Subjetividade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte: presença e forma". In: -----. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 218.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte: presença e forma". In: -----. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 218.
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: "É no [[espelho]] que se decide a [[identidade]] de Narciso. A [[leitura]] popular de Narciso como [[narcisismo]] oculta o [[próprio]] [[sentido]] do [[mito]]: [[subjetividade]] e [[morte]], ou seja, a [[identidade]].  A volta para si faz  do [[homem]] moderno um [[ser]] às voltas com seu interior e [[subjetividade]]. E nela mergulha até atingir o inculto terreno do [[inconsciente]]" (1).
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: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Machado de Assis e a identidade brasileira". In: ------. ''Tempos de Metamorfose''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 202.

Edição de 21h09min de 16 de Novembro de 2017

1

O apelo às Musas ainda não traduz a problemática da subjetividade (gênio) na questão da criação artística. Ernesto Grassi faz observações que apontam para a junção das duas posições, embora não alcance o núcleo ontológico da questão. Mas suas observações servem como indicativo: "Se atentarmos agora no seu autor, o artista, torna-se primeiramente necessário distinguir os momentos artísticos dos subjetivos. Um fenômeno como o do imprescindível estado de alma (ou afinação) tem sido com demasiada frequência subordinado unilateralmente ao domínio da subjetividade. Observamos mais atrás que no momento em que tentamos escolher os fenômenos que nos envolvem se torna visível a 'tensão original' que nos coloca em determinada disposição de alma, ou afinação, a partir da qual conseguimos o projeto de um mundo próprio. Este estado não tem caráter psicológico, no sentido moderno, mas transcendental, isto é, possibilita-nos a existência. Representa um modo particular de iluminação da existência na medida em que nos dá notícia do que se passa nas profundezas da existência humana, antes da sua bipartição entre eu e mundo, em interioridade subjetiva e interioridade objetiva. Em estados alternados desvendam-se-nos, de cada vez, diversos e sempre novos aspectos da realidade" (1). É necessário fazer a caracterização da subjetividade e destacar essa dimensão nova do homem na Modernidade, que levou a uma nova faceta do humanismo. Aqui de novo se torna necessário: 1º Estudar o conceito de gênio; 2º confrontar a questão epistemológica e a ontológica; 3º questionar o conceito de interioridade; 4º ver a questão da ambiguidade; 5º pensar o conceito ontológico de disposição em Heidegger; 6º mostrar a contradição da construção do homem e do real na Modernidade.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) GRASSI, Ernesto. Arte e mito. Lisboa: Livros do Brasil, s/d, p. 171.


Ver também:
*Sujeito
*Imaginação
*Arte
*Faculdade
*Inspiração


2

"Na modernidade tudo é representação, tudo é especulação. E é enquanto especulação que a realidade se torna a objetividade da subjetividade. Esse é o largo passo na caminhada do Ocidente" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte: presença e forma". In: -----. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 218.


3

"É no espelho que se decide a identidade de Narciso. A leitura popular de Narciso como narcisismo oculta o próprio sentido do mito: subjetividade e morte, ou seja, a identidade. A volta para si faz do homem moderno um ser às voltas com seu interior e subjetividade. E nela mergulha até atingir o inculto terreno do inconsciente" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Machado de Assis e a identidade brasileira". In: ------. Tempos de Metamorfose. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 202.