial]]. Propriamente diz [[habitação]], [[morada]], onde, além de entrar em [[harmonia]] com [[tudo]] e [[todos]], também vigora aí a [[energia]] [[cósmica]] como [[mundo]] e [[sentido]] de [[tudo]]. [[Habitar]] é o difícil [[exercício]] [[existencial]] de [[harmonizar]] essa [[tensão]] [[diferenciadora]] [[entre]] o que [[sou]] e o [[lugar]] do [[habitar]], pois este não determina, mas influi ou para ''[[Yin]]'' ou para ''[[Yan]]''. Isso [[é]] [[ser]] [[corpo]]" (1).
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Filosofia e o pensamento do corpo". In: ''Desdobramentos do corpo no século XXI''. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 24.
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: "O [[cosmo]] [[celta]] irradia de um ponto em que os [[domínios]] [[humano]] e [[sobrenatural]] convergem" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. '''O livro celta da vida e da morte'''. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 62.

Edição atual tal como 20h14min de 19 de Dezembro de 2023

1

"Olhou para as mesinhas com para-sol dispostas em torno da piscina: pareciam sobrepairar na homogeneidade do cosmo. Tudo era infinito, nada tinha começo nem fim: assim era a eternidade cósmica. Daí a um instante a visão da realidade se desfazia, fora apenas um átimo de segundo, a homogeneidade desaparecia e os olhos se perdiam numa multiplicidade de tonalidades ainda surpreendentes: à visão aguda e instantânea seguira-se algo mais reconhecível na terra" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 71.
Ver também:
* Kosmos.
* Céu.

2

Cosmo ou Cosmos se origina da palavra grega: Kosmos. Esta significa: ordem. Daí também: boa ordem, disciplina; prudência, sabedoria, honestidade; organização, construção; a ordem do universo. Em vista disso, entre os pitagóricos e os poetas filósofos: mundo, universo; o mundo conhecido, a terra habitada; o homem, o organismo humano. Kosmos provém do verbo grego kosmeo, que significa: pôr em boa ordem; dirigir, governar.


Referência:
BAILLY, A. Dictionaire Grec Français. Edição revista por L. Séchan e Pierre Chantraine. Paris: Hacette, 1950, p. 1125 e 1124.

3

"Para os antigos egípcios, o homem era a personificação das leis da criação e, assim, as funções e processos fisiológicos das várias partes do corpo eram vistas como manifestações das funções cósmicas. Os membros e os órgãos tinham uma função metafísica, além de seu objetivo físico. As partes do corpo eram consagradas a um dos neteru (princípios divinos), que aparecem nos registros egípcios históricos recuperados" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 91.

4

"Não tem cada um o seu código genético e dentro deste a sua história, a sua travessia? A medida de nosso destino, de nosso próprio, de nossa identidade, é o princípio, ou seja, o vigorar da dobra de caos e cosmo" (1).


Referência:
CASTRO, Manuel Antônio de. “Aprender com a dança: fluxos e diálogos poéticos”. In: TAVARES, Renata (org.). O que me move, de Pina Bausch – e outros textos sobre dança-teatro. São Paulo: LibersArs, 2017, p. 82.

5

"A consciência cósmica dos antigos egípcios e dos Baladi levou/leva-os a adotar práticas com bases astrológicas em todos os aspectos de suas vidas. Nos exemplos seguintes, fica claro que a medicina egípcia possuía um forte elemento astrológico" (1). No texto do livro seguem os exemplos. Conferir na obra, pois são muito extensos.


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.

6

"O sistema psicológico egípcio baseia-se na presença de 12 centros de poder. Uma vez a cada duas horas diurnas ou noturnas, um destes centros atinge o pico das atividades, devido à passagem de Ra, o sol do sangue, e, em seguida, retorna a adormecer. As alterações das energias solares vermelha e branca, nas áreas onde os doze poderes permanecem adormecidos nos órgãos do corpo, são resultado do ritmo cósmico. Esta atividade ocorre doze vezes ao dia. Doze também é o número de signos zodiacais do Grande Ano" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O Ser Humano". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 94.

7

"No Egito, o que hoje chamamos de religião, era tão amplamente reconhecido que nem mesmo necessitava de um nome. Para eles, não havia diferenças palpáveis entre o sagrado e o mundano. Todo o seu conhecimento, baseado na consciência cósmica, estava implantado em suas práticas diárias, que se tornaram tradições" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "O mais religioso". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 22.

8

"A vigília do Homem que, refletindo, vem a ser poeta e artista, o leva a defrontar-se com sua trilogia: Esquecimento, Sono e Morte, por intermédio do dom da Poesia, a ele outorgado pelas Musas, filhas da Memória. A deusa Memória, ordenadora do Caos, preservando a Verdade do eixo sagrado, surgirá como a medida ontológica do Cosmos, posto que seu atributo é reter o desvelado do qual o Homem participa, dirigindo-o rumo à recordação do essencial, continuamente à espera de ser repensado" (1).


Referência:
(1) BEAINI, Thais Curi. A Memória, Medida Ontológica do Cosmos. São Paulo: Palas Athena, 1989, p. 15.

9

"Fora da tradição metafísica, a questão do destino se coloca dentro da questão fundamental da Totalidade harmônica do Cosmos, do Ser. Mas o que é o Ser? Não pode ser um conceito nem fundamento, mas o que vigora como silêncio, sentido, linguagem" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 163.

10

"Na cultura chinesa, sem partir de dicotomias, a energia que flui em nosso corpo e o constitui como um todo na unidade de suas partes, é proveniente de cinco fontes de energia interligadas essencialmente através dos cinco elementos, na disputa (polemos, dizem os gregos) entre Yin e Yan. Os cinco elementos são: Fogo, Terra, Metal, Água, Madeira (matéria). E as energias são: 1a. ancestral; 2a. dos alimentos; 3a. do ar; 4a. do cosmo / meio ambiente; 5a. das relações afetivas" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Filosofia e o pensamento do corpo". In: Desdobramentos do corpo no século XXI. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.

11

"Energia Cósmica. É difícil apreender toda importância desta energia pela densidade e amplitude de sua atuação e presença. Aí cósmica não diz uma noção científica e astronômica, espacial. Não se trata de meio ambiente no sentido espacial. Propriamente diz habitação, morada, onde, além de entrar em harmonia com tudo e todos, também vigora aí a energia cósmica como mundo e sentido de tudo. Habitar é o difícil exercício existencial de harmonizar essa tensão diferenciadora entre o que sou e o lugar do habitar, pois este não determina, mas influi ou para Yin ou para Yan. Isso é ser corpo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Filosofia e o pensamento do corpo". In: Desdobramentos do corpo no século XXI. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 24.

12

"O cosmo celta irradia de um ponto em que os domínios humano e sobrenatural convergem" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. O livro celta da vida e da morte. "O Limiar do Outro Mundo". Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 62.
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