Existir

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "[[Existir]] tanto como [[humano]] e quanto [[essência]] do [[humano]] é [[interpretar-se]] como [[o que é]], ou seja, no ter sido para chegar a [[ser]]. [[Consumação]] do seu [[sentido]] a pôr-se a [[caminho]] do [[pensar]]. [[Destino]], [[próprio]], [[apropriação]]" (1).
: "[[Existir]] tanto como [[humano]] e quanto [[essência]] do [[humano]] é [[interpretar-se]] como [[o que é]], ou seja, no ter sido para chegar a [[ser]]. [[Consumação]] do seu [[sentido]] a pôr-se a [[caminho]] do [[pensar]]. [[Destino]], [[próprio]], [[apropriação]]" (1).
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: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 259.

Edição atual tal como 22h26min de 4 de Junho de 2021

Consultar também Existência.

1

Existir é questionar, pois questionar nos lança ininterruptamente no não-saber e no saber, através de perguntas e respostas, passos de uma travessia até o advento da morte, que é a mais enigmática das perguntas e para a qual nunca se deu e nem se dará uma resposta definitiva, aliás como para qualquer questão. Por isso, para o ser humano viver não consiste em ter vida como os outros seres vivos. Para ele viver é existir. Eis a diferença ontológica.


- Manuel Antônio de Castro

2

Quando compreendemos a essência do não-poder, a nossa compreensão da figura do diabo nos aparece no que ele é, de fato, ele não-é. Desse modo, a tentação tem, no fundo, a dúvida do ser humano em resistir ao que se lhe oferece e aparece como bom e um bem. Ceder à tentação é deixar-se atrair pelo não-poder. Resistir-lhe é afirmar o ser e o seu poder. Fica evidente que o horizonte de todas as tentações, ou seja, do diabo, para o ser humano se constitui no fato de sermos limitados e estarmos sempre querendo ir além dos limites. Se bem observarmos, o limite tem para o ser humano um sentido ambíguo: de um lado, temos sempre de estar ultrapassando nossos limites, pois isso é existir; de outro lado, se não compreendemos essencialmente o sentido do limite, podemos cair no não-poder, isto é, no não-ser. Daí a importância do pensar.


- Manuel Antônio de Castro

3

Nosso tempo é um tempo acelerado. Parece uma vida com muitas vidas, de muitas vivências. Mas aí entra a questão ontológica e esta diz respeito diretamente ao tempo da experienciação. O tempo da experienciação é o tempo da metábole (movimento essencial). Toda transformação precisa radicalmente de um tempo próprio, o tempo de ser se manifestando e transformando, pelo qual se é mais do que uma forma: simplesmente se é. Neste, o que é se manifesta em o como é. E o como é ou vivências se transformam não apenas n’o como se conhece, mas no sentido do que é, pois ser é agir e agir se manifestando é o advir do sentido, tanto do que é, quanto do como se conhece, isto é, transforma no ser humano a vivência em experienciação, daí no ser humano não haver apenas vida, mas o existir.


- Manuel Antônio de Castro.


4

"A ação do entre do interlúdio que destina o homem a ser livre pode e deve ser considerada divina, sagrada, como sagrado é o que não tem origem no homem, mas que a ele foi doado para que cuide: o existir" (1).


Referência:
(1) FERRAZ, Antônio Máximo. "O homem e a interpretação: da escuta do destino à liberdade". In: CASTRO, Manuel Antônio de e Outros (Org.). O educar poético. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 105.


5

"Se Globalização é tempo, todo tempo já diz de possibilidades de caminho. Todo caminho é uma caminhada de passagens e paradas, nas e com as estâncias do existir em contínua possibilidade de ascensão e iluminação, até advir a possível plenitude. Não vivemos apenas. Ao ser humano é próprio o existir. Este é um tempo de oportunidades de realização ascensional" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 26.


6

"... cada momento da vida é uma oportunidade de caminhada. Está em nós não apenas olharmos, mas também vermos e pensarmos os momentos dessas oportunidades, aquilo que está para além do meramente superficial e aparente, passageiro e incompleto, pois existir é a caminhada de procura da realização da plenitude do que somos e já recebemos para ser" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A globalização e os desafios do humano". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 27.

7

"Não basta viver, repetimos, é necessário procurar o motivo de existir. É, paradoxalmente, uma necessidade que liberta. Liberta para quê? Para a sabedoria do sentido de nossa finitude" (1).
Referência bibliográfica:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 194.

8

"Existir tanto como humano e quanto essência do humano é interpretar-se como o que é, ou seja, no ter sido para chegar a ser. Consumação do seu sentido a pôr-se a caminho do pensar. Destino, próprio, apropriação" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Passado". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 259.
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