Ética
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→2) |
(→9) |
||
(16 edições intermediárias não estão sendo exibidas.) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
__NOTOC__ | __NOTOC__ | ||
== 1 == | == 1 == | ||
- | : [[Ética]] vem do grego ''[[ethos]]'', fundando os [[valores]] [[éticos]] e, portanto, as [[ações]] [[éticas]]. Estas dizem respeito ao [[ser]] e seu [[sentido]]. São [[valores]] e [[ações]] [[ontológicas]]. Elas se [[originam]] do [[sentido]] de [[viver]], de [[existir]]. A [[sentença]] 119 de Heráclito diz: ''[[Ethos]] anthropou [[daimon]]'', que significa: "A [[morada]] do [[homem]]: o [[extraordinário]]" (1). O [[homem]] vive, existe no e a partir do [[extraordinário]], em [[grego]]: ''[[daimon]]'', o [[sagrado]], o [[divino]]. [[Ética]] diz então: a [[essência]] e [[sentido]] do [[agir]] [[humano]] para cada um chegar a [[ser]] o que [[é]], o que recebeu para [[ser]]. Há, portanto, uma [[diferença]] [[radical]] em [[relação]] à [[moral]], embora frequentemente se usam como se fossem | + | : [[Ética]] vem do grego ''[[ethos]]'', fundando os [[valores]] [[éticos]] e, portanto, as [[ações]] [[éticas]]. Estas dizem respeito ao [[ser]] e seu [[sentido]]. São [[valores]] e [[ações]] [[ontológicas]]. Elas se [[originam]] do [[sentido]] de [[viver]], de [[existir]]. A [[sentença]] 119 de Heráclito diz: ''[[Ethos]] anthropou [[daimon]]'', que significa: "A [[morada]] do [[homem]]: o [[extraordinário]]" (1). O [[homem]] vive, existe no e a partir do [[extraordinário]], em [[grego]]: ''[[daimon]]'', o [[sagrado]], o [[divino]]. [[Ética]] diz então: a [[essência]] e [[sentido]] do [[agir]] [[humano]] para cada um chegar a [[ser]] o que [[é]], o que recebeu para [[ser]]. Há, portanto, uma [[diferença]] [[radical]] em [[relação]] à [[moral]], embora frequentemente se usam como se fossem sinônimas essas [[palavras]]. |
Linha 8: | Linha 8: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) '''Os pensadores originários: Anaximandro, Parmênides, Heráclito | + | : (1) '''Os [[pensadores]] [[originários]]: Anaximandro, Parmênides, [[Heráclito]]. Petrópolis, Vozes, 1991. Tradução: Emmanuel Carneiro Leão e Sérgio Wrublesvski.''' |
== 2 == | == 2 == | ||
Linha 16: | Linha 16: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e [[Freud]]". In: -----. | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "O [[Édipo]] em Píndaro e [[Freud]]". In: -----. [[Filosofia]] [[contemporânea]]. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 63.''' |
== 3 == | == 3 == | ||
- | : [[Ética]] é chegar a [[ser]] o que já se [[é]], ou seja, [[aprender]] na e pela [[experienciação]] do [[viver]]. É a [[vida]] não apenas vivida, mas experienciada. É o que nos ensina Píndaro, quando diz: ''Genoi 'óios essi mathon...'' (Chega a [[ser]] o que és: aprendendo). | + | : [[Ética]] é chegar a [[ser]] o que já se [[é]], ou seja, [[aprender]] na e pela [[experienciação]] do [[viver]]. É a [[vida]] não apenas vivida, mas experienciada. É o que nos ensina Píndaro, quando diz: ''Genoi 'óios essi mathon...'' (Chega a [[ser]] o que és: [[aprendendo]]). |
Linha 30: | Linha 30: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "[[Édipo]] em Píndaro e [[Freud]]". In: -----. [[Filosofia]] [[contemporânea]]. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2013, 64.''' |
== 5 == | == 5 == | ||
- | :Na ética o [[valor]] ([[lei]]) não vem da [[relação]] social nem de um [[sistema]] prévio, seja ele subjetivo, seja ele social-institucional (valores ou [[leis]] morais, ideológicas, normas de conduta etc.). O [[valor]] é o acolhimento do [[sentido]] do [[Ser]], enquanto este é o [[fundar]] do [[agir]]. É neste que se realiza o [[próprio]] de cada [[ser humano]] (só este pode ser ético), ou seja, sua [[essência]], isto é, suas [[possibilidades]] recebidas do [[Ser]]. [[Ética]] e [[linguagem]] dizem o [[mesmo]], porque esta se torna o [[horizonte]] da própria [[libertação]] e [[realização]], de cada um. O [[horizonte]] jamais é o [[sujeito]] ou o [[sujeito]] o [[horizonte]] com sua [[razão]]. Nesse ''[[polemos]]'', ( que podemos traduzir por [[entre]], [[disputa]], | + | :Na ética o [[valor]] ([[lei]]) não vem da [[relação]] social nem de um [[sistema]] prévio, seja ele subjetivo, seja ele social-institucional (valores ou [[leis]] morais, ideológicas, normas de conduta etc.). O [[valor]] é o acolhimento do [[sentido]] do [[Ser]], enquanto este é o [[fundar]] do [[agir]]. É neste que se realiza o [[próprio]] de cada [[ser humano]] (só este pode ser ético), ou seja, sua [[essência]], isto é, suas [[possibilidades]] recebidas do [[Ser]]. [[Ética]] e [[linguagem]] dizem o [[mesmo]], porque esta se torna o [[horizonte]] da própria [[libertação]] e [[realização]], de cada um. O [[horizonte]] jamais é o [[sujeito]] ou o [[sujeito]] o [[horizonte]] com sua [[razão]]. Nesse ''[[polemos]]'', ( que podemos traduzir por [[entre]], [[disputa]], guerra), o que somos e o [[sentido]] e [[agir]] do [[Ser]], passa a [[vigorar]] a [[verdade]] enquanto a tensão [[dialética]] de [[desvelamento]] e [[velamento]], de [[sentido]] e [[forma]] (''[[morphe]]''), de [[solidão]] e [[liberdade]], de interno e externo, de [[limite]] e [[não-limite]]. Eis aí a [[essência]] do ''[[pólemos]]'', que podemos traduzir por:[[entre]], [[disputa]], guerra. O [[ético]] é o [[valor]] ontológico, não um [[valor]] subjetivo ou objetivo-moral e suas [[leis]]. |
Linha 44: | Linha 44: | ||
: Referência; | : Referência; | ||
- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "O [[Édipo]] em Píndaro e [[Freud]]". In: -----. [[Filosofia]] [[contemporânea]]. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2013, 64.''' |
== 7 == | == 7 == | ||
Linha 58: | Linha 58: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Ética e comunicação". In: -----. | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "[[Ética]] e [[comunicação]]". In: -----. [[Filosofia]] [[contemporânea]]. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 108.''' |
== 9 == | == 9 == | ||
- | : Todo [[agir]] essencial exige uma [[ética]] não como | + | : Todo [[agir]] essencial exige uma [[ética]] não como norma ou [[paradigma]], mas como [[aprender]] no [[sentido]] grego de ''manthano'', pois este diz não o [[aprender]] algo, mas o agarrar-se à [[essência]] do [[ser]] que já somos, do qual nos vem o [[sentido]] do [[agir]]. É nesse sentido que Píndaro nos ensina: "Chega a [[ser]] o que já és, [[aprendendo]]", em grego: ''Genoi 'óios essi mathon...''. [[Ensinar]] é, pois, [[aprender]], ''manthano'', e não decorar algo sobre. Todo [[ensinar]] e [[aprender]], essencialmente, somente são quando se tornam [[éticos]]. |
Linha 72: | Linha 72: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). [[Arte]]: [[corpo]], [[mundo]] e [[terra]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 13.''' |
== 11 == | == 11 == | ||
- | : "A aposta do [[Bem]] pelo [[Bem]] traz consigo o [[apelo]] de [[vir a ser]] nas [[ações]] o que já se [[é]] e não se é no [[ser]] que se tem e não se tem. Por outro lado, a urgência da [[libertação]] implica e traz consigo o [[desafio]] do [[Bem]] e do [[Mal]]. Percorrer o | + | : "A aposta do [[Bem]] pelo [[Bem]] traz consigo o [[apelo]] de [[vir a ser]] nas [[ações]] o que já se [[é]] e não se é no [[ser]] que se tem e não se tem. Por outro lado, a urgência da [[libertação]] implica e traz consigo o [[desafio]] do [[Bem]] e do [[Mal]]. Percorrer o curso de [[libertação]] próprio desta urgência supõe apostar na [[criação]] do [[inesperado]] que alimenta de [[esperança]] toda espera. Radicalmente, nenhuma [[ética]] se reduz à prescrição de normas, nem está apenas no cumprimento do [[dever]]. Toda prescrição e todo [[dever]] já chegam sempre tarde. São um [[evento]] temporão" (1). |
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "O [[Édipo]] em Píndaro e [[Freud]]". In: -----. [[Filosofia]] [[contemporânea]]. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 64.''' |
== 12 == | == 12 == | ||
Linha 89: | Linha 89: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura". In: ---------. | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Leitura]]". In: ---------. [[Leitura]]: [[questões]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 84.''' |
== 13 == | == 13 == | ||
Linha 97: | Linha 97: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' “[[Heidegger]] e as [[questões]] da [[arte]]”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). [[Arte]] em [[questão]]: as [[questões]] da [[arte]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 19.''' |
== 14 == | == 14 == | ||
Linha 105: | Linha 105: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte e imagem-questão". In: ---------. | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Obra]] de [[arte]] e [[imagem]]-[[questão]]". In: ---------. [[Leitura]]: [[questões]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 235.''' |
Edição atual tal como 20h12min de 29 de março de 2025
1
- Ética vem do grego ethos, fundando os valores éticos e, portanto, as ações éticas. Estas dizem respeito ao ser e seu sentido. São valores e ações ontológicas. Elas se originam do sentido de viver, de existir. A sentença 119 de Heráclito diz: Ethos anthropou daimon, que significa: "A morada do homem: o extraordinário" (1). O homem vive, existe no e a partir do extraordinário, em grego: daimon, o sagrado, o divino. Ética diz então: a essência e sentido do agir humano para cada um chegar a ser o que é, o que recebeu para ser. Há, portanto, uma diferença radical em relação à moral, embora frequentemente se usam como se fossem sinônimas essas palavras.
- Referência:
- (1) Os pensadores originários: Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Petrópolis, Vozes, 1991. Tradução: Emmanuel Carneiro Leão e Sérgio Wrublesvski.
2
- "No princípio de tudo a ação. O agir humano é empenho e conquista de ser, é percepção e vivência de não ser na experiência de vir a ser. O homem não faz apenas bem e/ou mal as coisas que faz. Ele faz também um bem e/ou um mal a si mesmo e aos outros. Mas em tudo que venha a fazer e/ou deixar de fazer lhe chega sempre um convite radical, o convite de fazer o bem e evitar o mal. É neste sentido que, na dinâmica de todo agir humano, vive um tríplice apelo: fazer bem, fazer um bem, fazer o bem. Assim, a ética, em que mora todo agir dos homens, consiste em fazer o bem e evitar o mal em tudo." (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 63.
3
- Ética é chegar a ser o que já se é, ou seja, aprender na e pela experienciação do viver. É a vida não apenas vivida, mas experienciada. É o que nos ensina Píndaro, quando diz: Genoi 'óios essi mathon... (Chega a ser o que és: aprendendo).
4
- "A ética está no empenho de ser, mora no desempenho de não ser tudo que já se tem e não se tem. Na ética já estamos onde temos ainda de chegar" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2013, 64.
5
- Na ética o valor (lei) não vem da relação social nem de um sistema prévio, seja ele subjetivo, seja ele social-institucional (valores ou leis morais, ideológicas, normas de conduta etc.). O valor é o acolhimento do sentido do Ser, enquanto este é o fundar do agir. É neste que se realiza o próprio de cada ser humano (só este pode ser ético), ou seja, sua essência, isto é, suas possibilidades recebidas do Ser. Ética e linguagem dizem o mesmo, porque esta se torna o horizonte da própria libertação e realização, de cada um. O horizonte jamais é o sujeito ou o sujeito o horizonte com sua razão. Nesse polemos, ( que podemos traduzir por entre, disputa, guerra), o que somos e o sentido e agir do Ser, passa a vigorar a verdade enquanto a tensão dialética de desvelamento e velamento, de sentido e forma (morphe), de solidão e liberdade, de interno e externo, de limite e não-limite. Eis aí a essência do pólemos, que podemos traduzir por:entre, disputa, guerra. O ético é o valor ontológico, não um valor subjetivo ou objetivo-moral e suas leis.
6
- "Prescrever e dever já provêm da ética a ser conquistada e dita em toda libertação. Pois ética é sempre libertação do mal para voltar à liberdade originária do bem de ser e não ser tudo que já se é, mas de que nunca se está de posse. No engajamento ético de fazer e deixar de fazer, somos e estamos investindo pela liberdade numa libertação sem princípio, meio ou fim" (1).
- Referência;
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2013, 64.
7
- Essencialmente, a ética é realizar aquilo que somos e recebemos como destino, como moira, diziam os gregos. Já a realização moral é seguir o social, o que todos fazem. Na moral não há próprio, mas padrões de comportamento e valores padronizados.
8
- "O desafio da ética hoje não está em transformar-se numa ética da situação. Toda ética da situação inclui uma abstração nevoenta. O desafio concreto da ética está em entregar-se toda à espera do inesperado. Uma espera que vive e vivifica a vida do pensamento" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Ética e comunicação". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 108.
9
- Todo agir essencial exige uma ética não como norma ou paradigma, mas como aprender no sentido grego de manthano, pois este diz não o aprender algo, mas o agarrar-se à essência do ser que já somos, do qual nos vem o sentido do agir. É nesse sentido que Píndaro nos ensina: "Chega a ser o que já és, aprendendo", em grego: Genoi 'óios essi mathon.... Ensinar é, pois, aprender, manthano, e não decorar algo sobre. Todo ensinar e aprender, essencialmente, somente são quando se tornam éticos.
10
- "As poéticas das obras são memória do real. Um conhecimento cultural e científico pode ser superado por outro. Em relação às obras poéticas não há, nunca houve, jamais haverá superação. Nelas e por elas se perfaz o sentido do homem, isto é, nelas o humano do homem se abre para a escuta da linguagem e o homem se faz humano, isto é, ético. Pois ethos, em grego, diz a morada da linguagem, o lugar do humano do homem" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 13.
11
- "A aposta do Bem pelo Bem traz consigo o apelo de vir a ser nas ações o que já se é e não se é no ser que se tem e não se tem. Por outro lado, a urgência da libertação implica e traz consigo o desafio do Bem e do Mal. Percorrer o curso de libertação próprio desta urgência supõe apostar na criação do inesperado que alimenta de esperança toda espera. Radicalmente, nenhuma ética se reduz à prescrição de normas, nem está apenas no cumprimento do dever. Toda prescrição e todo dever já chegam sempre tarde. São um evento temporão" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 64.
12
- "À reunião de informações com conhecimentos sendo o que é se chama, sempre se chamou: sentido de vida. Ser sábio é dar sentido a nossas ações. Ao sentido do agir desde sempre se denominou ética. Ser sábio é ser, onde se sabe o sentido de ser" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 84.
13
- "A imagem-questão é a imagem-poética nos con-vocando para a escuta das grandes questões, onde essa escuta é a condição fundamental de todo diá-logo e de todas as interpretações. Na imagem-poética comparece sempre a poiesis como vigor de todo agir essencial e, ao mesmo tempo, o ethos, como linguagem e sentido do ser. Na medida em que é ethos e sentido, a interpretação se torna o horizonte onde se decide o que somos enquanto valor e sentido. Por isso, de ethos se originou a ética" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 19.
14
- "A imagem-questão é a imagem-poética con-vocando-nos para a escuta das grandes questões, onde essa escuta é a condição fundamental de todo diá-logo e de todas as interpretações, enfim, de todas as leituras. Na imagem-poética comparece sempre a poiesis como vigor do sentido do agir essencial e, ao mesmo tempo, o ethos, como linguagem e sentido do ser. Na medida em que é ethos e sentido, a leitura interpretativa se torna o horizonte onde se decide a essência do ser humano, enquanto valor e sentido. Ético é o humano de todo ser humano. Por isso, de ethos se originou a ética" (1).
- Referência: