Limiar
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : "A [[palavra cantada]] nos convida à [[escuta]] da [[fala]] do [[silêncio]], mas como [[mortais]] só a podemos alcançar nos [[limites]] da [[fala]]. Aí está o [[perigo]] e ao mesmo tempo nossa [[salvação]]: vivermos no [[limiar]], [[entre-ser]]. O [[vigorar]] [[poético]] da [[palavra cantada]] se [[dá]] [[sempre]] num [[limiar]] em meio ao [[limite]] e ao [[ilimitado]]. Essa é nossa [[situação]] e [[condição]], essa é a [[situação]] e [[condição]] de [[Ulisses]]: somos irremediavelmente [[mortais]] e [[finitos]], mas convocados ao [[infinito]] pela [[Escuta]]. É a [[dobra]] ou nossa [[condição]] de [[finitos]]" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Ulisses]] e a [[Escuta]] do [[Canto]] das [[Sereias]]”. In: ---. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 178.''' |
Edição atual tal como 22h03min de 23 de Dezembro de 2024
1
- Limiar é onde se integram como sentido o limite e o não-limite ou ilimitado. Todo ser humano está, desde que nasce, jogado no limiar. Este, como a abertura constituída para o agir ético, faz dele um ser da liminaridade, a possibilidade de ser o que é o que ainda não é. Toda possibilidade do limiar é apelo do Ser, de onde lhe advém o sentido ético-poético. Ao limiar estão correlacionadas e integradas as questões: horizonte, pergunta, clareira.
- Ver também:
2
- "Somos, queira ou não queira nossa vontade, seres finitos, isto quer dizer que nos experienciamos vivendo sempre no limiar de limite e não-limite. O limiar diz já sempre uma abertura constitutiva de todo ser humano. Essa abertura é o mundo enquanto sentido. É nela que se dá a Cura, o querer e cuidar. Essa abertura não é instaurada pelo poder da vontade do ser humano, mas pelo vigorar do querer-poder de ser, que se torna a medida (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 217.
3
- "Mas o que é o novo? O limiar entre novidade e novo, entre erudito e popular, ou qualquer outra classificação, é sempre complexo, instável e enigmático. E às vezes puramente formal. O limiar sempre nos interroga e questiona. Não é algo demonstrável" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereias”. In: -----.Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 148.
4
- P - Assim, enquanto andarilho da mensagem de desvelamento da duplicidade, o homem seria também o andarilho dos limites do ilimitado.
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. "De uma conversa sobre a linguagem...". In: ----. A caminho da Linguagem. Trad. Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis (RJ): Vozes. Bragança Paulista (SP): Editora Universitária São Francisco, 2003, p. 107.
5
- "A palavra cantada nos convida à escuta da fala do silêncio, mas como mortais só a podemos alcançar nos limites da fala. Aí está o perigo e ao mesmo tempo nossa salvação: vivermos no limiar, entre-ser. O vigorar poético da palavra cantada se dá sempre num limiar em meio ao limite e ao ilimitado. Essa é nossa situação e condição, essa é a situação e condição de Ulisses: somos irremediavelmente mortais e finitos, mas convocados ao infinito pela Escuta. É a dobra ou nossa condição de finitos" (1).
- Referência: