Espírito

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: HUMMES, Cláudio. ''Metafísica''. Daltro Filho/Imigrantes/RS, 1964. Mímeo.
: HUMMES, Cláudio. ''Metafísica''. Daltro Filho/Imigrantes/RS, 1964. Mímeo.

Edição de 01h41min de 13 de março de 2019

1

Espírito/espelho não é saber algo, ou seja, isto e aquilo e aquilo outro, mas, sim, especular "como saber" o seu próprio ser, o que ele é no "como ele sabe". Porém, este saber não pode ficar no saber do "eu" (Ego cogito, de Descartes), mas no saber do "sou" que o "eu" é "como" saber. O "eu" só é a partir do ser. Ou seja, tem de vigorar no Ser para ser o que ele é. Por isso, o Ser nunca se restringe a um "como se sabe" nem se limita ao "que é" do ente. Daí a afirmação de Heidegger dizendo que o Ser não é, pois, se fosse, seria ente e não Ser. Por outro lado, o sendo é sendo do Ser. E, por isso, afirmou também que o que antes de tudo é é o Ser. Há, pois, um Espírito relacionado ao saber/ente do homem e o Espírito referenciado ao Saber/Ser, como fundar de todos os saberes e entes. Porém, entre ente e Ser não há uma dicotomia e um isolamento, pois todo sendo é sendo do Ser. Portanto, o sendo que se sabe (Espírito) só se sabe e é na medida em que sabe e é como sendo do Ser (Espírito).


- Manuel Antônio de Castro

2

"Chamamos de espírito o ente que é capaz de exercer-se como um ser-presente-a-si-mesmo, em quem o ser toma consciência de si e cientemente toma posse de si mesmo numa identidade de ser e saber" (1).


Referência:
HUMMES, Cláudio. Metafísica. Daltro Filho/Imigrantes/RS, 1964. Mímeo.

3

"A essência do espírito é a vontade originária que se quer a ela mesma, a qual é pensada umas vezes como "substância", outras como "sujeito", outras como a unidade de ambos" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. La pobreza. Buenos Aires: Amorrutu, 2006, p.99.


4

"A cultura é o espírito da nação, o valor simbólico que a mantém una, que a faz existir. Ela não é só responsável por produtos de cinema, música, televisão, literatura, artes plásticas etc., como também pelos costumes de um povo, os hábitos da população que se desenvolvem ao longo do tempo" (1).


Referência:
(1) DIEGUES, Cacá. "Cultura como economia". In: Jornal O Globo, 1o. Caderno, p.3, Segunda-feira, 20-08-2018.


5

"Mistério vem do verbo grego myo. E myo diz: trancar-se no centro, concentrar-se; diz: encerrar-se no âmago, recolher-se ao íntimo. Aqui, centro, âmago, íntimo, evocam a raiz da intensidade, o sumo da plenitude. Mistério não diz uma coisa, diz um movimento, o movimento de con-sumar, de concentrar-se na origem, de recolher-se à natividade da raiz, de retornar ao sem fundo e fundamento, ao a-bismo de ser. As palavras, Deus, Absoluto, Transcendência, Inconsciente, Espírito, Matéria, Psique, Estrutura, Ser são outras tantas redes em cujas malhas o poder do saber ocidental na teologia, na filosofia, na ciência, sempre de novo tentou, mas nunca conseguiu, prender e segurar a natividade do mistério" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. “Heidegger e a modernidade: a correlação de sujeito e objeto”. In: ------------. Aprendendo a pensar, II. Petrópolis / RJ: Vozes, 1992, p. 180.
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