Condição humana
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : - [[Manuel Antônio de Castro]]. |
Edição de 21h53min de 20 de Junho de 2020
- Ver também Humano.
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1
- "A História do Ser carrega e determina toda condition et situation humaine (condição e situação humana)" (1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Sobre o humanismo. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 26.
2
- "A moral tende ao estático e estabelecido, ao sistema auto-referenciado. É bem o contrário da ética, onde o essencial é o poético. Não há ético sem poético e não há poético sem ético. E é isso que desde sempre se denominou obra de arte, se pusermos em primeiro lugar o que a palavra “obra” diz, aliás, o mesmo que poético no grego: o que age, o que faz acontecer, o que realiza. É necessário pensar a essência do agir, horizonte onde nos aparece a condição humana" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O humano, o poético e a contracultura". In: www.travessiapoetica.Blogspot.com.
3
- Ilimitado é o que não tem limite. Compreende-se melhor o alcance do ilimitado quando se apreende o âmbito do que denominamos limite. E apreendemos este no jogo com o que diz a palavra horizonte e com aquilo que os gregos de uma maneira densa e rica denominavam telos. De alguma maneira também a forma e o organismo e/ou corpo se afirmam em tensão com o não-limite, ou seja, o ilimitado. Remete ainda o limite para a condição humana em sua finitude e não finitude. Mas temos de compreender que finitude e limite nunca dizem somente fim. Apreender o jogo de finitude e não finitude na condição humana é apreender e pensar o mistério e enigma do que denominamos Eros e Thanatos, vida e morte na medida em que são. Somente o ser dá a medida de Eros e Thanatos.
4
- "Corpo de animal, cabeça de homem, a Esfinge é toda a condição humana do homem: ser fronteiriço entre nesciente, inconsciente e consciente, tanto no não saber obscuro do mineral, vegetal e animal, como no saber diáfano do pensamento, da fantasia, da percepção" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O Édipo em Píndaro e Freud". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 66.
5
- O pré-saber é o sentido do Ser, em que já nos movemos simplesmente. Para o ser humano trata-se sempre do saber, isto é, do sentido o Ser. O Ser é tão imediato, tão presente, tão sem questionamento, que aquilo que se torna questão para o ser humano é o sentido do ser, isto é, o saber do Ser. Toda a nossa questão é o saber. É no e do saber do Ser que surgem as questões: linguagem, sentido, mundo, verdade. Porém, o pré-saber vigora no não-saber e saber, portanto, há também a não-língua(gem), o não-significado/sentido, o não-mundo/mundo, a não-verdade/verdade. É o que tentamos denominar como silêncio e vazio e nada. Do silêncio, do vazio, do nada, nada podemos dizer, somente experienciá-los. É a condição de nossa finitude, a nossa condição humana.