Pensador
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A mistificação negativa". In: | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "A mistificação negativa". In: [[Aprendendo]] a [[pensar]] II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 224.''' |
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+ | : O [[pensador]] jamais teme os julgamentos que nunca vigoram no [[pensar]]. O [[pensar]] não julga. Pensa. O [[pensador]] quando assume o risco o assume inteiramente e não tem porque querer se justificar ''a priori'' ou ''a posteriori''. Todo [[pensar]] que pensa é um risco, onde sempre se arrisca o tomar uma [[posição]], a [[posição]] e o risco da [[não-verdade]] da [[verdade]] e da [[verdade]] da [[não-verdade]]. | ||
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+ | : O que é o [[pensador]]? [[Pensador]] é aquele que pensa e não alguém que simplesmente raciocina. [[Pensar]] não é a mesma coisa que raciocinar. Nessa [[diferença]] está todo o [[enigma]] do que é não só o pensar como também do pensador em relação, por exemplo, ao filósofo, ao lógico, ao retórico, ao cientista. Mas não será por essa oposição que melhor poderemos [[compreender]] e [[apreender]] o que é o pensador. Não é filosofando, sendo retórico ou criando teorias lógico-dedutivo-científicas que vamos entender o que é pensar. O pensador também raciocina, mas não pára aí. Certamente o que é pensar encontra a sua compreensão nas vias e envios das obras dos grandes poetas, dos grandes pensadores, cada um à sua maneira. Diz Emmanuel Carneiro Leão: “... pensar é deixar a [[realidade]] ser realidade, nas peripécias de [[realizações]] do próprio [[pensamento]]” (1) | ||
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+ | : (2) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Ulisses]] e a [[Escuta]] do [[canto]] das [[Sereias]]". In: -----. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 155.''' | ||
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- | : | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "Eduardo Portella, o [[professor]]". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 39.''' |
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+ | : "O [[pensador]] em tudo e, sobretudo, vive o [[não saber]]. Pois [[pensar]] não é [[saber]]. [[É]] [[não saber]]. Quando se pensa não se pretende [[saber]], e quando se pretende [[saber]], não se pensa. Desde o Poema de Parmênides, o [[pensador]]-[[filósofo]] é aquele que não cessa de [[questionar]] as raízes em que se encontram e desencontram, numa encruzilhada da [[verdade]], os [[caminhos]] do [[ser]], do [[não ser]] e do [[parecer]]" (1). | ||
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- | : | + | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro.''' "A [[história]] na [[filosofia]] [[grega]]". In: ------. [[Filosofia]] [[grega]] - uma introdução. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 20.''' |
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+ | : "O [[pensar]] não julga. Pensa. O [[pensador]] quando assume o [[risco]] o assume inteiramente e não tem por que querer se justificar ''a priori'' ou ''a posteriori''. Todo [[pensar]] que pensa é um [[risco]], onde sempre se arrisca o tomar uma [[posição]], a [[posição]] e [[risco]] da [[não-verdade]] da [[verdade]] e da [[verdade]] da [[não-verdade]]" (1). | ||
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+ | : "Na hora do [[risco]] o [[pensador]] manifesta as potencialidades da [[língua]], porque todo [[pensar]] traz [[sempre]] o [[perigo]] de deixar [[vigorar]] a [[linguagem]] de toda [[língua]]. Não é fácil nem é uma [[decisão]] do [[pensador]]. Acontece nele" (1). | ||
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+ | : "[...] os [[pensadores]] [[Essenciais]] dizem sempre o [[mesmo]] (das Selbe); isso, no entanto, não significa que digam [[sempre]] coisas iguais (das Gleiche). Sem dúvida, eles só o dizem a quem se empenha em repensá-los. Enquanto o [[pensamento]], re-memorando Historicamente, preza o [[destino]] do [[Ser]], ele já se prendeu ao destinado (das Schlickliche), que se acorda com o [[destino]]" (1). | ||
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+ | : (1) [[HEIDEGGER]], Martin. '''Carta sobre o [[humanismo]]. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 98.''' |
Edição atual tal como 20h42min de 24 de Abril de 2025
1
- "O pensador existe no e pelo pensar e jamais separa pensamento e vida da realidade, até porque esta é o pensar agindo. Os gregos nomearam o pensar noeîn, e o pensamento nóus. A essência do agir não é causar efeitos ou fazer surgir, seja lá o que for na ordem dos entes e nem se dá na correlação de sujeito e objeto. Também não se identifica com o agir causal de agente e paciente. Agir essencialmente é deixar o ser vigorar em tudo que é e está sendo. O pensar pensa no pensador que age enquanto pensa e é. O pensador, tomado pela essência da ação, deixa-se envolver com as provocações da realidade, do ser, e toda vez que surge uma oportunidade para que, tomando uma posição, operem-se as possibilidades que ela oferece, sem se importar com os perigos, decide agir. Ainda que, como já disse o pensador-poeta Guimarães Rosa:
- “Viver é muito perigoso” (Rosa: 1968, 16) (1)", (2).
- Referência:
- (2) CASTRO, Manuel Antônio de. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 19.
2
- "O pensador vive em tudo o não saber. Pois pensar não é saber. É não saber. Quando se pensa não se pretende saber e quando se pretende saber, não se pensa. Desde o poema de Parmênides, lembra Heidegger, pensador é aquele que não cessa de questionar as raízes em que se encontram e desencontram, numa encruzilhada da verdade, os caminhos do ser, do não ser e do parecer" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A mistificação negativa". In: Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 224.
3
- O pensador jamais teme os julgamentos que nunca vigoram no pensar. O pensar não julga. Pensa. O pensador quando assume o risco o assume inteiramente e não tem porque querer se justificar a priori ou a posteriori. Todo pensar que pensa é um risco, onde sempre se arrisca o tomar uma posição, a posição e o risco da não-verdade da verdade e da verdade da não-verdade.
- Referência:
- CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In: ----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 20.
- Ver também:
4
- O pensador não diz verdades, escuta o apelo da não-verdade. Não faz descobertas, acolhe a vigor do não-saber. Não busca o uniforme do idêntico, afirma a unidade do diferente. Lançado nos limites do é, pensa os não-limites do não-é. O pensador não pensa o ser, é pensado pelo não-ser. O pensador não ensina nada, aprende a aprendizagem do nada.
- Ver também:
5
- O que é o pensador? Pensador é aquele que pensa e não alguém que simplesmente raciocina. Pensar não é a mesma coisa que raciocinar. Nessa diferença está todo o enigma do que é não só o pensar como também do pensador em relação, por exemplo, ao filósofo, ao lógico, ao retórico, ao cientista. Mas não será por essa oposição que melhor poderemos compreender e apreender o que é o pensador. Não é filosofando, sendo retórico ou criando teorias lógico-dedutivo-científicas que vamos entender o que é pensar. O pensador também raciocina, mas não pára aí. Certamente o que é pensar encontra a sua compreensão nas vias e envios das obras dos grandes poetas, dos grandes pensadores, cada um à sua maneira. Diz Emmanuel Carneiro Leão: “... pensar é deixar a realidade ser realidade, nas peripécias de realizações do próprio pensamento” (1)
- Referência:
- (1) ( LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O pensamento a serviço do silêncio". In: SCHUBACK, Márcia S. C. (org.). Ensaios de filosofia. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 251.
6
- No poético, as línguas são o rito da Linguagem. O mito narrado não é o mito, mas o rito e a língua da Linguagem. Por isso o poético, toda arte, tem origem mítica. E tanto o mito como a arte radicam no sagrado. Martin Heidegger afirma: "O pensador diz o ser, o poeta nomeia o sagrado" (1) (2).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. "Que é metafísica? - Posfácio (1943)". In: Heidegger - Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 51.
- (2) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do canto das Sereias". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 155.
7
- "Todo pensador só é pensador na medida em que se abre e deixa acontecer nele e em cada um o que é, e é, aprendendo o seu sentido sócio-histórico. Professor não é quem ensina, mas quem com a paciência do silêncio eloquente deixa aprender " (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 39.
8
- "O pensador em tudo e, sobretudo, vive o não saber. Pois pensar não é saber. É não saber. Quando se pensa não se pretende saber, e quando se pretende saber, não se pensa. Desde o Poema de Parmênides, o pensador-filósofo é aquele que não cessa de questionar as raízes em que se encontram e desencontram, numa encruzilhada da verdade, os caminhos do ser, do não ser e do parecer" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A história na filosofia grega". In: ------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 20.
9
- "Todo o empenho e desempenho do pensador é propor como penhor a abertura de pensamento para o sentido e o esquecimento do ser" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “A menina e a bicicleta: arte e confiabilidade”. In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 282.
10
- "O pensar não julga. Pensa. O pensador quando assume o risco o assume inteiramente e não tem por que querer se justificar a priori ou a posteriori. Todo pensar que pensa é um risco, onde sempre se arrisca o tomar uma posição, a posição e risco da não-verdade da verdade e da verdade da não-verdade" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 20.
11
- "Na hora do risco o pensador manifesta as potencialidades da língua, porque todo pensar traz sempre o perigo de deixar vigorar a linguagem de toda língua. Não é fácil nem é uma decisão do pensador. Acontece nele" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 20.
12
- "[...] os pensadores Essenciais dizem sempre o mesmo (das Selbe); isso, no entanto, não significa que digam sempre coisas iguais (das Gleiche). Sem dúvida, eles só o dizem a quem se empenha em repensá-los. Enquanto o pensamento, re-memorando Historicamente, preza o destino do Ser, ele já se prendeu ao destinado (das Schlickliche), que se acorda com o destino" (1).
- Referência: