Procura

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 01h40min de 5 de Maio de 2019 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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"As procuras são regidas ao mesmo tempo pelas possibilidades, isto é, pela cura, e pelo tempo, pois toda procura se dá no e enquanto tempo. O tempo nunca é exterior nem interior a nós. Somos tempo. Que tempo? O tempo que já vigora na cura. A cura do tempo e o tempo da cura são nossas possibilidades. O humano de todo ser humano é a cura. O que compreender por cura? (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de cura e o ser humano". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 232.

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"Entendemos que retorno não significa voltar a um contexto anterior, mas viagem rumo à interioridade que o homem faz ao se escutar: pro-cura" (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. "Homem: corpo insólito". In: GARCÍA, Flavio; PINTO, Marcello de Oliveira; MICHELLI, Regina (orgs.). O insólito e seu duplo – Anais do VI Painel Reflexões sobre o Insólito na narrativa ficcional/ I Encontro Regional Insólito como Questão na Narrativa Ficcional. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2010, p. 139.


Ver também:

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"A medida do entre tanto é a vida quanto é a morte. Na medida está o sentido, no sentido está a medida. Toda procura, no fundo, é sempre a procura do sentir do sentido. É justamente isso que denomino aqui experienciação e não (jamais!) experiência. Toda procura advém sempre enquanto experienciação. Todo conceito advém sempre enquanto experiência. É por isso que posso dizer que “Fulano é experiente no fazer artefatos de madeira, de barro, em dar aula etc”. Todavia, jamais posso dizer que alguém é experiente na experienciação de morrer. Das experiências surge um aprendizado, passível de ser ensinado, porque é um saber baseado em conceitos, por exemplo, um carpinteiro que ensina o aprendiz a fazer móveis. Das experienciações surge uma aprendizagem, algo absolutamente pessoal e impossível de ser ensinado, porque não é redutível aos conceitos. A aprendizagem é experienciação das questões" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 215.


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"Se bem observarmos o que a palavra procura nos diz e convoca a escutar perceberemos que há na própria palavra uma dobra permanente de medida e não-medida, densificada no entre de toda e qualquer procura. É nas pro-curas que acontece o sentido do que somos" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 217.


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"Mas, sem dúvida, se não podemos falar em sensação pura, também, em se tratando do ser humano, é impossível ficar preso a uma razão pura. Por isso, melhor do que falar em instinto, seja melhor dimensioná-lo pelo mito de Cura, conjugando a sua origem, tanto em Eros, quanto em Cura, fazendo desta uma dimensão do próprio Eros, pois, em última instância, as libidos são sempre uma procura, inerente ao próprio do ser humano, enquanto dimensionada por Eros" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: Eros, tecnologia, transumanismo. MONTEIRO, Maria Conceição e Outros (org.). Rio de Janeiro: Caetés, 2015, p. 47.


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"Eu me procuro a mim mesmo" (1).


Referência:
(1) HERÁCLITO. Fragmento 101. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 85.