Necessidade
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) HEIDEGGER, Martin. ''La pobreza | + | : (1) [[HEIDEGGER]], Martin. '''La [[pobreza]]. Buenos Aires: Amarrutu, 2006, p. 115.''' |
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- | : "[[Agir]] essencialmente é [[ser]]. Trata-se, portanto, de sempre [[procurar]] a [[essência]] do [[agir]]. A [[procura]] não é algo que podemos [[fazer]] ou não. É uma [[necessidade]], mesmo que a ignoremos, pois em toda [[decisão]] já estamos previamente de-cidindo a | + | : "[[Agir]] [[essencialmente]] é [[ser]]. Trata-se, portanto, de [[sempre]] [[procurar]] a [[essência]] do [[agir]]. A [[procura]] não é algo que podemos [[fazer]] ou não. É uma [[necessidade]], mesmo que a ignoremos, pois em toda [[decisão]] já estamos previamente de-cidindo a partir da [[essência]] do [[agir]] como [[necessidade]]" (1). |
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Liberdade]], [[vontade]] e uso de drogas”. In: ---. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.''' |
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+ | : "A mais premente [[necessidade]] de um [[ser humano]] era tornar-se um [[ser humano]]" (1). | ||
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- | : (1) | + | : (1) LISPECTOR, Clarice. '''Uma [[aprendizagem]] ou o [[livro]] dos prazeres. Rio de Janeiro: José Olympio, 4. e., 1974, p. 29.''' |
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+ | : "Como [[mortais]], nossa [[liberdade]] é [[necessidade]] [[ontológica]]. A separação [[entre]] [[vida]] e [[morte]] causa a [[dor]] que advém de nossos [[limites]]. A sua [[integração]] nos lança na [[verdadeira]] [[liberdade]], aquela [[necessidade]] de vivermos a [[vida]] como [[sentido]] e não simplesmente como [[vivências]]. Trata-se de [[ser]] o que se sente" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Liberdade]], [[vontade]] e uso de drogas". In: ----. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.''' | ||
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+ | : "Em todo [[ato]], o [[vigorar]] já vigora em sua [[plenitude]], mas como esta não é um [[fim]], mas uma [[consumação]], a [[essência]] do [[agir]] tem sua [[medida]] no [[agir]] da [[essência]], daquilo de quem recebemos nosso [[destino]]: o [[ser]]. [[Ser]] é [[verbo]], o [[vigorar]] de todo [[agir]]. [[Ser]] então é a [[necessidade]] necessária" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Liberdade]], [[vontade]] e uso de drogas". In:----. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 277.''' | ||
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+ | : "O [[ser humano]] faz da [[necessidade]] de comer algo mais do que satisfazer a uma [[necessidade]] como os demais [[seres]]. Ele a transfigura num [[ato]] [[livre]] e [[criativo]]. Como? Fazendo do comer uma “arte” culinária. Todos os povos em todos os [[tempos]] e [[lugares]] têm uma [[arte culinária]]. Isto não está inscrito no código genético. Onde está?" (1). | ||
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- | : (1) | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Leitura]]". In: ----. [[Leitura]]: [[questões]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 82.''' |
Edição atual tal como 21h01min de 13 de janeiro de 2025
1
- "Toda necessidade é indigência" (1).
- Então podemos perguntar: indigência de quê? Todo ente enquanto ente tem indigência de ser. Por isso, essencialmente, o que se é deve-se necessariamente desdobrar no como é, num duplo sentido: o do ente que já é e quer ser, necessita, tem indigência de ser. Mas toda indigência do ente também é indigência do ser enquanto é ser do ente e do ser enquanto é a diferença não só do ente mas também do ser do ente, na medida em que o ser não é, pois se fosse seria ente e não ser. Isto, em termos de indigência, origina duas pro-curas:
- 2ª - aquela ao nível do ser, como o originário permanente e inesgotável de todo ente e do ser: o não-ser.
- A segunda diz respeito à procura da Cura, o Ser enquanto Não-ser, Nada: indigência e necessidade originária. A indigência e a procura é o assinalar da liberdade. Por isso, há a liberdade ao nível da vontade, e a liberdade essencial, ao nível do Ser/Não-ser, da Cura.
- Referência:
2
- "Pelo próprio fato de que a pobreza não nos faz carecer de nada, temos de entrar de todo, mantendo-nos na superabundância do Ser, que supera por antecipação a todo o necessário do necessário" (1).
- Referência:
3
- "A todo instante de ser e não ser, sente-se a urgência de vir a ser, na libertação, a necessidade de libertar-se das e com as necessidades. Sem necessidade não se dá libertação" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: ---. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 63.
4
- "Agir essencialmente é ser. Trata-se, portanto, de sempre procurar a essência do agir. A procura não é algo que podemos fazer ou não. É uma necessidade, mesmo que a ignoremos, pois em toda decisão já estamos previamente de-cidindo a partir da essência do agir como necessidade" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.
5
- "Ser livre é abrir-se para a essência originária do agir, do ético-poético, do pensar. E isso inclui o que nos parece mais livre: a vontade de nosso querer. Eis porque pensar a essência do agir é pensar necessariamente a essência da necessidade e da liberdade. Não basta seguir os impulsos do querer da vontade. Só somos verdadeiramente sendo a partir de e com a essência originária: a nossa necessidade essencial" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.
6
- "Somos livres para falar, mas não somos livres diante da linguagem, a partir da qual e só a partir da qual, necessariamente, é que podemos querer e falar. Há uma liberdade do querer ou não querer falar, mas esta liberdade radica na necessidade de sempre querermos a partir da linguagem como necessidade, mesmo quando queremos não querer" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.
7
- "Ser é deixar-se tomar pelo vigorar do silêncio. É tomar a posição do acontecer do silêncio, isto é, a não-posição, como fonte de toda e qualquer possível posição. Há, portanto, uma liberdade do querer ou do não querer falar, mas esta liberdade radica (originariamente) na necessidade de sempre querermos a partir da linguagem como necessidade. Necessidade é, então, a necessária condição humana de ter de se deixar tomar pela medida do silêncio como sentido de todo agir" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 272.
8
- "Bong Joon-Ho explora dois veios inesgotáveis da experiência humana em sociedade: a ambição e a opressão. Primeiro, o filme [Parasita] retrata magnificamente a conclusão do sociólogo francês Jean Baudrillard (1929-2007) de que "a humanidade é produto do desejo e não da necessidade" "(1).
- Referência:
- (1) ALCÂNTARA, Eurípedes. "Pode-se criticar o filme Parasita?". In: O Globo, sábado, 15-2-2020, Caderno Opinião, p. 3.
9
- "A grande filósofa Agnes Heller dividiu as necessidades humanas em duas categorias: as quantitativas e alienadas; e as qualitativas e radicais. As primeira consistem nas necessidades insanas de dinheiro, poder e posse de bens; as segundas consistem em necessidades saudáveis de introspecção, amizade, amor, brincadeira e convívio" (1).
- Referência:
- (1) Citada por Domenico de Masi. "Ócio forçado". In: ------. O Globo, Segundo Caderno, sábado, 14-3-2020, p. 2.
10
- "A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um ser humano" (1).
- Referência:
- (1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: José Olympio, 4. e., 1974, p. 29.
11
- "Como mortais, nossa liberdade é necessidade ontológica. A separação entre vida e morte causa a dor que advém de nossos limites. A sua integração nos lança na verdadeira liberdade, aquela necessidade de vivermos a vida como sentido e não simplesmente como vivências. Trata-se de ser o que se sente" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.
12
- "Em todo ato, o vigorar já vigora em sua plenitude, mas como esta não é um fim, mas uma consumação, a essência do agir tem sua medida no agir da essência, daquilo de quem recebemos nosso destino: o ser. Ser é verbo, o vigorar de todo agir. Ser então é a necessidade necessária" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In:----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 277.
13
- "O ser humano faz da necessidade de comer algo mais do que satisfazer a uma necessidade como os demais seres. Ele a transfigura num ato livre e criativo. Como? Fazendo do comer uma “arte” culinária. Todos os povos em todos os tempos e lugares têm uma arte culinária. Isto não está inscrito no código genético. Onde está?" (1).
- Referência: