Bardo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "O [[saber]] do [[bardo]] ainda não se situava num [[suporte]], isto é, numa [[dimensão]] exterior ao próprio [[ser humano]]. Não se impunha a [[necessidade]] do [[conhecimento]] repousar sobre um [[suporte]]. Não era um [[saber]] exterior à própria [[vigência]] do [[homem]] enquanto tal. Era, portanto, um [[saber]] marcado pelo [[uno]] e pelo [[singular]], nunca pelo [[genérico]]. O [[saber]] de cada [[bardo]] era um [[próprio]], era seu. Era a sua [[diferença]] específica. Não era um [[meio]], era um modo de [[ser]] no [[mundo]]" (1).
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: (1) JARDIM, Antonio. '''Música: vigência do pensar poético'''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 187.
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: (1) JARDIM, Antonio. '''[[Música]]: [[vigência]] do [[pensar]] [[poético]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 187.'''
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: "Um [[bardo]], ou [[aedo]], na [[Europa]] antiga, era uma [[pessoa]] encarregada de transmitir [[histórias]], [[mitos]], [[lendas]] e [[poemas]] de [[forma]] oral, cantando as [[histórias]] do seu [[povo]] em [[poemas]] recitados. Era simultaneamente [[músico]], [[poeta]], [[historiador]] e acessoriamente [[moralista]].
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: "Mais tarde seriam designados de [[trovadores]] e as [[tradições]] musicais e literárias que transmitiram às [[gerações]] sucessivas dão [[origem]] às [[canções de gesta]].
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: "Mais tarde seriam designados de trovadores e as [[tradições]] musicais e literárias que transmitiram às [[gerações]] sucessivas dão [[origem]] às canções de gesta.
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: "O bardo usava frequentemente um alaúde para tocar suas melodias e músicas, que contavam na maioria das vezes uma [[história]] triste ou [[poemas]] [[épicos]], com acompanhamento de liras, de ''crwth'' ou de ''harpas''.
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: "O bardo usava frequentemente um alaúde para tocar suas melodias e músicas, que contavam na maioria das vezes uma [[história]] triste ou [[poemas]] épicos, com acompanhamento de liras, de ''crwth'' ou de ''harpas''.
: "A [[música]] [[tradicional]] irlandesa tem nos [[bardos]] a sua principal raiz. Também se encontram vestígios da sua [[arte]] [[entre]] os contadores ou cantores de ''gwerziou'' bretões e nos ''eisteddfodau'' do País de Gales" (1).
: "A [[música]] [[tradicional]] irlandesa tem nos [[bardos]] a sua principal raiz. Também se encontram vestígios da sua [[arte]] [[entre]] os contadores ou cantores de ''gwerziou'' bretões e nos ''eisteddfodau'' do País de Gales" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 118.
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: (1) HOOD, Juliette.''' "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". In: ---. O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 118.'''
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: "[[Ser]] [[bardo]] é uma [[vocação]], um chamado, e aqueles a quem falta esse talento não podem adquiri-lo por meio do [[aprendizado]]. Existem muitas [[histórias]] [[fantásticas]] sobre como os [[bardos]] adquiriam seus talentos" (1).
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: "[[Ser]] [[bardo]] é uma [[vocação]], um chamado, e aqueles a quem falta esse talento não podem adquiri-lo por meio do [[aprendizado]]. Existem muitas [[histórias]] fantásticas sobre como os [[bardos]] adquiriam seus talentos" (1).
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: (1) HOOD, Juliette.''' "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". In: ---. O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 120.'''
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: (1) HOOD, Juliette.''' "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". In: ---. O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 120.'''
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: "Os [[bardos]] [[celtas]] têm grandes responsabilidades. Os jovens aprendizes adquirem grande [[parte]] de seu [[conhecimento]] por meio das [[tríades]]" (1).
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: [[Falar]] com [[erudição]];
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: Trazer [[paz]] e [[harmonia]]" (1).
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: (1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". '''O livro celta da vida e da morte'''. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 120.
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: (1) HOOD, Juliette.''' "A [[Sabedoria]] dos [[Bardos]]". In: ---. O [[livro]] [[celta]] da [[vida]] e da [[morte]]. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora [[Pensamento]], 2011, p. 121.'''

Edição atual tal como 22h13min de 15 de janeiro de 2025

1

"O saber do bardo ainda não se situava num suporte, isto é, numa dimensão exterior ao próprio ser humano. Não se impunha a necessidade do conhecimento repousar sobre um suporte. Não era um saber exterior à própria vigência do homem enquanto tal. Era, portanto, um saber marcado pelo uno e pelo singular, nunca pelo genérico. O saber de cada bardo era um próprio, era seu. Era a sua diferença específica. Não era um meio, era um modo de ser no mundo" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 187.
Ver também:
*Festa

2

Bardo
"Um bardo, ou aedo, na Europa antiga, era uma pessoa encarregada de transmitir histórias, mitos, lendas e poemas de forma oral, cantando as histórias do seu povo em poemas recitados. Era simultaneamente músico, poeta, historiador e acessoriamente moralista.
"Mais tarde seriam designados de trovadores e as tradições musicais e literárias que transmitiram às gerações sucessivas dão origem às canções de gesta.
"O bardo usava frequentemente um alaúde para tocar suas melodias e músicas, que contavam na maioria das vezes uma história triste ou poemas épicos, com acompanhamento de liras, de crwth ou de harpas.
"A música tradicional irlandesa tem nos bardos a sua principal raiz. Também se encontram vestígios da sua arte entre os contadores ou cantores de gwerziou bretões e nos eisteddfodau do País de Gales" (1).


Referência:
(1) www.pt.wikipedia.org/wiki/Bardo

3

"As palavras de Amergin - Eu sou a palavra de sabedoria (que significa Sou poeta) - evocam a posição exaltada dos poetas e dos bardos no mundo celta. Os bardos são os guardiães da sabedoria tribal e, com sua arte, eles preservam a própria identidade do seu povo. Os três privilégios concedidos a todos os bardos da Britânia são: ter abrigo e alimentação em qualquer lugar, ter as armas na bainha em sua presença e a palavra respeitada por todos" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 118.

4

"Ser bardo é uma vocação, um chamado, e aqueles a quem falta esse talento não podem adquiri-lo por meio do aprendizado. Existem muitas histórias fantásticas sobre como os bardos adquiriam seus talentos" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 120.

5

"Além dos bardos terem o poder de enfeitiçar as pessoas com palavras, eles também são capazes de infligir sofrimento - algumas das suas reprimendas podem causar dor física. E até os reis podem ser alvo de sua cólera" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 120.

6

"Os bardos celtas têm grandes responsabilidades. Os jovens aprendizes adquirem grande parte de seu conhecimento por meio das tríades" (1).
Um exemplo:
"Os Três Prazeres dos Bardos da Britânia:
Falar com erudição;
Agir com sabedoria;
Trazer paz e harmonia" (1).


Referência:
(1) HOOD, Juliette. "A Sabedoria dos Bardos". In: ---. O livro celta da vida e da morte. Trad. Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Editora Pensamento, 2011, p. 121.
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