Presença
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) TORRANO, Jaa. '''O sentido de Zeus. São Paulo: Iluminuras, 1996 | + | : (1) TORRANO, Jaa. '''O [[sentido]] de [[Zeus]]. São Paulo: Iluminuras, 1996, p. 18.''' |
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- | : "A [[presença]] é o tender permanente à [[plenificação]], que é o [[acontecer]] que se dá no [[operar]] da própria [[obra]]. O que rege esse ''tender'' é a ''[[Cura]]''. Daí [[tudo]] se centralizar, no que o [[ser humano]] [[é]], em sua [[essência]], em torno de ''[[Cura]]''" (1). | + | : "A [[presença]] é o tender permanente à [[plenificação]], que é o [[acontecer]] que se dá no [[operar]] da própria [[obra]]. O que rege esse ''tender'' é a '''[[Cura]]'''. Daí [[tudo]] se centralizar, no que o [[ser humano]] [[é]], em sua [[essência]], em torno de '''[[Cura]]'''" (1). |
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "'''O mito de Cura e o ser humano'''". In: ---. '''Arte: o humano e o destino | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "'''O [[mito]] de [[Cura]] e o [[ser]] [[humano]]'''". In: ---. '''[[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 226.''' |
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- | : (1) TORRANO, Jaa. '''O sentido de Zeus | + | : (1) TORRANO, Jaa. '''O [[sentido]] de [[Zeus]]. São Paulo: Iluminuras, 1996, p. 18.''' |
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A presença constante do sagrado". In: | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "A [[presença]] constante do [[sagrado]]". In: https://travessiapoetica.blogspot.com.br/ postado em 23 de fevereiro de 2017.''' |
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]. | : - [[Manuel Antônio de Castro]]. |
Edição atual tal como 22h15min de 3 de janeiro de 2025
1
- "A palavra portuguesa presença forma-se do latim: prae, que diz o que está antes e o que está à frente, mas no sentido de abertura, de lugar, o entre em que se dá a travessia destinal de cada sendo. Por isso, o radical de pre-sença, -sença, provém do latim -sentia, que implica o verbo latino esse, isto é, ser" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O mito de Cura e o ser humano. In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 228.
2
- "Latência é o traço mais característico do ser enquanto presença, pois é o que em todo presente constitui a presença, e, para todo ser latente, a possibilidade mesma de sua latência" (1).
- Referência:
3
- "A presença é o tender permanente à plenificação, que é o acontecer que se dá no operar da própria obra. O que rege esse tender é a Cura. Daí tudo se centralizar, no que o ser humano é, em sua essência, em torno de Cura" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 226.
4
- "Há uma ligação profunda entre presença e presente. É que na presença o ser se faz tempo-presente e o presente é o ser vigorando enquanto tempo, é uma doação: o tempo dá-Se, torna-se presente" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O mito de Cura e o ser humano. In: ---.Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 228.
5
- "Latência é o traço mais característico do ser enquanto presença, pois é o que em todo presente constitui a presença, e, para todo ser latente, a possibilidade mesma de sua latência" (1).
- Referência:
6
- "A dessacralização que domina hoje é devida a quê? Certamente muitos são os fatores. É no âmago dessa questão que a arte como questão se faz presente. Pode se falar em arte sem levar em consideração a questão do sagrado? Difícil. Porém, ela se faz presente de um modo muito simples e especial que se perdeu com o próprio distanciamento do sagrado acontecido na dinâmica dessas transformações históricas. Transformações essas que dizem respeito à própria dinâmica de o próprio sagrado se destinar. Mas ele, por mais que esteja esquecido, nunca se distancia e torna ausente como tal. Pelo contrário, sem sua presença, sua proximidade, tudo perderia o sentido e o próprio vigor de realização do real. E ele é próximo, tão próximo que até para sermos o que somos só podemos ser sendo essa proximidade. Porém, em tudo que fazemos temos a tendência, hoje e há muito tempo, a considerá-lo distante e inalcançável, como se ele fosse outro que não o vigor do que nos é próprio" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A presença constante do sagrado". In: https://travessiapoetica.blogspot.com.br/ postado em 23 de fevereiro de 2017.
7
- Realização é o vir a ser da realidade no seu manifestar-se em real, ou seja, a totalidade dos entes (ta onta), dos fenômenos. Como tal, todo fenômeno é uma realização da realidade constituindo o real. Toda realização é oblíqua e dissimulada porque nela a realidade se dá e retrai, se manifesta e vela. Toda realização é uma doação do ser. Daí podermos falar de real e irreal, de ideal e real, porque este, em verdade, é a vigência do vigor da realidade pondo-se e depondo-se nas realizações. O Ser é doação enquanto tempo, presença, mundo, sentido e realização.
8
- Presença é o desvelamento do sendo. É a verdade dando-se como presença e guardando-se como não-verdade. Escutar é ver a verdade como presença. Por isso, presença é mais do que a visão de algo, embora esta esteja incluída na presença. Presença é o real se presenteando na densidade do corpo, onde tudo está contido: dança, música, poesia, pintura, escultura.