Sociedade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:Potencialmente, onde há quatro seres humanos, um levantará para [[trabalho|trabalhar]]; um outro pensará, desde que se levante, como "trabalhará" para roubar o que trabalha; o terceiro se apropriará do trabalho do primeiro, instituirá a mais valia e venderá aos outros; finalmente, o quarto exercerá o poder da relação de produção e da [[produção]] de relações. E imporá não só uma [[ordem]], mas também a fundará num poder pelo qual dominará os outros e os roubará. Chama-se a isso relações humanas. Porém, o ser humano não se reduz às relações e funções. Só porque o ser humano já é sendo, é que lhe advêm as possibilidades das relações. Visto a partir das possibilidades do sendo do ser, pode entre-acontecer o sentido ético-poético das relações. Então, as relações não se reduzirão a processos, mas nelas o sentido vem do entre-acontecer da realidade.
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: Potencialmente, onde há quatro [[seres humanos]], um levantará para [[trabalho|trabalhar]]; um outro pensará, desde que se levante, como "trabalhará" para [[roubar]] o que trabalha; o terceiro se apropriará do [[trabalho]] do primeiro, instituirá a mais valia e venderá aos [[outros]]; finalmente, o quarto exercerá o [[poder]] da [[relação]] de [[produção]] e da [[produção]] de [[relações]]. E imporá não só uma [[ordem]], mas também a fundará num [[poder]] pelo qual dominará os [[outros]] e os roubará. Chama-se a isso [[relações humanas]]. Porém, o [[ser humano]] não se reduz às [[relações]] e [[funções]]. Só porque o [[ser humano]] já é sendo, é que lhe advêm as [[possibilidades]] das [[relações]]. Visto a partir das [[possibilidades]] do [[sendo]] do [[ser]], pode entre-acontecer o sentido ético-poético das relações. Então, as [[relações]] não se reduzirão a [[processos]], mas nelas o [[sentido]] vem do [[entre]]-[[acontecer]] da [[realidade]].
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: "Numa [[sociedade]] complexa, que demanda mais [[adequação]] às suas [[funções]], a não-correspondência a tais [[funções]] pode ser catastrófica. Esse é geralmente um dos lados bem recebidos e desejados do desenvolvimento [[cibernético]]. Nesse sentido, portanto, o [[ciborgue]] é uma ampliação das [[possibilidades]] do [[humano]]. O que antes não era possível para quem perdeu um braço agora é possível. Embora não apague a [[dor]] da perda do braço, reverte a da perda da [[função]]. Então, o importante aqui é a [[função]]".
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: "Numa [[sociedade]] complexa, que demanda mais [[adequação]] às suas [[funções]], a não-correspondência a tais [[funções]] pode ser catastrófica. Esse é geralmente um dos lados bem recebidos e desejados do desenvolvimento [[cibernético]]. Nesse sentido, portanto, o [[ciborgue]] é uma ampliação das [[possibilidades]] do [[humano]]. O que antes não era possível para quem perdeu um braço agora é possível. Embora não apague a [[dor]] da perda do braço, reverte a da perda da [[função]]. Então, o importante aqui é a [[função]]".
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: (1) LIRA, André. "O ciborgue frente ao real". In: Revista ''Tempo Brasileiro: globalização, pensamento e arte'', 201/202, abr.-set.,2015, p. 79.
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: (1) LIRA, André. "O ciborgue frente ao [[real]]". In: '''Revista Tempo Brasileiro: [[globalização]], [[pensamento]] e [[arte]], 201/202, abr.-set.,2015, p. 79.'''
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: "Os [[direitos]] de um  grupo, definidos pela descendência [[genealógica]] comum, eram ligados a um [[lugar]] em particular e às suas determinações, não através da "propriedade", mas, sim, através do [[pacto]] com os [[espíritos]] primordiais da [[terra]]/[[lugar]]. Os [[espíritos]], tanto da [[família]] quanto do [[lugar]], exigiam lealdade às [[virtudes]] [[públicas]] e à [[autoridade]] dos anciãos em manter as antigas [[crenças]] e [[costumes]]" (1).
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: "Os [[direitos]] de um  grupo, definidos pela descendência [[genealógica]] comum, eram ligados a um [[lugar]] em particular e às suas determinações, não através da "propriedade", mas, sim, através do [[pacto]] com os [[espíritos]] primordiais da [[terra]]/[[lugar]]. Os [[espíritos]], tanto da [[família]] quanto do [[lugar]], exigiam lealdade às [[virtudes]] [[públicas]] e à [[autoridade]] dos anciãos em manter as antigas [[crenças]] e [[costumes]]" (1).
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: (1) GADALLA, Moustafa. "Paz com a Terra". In: ------. ''Cosmologia egípcia - o universo animado''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 141.
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: (1) GADALLA, Moustafa. "[[Paz]] com a [[Terra]]". In: ------. '''[[Cosmologia]] egípcia - o [[universo]] animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 141.'''
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: "Em 500 a.C., Heródoto afirmou: ...''de todas as nações do [[mundo]], os egípcios são os mais [[felizes]], os mais saudáveis e os mais [[religiosos]]''. Estes são os três [[elementos]] - [[feliz]], saudável e [[religioso]] - da [[sociedade]] [[ideal]] e a [[razão]] desta [[sociedade]] [[ideal]] é a sua total [[consciência]] [[cósmica]]" (1).
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: "Em 500 a.C., Heródoto afirmou: ...de todas as nações do [[mundo]], os egípcios são os mais [[felizes]], os mais saudáveis e os mais [[religiosos]]. Estes são os três [[elementos]] - [[feliz]], saudável e [[religioso]] - da [[sociedade]] [[ideal]] e a [[razão]] desta [[sociedade]] [[ideal]] é a sua [[total]] [[consciência]] [[cósmica]]" (1).
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: (1) GADALLA, Moustafa. "Estruturas Social e Política". In: ------. ''Cosmologia egípcia - o universo animado''. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 105.
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: (1) GADALLA, Moustafa.''' "Estruturas Social e Política". In: ------. [[Cosmologia]] [[egípcia]] - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 105.'''

Edição atual tal como 15h41min de 5 de fevereiro de 2025

== 1 ==
: Potencialmente, onde há quatro seres humanos, um levantará para trabalhar; um outro pensará, desde que se levante, como "trabalhará" para roubar o que trabalha; o terceiro se apropriará do trabalho do primeiro, instituirá a mais valia e venderá aos outros; finalmente, o quarto exercerá o poder da relação de produção e da produção de relações. E imporá não só uma ordem, mas também a fundará num poder pelo qual dominará os outros e os roubará. Chama-se a isso relações humanas. Porém, o ser humano não se reduz às relações e funções. Só porque o ser humano já é sendo, é que lhe advêm as possibilidades das relações. Visto a partir das possibilidades do sendo do ser, pode entre-acontecer o sentido ético-poético das relações. Então, as relações não se reduzirão a processos, mas nelas o sentido vem do entre-acontecer da realidade.


: - Manuel Antônio de Castro
: Ver também:
: *Banalização
== 2 ==
: "Numa sociedade complexa, que demanda mais adequação às suas funções, a não-correspondência a tais funções pode ser catastrófica. Esse é geralmente um dos lados bem recebidos e desejados do desenvolvimento cibernético. Nesse sentido, portanto, o ciborgue é uma ampliação das possibilidades do humano. O que antes não era possível para quem perdeu um braço agora é possível. Embora não apague a dor da perda do braço, reverte a da perda da função. Então, o importante aqui é a função".


: Referência:

: (1) LIRA, André. "O ciborgue frente ao real". In: Revista Tempo Brasileiro: globalização, pensamento e arte, 201/202, abr.-set.,2015, p. 79.


== 3 ==
: "Os direitos de um  grupo, definidos pela descendência genealógica comum, eram ligados a um lugar em particular e às suas determinações, não através da "propriedade", mas, sim, através do pacto com os espíritos primordiais da terra/lugar. Os espíritos, tanto da família quanto do lugar, exigiam lealdade às virtudes públicas e à autoridade dos anciãos em manter as antigas crenças e costumes" (1).


: Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "Paz com a Terra". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 141.
== 4 ==
: "Em 500 a.C., Heródoto afirmou: ...de todas as nações do mundo, os egípcios são os mais felizes, os mais saudáveis e os mais religiosos. Estes são os três elementos - feliz, saudável e religioso - da sociedade ideal e a razão desta sociedade ideal é a sua total consciência cósmica" (1).


Referência:
(1) GADALLA, Moustafa. "Estruturas Social e Política". In: ------. Cosmologia egípcia - o universo animado. Trad. Fernanda Rossi. São Paulo: Madras Editora, 2003, p. 105.
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