Poder

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Pensando de modo mais [[originário]], [[querer]] significa essencializar, dar [[Essência]]. Esse querer é que constitui a própria Essência do poder" (1). Em nota, o tradutor Emmanuel Carneiro Leão, diz: "...''solches Moegen ist das eigentlich Wesen des Vermoegens...'': o verbo ''moegen'', que significa [[querer]] e gostar, possui um derivado, ''ver-moegen'', que diz poder. Heidegger determina a Essência própria de ''ver-moegen'' (poder) e de ''moeg-lich'' (possível), pelo sentido originário de ''moegen'' (querer). [[Querer]] é poder" (2).
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: "Pensando de modo mais [[originário]], [[querer]] significa essencializar, dar [[Essência]]. Esse [[querer]] é que constitui a própria [[Essência]] do [[poder]]" (1). Em nota, o tradutor Emmanuel Carneiro Leão, diz: "...''solches Moegen ist das eigentlich Wesen des Vermoegens...'': o [[verbo]] ''moegen'', que significa [[querer]] e gostar, possui um derivado, ''ver-moegen'', que diz [[poder]]. Heidegger determina a [[Essência]] própria de ''ver-moegen'' ([[poder]]) e de ''moeg-lich'' ([[possível]]), pelo [[sentido]] [[originário]] de ''moegen'' ([[querer]]). [[Querer]] é [[poder]]" (2).
: Referência:  
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: (1), HEIDEGGER, Martin. ''Sobre o humanismo''. Trad. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: 1967, p. 29.
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''Sobre o humanismo''. Trad. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: 1967, p. 29.  
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: (2), LEÃO, Emmanuel Carneiro. Nota 14), in: HEIDEGGER, Martin. ''Sobre o humanismo''. Trad. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: 1967, p. 29.
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: (2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. (Nota 14), in: HEIDEGGER, Martin. ''Sobre o humanismo''. Trad. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: 1967, p. 29.
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Edição de 01h04min de 2 de Julho de 2018

Tabela de conteúdo

1

"Devido ao mecanismo da funcionalidade, uma sociedade dominada por relações funcionais tende a substituir a autoridade pelo poder. Geralmente se entende por poder a força material à disposição de um sujeito. No entanto, poder nem sempre possui natureza material e nem toda força material é poder. A Essência do poder é o "eu posso" da subjetividade. Trata-se de uma determinação metafísica que reduz toda realidade à objetividade, e toda interioridade, à subjetividade. No âmbito do poder não pode haver mistério" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Poder e autoridade no cristianismo". In: --------. Aprendendo a pensar I. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2008, p. 225.

2

"Pensando de modo mais originário, querer significa essencializar, dar Essência. Esse querer é que constitui a própria Essência do poder" (1). Em nota, o tradutor Emmanuel Carneiro Leão, diz: "...solches Moegen ist das eigentlich Wesen des Vermoegens...: o verbo moegen, que significa querer e gostar, possui um derivado, ver-moegen, que diz poder. Heidegger determina a Essência própria de ver-moegen (poder) e de moeg-lich (possível), pelo sentido originário de moegen (querer). Querer é poder" (2).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: 1967, p. 29.
(2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. (Nota 14), in: HEIDEGGER, Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: 1967, p. 29.

3

"Muitos foram os pensadores que não titubearam em assumir posições, muitas vezes, como geralmente acontece, avaliando os riscos, pois o poder entificado é bem mais perigoso e traiçoeiro do que se pode imaginar. Mas nenhuma avaliação tem o poder de prever os meandros do poder e suas finalidades, geralmente dissimuladas" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In: --------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p.20.


4

"Devemos, sim, dizer aos pequenos: o impossível pode acontecer. E isso não será apenas uma fantasia inócua ou uma falsa esperança. Aqueles que reduzem a fantasia à mentira ignoram seu poder de criação" (1)


Referência:


(1) CASTELLO, José. "A presença da ausência", crônica. In: O Globo, Segundo caderno, "Prosa": 22-11-2014, p. 5.


5

"O poder do vocabulário é funcional e operativo. É por isso que todo vocabulário, nesse sentido, gera um “ismo”. E nem se nota que o próprio mundo real se esvai e se retrai nos interstícios dos vocabulários. É que o vocabulário não passa, a essa altura, de uma representação da realidade. Portanto, como falar ainda da realidade? É aí que aparece a questão do mistério. Eis algo complexo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte, vocabulário e mundo". In: ------------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 245.


6

"Neste sentido, to khaos, o caos, é o poder, em si mesmo, indeterminado e indeterminável, mas determinante de qualquer determinação ou indeterminação.
Nestas condições, o sentido grego de kháos remete sempre, em toda experiência de ser e realizar-se, para a conjugação das três dimensões ou poderes da realidade, que, na grande época de sua criação, os gregos pensaram em palavras e em mármore:
1o. o caos está aquém de toda ordem e/ou desordem de qualquer tipo, natureza ou nível;
2o. o caos é a possibilidade, em sentido incoativo de possibilitar, i.é, dar e/ou tirar o poder de ser, de toda discriminação e de toda indiscriminação;
3o. o caos é o princípio de conservação e continuidade para toda diferenciação e/ou indiferenciação" (1).
No meu entender, para o 1o. temos o Nada; para o 2o. temos o Diferenciar ou, em grego, krinein, julgar, criticar; para o 3o. temos o Perdurar, o Universal, ou seja, é o princípio de identidade (2).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O sentido grego do caos". In: --------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 38.
(2) Manuel Antônio de Castro.


7

"No e pelo pacto, Riobaldo nos joga no horizonte de um outro agir, fundado no poder do sagrado: é o agir poético do amor. Por isso, a memória será memória do amor. É o amor como memória que orientará e fundará todo o poder de agir e conhecer de Riobaldo, porque será o poder de ser do sertão que dará sentido e destino ao agir do homem, ou seja, o poder de amar, pois aí, poder é energia do amor, energia amorosa. E agir será agir do amar, plenamente verbo" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Pacto: a poética do amor". In: ------. www.travessiapoetica.Blogspot.com, 2017.


8

A pólis grega significa um modelo de estruturação social. O estruturar diz do juntar, agregar com ordem, do ordenar (de onde se pensa o construir, o instruir etc.). A face visível da ordenação se dá como instituição (in + stare), ou seja, a emergência do "lugar de um grupo social" como espaço e tempo tem a sua face visível nas instituições. Estas têm no poder a força de sua vigência. É um poder que não lhes é externo, mas que brota do vigor das instituições, enquanto força de estruturação do "lugar de um grupo social". À gerência, à administração desse poder se dá o nome de política. A política é, pois, a arte da mediação dos homens entre si e do "lugar do grupo social". Este lugar os gregos denominaram polis. E à realização nela e com ela os romanos denominaram cidadania.


- Manuel Antônio de Castro


9

O poético é a presença vigorante do mítico. Devemos, por isso mesmo, ter sempre em vista a questão em que as diferentes realizações míticas se moviam. O poder não é nem foi, nas origens, um poder determinado por um sistema de relações e funções. Qualquer explicação dialética neste caso é uma extrapolação lógica. O poder é o próprio acontecer da realidade. Aliás como é até hoje. O poder das relações sócio-econômicas e das conquistas técnicas é de outra natureza, isto é, de outra procedência. E de outro alcance. Por isso, haverá também um poder inerente à arte. Que poder misterioso é esse? É o poder originário, esse que nenhum sistema pode ter nem dar nem aplicar nem tornar Lei.


- Manuel Antônio de Castro.


10

"... o que se chama de ciência ocidental europeia determina também, em seus traços fundamentais e em proporção crescente, a realidade na qual o homem de hoje se move e tenta sustentar-se.
Meditando o sentido deste processo, percebe-se que, no mundo do Ocidente e nas épocas da sua história, a ciência desenvolveu um poder que não se pode encontrar em nenhum outro lugar da terra e que está em vias de estender-se por todo o globo terrestre" (1).


Referência:


(1) HEIDEGGER, Martin. “Ciência e pensamento do sentido”, Trad. Emmanuel Carneiro Leão: In: -----. Ensaios e conferências. Petrópolis R / J: Vozes, 2002, p. 39.
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