Condição humana

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(3)
(4)
Linha 30: Linha 30:
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. ''Filosofia contemporânea''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 66.
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. ''Filosofia contemporânea''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 66.
 +
 +
 +
 +
== 5 ==
 +
: O [[pré-saber]] é o [[sentido do Ser]], em que já nos movemos [[simplesmente]]. Para o [[ser humano]] trata-se [[sempre]] do [[saber]], isto é, do [[sentido o Ser]]. O [[Ser]] é tão [[imediato]], tão [[presente]], tão sem [[questionamento]], que aquilo que se torna [[questão]] para o [[ser humano]] é o [[sentido do ser]], isto é, o [[saber]] do [[Ser]]. Toda a nossa [[questão]] é o [[saber]]. É no e do [[saber]] do [[Ser]] que surgem as [[questões]]: [[linguagem]], [[sentido]], [[mundo]], [[verdade]]. Porém, o [[pré-saber]] vigora no [[não-saber]] e [[saber]], portanto, há também a não-língua(gem), o não-significado/sentido, o não-mundo/mundo, a não-verdade/verdade. É o que tentamos denominar como [[silêncio]] e [[vazio]] e [[nada]]. Do [[silêncio]], do [[vazio]], do [[nada]], [[nada]] podemos [[dizer]], somente experienciá-los. É a [[condição]] de nossa [[finitude]], a nossa [[condição humana]].
 +
 +
 +
: - [[Manuel Antônio de Castro]].

Edição de 21h53min de 20 de Junho de 2020

Ver também Humano.

Tabela de conteúdo

1

"A História do Ser carrega e determina toda condition et situation humaine (condição e situação humana)" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 26.

2

"A moral tende ao estático e estabelecido, ao sistema auto-referenciado. É bem o contrário da ética, onde o essencial é o poético. Não há ético sem poético e não há poético sem ético. E é isso que desde sempre se denominou obra de arte, se pusermos em primeiro lugar o que a palavra “obra” diz, aliás, o mesmo que poético no grego: o que age, o que faz acontecer, o que realiza. É necessário pensar a essência do agir, horizonte onde nos aparece a condição humana" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O humano, o poético e a contracultura". In: www.travessiapoetica.Blogspot.com.

3

Ilimitado é o que não tem limite. Compreende-se melhor o alcance do ilimitado quando se apreende o âmbito do que denominamos limite. E apreendemos este no jogo com o que diz a palavra horizonte e com aquilo que os gregos de uma maneira densa e rica denominavam telos. De alguma maneira também a forma e o organismo e/ou corpo se afirmam em tensão com o não-limite, ou seja, o ilimitado. Remete ainda o limite para a condição humana em sua finitude e não finitude. Mas temos de compreender que finitude e limite nunca dizem somente fim. Apreender o jogo de finitude e não finitude na condição humana é apreender e pensar o mistério e enigma do que denominamos Eros e Thanatos, vida e morte na medida em que são. Somente o ser dá a medida de Eros e Thanatos.


- Manuel Antônio de Castro

4

"Corpo de animal, cabeça de homem, a Esfinge é toda a condição humana do homem: ser fronteiriço entre nesciente, inconsciente e consciente, tanto no não saber obscuro do mineral, vegetal e animal, como no saber diáfano do pensamento, da fantasia, da percepção" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 66.


5

O pré-saber é o sentido do Ser, em que já nos movemos simplesmente. Para o ser humano trata-se sempre do saber, isto é, do sentido o Ser. O Ser é tão imediato, tão presente, tão sem questionamento, que aquilo que se torna questão para o ser humano é o sentido do ser, isto é, o saber do Ser. Toda a nossa questão é o saber. É no e do saber do Ser que surgem as questões: linguagem, sentido, mundo, verdade. Porém, o pré-saber vigora no não-saber e saber, portanto, há também a não-língua(gem), o não-significado/sentido, o não-mundo/mundo, a não-verdade/verdade. É o que tentamos denominar como silêncio e vazio e nada. Do silêncio, do vazio, do nada, nada podemos dizer, somente experienciá-los. É a condição de nossa finitude, a nossa condição humana.


- Manuel Antônio de Castro.
Ferramentas pessoais