Experiência

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Toda [[experiência]], diz Aristóteles, contém na sua integralidade várias [[dimensões]]. Ela remete para uma [[origem]], um [[princípio]]. Instala o [[limite]], elabora e expõe um [[conteúdo]]. Mobiliza um [[processo]], isto é, um conjunto variável de referências e remissões. Ela instala um [[lugar]], isto é, uma localização no tempo e no espaço, no tempo cultural, no espaço histórico e no espaço físico e no movimento, no [[tempo]] físico. Por último, esta [[experiência]] integra também um [[destino]], tanto no sentido de uma finalidade, quanto no sentido de um desenvolvimento" (1). Ver a [[palavra]] [[experienciação]].
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:"Toda [[experiência]], diz Aristóteles, contém na sua integralidade várias [[dimensões]]. Ela remete para uma [[origem]], um [[princípio]]. Instala o [[limite]], elabora e expõe um [[conteúdo]]. Mobiliza um [[processo]], isto é, um conjunto variável de referências e remissões. Ela instala um [[lugar]], isto é, uma localização no [[tempo]] e no [[espaço]], no [[tempo]] [[cultural]], no [[espaço]] [[histórico]] e no [[espaço]] físico e no [[movimento]], no [[tempo]] físico. Por último, esta [[experiência]] integra também um [[destino]], tanto no [[sentido]] de uma [[finalidade]], quanto no [[sentido]] de um desenvolvimento" (1). Ver a [[palavra]] [[experienciação]].
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aristóteles e as [[questões]] da [[arte]]". In: CASTRO, Manuel Antônio de (Org.). '''[[Arte]] em [[questão]]: as [[questões]] da [[arte]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 116.'''
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "Aristóteles e as [[questões]] da [[arte]]". In: CASTRO, Manuel Antônio de (Org.). [[Arte]] em [[questão]]: as [[questões]] da [[arte]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 116.'''
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 215.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "O [[mito]] de [[Cura]] e o [[ser humano]]". In: [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 215.'''
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: (1) PRIGOGINE, Ilya. "Estaremos às vésperas de um terceiro humanismo?". In? Revista ''Tempo Brasileiro''. Rio de Janeiro, 168, jan.-mar., 2007, p.7.
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: (1) PRIGOGINE, Ilya.''' "Estaremos às vésperas de um terceiro [[humanismo]]?" In? Revista Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, 168, jan.-mar., 2007, p.7.'''
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Definições de filosofia". In: Revista ''Tempo Brasileiro'', 130/131, 1997, p. 145.  
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "[[Definições]] de [[filosofia]]". In: Revista Tempo Brasileiro, 130/131, 1997, p. 145.'''  
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: (2) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de ''Cura'' e o ser humano''. In: --------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p.229.
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: (2) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "O [[mito]] de [[Cura]] e o [[ser humano]]". In: [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p.229.'''
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega" (''Dzoion logon echon'').In: ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis / RJ: Vozes, 1992, p. 132.
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "Uma [[leitura]] órfica de uma sentença grega" (''Dzoion logon echon''). In: [[Aprendendo]] a [[pensar]] II. Petrópolis / RJ: Vozes, 1992, p. 132.'''

Edição atual tal como 22h23min de 19 de Maio de 2025

1

"Toda experiência, diz Aristóteles, contém na sua integralidade várias dimensões. Ela remete para uma origem, um princípio. Instala o limite, elabora e expõe um conteúdo. Mobiliza um processo, isto é, um conjunto variável de referências e remissões. Ela instala um lugar, isto é, uma localização no tempo e no espaço, no tempo cultural, no espaço histórico e no espaço físico e no movimento, no tempo físico. Por último, esta experiência integra também um destino, tanto no sentido de uma finalidade, quanto no sentido de um desenvolvimento" (1). Ver a palavra experienciação.


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aristóteles e as questões da arte". In: CASTRO, Manuel Antônio de (Org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 116.

2

"A medida do entre tanto é a vida quanto é a morte. Na medida está o sentido, no sentido está a medida. Toda procura, no fundo, é sempre a procura do sentir do sentido. É justamente isso que denomino aqui experienciação e não (jamais!) experiência. Toda procura advém sempre enquanto experienciação. Todo conceito advém sempre enquanto experiência. É por isso que posso dizer que “Fulano é experiente no fazer artefatos de madeira, de barro, em dar aula etc”. Todavia, jamais posso dizer que alguém é experiente na experienciação de morrer. Das experiências surge um aprendizado, passível de ser ensinado, porque é um saber baseado em conceitos, por exemplo, um carpinteiro que ensina o aprendiz a fazer móveis. Das experienciações surge uma aprendizagem, algo absolutamente pessoal, próprio e impossível de ser ensinado, porque não é redutível aos conceitos. A aprendizagem é experienciação das questões" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 215.

3

"Existem, em suma, duas experiências: a experiência do repetitivo (a experiência do sol que nasce todas as manhãs a tal e tal hora, previsível) e a experiência da criatividade" (1).


Referência:
(1) PRIGOGINE, Ilya. "Estaremos às vésperas de um terceiro humanismo?" In? Revista Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, 168, jan.-mar., 2007, p.7.

4

"Vivendo, os homens vão experimentando a paixão de viver e aprendendo com esta experiência. Pensar é a disciplina, a ascese e o ordenamento desta paixão" (1). "Pensar é cuidar da paixão de viver, é sentir o sentido da paixão de viver. Lançados no rio da vida, esta se torna questão, pois é no pensar que a questão se torna o desafio do pensar, do experienciá-la enquanto paixão. Cuidar é, essencialmente, deixar eclodir no pensar apaixonado um figurar da vida" (2).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Definições de filosofia". In: Revista Tempo Brasileiro, 130/131, 1997, p. 145.
(2) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p.229.

5

"Ora, mesmo que as muitas ciências da vida se construíssem sobre uma experiência radical da vida, ainda assim tal experiência nunca poderia ser alcançada ou constituída por qualquer ciência. E por que não? - Porque toda ciência é uma ciência e a vida é sempre muito mais antiga do que qualquer ciência. Como toda ciência, também as ciências da vida vêm depois e a reboque de uma determinada interpretação da vida, que só se obtém com a experiência comunitária de um pensamento radical" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega" (Dzoion logon echon). In: Aprendendo a pensar II. Petrópolis / RJ: Vozes, 1992, p. 132.
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