Viver

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega" (''Dzoion logon echon'').In: ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis / RJ: Vozes, 1992, p. 131.
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega" (''Dzoion logon echon'').In: ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis / RJ: Vozes, 1992, p. 131.
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: "O [[horizonte]] [[radical]] do [[ser humano]] é que ele não vive para depois [[conhecer]]. Não. [[Viver]] para ele é já desde sempre [[conhecer]]. Este [[projeto]] [[poético]]-[[ontológica]] do [[empenho]] de [[viver]] com o [[conhecer]] é que faz do [[ser humano]] o livre [[desempenho]] em que diuturnamente se empenha. Não é um [[projeto]] que possa [[acontecer]] ou não, nem que resulte do [[empenho]] de [[conhecer]] através da [[consciência]]. Tal [[projeto]] se doa na [[intuição]] [[originária]]. Esta não é de conteúdo reflexivo. “Ela se dá, sem dúvida, na [[reflexão]], mas não como [[reflexão]]” (Leão, 2006: 10)" (1) (2).
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: Referência:
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A fenomenologia de Edmund Russel e a fenomenologia de Martin Heidegger". In: Revista ''Tempo Brasileiro'' 165, abr.-jun., 2006.
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: (2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o ''entre''". Revista ''Tempo Brasileiro'': Rio de Janeiro: ''Interdisciplinaridade: dimensões poéticas'', 164, jan.-mar., 2006, p. 24.

Edição de 13h10min de 8 de Agosto de 2019

1

"Viver é deixar-se libertar para e na poiesis, no agir que dá sentido a toda ação de viver, pois viver é sempre um empenho de ser" (1). "Liberando as condições de viver, a existência se dá como o penhor de todo empenho e desempenho" (2).


Referências:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o 'entre' ". In: Revista Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro: n. 164, jan.-mar. 2006, p. 10.
(2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar I. Petrópolis, Vozes, 1977, p. 44.


Ver também:
* Amar
* Amor

2

"É preciso aprender a viver. Eu pratico todo dia. Meu maior obstáculo é não saber quem sou. Eu tateio, cegamente. Se alguém me ama como eu sou, posso finalmente ter a coragem de olhar para mim mesma. Essa possibilidade é pouco viável" (1).


Referência:
(1) BERGMAN, Ingmar. Sonata de outono (filme).


3

"Somos sempre um empenho de viver. Viver é deixar-se libertar para o empenho. Liberando as condições de viver, a existência se dá como o penhor de todo empenho e desempenho. É a questão! E por isso também é a questão que mora no fundo das questões sobre ensinar e aprender" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aprender e Ensinar". In: -----. Aprendendo a pensar. Petrópolis R/J: Vozes, 1977, p. 44.


4

"Assim numa definição real poder-se-ia definir a filosofia como o esforço do pensamento de questionar tudo que nos vem ao encontro, tanto o que somos, como o que não somos, pela radicalização da paixão de viver. Dando sentido a todas as coisas, a paixão de viver torna a vida digna de ser vivida. Destarte a definição nos diz duas coisas fundamentais: primeiro, que filosofia é questionar e ser questionado pela paixão de viver, e, segundo, ser filósofo equivale a ser homem também discursivamente apaixonado, i. é, num discurso agente e paciente daquela paixão" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Definições da filosofia". In: Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Revista Tempo brasileiro, 130 / 131, jul.-dez., 1997, p. 149.

5

"Para o ser humano não basta viver, é necessário procurar o motivo do existir, isto é, o humano enquanto sentido" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 191.


6

"Viver é nascer, crescer, amadurecer e morrer a todo instante. Vivendo, os homens vão experienciando a paixão de viver e aprendendo com esta experienciação. Pensar é a disciplina, a ascese e o ordenamento desta paixão" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Definições de filosofia". In: Rev. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 130 / 131, jul.-dez., 1997, p. 145.


7

"Viver não é um fato de consciência ou de sistema ou de teoria. As respostas científicas, culturais ou religiosas já pressupõem que a vida se dê, que esteja acontecendo. O acontecer é sempre um entre vida e morte" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: --------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 214.

8

"Somente por se compreender tudo a partir do viver é que se pode cair na tentação de determinar o real, qualquer real, como objetivo de vivência ou conteúdo vivido e, assim, edificar todo relacionamento com as coisas, as pessoas e o mundo numa vivência e como vivência. Tudo se torna, então, vivido no movimento de viver de uma vivência" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega" (Dzoion logon echon).In: Aprendendo a pensar II. Petrópolis / RJ: Vozes, 1992, p. 131.


9

"O horizonte radical do ser humano é que ele não vive para depois conhecer. Não. Viver para ele é já desde sempre conhecer. Este projeto poético-ontológica do empenho de viver com o conhecer é que faz do ser humano o livre desempenho em que diuturnamente se empenha. Não é um projeto que possa acontecer ou não, nem que resulte do empenho de conhecer através da consciência. Tal projeto se doa na intuição originária. Esta não é de conteúdo reflexivo. “Ela se dá, sem dúvida, na reflexão, mas não como reflexão” (Leão, 2006: 10)" (1) (2).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A fenomenologia de Edmund Russel e a fenomenologia de Martin Heidegger". In: Revista Tempo Brasileiro 165, abr.-jun., 2006.
(2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o entre". Revista Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, 164, jan.-mar., 2006, p. 24.
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