Filme

De Dicionário de Poética e Pensamento

Tabela de conteúdo

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"Filme, fita ou película é um produto audiovisual finalizado, com uma certa duração, para ser exibido no cinema, na televisão ou em algum outro veículo. Um filme é formado por uma série finita de imagens fixas, registradas sobre um suporte físico e que, projetadas a uma velocidade maior que a capacidade resolutiva da visão humana, dão ao espectador a sensação de movimento" (1).
Quando se pensa o filme como obra de arte, suscita esta realização artística algumas questões importantes: imagem, realidade, verdade, aparência, obra de arte, revelação. No filme que se constitui numa obra de arte, a imagem será sempre poética. Em geral, podemos distinguir fundamentalmente as imagens informativas e as imagens poéticas. Nossa época é uma época em que predominam as imagens, mas imagens informativas. Já os filmes na sua maioria são filmes de diversão, de entretenimento.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) Wikipédia: www.ttps://pt.wikipedia.org/wiki/Filme

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No filme que se constitui numa obra de arte, a imagem será sempre poética. Em geral, podemos distinguir fundamentalmente as imagens informativas e as imagens poéticas. Nossa época é uma época em que predominam as imagens, mas imagens informativas. Já os filmes na sua maioria são filmes de diversão ou entretenimento ou ainda de informação. A imagem poética é aquela que não pode ser reduzida a simples meio de informação, mas que traz, em si, no seu mostrar, o fazer aparecer o que se presenteando, dando-se, tanto mais se faz presente quanto mais se vela.


- Manuel Antônio de Castro.

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O grego pensa a realidade que não cessa de mudar a partir de quatro movimentos. Estes movimentos remetem para muitas questões, sobretudo tempo, fenômeno, representação, cinema, imagem, processo, visão. A palavra cinema vem diretamente da palavra grega que diz movimento: kinesis. Os filmes são imagens em movimento, daí o cinema ser constituído pela realização de filmes. Na realidade, o movimento do que aparece nos filmes é uma ilusão, pois cada movimento é a sucessão de certo número de imagens por segundo.


- Manuel Antônio de Castro.

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"É que filmes são um retrato da alma de um povo que se reconhece neles, para se conhecer melhor" (1).


Referência:
(1) DIEGUES, Cacá. "Indispensável fênix". Crônica publicada em O Globo, 9-12-2019, p. 3.

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"Ganhador do Oscar em quatro categorias, Parasita, obra de autor do diretor sul-coreano Bong Joon-Ho, tem todos os ingredientes de um grande filme: coração, ponto de vista e uma história bem contada. Pode ser adaptado para qualquer outro tempo da história e continuará a fazer sentido e a magnetizar a atenção do começo ao fim. Isso tudo somado à estética rigorosa faz de Parasita, desde já, candidato provável a ser entronizado como um clássico do cinema" (1).


Referência:
(1) ALCÂNTARA, Eurípedes. "Pode-se criticar o Parasita?". In: O Globo, sábado, 15-02-2020, Caderno Opinião, p. 3.

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"Quando me perguntam qual o meu livro de ficção preferido, respondo sempre que não sei... Contudo, se me perguntarem qual o meu filme preferido, tenho uma resposta: 2001 - Uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick, baseado num conto de Arthur C. Clarke... O filme incorpora ideias de vários outros contos de Clarke. Porém, o conceito seminal está lá - o de um misterioso artefato alienígena abandonado na lua, para vigiar o processo de desenvolvimento da Humanidade" (1).
Esse filme é muito rico em questões fundamentais, aliás, coloca diversas questões antecipando o que viria depois. De um lado, reflete sobre a eclosão da humanidade, na passagem do macaco para o ser humano. Por outro lado, volta-se para o futuro e reflete sobre a relação do homem com a ciência, a técnica e a criação da inteligência artificial, levantando a hipótese de uma futura revolta da máquina contra o homem. E termina com o ser humano se defrontando com seu eu interior, profundo. É uma verdadeira obra-prima. O diretor Stanley Kubrick é um gênio. O último filme que ele dirigiu antes de morrer é também uma verdadeira obra-prima: De olhos bem fechados.


- Manuel Antônio de Castro.
(1) AGUALUSA, José Eduardo. "O mistério dos monólitos". Crônica publicada no Segundo Caderno de O Globo, 5-12-2020, p. 6.
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