Interdisciplinaridade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "A [[interdisciplinaridade]] é uma ''outra'' [[leitura]] do [[real]], a [[leitura]] que permite o fácil acesso do ''[[outro]]''. É nesse [[movimento]] tenso onde se desdobra uma trama reveladora: a [[realidade]] organiza o [[pensamento]] que a organiza" (1).
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: (1) PORTELLA, Eduardo. "Cada disciplina é mais do que uma disciplina". In: ''Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas'', Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 160.
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: (1) PORTELLA, Eduardo.''' "Cada [[disciplina]] é mais do que uma [[disciplina]]". In: Revista Tempo Brasileiro - [[Interdisciplinaridade]]: dimensões [[poéticas]], Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 160. '''
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o 'entre' ". In: ''Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas'', Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 7.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Interdisciplinaridade]] [[poética]]: o '[[entre]]' ". In: Revista Tempo Brasileiro - [[Interdisciplinaridade]]: dimensões [[poéticas]], Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 7. '''
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o 'entre' ". In: ''Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas'', Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 24.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Interdisciplinaridade]] [[poética]]: o [[entre]] ". In: Revista Tempo Brasileiro - [[Interdisciplinaridade]]: dimensões [[poéticas]], Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 24. '''
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: "A [[interdisciplinaridade]] seria provavelmente o óbvio, se não fosse o delírio da [[especialização]] e a predominante [[mentalidade]] patrimonialista. O primeiro demarca, com rigidez, fronteiras supostamente intransponíveis. A segunda formaliza o atestado da posse territorial, e reforça o [[sistema]] de segurança, dissociativo como toda força destinada a conter e reter a [[complexidade]] do [[real]]" (1).
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: "A [[interdisciplinaridade]] seria provavelmente o óbvio, se não fosse o delírio da especialização e a predominante [[mentalidade]] patrimonialista. O primeiro demarca, com rigidez, fronteiras supostamente intransponíveis. A segunda formaliza o atestado da posse territorial, e reforça o [[sistema]] de segurança, dissociativo como toda força destinada a conter e reter a [[complexidade]] do [[real]]" (1).
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: (1) PORTELLA, Eduardo. "Cada disciplina é mais do que uma disciplina". In: ''Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas'', Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 159.
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: (1) PORTELLA, Eduardo.''' "Cada [[disciplina]] é mais do que uma [[disciplina]]". In: Revista Tempo Brasileiro - [[Interdisciplinaridade]]: dimensões [[poéticas]], Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 159. '''
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). ''Arte: corpo, mundo e terra''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 12.
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). [[Arte]]: [[corpo]], [[mundo]] e [[terra]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 12.'''
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: "Ao duplo “[[entre]]”, que já vimos, corresponde um duplo [[mundo]]. O das [[disciplinas]] se organiza como uma [[rede]] em expansão, um grande [[organismo]]. Nesse sentido, a [[interdisciplinaridade]] decorre da [[necessidade]] de dar conta dessa [[expansão]]. O das [[artes]] acontece como um grande [[corpo]] [[vivo]], a [[teia]] da [[vida]], sempre pulsando para além de todo [[organismo]] ao mesmo tempo que o conserva e constrói, mas seu [[horizonte]] é a [[morte]]. Então a [[obra de arte]], enquanto [[sintaxe]] [[poética]], é a [[terra]] se fazendo [[mundo]], como [[interdisciplinaridade]] [[poética]] (e não e jamais apenas a [[simples]] determinação de [[formas]] nas [[matérias]])" (1).
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: "Ao duplo “[[entre]]”, que já vimos, corresponde um duplo [[mundo]]. O das [[disciplinas]] se organiza como uma [[rede]] em expansão, um grande [[organismo]]. Nesse sentido, a [[interdisciplinaridade]] decorre da [[necessidade]] de dar conta dessa expansão. O das [[artes]] acontece como um grande [[corpo]] [[vivo]], a [[teia]] da [[vida]], sempre pulsando para além de todo [[organismo]] ao mesmo tempo que o conserva e constrói, mas seu [[horizonte]] é a [[morte]]. Então a [[obra de arte]], enquanto [[sintaxe]] [[poética]], é a [[terra]] se fazendo [[mundo]], como [[interdisciplinaridade]] [[poética]] (e não e jamais apenas a [[simples]] determinação de [[formas]] nas [[matérias]])" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o ''entre''". Revista ''Tempo Brasileiro'': Rio de Janeiro: ''Interdisciplinaridade: dimensões poéticas'', 164, jan.-mar., 2006, p. 32.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Interdisciplinaridade]] [[poética]]: o [[entre]]". Revista Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: [[Interdisciplinaridade]]: dimensões [[poéticas]], 164, jan.-mar., 2006, p. 32. '''

Edição atual tal como 21h34min de 6 de Abril de 2025

1

"A palavra interdisciplinaridade articula-se e move-se em torno de dois núcleos: 1º. O inter-; 2º. A disciplina. Eles não estão aí por mero acaso; necessariamente surgem da dinâmica ambígua da realidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o 'entre' ". In: Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 164: 7/36, jan.-mar., 2006, p. 8.

2

"A interdisciplinaridade é uma outra leitura do real, a leitura que permite o fácil acesso do outro. É nesse movimento tenso onde se desdobra uma trama reveladora: a realidade organiza o pensamento que a organiza" (1).


Referência:
(1) PORTELLA, Eduardo. "Cada disciplina é mais do que uma disciplina". In: Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 160.

3

"A interdisciplinaridade é uma questão. Querer defini-la em conceitos é não compreendê-la em sua essência. A questão é mais ampla e profunda do que o conceito. Esta distinção é fundamental para se pensar qualquer interdisciplinaridade, mas sobretudo a poética. A realidade em seu devir permanente é sempre paradoxal, poética. O conceito é a tentativa constante e necessária de o conhecimento anular o paradoxo da realidade, em sua manifestação poética. Ele não consegue porque a todo conceito subjaz sempre um interstício, um vazio, um silêncio, um velar-se" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o 'entre' ". In: Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 7.

4

"Nas leituras de obras de poesia e pensamento é necessário deixar-se ser atravessado pelo entre numa tripla dimensão ... São as dimensões poéticas da interdisciplinaridade: 1ª. O Entre-ser; 2ª. O ser-com como diálogo; 3ª. O ser-no-mundo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o entre ". In: Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 24.

5

"A interdisciplinaridade seria provavelmente o óbvio, se não fosse o delírio da especialização e a predominante mentalidade patrimonialista. O primeiro demarca, com rigidez, fronteiras supostamente intransponíveis. A segunda formaliza o atestado da posse territorial, e reforça o sistema de segurança, dissociativo como toda força destinada a conter e reter a complexidade do real" (1).


Referência:
(1) PORTELLA, Eduardo. "Cada disciplina é mais do que uma disciplina". In: Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, Rio de Janeiro, 164: jan.-mar., 2006, p. 159.

6

"Os caminhos a tomar não estão fora, estão dentro do que está em crise. Achar os caminhos que estão dentro é trazer para cena a interdisciplinaridade, onde as disciplinas devem se abrir para o vigor que vigora no prefixo da interdisciplinaridade: o “inter-”, o “entre”. Este não é um mero prefixo gramatical. Que “entre” é este? Ele traz o apelo da liminaridade de todo humano do homem, porque traz a possibilidade do vazio que une e reúne todos os fios e nós em que se entretecem as disciplinas como rede de conhecimentos e destino do humano do homem. A princípio, esse vazio causa estranheza e perplexidade. Como pode haver ciência do vazio, do silêncio? Mas inevitavelmente os cientistas já se defrontam com ele, embora lhe deem outro nome: caos" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Apresentação". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 12.

7

"Ao duplo “entre”, que já vimos, corresponde um duplo mundo. O das disciplinas se organiza como uma rede em expansão, um grande organismo. Nesse sentido, a interdisciplinaridade decorre da necessidade de dar conta dessa expansão. O das artes acontece como um grande corpo vivo, a teia da vida, sempre pulsando para além de todo organismo ao mesmo tempo que o conserva e constrói, mas seu horizonte é a morte. Então a obra de arte, enquanto sintaxe poética, é a terra se fazendo mundo, como interdisciplinaridade poética (e não e jamais apenas a simples determinação de formas nas matérias)" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o entre". Revista Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, 164, jan.-mar., 2006, p. 32.
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