Concreto
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | :Em geral, para explicar concreto, é necessário ver com clareza a formação da palavra. ''Cum-cretum'', do verbo latino ''cum-crescere'', o con-crescer | + | :Em geral, para explicar [[concreto]], é [[necessário]] [[ver]] com clareza a [[formação]] da [[palavra]]. ''Cum-cretum'', do verbo latino ''cum-crescere'', o con-crescer. Mas só em parte fica explicado, pois não fica clara a [[questão]] que se coloca. Trata-se do [[universal concreto]] em [[oposição]] ao [[universal abstrato]]. O que aí se faz [[presente]] é a [[essência]] da [[ação]], implicando o [[aspecto]] cognitivo, a [[vontade]] e o [[sentimento]], e também um ponto de partida que está para além do [[próprio]] [[homem]], mas não partindo imediatamente de um [[princípio]] [[transcendente]]. No fundo, o [[concreto]] é a duplicidade inerente ao [[ser humano]] como [[Entre-ser]]. Está em [[jogo]] a [[questão]] da [[finitude]] e da [[não-finitude]]. Mais detalhes [[ver]] o [[ensaio]] (1). |
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- | :(1) CASTRO, Manuel Antonio de. "A questão hermenêutica". In: | + | :(1) CASTRO, Manuel Antonio de.''' "A [[questão]] [[hermenêutica]]". In: [[Tempos]] de [[metamorfose]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 29.''' |
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- | :"... concreto não é apenas o que tem massa, mas o que desencadeia realidade. Muitas vezes o que tem massa não é o mais concreto, nem sequer é o material. A nosso juízo, o que na música é música é o que há de mais concreto, seja para a música ou não". | + | :"[...] [[concreto]] não é apenas o que tem massa, mas o que desencadeia [[realidade]]. Muitas vezes o que tem massa não é o mais [[concreto]], nem sequer é o [[material]]. A nosso [[juízo]], o que na [[música]] é [[música]] é o que há de mais [[concreto]], seja para a [[música]] ou não" (1). |
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+ | : "Em toda e qualquer [[vigência]] do estabelecimento do [[concreto]], o [[uno]] está obrigatoriamente [[presente]]. É certamente a sua [[presença]] que impõe a [[vigência]] do [[concreto]] e consequentemente a [[possibilidade]] de desencadear [[realidade]]. A [[verdade]] do [[concreto]] é a [[presença]] do [[uno]]. O [[concreto]] [[vige]] com o [[uno]] ou se desfaz nos [[processos]] de [[medição]] analógica, na [[identidade]] analítica, ou no âmbito da [[representação]] [[ideal]]" (1). | ||
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+ | : "[...] o [[concreto]] nunca poderá [[ser]] fixo, parado, firme, seguro. Disso já nos adverte a própria [[palavra]]. Con-creto vem de ''cum-crescere'' > ''con-crescer''. Con-crescere quer dizer: [[crescer]] junto, [[crescer]] com. Con-creto [[é]], assim, o [[nome]] [[próprio]] da [[realidade]]. Evoca-lhe a [[realização]] contínua, diz que a [[realidade]] [[é]] [[sempre]] [[verbo]]" (1). | ||
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+ | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "[[Heidegger]] e a [[Modernidade]]: a correlação de [[sujeito]] e [[objeto]]". In: [[Aprendendo]] a [[pensar]] II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 173.''' | ||
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+ | : "O que faz com que uma [[obra]] seja literária é sua [[literariedade]] e não simplesmente o adjetivo justaposto. A [[literariedade]] é sempre [[universal]]. Não há, porém, uma intransitividade entre o [[literário]] ([[identidade]]) e o adjetivo (a [[diferença]]), pois a [[identidade]] é na [[diferença]] e a [[diferença]] é na [[identidade]]. Ou seja, toda obra realmente literária pressupõe-se concreta, no sentido de que concresça, nasça o idêntico e o diferente, o [[universal]] e o [[singular]] (que é o oposto do [[geral]] e do [[individual]]). Toda [[obra]] é literária e de uma determinada [[literatura]], e será tanto mais [[universal]] quanto mais for [[singular]]. O exemplo maior é a [[literatura]] grega: radicalmente grega e [[universal]]" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "A [[globalização]] e os desafios do [[humano]]". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - [[Globalização]], [[pensamento]] e [[arte]]. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 21.''' | ||
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+ | : "Na [[era]] [[global]] da [[comunicação]] instantânea (''Whatsapp'', ''Twitter'') nunca houve tanto isolamento e imersão numa [[realidade]] que nos foge dos pés. Todos conectados e todos isolados. Tanto nas [[artes]] quanto nas [[ciências]] reina a mais [[absoluta]] perplexidade. Os [[sistemas]] faliram e nunca se tornou tão urgente [[pensar]] o [[ético]] do [[humano]] e o [[humano]] do [[ético]] enquanto [[vigorar]] do [[princípio]] [[originário]] (''[[arché]]''). O [[ético]] é a [[verdade]] [[libertadora]] do [[universal]] [[concreto]]. Eis algumas denominações tentando [[dizer]] a atual [[globalização]]: [[pós-modernidade]], baixa-modernidade, [[contemporâneo]] (como se toda [[época]] não fosse [[contemporânea]] de quem a experiencia!!!!), [[sociedade]] da [[informação]], [[sociedade]] do espetáculo, [[sociedade]] da [[comunicação]], [[sociedade]] de [[consumo]], [[sociedade]] do [[conhecimento]], pós-tudo, o [[tempo]] das [[redes]], o [[fim]] das [[certezas]], a [[realidade]] [[virtual]]. A pura negação ou a total aceitação deslumbrante é uma nescidade" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "A [[globalização]] e os desafios do [[humano]]". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - [[Globalização]], [[pensamento]] e [[arte]]. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 22.''' | ||
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+ | : "O [[ente]] é [[ente]] em [[virtude]] do [[ser]]. O [[ser]] é aquilo que faz com que o [[ente]] seja [[ente]], aquilo através do qual [[ente]] é [[ente]]; o [[ser]] é o [[fundamento]] do [[ente]] enquanto tal. O que significa isto? Em cada [[ente]] podemos distinguir dois aspetos: a- que ele [[é]]; b- [[o que ele é]]. P. ex., isto aqui é. É o quê? É um [[homem]]. O primeiro aspecto é o [[simples]] aspecto da [[realidade]] do [[ente]] e sua [[posição]] no [[ser]]. O segundo é o aspecto de “ser isto e não aquilo”, de [[ter]] um determinado modo de [[ser]] distinto dos outros [[entes]]. Ao primeiro aspecto corresponde o [[ser]] do [[ente]], ao segundo a [[essência]] determinada deste [[ente]]. O [[ente]] [[concreto]] é o con-crescer destes dois aspetos: o [[ser]] e a [[essência]]" (1). | ||
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- | + | : (1) [[HUMMES]], o.f.m. Frei Cláudio. '''[[Metafísica]]. Mimeo. Curso dado em Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois passou por uma ordenação Episcopal e posteriormente foi nomeado Cardeal.''' | |
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Edição atual tal como 22h10min de 20 de março de 2025
1
- Em geral, para explicar concreto, é necessário ver com clareza a formação da palavra. Cum-cretum, do verbo latino cum-crescere, o con-crescer. Mas só em parte fica explicado, pois não fica clara a questão que se coloca. Trata-se do universal concreto em oposição ao universal abstrato. O que aí se faz presente é a essência da ação, implicando o aspecto cognitivo, a vontade e o sentimento, e também um ponto de partida que está para além do próprio homem, mas não partindo imediatamente de um princípio transcendente. No fundo, o concreto é a duplicidade inerente ao ser humano como Entre-ser. Está em jogo a questão da finitude e da não-finitude. Mais detalhes ver o ensaio (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antonio de. "A questão hermenêutica". In: Tempos de metamorfose. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 29.
- Ver também:
2
- Mas o que é isto – o concreto? Ele não se opõe ao abstrato. É mais. É sempre a vigência do vigente, isto é, a vigência da essência originária. É um cum-crescere (um con-crescer) da dobra enquanto desdobramento da unidade. No con-creto a phýsis é o permanente desdobrar-se enquanto mudar, que sempre tende para, deseja e ama o repouso, isto é, o velar-se. Con-crescer é o crescer que se retrai permanentemente no silêncio originário do repouso, da não-ação como plenitude de movimento.
3
- "[...] concreto não é apenas o que tem massa, mas o que desencadeia realidade. Muitas vezes o que tem massa não é o mais concreto, nem sequer é o material. A nosso juízo, o que na música é música é o que há de mais concreto, seja para a música ou não" (1).
- Referência:
4
- "Em toda e qualquer vigência do estabelecimento do concreto, o uno está obrigatoriamente presente. É certamente a sua presença que impõe a vigência do concreto e consequentemente a possibilidade de desencadear realidade. A verdade do concreto é a presença do uno. O concreto vige com o uno ou se desfaz nos processos de medição analógica, na identidade analítica, ou no âmbito da representação ideal" (1).
- Referência:
5
- "O uno enquanto uno é mais do que o componente de uma representação ideal, é a própria condição de possibilidade tanto da instauração da representação ideal como simulacro verossímil do real, quanto da possibilidade dessa representação ideal ser considerada como capaz de desencadear realidade. Alcançar o concreto é deixar vigorar o uno sem desfazê-lo enquanto mero termo integrante da verossimilhança instaurada pela representação ideal, como correspondência entre a proferição e o proferido, simulando uma vigência de dinâmica da verdade" (1).
- Referência:
6
- "Concreto é uma palavra que tem origem no latim cum-crescere > con-crescere que quer dizer crescer junto, crescer com. Desse modo, concreto não é só o que tem massa, o que é seguro e firme. Antes pelo contrário, na medida em que é crescer, impõe movimento, dinâmica e consequentemente risco. Concreto é, assim, tudo aquilo que é capaz de desencadear realidade. E é nesse desencadear realidade que o concreto se vê melhor e mais propriamente realizado. Desencadear realidade é também, a seu modo, um modo de realização do pensar. À sua maneira, é isso que privilegiadamente realiza o pensar" (1).
- Referência:
7
- "[...] o concreto nunca poderá ser fixo, parado, firme, seguro. Disso já nos adverte a própria palavra. Con-creto vem de cum-crescere > con-crescer. Con-crescere quer dizer: crescer junto, crescer com. Con-creto é, assim, o nome próprio da realidade. Evoca-lhe a realização contínua, diz que a realidade é sempre verbo" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Heidegger e a Modernidade: a correlação de sujeito e objeto". In: Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 173.
8
- "O que faz com que uma obra seja literária é sua literariedade e não simplesmente o adjetivo justaposto. A literariedade é sempre universal. Não há, porém, uma intransitividade entre o literário (identidade) e o adjetivo (a diferença), pois a identidade é na diferença e a diferença é na identidade. Ou seja, toda obra realmente literária pressupõe-se concreta, no sentido de que concresça, nasça o idêntico e o diferente, o universal e o singular (que é o oposto do geral e do individual). Toda obra é literária e de uma determinada literatura, e será tanto mais universal quanto mais for singular. O exemplo maior é a literatura grega: radicalmente grega e universal" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético - a história literária. Rio de Janeiro: Edições Antares, 2. e., 1982, p. 130.
9
- "Liberdade é sempre universal concreto como o humano. Há, portanto, um dar-se a ver e um ocultar, um desvelar e um velar. Desse modo, por detrás de todo olhar deve vigorar sempre um ver. E todo ver só é ver na medida em que é dimensionado pelo pensar. Essa é a complexidade de toda crise e de toda verdade, o que quer dizer de todo paradigma" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 21.
10
- "Na era global da comunicação instantânea (Whatsapp, Twitter) nunca houve tanto isolamento e imersão numa realidade que nos foge dos pés. Todos conectados e todos isolados. Tanto nas artes quanto nas ciências reina a mais absoluta perplexidade. Os sistemas faliram e nunca se tornou tão urgente pensar o ético do humano e o humano do ético enquanto vigorar do princípio originário (arché). O ético é a verdade libertadora do universal concreto. Eis algumas denominações tentando dizer a atual globalização: pós-modernidade, baixa-modernidade, contemporâneo (como se toda época não fosse contemporânea de quem a experiencia!!!!), sociedade da informação, sociedade do espetáculo, sociedade da comunicação, sociedade de consumo, sociedade do conhecimento, pós-tudo, o tempo das redes, o fim das certezas, a realidade virtual. A pura negação ou a total aceitação deslumbrante é uma nescidade" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 22.
11
- "O ente é ente em virtude do ser. O ser é aquilo que faz com que o ente seja ente, aquilo através do qual ente é ente; o ser é o fundamento do ente enquanto tal. O que significa isto? Em cada ente podemos distinguir dois aspetos: a- que ele é; b- o que ele é. P. ex., isto aqui é. É o quê? É um homem. O primeiro aspecto é o simples aspecto da realidade do ente e sua posição no ser. O segundo é o aspecto de “ser isto e não aquilo”, de ter um determinado modo de ser distinto dos outros entes. Ao primeiro aspecto corresponde o ser do ente, ao segundo a essência determinada deste ente. O ente concreto é o con-crescer destes dois aspetos: o ser e a essência" (1).
- Referência:
- (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Curso dado em Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois passou por uma ordenação Episcopal e posteriormente foi nomeado Cardeal.