Ação

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: [[Ação]], ver também [[Agir]].
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:O agir, o vir-a-ser da ''phýsis'', do [[ser]], sempre provocou o nosso espanto. Este espanto ao longo do percurso ocidental permaneceu e permanece, apesar das diferentes teorias e respostas. A teoria enquanto um [[ver]]/[[saber]] percorre diversas disciplinas. Na física, o agir se indaga como força. Para ela há quatro forças fundamentais. A primeira delas é a gravidade, que sustenta a órbita dos planetas em torno do sol ou atrai os corpos para o centro da terra. A segunda é a força eletromagnética, que mantém os átomos inteiros. A terceira, a força nuclear fraca, é responsável pela produção de energia solar. A quarta, a força nuclear forte, é a que mantém unidas as partículas fundamentais de toda a matéria, os ''quarks''. Esta é ambígua, porque quanto mais se tenta quebrar essas partículas, mais poderosa fica a força. Por isso é impossível isolá-los. Estas forças remetem para o enigma da ''[[phýsis]]'' como ser, vir-a-ser e não-ser. Como  achar uma [[teoria]] que ex-plique, sozinha, como a matéria se combina, se mantém unida e se repele? A ação está ligada ao [[movimento]].
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: O [[agir]], o [[vir-a-ser]] da ''[[phýsis]]'', do [[ser]], [[sempre]] provocou o nosso [[espanto]]. Este [[espanto]] ao longo do [[percurso]] [[ocidental]] permaneceu e permanece, apesar das [[diferentes]] [[teorias]] e [[respostas]]. A [[teoria]], enquanto um [[ver]]/[[saber]], percorre diversas [[disciplinas]]. Na [[física]], o [[agir]] se indaga como [[força]]. Para ela há quatro forças [[fundamentais]]. A primeira delas é a [[gravidade]], que sustenta a órbita dos [[planetas]] em torno do sol ou atrai os [[corpos]] para o [[centro]] da [[terra]]. A segunda é a [[força]] eletromagnética, que mantém os [[átomos]] [[inteiros]]. A terceira, a [[força]] nuclear fraca, é [[responsável]] pela [[produção]] de [[energia]] solar. A quarta, a [[força]] nuclear forte, é a que mantém unidas as [[partículas]] [[fundamentais]] de [[toda]] a [[matéria]], os ''quarks''. Esta é [[ambígua]], porque quanto mais se tenta quebrar essas [[partículas]], mais [[poderosa]] fica a [[força]]. Por isso é [[impossível]] isolá-los. Estas [[forças]] remetem para o [[enigma]] da ''[[phýsis]]'' como [[ser]], [[vir-a-ser]] e [[não-ser]]. Como  achar uma [[teoria]] que explique, sozinha, como a [[matéria]] se combina, se mantém unida e se repele? Não seria [[fundamental]] [[pensar]] a [[essência]] da [[matéria]] no seu [[sentido]] de [[ser]]?
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:Os gregos distinguiram quatro tipos de movimento: 1º o local, a mudança de lugar; 2º o movimento quantitativo: o aumento e diminuição; 3º o qualitativo ou alteração; 4ºo substancial: a geração e a corrupção. Se pensarmos todos esses movimentos numa única questão, na união de ser e saber, de ''[[lógos]]'' e ''poíesis'', teremos a questão fundamental da [[sabedoria]]. Esta é a questão que atravessa [[mito]], ''[[poíesis]]'' e filosofia. E então joga o ser humano no horizonte do sagrado, onde o ser do ser humano acontece.
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:- [[Manuel Antônio de Castro]]
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: - [[Manuel Antônio de Castro]].
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:"Ah! “Todos os homens diretos e de ação são ativos por serem parvos e limitados” (1). Um homem de ação não é [[livre]], e sim escravo de si [[mesmo]]. Escravo porque recusa [[experienciar]], por sua conta e risco, o apelo do seu [[próprio]] [[destino]]. Ele nega a [[verdade]] e o [[sentido]] do [[ser]] (2)".
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: "''No [[princípio]] era o [[Verbo]]''. É esta a letra expressa;
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:  aqui está... No [[sentido]] é que a [[razão]] tropeça.
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:  Como hei de progredir? Há  'í quem tal me aclare?
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:  ''O [[Verbo]]!! Mas o [[Verbo]] é coisa inacessível.
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:  Se apurar a [[razão]], talvez me depare
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:  para o lugar de [[Verbo]] um termo inteligível...
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:  Ponho isto: ''No [[princípio]] era o Senso...'' Cautela
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:  nessa primeira linha; às vezes se atropela
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:  a [[verdade]] e a [[razão]] coa rapidez da pena;
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: É melhor: ''No [[princípio]] era a [[Potência]]...'' Nada!
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:  Contra isso que pus interna [[voz]] me brada.
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:  (Sempre a almejar por [[luz]], e sempre na [[escuridão]])
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:  ...Agora é que atinei: ''No [[princípio]] era a [[Ação]]''..." (1)
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:(1) DOSTOIÉVSKI, Fíódor.  ''Memórias do subsolo''. São Paulo: Editora 34, 2000, p. 29.
 
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:(2) FILÍPPOVNA, Verônica.    ....  p.6
 
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: (1) GOETHE, Johann W. '''Fausto''', trad. Antônio Feliciano de Castilho. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969, p. 113. Quadro IV, Cena I.
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:"... toda ação principia mesmo é por uma [[palavra]] pensada" (1).
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:"... toda [[ação]] principia mesmo é por uma [[palavra]] pensada" (1).
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: (1) ROSA, João Guimarães. ''Grande sertão: veredas'', 13.e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, 137.
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:"... para cada dia, e cada [[hora]], só uma [[ação]] possível da gente é que consegue [[ser]] a certa. Aquilo está no encoberto; mas, fora dessa consequência, tudo o que [[eu]] fizer, o que o senhor fizer, o que o beltrano fizer, o que todo-o-mundo fizer, ou deixar de fazer, fica sendo [[falso]], e é [[errado]]" (1).
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:"... para cada dia, e cada [[hora]], só uma ação possível da gente é que consegue ser a certa. Aquilo está no encoberto; mas, fora dessa consequência, tudo o que eu fizer, o que o senhor fizer, o que o beltrano fizer, o que todo-o-mundo fizer, ou deixar de fazer, fica sendo [[falso]], e é [[errado]]" (1).
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: (1) ROSA, João Guimarães. '''Grande sertão: veredas''', 13.e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, 366.
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: "O [[pensamento]] não se transforma em [[ação]] por dele emanar um efeito ou por vir a ser aplicado. O [[pensamento]] age enquanto pensa. Seu [[agir]] é, de certo, o que há de mais [[simples]] e elevado, por afetar a [[re-ferência]] do [[Ser]] ao [[homem]]. Toda [[produção]] se funda no [[Ser]] e se dirige ao [[ente]]. O [[pensamento]], ao contrário, se deixa requisitar pelo [[Ser]] a fim de proferir-lhe a [[Verdade]]. O [[pensamento]] con-suma esse deixar-se" (1).
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: (1) HEIDEGGER. Martin. '''Sobre o humanismo'''. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 25.
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: A [[ação]] está ligada ao [[movimento]]. Os [[gregos]] distinguiram quatro tipos de [[movimento]]: 1º. O local, a mudança de [[lugar]]; 2º. O quantitativo: o aumento e diminuição; 3º. O qualitativo ou alteração; 4º. O substancial: a geração e a corrupção. Se pensarmos todos esses [[movimentos]] numa única [[questão]], na união de [[ser]] e [[saber]], de ''[[lógos]]'' e ''poíesis'', teremos a [[questão]] [[fundamental]] da [[sabedoria]]. Esta é a [[questão]] que atravessa [[mito]], ''[[poíesis]]'' e [[filosofia]]. E então joga o [[ser humano]] no [[horizonte]] do [[sagrado]], onde o [[ser]] do [[ser humano]] acontece.
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]
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: "Quando o [[fato]] precede e determina o [[ato]], deixa de haver [[liberdade]] [[essencial]], deixa de haver a [[essência]] do [[agir]]. , portanto, o [[agir]] dos [[fatos]] e o [[agir]] dos [[atos]]. Que falamos é um [[fato]], que podemos [[falar]] é um [[ato]]. Também podemos [[silenciar]]. Neste convivem muito bem [[ato]] e [[fato]]. Em todo [[ato]] de [[fala]] quem [[vigora]] sempre é a [[linguagem]], falemos em que [[língua]] ([[fato]]) falemos" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 274.
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: "Temos assim encontrado um ponto de [[partida]]: o [[homem]] enquanto exerce o [[sentido]] do seu [[ser]] na [[ação]].  É, portanto, na [[ação]] que encontramos o [[homem]] e o [[sentido]] do seu [[ser]].  E [[realmente]] a [[ação]] constitui um [[legítimo]] ponto de [[partida]] porque é o único dado imediatamente captado e por isto não pressupõe [[nada]], porque [[tudo]] o mais nos é dado através da [[ação]], ela implica todo o resto. Assim a [[ação]] aparece como único ponto de [[partida]] [[legítimo]]" (1).
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: (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. '''Metafísica'''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal. Já faleceu.
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: "O nosso ponto de partida para [[toda]] a [[metafísica]] é o [[homem]] assim como realiza o [[sentido]] do seu [[ser]] através da [[ação]]. [[Entre]] as [[ações]] [[humanas]] escolhemos a [[pergunta]] porque ela é eminentemente característica do [[homem]]" (1).
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:  Referência:
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:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. '''Metafísica'''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal. Já faleceu.
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: "O [[sentido do Ser]] torna a [[questão]] da [[essência]] do [[agir]] o fio condutor para [[repensar]] não só a [[filosofia]], mas também a [[poesia]] e o seu exercício de [[leitura]] e [[interpretação]]. É porque [[ação]] em seu [[sentido]] não pode [[ser]] apenas algo [[racional]], [[abstrato]] e distante, implica a [[presença]] do ''[[Dasein]]'' [[concreto]] e [[vital]]" (1).
: Referência:
: Referência:
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: (1) ROSA, João Guimarães. ''Grande sertão: veredas'', 13.e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, 366.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “[[Heidegger]] e as questões da [[arte]]”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). '''Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005''', p. 32.

Edição atual tal como 21h51min de 23 de Abril de 2024

Ação, ver também Agir.

1

O agir, o vir-a-ser da phýsis, do ser, sempre provocou o nosso espanto. Este espanto ao longo do percurso ocidental permaneceu e permanece, apesar das diferentes teorias e respostas. A teoria, enquanto um ver/saber, percorre diversas disciplinas. Na física, o agir se indaga como força. Para ela há quatro forças fundamentais. A primeira delas é a gravidade, que sustenta a órbita dos planetas em torno do sol ou atrai os corpos para o centro da terra. A segunda é a força eletromagnética, que mantém os átomos inteiros. A terceira, a força nuclear fraca, é responsável pela produção de energia solar. A quarta, a força nuclear forte, é a que mantém unidas as partículas fundamentais de toda a matéria, os quarks. Esta é ambígua, porque quanto mais se tenta quebrar essas partículas, mais poderosa fica a força. Por isso é impossível isolá-los. Estas forças remetem para o enigma da phýsis como ser, vir-a-ser e não-ser. Como achar uma teoria que explique, sozinha, como a matéria se combina, se mantém unida e se repele? Não seria fundamental pensar a essência da matéria no seu sentido de ser?


- Manuel Antônio de Castro.

2

"No princípio era o Verbo. É esta a letra expressa;
aqui está... No sentido é que a razão tropeça.
Como hei de progredir? Há 'í quem tal me aclare?
O Verbo!! Mas o Verbo é coisa inacessível.
Se apurar a razão, talvez me depare
para o lugar de Verbo um termo inteligível...
Ponho isto: No princípio era o Senso... Cautela
nessa primeira linha; às vezes se atropela
a verdade e a razão coa rapidez da pena;
pois o Senso faz tudo, e tudo cria e ordena?...
É melhor: No princípio era a Potência... Nada!
Contra isso que pus interna voz me brada.
(Sempre a almejar por luz, e sempre na escuridão)
...Agora é que atinei: No princípio era a Ação..." (1)


Referência:
(1) GOETHE, Johann W. Fausto, trad. Antônio Feliciano de Castilho. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969, p. 113. Quadro IV, Cena I.

3

"... toda ação principia mesmo é por uma palavra pensada" (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas, 13.e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, 137.

4

"... para cada dia, e cada hora, só uma ação possível da gente é que consegue ser a certa. Aquilo está no encoberto; mas, fora dessa consequência, tudo o que eu fizer, o que o senhor fizer, o que o beltrano fizer, o que todo-o-mundo fizer, ou deixar de fazer, fica sendo falso, e é errado" (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas, 13.e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, 366.

5

"O pensamento não se transforma em ação por dele emanar um efeito ou por vir a ser aplicado. O pensamento age enquanto pensa. Seu agir é, de certo, o que há de mais simples e elevado, por afetar a re-ferência do Ser ao homem. Toda produção se funda no Ser e se dirige ao ente. O pensamento, ao contrário, se deixa requisitar pelo Ser a fim de proferir-lhe a Verdade. O pensamento con-suma esse deixar-se" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER. Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 25.

6

A ação está ligada ao movimento. Os gregos distinguiram quatro tipos de movimento: 1º. O local, a mudança de lugar; 2º. O quantitativo: o aumento e diminuição; 3º. O qualitativo ou alteração; 4º. O substancial: a geração e a corrupção. Se pensarmos todos esses movimentos numa única questão, na união de ser e saber, de lógos e poíesis, teremos a questão fundamental da sabedoria. Esta é a questão que atravessa mito, poíesis e filosofia. E então joga o ser humano no horizonte do sagrado, onde o ser do ser humano acontece.


- Manuel Antônio de Castro

7

"Quando o fato precede e determina o ato, deixa de haver liberdade essencial, deixa de haver a essência do agir. Há, portanto, o agir dos fatos e o agir dos atos. Que falamos é um fato, que podemos falar é um ato. Também podemos silenciar. Neste convivem muito bem ato e fato. Em todo ato de fala quem vigora sempre é a linguagem, falemos em que língua (fato) falemos" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Liberdade, vontade e uso de drogas". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 274.

8

"Temos assim encontrado um ponto de partida: o homem enquanto exerce o sentido do seu ser na ação. É, portanto, na ação que encontramos o homem e o sentido do seu ser. E realmente a ação constitui um legítimo ponto de partida porque é o único dado imediatamente captado e por isto não pressupõe nada, porque tudo o mais nos é dado através da ação, ela implica todo o resto. Assim a ação aparece como único ponto de partida legítimo" (1).


Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal. Já faleceu.

9

"O nosso ponto de partida para toda a metafísica é o homem assim como realiza o sentido do seu ser através da ação. Entre as ações humanas escolhemos a pergunta porque ela é eminentemente característica do homem" (1).


Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal. Já faleceu.

10

"O sentido do Ser torna a questão da essência do agir o fio condutor para repensar não só a filosofia, mas também a poesia e o seu exercício de leitura e interpretação. É porque ação em seu sentido não pode ser apenas algo racional, abstrato e distante, implica a presença do Dasein concreto e vital" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arte”. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 32.
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