Conhecimento
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 22h33min de 6 de março de 2020 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- "No conhecimento se dá um esforço contínuo de esclarecer, que é levar o obscuro para o claro, o ameaçador para o seguro. Aí se explicam o empenho e até engajamento de diferentes disciplinas. Nesse sentido, todo conhecimento é instrumental e funcional. Ele nos dá confiança diante dos permanentes desafios que é viver" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o 'entre'". In: Revista Tempo Brasileiro, nº 164. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2006, p. 12.
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- "Se, para o conhecimento, o grande desafio está em conhecer o desconhecido, para o pensamento, o desafio é pensar o conhecido. Todo pensamento só pensa o já pensado no e pelo não pensado. Neste sentido, o já pensado é o que há de mais escondido e velado no e pelo conhecimento que gera. Se, para o conhecimento, esclarecer está em levar o obscuro para o claro, no pensamento se dá o contrário, esclarecer é levar o claro para o escuro, desmascarando o já sabido, ao revelar o não sabido" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A fenomenologia de Edmund Husserl e a fenomenologia de Martin Heidegger". In: Revista Tempo Brasileiro, nº 165. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2006, p. 10.
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- Episteme é a palavra grega com a qual eles experienciaram o que é conhecimento. "E o que diz e significa episteme? É uma palavra composta da preposição epi e do verbo ístamai. Ístamai diz estar em pé, solidamente estabelecido e fundado. E a preposição epi acrescenta-lhe a conotação de por sobre, em cima, a cavaleiro de, por cima. Da integração de todas estas dimensões formou-se, então, a experiência de conhecimento e ciência em sentido forte de e próprio de episteme. Episteme não diz apenas conhecimento, mas todo o contexto em que se constitui conhecimento" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 235.
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- "É a luta simbólica de Rei Édipo. Ei-lo diante da Esfinge. Ou decifra o enigma e se salva, libertando a cidade do tormento, ou morre. Que é a Esfinge? É a própria interrogação? O desvendar o enigma era tão importante que seu decifrador ganha o reino, o símbolo do que de mais importante um homem podia desejar. Ao resolver o enigma, Édipo realiza o mais alto grau de poder de conhecimento, conhecimento que no fim se revela aparente e fonte de erro e culpa: só lhe resta arrancar a visão. É a cegueira trágica" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "As faces do trágico em Vidas Secas". In: -----. Travessia Poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 75.
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- "...todo conhecimento grego se funda na possibilidade de ver. Ao destruir a visão, Édipo renega, explode, simbolicamente, o conhecimento humano, que se revela limitado, finito, aparente e, portanto, culpado. O ato do trágico rei é o máximo de sofrimento humano, mas também de sua purificação: é a catarse" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "As faces do trágico em Vidas Secas". In: -----. Travessia Poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 75.
6
- "O primeiro problema filosófico focalizado por Agostinho, logo após a conversão, foi o dos fundamentos do conhecimento, para o qual necessitava urgente uma resposta racional. Antes debatera-se dentro dos limites do ceticismo da Nova Academia platônica, dominada pelas análises de Arcesilau (315-241 a. C.) e Carnéades (214-129 a. C.) que sustentavam a tese de que não é possível encontrar um critério de evidência absoluta e indiscutível, o conhecimento limitando-se ao meramente verossímel, provável ou persuasivo" (1). Ver também o verbete: Cético.
- Referência:,
- (1) PESSANHA, José Américo Motta (Consultor). Santo Agostinho - Vida e Obra. Confissões - De Magistro. Coleção: 'Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. XV.