Ético

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: Em geral, as concepções das [[questões]] essenciais, o que seja a [[realidade]], o [[humano]] e a [[poética]]/[[arte]], nos vêm das seguintes fontes:
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1º. Mitos; 2º. Religiões; 3º. Filosofias; 4º. Teologias; 5º. Ciência. E todas essas fontes, através da [[ciência]] e no [[paradigma]] da ciência, foram transformadas em [[disciplinas]]. Então, frente às disciplinas temos de nos perguntar que lugar ocupam nelas a poética, uma vez que ela não é nenhum [[cânone]], paradigma, [[modelo]], [[arquétipo]], teoria, corrente crítica, pois não parte de [[conceitos]] [[abstratos]], de [[universal]] abstrato. A Poética é uni-versal [[concreto]], porque nela acontece a [[aprendizagem]] do [[valor]] da [[vida]] e do [[valor]] da [[morte]]. E essa [[aprendizagem]] constitui a [[essência]] do [[valor]] [[ético]]. Enfim, é o [[valor]] que dá [[sentido]] à [[vida]] e se faz [[presente]] em todos os nossos [[atos]] e [[escolhas]].   
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: ''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 39.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: ''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 39.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.
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: "Notemos que o [[mito]], como [[energia]] [[sagrada]], é portador de um [[poder]] e de uma [[dimensão]] [[ética]]. Entende-se então o [[ético]] como [[presença]] efetiva do [[sagrado]] e sua [[energia]] operacional e transformadora no [[agir]] de todo [[ser humano]]. Nisso consiste o seu [[poder]]"  (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. '''Sagrado: experienciações'''. '''Ensaio''' não publicado.

Edição atual tal como 02h09min de 14 de Outubro de 2021

Tabela de conteúdo

1

Em geral, as concepções das questões essenciais: o que seja a realidade, o humano e a poética/arte, nos vêm das seguintes fontes:
1º. Mitos; 2º. Religiões; 3º. Filosofias; 4º. Teologias; 5º. Ciência.
E todas essas fontes, através da ciência e no paradigma da ciência, foram transformadas em disciplinas. Então, frente às disciplinas temos de nos perguntar que lugar ocupam nelas a poética, uma vez que ela não é nenhum cânone, paradigma, modelo, arquétipo, teoria, corrente crítica, pois não parte de conceitos abstratos, de universal abstrato. A Poética é uni-versal concreto, porque nela acontece a aprendizagem do valor do sentido da vida e do valor do sentido da morte. E essa aprendizagem constitui a essência do valor ético. Enfim, é o valor que dá sentido à vida e se faz presente em todos os nossos atos e escolhas.


- Manuel Antônio de Castro

2

"Na e pela poiesis, o próprio real se constitui como linguagem, mundo, verdade, sentido, tempo e história, em qualquer cultura. As poéticas das obras são memória do real. Um conhecimento cultural e científico pode ser superado por outro. Em relação às obras poéticas não há, nunca houve e jamais haverá superação. Nelas e por elas se perfaz o sentido do homem, isto é, nelas o humano do homem se abre para a escuta da linguagem pela qual o ser humano se faz essencialmente humano, porque então ele se realiza enquanto vigência do valor ético. Pois ethos, em grego, diz a morada da linguagem, o lugar do ser humano" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In:----------- (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 13.

3

"E [Eduardo Portella] pensa em tempo integral para poder levar todo ser humano a pensar, fazendo do educar um permanente ensaio de aprendizagem do pensar, tarefa hoje cada vez mais difícil e rara, porque o midiático monta uma cena obscena, onde predomina o dispersivo, o circunstancial, o ralo e passageiro da estesia da espetáculo estético. Nessa encenação virtual, o estético é mais importante do que o poético, com a evidente perda do ético. Só o poético, num permanente ensaio de acerto e erro, de risco de perda e ganho, se funda no ético" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 39.

4

"Só na dobra vigorante em todo ato, o sentido do ser, como sentido da linguagem, torna-se tanto mais poético quanto mais ético. Sendo o poético-ético o vigorar do ser ao dar-se como linguagem" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.

5

"Notemos que o mito, como energia sagrada, é portador de um poder e de uma dimensão ética. Entende-se então o ético como presença efetiva do sagrado e sua energia operacional e transformadora no agir de todo ser humano. Nisso consiste o seu poder" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Sagrado: experienciações. Ensaio não publicado.
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