Sábio

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Tabela de conteúdo

1

"Sábio sempre foi Ulisses, que começou por se fazer de louco" (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. Tutameia, 4. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976, 39.

2

Sem irmos além da nossa porta
Podemos conhecer o mundo
Sem assomarmos à nossa janela
Podemos conhecer os caminhos do céu
Quanto mais longe vamos
Tanto menos avançamos
Por isso, o Sábio:
Sem caminhar, alcança sua meta
Sem ver, tudo observa
Sem agir, tudo realiza (1).


Referência bibliográfica:
(1) LAO TSE. Tao te king - O livro do sentido e da vida. Tradução e Introdução Norberto de Paulo Lima. São Paulo: Hemus Editora, 1983, p. 113.

3

"De quantos ouvi os discursos, nenhum chega a ponto de saber o que, separado de tudo, é o sábio" (1).


Referência:
(1) HERÁCLITO. Fragmento 108. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 87.

4

"Agora podes ir ter com Lísias e dizer-lhe que descemos à fonte e ao santuário das Ninfas e, aqui, fomos ouvintes de discursos, tendo sido encarregados da seguinte tarefa: dirigirmo-nos igualmente a Homero ou a qualquer outro poeta, autor de poemas destinados a nunca serem cantados; e, finalmente, dirigirmo-nos ainda a Sólon e a todos os oradores políticos, para lhes transmitirmos a seguinte mensagem: - Se possuís o conhecimento da verdade e sois capazes de a defender, se podeis ir, de viva voz, além do que escrevestes nos vossos discursos, a designação de retóricos não vos fica bem, pois melhor vos ficará uma denominação consentânea com a arte superior a que vos dedicais'.
Fedro - E que designação lhes pretendes dar?
Sócrates - A designação de sábio, Fedro, parece-me excessiva, pois não se aplica senão aos deuses; mas a designação de filósofo, ou qualquer outro adjetivo análogo, seria mais apropriada para classificar tais personalidades" (1).


Referência:
(1) PLATÃO. Fedro, 5. e. Trad. Pinharanda Gomes. Texto grego estabelecido por Léon Robin, Paris, Les Belles Lettres, 1966. Lisboa: Guimarães Editores, 1994, p. 128, 278 b.

5

"Ser sábio é o ser humano responder e corresponder ao apelo do que ele é e sempre será como ser-in-augural. Um tal apelo se dá pela escuta da fala do silêncio e da experienciação do vigor da não-verdade" (1).
Um tal ser humano sabe viver com sabedoria.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio. "As três pragas do século XXI". In: Confraria - 2 anos. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2007, p. 18.
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