Pólis

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "... a ''Antígona'' de Sófocles no que ela dá a [[ver]], no que ela traz de [[verdadeiro]] e [[necessário]] como [[pensamento]] sobre o [[homem]] e sua condição: a relação entre a dimensão humana da [[solidão]] e sua perene situação de [[convivência]], situação esta que os gregos denominaram ''pólis'', a "cidade" "(1).
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: (1) FRANCALANCI, Carla. "Antígona e as leis não escritas". In: Revista TB, Rio de Janeiro, 157: ''Caminhos da ética'', abr.-jun., 2004, p. 45.
: (1) FRANCALANCI, Carla. "Antígona e as leis não escritas". In: Revista TB, Rio de Janeiro, 157: ''Caminhos da ética'', abr.-jun., 2004, p. 45.
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Edição de 21h27min de 18 de Maio de 2020

1

"Um grego vive e experimenta no mito da memória uma densidade inaugural em que a realidade lhe chega nas realizações históricas de sua convivência, nos cultos, no poder, na ciência, na técnica, na arte, na produção etc. Toda cultura e toda civilização se recolhe, então, na dinâmica de articulação da pólis. A palavra pólis tem a ver com o verbo pelomai, que diz a fala dos processos de criação, os movimentos de ser, não-ser e vir-a-ser, tanto no aparecer como no desaparecer de tudo que vige e opera, de tudo que surge e cresce, que se ergue e se impõe por si mesmo com a força de seu próprio vigor" (1). Se bem observarmos o que o pensador Emmanuel nos diz bem explicitamente é que jamais pode haver uma dicotomia entre physis e cultura, pois é ela que impulsiona tudo que se manifesta, em qualquer nível de realidade. Physis é a realidade constituindo em suas realizações o real. A cultura, a história, os mitos, as criações poéticas, a ciência, a técnica, a sociedade como tal, reunidos os seres humanos em grupos ou núcleos, as cidades, os países, as pólis, tudo pertence e se origina na physis.


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O esquecimento da memória". In: Revista Tempo Brasileiro, 153: Horizontes da memória - abr.-jun., 2003, p. 145.

2

Em Introdução à metafísica (1), Heidegger faz a junção entre pólis política e pólis poética, daí a questão da paideia poética.


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Introdução à metafísica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p. 175.

3

"... a Antígona de Sófocles no que ela dá a ver, no que ela traz de verdadeiro e necessário como pensamento sobre o homem e sua condição: a relação entre a dimensão humana da solidão e sua perene situação de convivência, situação esta que os gregos denominaram pólis, a "cidade" "(1).
Referência:
(1) FRANCALANCI, Carla. "Antígona e as leis não escritas". In: Revista TB, Rio de Janeiro, 157: Caminhos da ética, abr.-jun., 2004, p. 45.

4

"A filosofia grega é uma experiência de Pensamento. Mas não é a única experiência grega de pensamento. Outra experiência grega de Pensamento é o Mito e a Mística. Uma outra, são os deuses e o extraordinário. Ainda uma outra é a Poesia e a Arte. Ainda outra é a Pólis e a Politeia. A última, por ser no fundo a primeira experiência grega de Pensamento, é Vida e a Morte, Eros e Thanatos " (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Apresentação". In: -------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2010, p. 11.

5

"Assim, pólis diz o polo em que a realidade faz girar o real em suas realizações, diz a estância em que a realidade estancia e distancia, diz o lugar onde a realidade centra; concentra e descentra tanto as realizações quanto as desrealizações de tudo que é e está sendo, de tudo que não é nem está sendo" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O esquecimento da memória". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis / RJ: Daimon Editora, 2013, p. 77.


6

"Mas vem Édipo e, impulsionado pela procura da verdade e convicto de sua inteligência, certo de que é o mais inteligente dos homens, defronta-se com a Esfinge. Brilhando na luminosidade da inteligência e da razão, decifra os enigmas e passa a ser aclamado como o salvador de Tebas. Sem rei, pois Laio, o rei, seu pai, ele o matara. Naturalmente desposa a viúva, sua mãe. É o mais dócil e cuidadoso dos reis para com seu povo, para com seu genos. O seu corpo se confunde com o da pólis. Com o saber da razão achava que tinha resolvido os enigmas. Será que hoje o saber da razão é suficiente para resolver nossos enigmas ou apenas nossos problemas funcionais" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 31.
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