Necessidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Toda necessidade é indigência" (1). Então podemos perguntar: indigência de quê? Todo [[ente]] enquanto ente tem indigência de ser. Por isso, essencialmente, o que se é se deve necessariamente desdobrar no como é, num duplo sentido: o do ente que já é e quer [[ser]], necessita, tem indigência de ser. Mas toda indigência do ente também é indigência do ser enquanto é ser do ente e do ser enquanto é a [[diferença]] não só do ente mas também do ser do ente, na medida em que o ser não é, pois se fosse seria ente e não ser. Isto, em termos de indigência, origina duas [[procura|pro-curas]]: 1ª - aquela ao nível do ente enquanto o como do ente; 2ª - aquela ao nível do ser, como o [[originário]] permanente e inesgotável de todo ente e do ser: o não-ser. A primeira diz respeito às diferentes pro-curas que se esgotam no nível das procuras. A segunda diz respeito à pro-cura da Cura, o Ser enquanto Não-ser, Nada: indigência e necessidade originária. A indigência e a procura é o assinalar da [[liberdade]]. Por isso, há a liberdade ao nível da vontade, e a liberdade essencial, ao nível do Ser/Nâo-ser, da Cura.  
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: "Toda [[necessidade]] é [[indigência]]" (1).  
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: Então podemos [[perguntar]]: [[indigência]] de quê? Todo [[ente]] enquanto [[ente]] tem [[indigência]] de [[ser]]. Por isso, essencialmente, o que se é deve-se necessariamente desdobrar no como é, num duplo [[sentido]]: o do [[ente]] que já é e quer [[ser]], necessita, tem [[indigência]] de [[ser]]. Mas toda [[indigência]] do [[ente]] também é [[indigência]] do [[ser]] enquanto é [[ser]] do [[ente]] e do [[ser]] enquanto é a [[diferença]] não só do [[ente]] mas também do [[ser]] do [[ente]], na medida em que o [[ser]] não é, pois se fosse seria [[ente]] e não [[ser]]. Isto, em termos de [[indigência]], origina duas [[procura|pro-curas]]:
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:- [[Manuel Antônio de Castro]]
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: 2ª - aquela ao nível do [[ser]], como o [[originário]] permanente e inesgotável de todo [[ente]] e do [[ser]]: o [[não-ser]].
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: A primeira diz respeito às diferentes [[pro-curas]] que se esgotam no nível das [[procuras]].
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:(1) HEIDEGGER, Martin. ''Acerca del Evento''. Buenos Aires, Editorial Almagesto, 2003, p. 45; 52.
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: A segunda diz respeito à [[procura]] da [[Cura]], o [[Ser]] enquanto [[Não-ser]], [[Nada]]: [[indigência]] e [[necessidade]] [[originária]]. A [[indigência]] e a [[procura]] é o assinalar da [[liberdade]]. Por isso, há a [[liberdade]] ao nível da [[vontade]], e a [[liberdade]] [[essencial]], ao nível do [[Ser]]/[[Não-ser]], da [[Cura]].
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]
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: (1) HEIDEGGER, Martin. '''Acerca del Evento'''. Buenos Aires, Editorial Almagesto, 2003, p. 45; 52.
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:"Pelo próprio fato de que a [[pobreza]] não nos faz carecer de nada, temos de entrar de todo, mantendo-nos  na superabundância do [[Ser]], que supera por antecipação a todo o necessário do necessário" (1).  
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: "Pelo próprio [[fato]] de que a [[pobreza]] não nos faz carecer de nada, temos de entrar de todo, mantendo-nos  na superabundância do [[Ser]], que supera por antecipação a todo o [[necessário]] do [[necessário]]" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. '''La pobreza'''. Buenos Aires: Amarrutu, 2006, p. 115.
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: "A todo [[instante]] de [[ser]] e [[não ser]], sente-se a urgência de [[vir a ser]], na [[libertação]], a [[necessidade]] de libertar-se das e com as [[necessidades]]. Sem [[necessidade]] não se dá [[libertação]]" (1).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: ---. '''Filosofia contemporânea'''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 63.
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: "[[Agir]] [[essencialmente]] é [[ser]]. Trata-se, portanto, de [[sempre]] [[procurar]] a [[essência]] do [[agir]]. A [[procura]] não é algo que podemos [[fazer]] ou não. É uma [[necessidade]], mesmo que a ignoremos, pois em toda [[decisão]] já estamos previamente de-cidindo a [[partir]] da [[essência]] do [[agir]] como [[necessidade]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.
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: "[[Ser]] [[livre]] é abrir-se para a [[essência]] [[originária]] do [[agir]], do [[ético]]-[[poético]], do [[pensar]]. E isso inclui o que nos parece mais [[livre]]: a [[vontade]] de nosso [[querer]]. Eis porque [[pensar]] a [[essência]] do [[agir]] é [[pensar]] necessariamente a [[essência]] da [[necessidade]] e da [[liberdade]]. Não basta seguir os [[impulsos]] do [[querer]] da [[vontade]]. Só somos verdadeiramente [[sendo]] a [[partir]] de e com a [[essência]] [[originária]]: a nossa [[necessidade]] [[essencial]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.
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: "Somos [[livres]] para [[falar]], mas não somos [[livres]] diante da [[linguagem]], a [[partir]] da qual e só a [[partir]] da qual, necessariamente, é que podemos [[querer]] e [[falar]]. Há uma [[liberdade]] do [[querer]] ou não [[querer]] [[falar]], mas esta [[liberdade]] radica na [[necessidade]] de sempre querermos a [[partir]] da [[linguagem]] como [[necessidade]], mesmo quando queremos [[não querer]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.
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: "[[Ser]] é deixar-se tomar pelo [[vigorar]] do [[silêncio]]. É tomar a [[posição]] do [[acontecer]] do [[silêncio]], isto é, a [[não-posição]], como [[fonte]] de toda e qualquer possível [[posição]]. Há, portanto, uma [[liberdade]] do [[querer]] ou do não [[querer]] [[falar]], mas esta [[liberdade]] radica (originariamente) na [[necessidade]] de sempre querermos a partir da [[linguagem]] como [[necessidade]]. [[Necessidade]] é, então, a necessária [[condição humana]] de ter de se deixar tomar pela [[medida]] do [[silêncio]] como [[sentido]] de todo [[agir]]" (1).
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ---. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 272.
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: "Bong Joon-Ho explora dois veios inesgotáveis da [[experiência]] [[humana]] em [[sociedade]]: a ambição e a opressão. Primeiro, o [[filme]]  [''Parasita''] retrata magnificamente a conclusão do [[sociólogo]] francês Jean Baudrillard (1929-2007) de que "a [[humanidade]] é [[produto]] do [[desejo]] e não da [[necessidade]]" "(1).
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: (1) ALCÂNTARA, Eurípedes. "Pode-se criticar o ''Parasita''?". In: '''O Globo''', sábado, 15-2-2020, Caderno ''Opinião'', p. 3.
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: "A grande [[filósofa]] Agnes Heller dividiu as [[necessidades]] [[humanas]] em duas [[categorias]]: as [[quantitativas]] e [[alienadas]]; e as [[qualitativas]] e [[radicais]]. As primeira consistem nas [[necessidades]] insanas de dinheiro, [[poder]] e posse de [[bens]]; as segundas consistem em [[necessidades]] saudáveis de [[introspecção]], [[amizade]], [[amor]], brincadeira e [[convívio]]" (1).
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: (1) Citada por Domenico de Masi. "Ócio forçado". In: ------. '''O Globo''', Segundo Caderno, sábado, 14-3-2020, p. 2.
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: "A mais premente [[necessidade]] de um [[ser humano]] era [[tornar-se]] um [[ser humano]]" (1).
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: (1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. Rio de Janeiro: José Olympio, 4. e., 1974, p. 29.
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: "Como [[mortais]], nossa [[liberdade]] é [[necessidade]] [[ontológica]]. A separação [[entre]] [[vida]] e [[morte]] causa a [[dor]] que advém de nossos [[limites]]. A sua [[integração]] nos lança na [[verdadeira]] [[liberdade]], aquela [[necessidade]] de vivermos a [[vida]] como [[sentido]] e não simplesmente como [[vivências]]. Trata-se de [[ser]] o que se sente" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.
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: "Em todo [[ato]], o [[vigorar]] já vigora em sua [[plenitude]], mas como esta não é um [[fim]], mas uma [[consumação]], a [[essência]] do [[agir]] tem sua [[medida]] no [[agir]] da [[essência]], daquilo de quem recebemos nosso [[destino]]: o [[ser]]. [[Ser]] é [[verbo]], o [[vigorar]] de todo [[agir]]. [[Ser]] então é a [[necessidade]] necessária" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 277.
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: "O [[ser humano]] faz da [[necessidade]] de comer algo mais do que satisfazer a uma [[necessidade]] como os demais [[seres]]. Ele a transfigura num [[ato]] [[livre]] e [[criativo]]. Como? Fazendo do comer uma [[“arte” culinária]]. Todos os povos em todos os [[tempos]] e [[lugares]] têm uma [[arte culinária]]. Isto não está inscrito no código genético. Onde está?" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''La pobreza''. Buenos Aires: Amarrutu, 2006, p. 115.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 82.

Edição atual tal como 02h36min de 22 de Abril de 2022

1

"Toda necessidade é indigência" (1).
Então podemos perguntar: indigência de quê? Todo ente enquanto ente tem indigência de ser. Por isso, essencialmente, o que se é deve-se necessariamente desdobrar no como é, num duplo sentido: o do ente que já é e quer ser, necessita, tem indigência de ser. Mas toda indigência do ente também é indigência do ser enquanto é ser do ente e do ser enquanto é a diferença não só do ente mas também do ser do ente, na medida em que o ser não é, pois se fosse seria ente e não ser. Isto, em termos de indigência, origina duas pro-curas:
1ª - aquela ao nível do ente enquanto o como do ente;
2ª - aquela ao nível do ser, como o originário permanente e inesgotável de todo ente e do ser: o não-ser.
A primeira diz respeito às diferentes pro-curas que se esgotam no nível das procuras.
A segunda diz respeito à procura da Cura, o Ser enquanto Não-ser, Nada: indigência e necessidade originária. A indigência e a procura é o assinalar da liberdade. Por isso, há a liberdade ao nível da vontade, e a liberdade essencial, ao nível do Ser/Não-ser, da Cura.


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Acerca del Evento. Buenos Aires, Editorial Almagesto, 2003, p. 45; 52.

2

"Pelo próprio fato de que a pobreza não nos faz carecer de nada, temos de entrar de todo, mantendo-nos na superabundância do Ser, que supera por antecipação a todo o necessário do necessário" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. La pobreza. Buenos Aires: Amarrutu, 2006, p. 115.

3

"A todo instante de ser e não ser, sente-se a urgência de vir a ser, na libertação, a necessidade de libertar-se das e com as necessidades. Sem necessidade não se dá libertação" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: ---. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 63.

4

"Agir essencialmente é ser. Trata-se, portanto, de sempre procurar a essência do agir. A procura não é algo que podemos fazer ou não. É uma necessidade, mesmo que a ignoremos, pois em toda decisão já estamos previamente de-cidindo a partir da essência do agir como necessidade" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.

5

"Ser livre é abrir-se para a essência originária do agir, do ético-poético, do pensar. E isso inclui o que nos parece mais livre: a vontade de nosso querer. Eis porque pensar a essência do agir é pensar necessariamente a essência da necessidade e da liberdade. Não basta seguir os impulsos do querer da vontade. Só somos verdadeiramente sendo a partir de e com a essência originária: a nossa necessidade essencial" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.

6

"Somos livres para falar, mas não somos livres diante da linguagem, a partir da qual e só a partir da qual, necessariamente, é que podemos querer e falar. Há uma liberdade do querer ou não querer falar, mas esta liberdade radica na necessidade de sempre querermos a partir da linguagem como necessidade, mesmo quando queremos não querer" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas”. In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 271.

7

"Ser é deixar-se tomar pelo vigorar do silêncio. É tomar a posição do acontecer do silêncio, isto é, a não-posição, como fonte de toda e qualquer possível posição. Há, portanto, uma liberdade do querer ou do não querer falar, mas esta liberdade radica (originariamente) na necessidade de sempre querermos a partir da linguagem como necessidade. Necessidade é, então, a necessária condição humana de ter de se deixar tomar pela medida do silêncio como sentido de todo agir" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 272.

8

"Bong Joon-Ho explora dois veios inesgotáveis da experiência humana em sociedade: a ambição e a opressão. Primeiro, o filme [Parasita] retrata magnificamente a conclusão do sociólogo francês Jean Baudrillard (1929-2007) de que "a humanidade é produto do desejo e não da necessidade" "(1).


Referência:
(1) ALCÂNTARA, Eurípedes. "Pode-se criticar o Parasita?". In: O Globo, sábado, 15-2-2020, Caderno Opinião, p. 3.

9

"A grande filósofa Agnes Heller dividiu as necessidades humanas em duas categorias: as quantitativas e alienadas; e as qualitativas e radicais. As primeira consistem nas necessidades insanas de dinheiro, poder e posse de bens; as segundas consistem em necessidades saudáveis de introspecção, amizade, amor, brincadeira e convívio" (1).


Referência:
(1) Citada por Domenico de Masi. "Ócio forçado". In: ------. O Globo, Segundo Caderno, sábado, 14-3-2020, p. 2.

10

"A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um ser humano" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: José Olympio, 4. e., 1974, p. 29.

11

"Como mortais, nossa liberdade é necessidade ontológica. A separação entre vida e morte causa a dor que advém de nossos limites. A sua integração nos lança na verdadeira liberdade, aquela necessidade de vivermos a vida como sentido e não simplesmente como vivências. Trata-se de ser o que se sente" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 276.

12

"Em todo ato, o vigorar já vigora em sua plenitude, mas como esta não é um fim, mas uma consumação, a essência do agir tem sua medida no agir da essência, daquilo de quem recebemos nosso destino: o ser. Ser é verbo, o vigorar de todo agir. Ser então é a necessidade necessária" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 277.

13

"O ser humano faz da necessidade de comer algo mais do que satisfazer a uma necessidade como os demais seres. Ele a transfigura num ato livre e criativo. Como? Fazendo do comer uma “arte” culinária. Todos os povos em todos os tempos e lugares têm uma arte culinária. Isto não está inscrito no código genético. Onde está?" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 82.