Verdadeiro

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: O [[homem]] [[moderno]] criará a partir da [[imaginação]]. Contudo, para isto haverá uma profunda [[transformação]]. E a grande [[metáfora]] para indicar e conduzir esta [[mudança]] será o [[universo]] como um gigantesco relógio. Nesta [[mudança]] o [[Ser]] é substituído pelo [[Tempo]], mas agora um [[tempo]] que pode ser [[conhecido]], medido e até se podem efetuar intervenções, [[fundamentadas]], claro, desde então, nesse novo [[conhecimento]] que passou a ser denominado [[científico]], porque [[objetivo]]. E desde então só será [[verdadeiro]] o que for [[científico]]. A prática vai levar a [[metáfora]] do relógio/[[tempo]] (1) para todas as esferas da [[realidade]]/[[natureza]]. Temos de ficar atentos às reduções que se vão operando. A mais complexa é aí o abandono da preocupação [[ontológica]] com ''o que é'' e o foco único ''no como é'', mas não mais relacionado a ''o que é''. Agora ''o como é'' diz respeito a ''o como se conhece''. É este em última [[instância]] que determina [[tudo]], pois [[tudo]] será [[objeto]] do [[conhecimento]] que se torna o [[verdadeiro]] [[sujeito]], o [[verdadeiro]] “[[criador]]”. Um tal [[conhecimento]] é exercido pela [[razão]] [[crítica]], que se fundamenta na '''Razão Crítica''' de Kant.  
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
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: (1) A metáfora do relógio/tempo está bem explicada no filme '''O ponto de mutação''', direção de Ernst Capra, com roteiro de Fritjof Capra.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura". In: ---------. '''Leitura: questões'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 85.
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: (1) GABRIEL, Ruan de Sousa. '''A disputa pela verdadeira história'''. In: '''O GLOBO''', ''Segundo Caderno'', sábado, 8-5-2021, p.1.
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: (1) GABRIEL, Ruan de Sousa. '''A [[disputa]] pela [[verdadeira]] [[história]]. In: O GLOBO, Segundo Caderno, sábado, 8-5-2021, p.1.'''

Edição atual tal como 01h42min de 22 de março de 2025

Tabela de conteúdo

1

"Em sentido estrito, nenhuma ciência trata da verdade, exceto a lógica, ao passo que as ciências tratam sempre somente do verdadeiro, procuram aquilo que é o verdadeiro no campo do conhecimento natural; ou fora das ciências pergunta-se pelo verdadeiro para o atuar humano ou se pergunta pelo verdadeiro da " (1).
Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Logica, la pergunta por la verdad. Madrid: Alianza Editorial, 2004, p. 17.

2

É evidente que o que se compreende por verdadeiro já pressupõe o que se compreende por verdade. Diz-se que uma afirmação é verdadeira quando ela afirma uma verdade. Para melhor compreender o verdadeiro é necessário pensar as diferentes dimensões e compreensões da verdade ao longo do percurso ocidental. É nesse percurso que se fundamentou a ciência para se afirmar como detentora da verdade, ou seja, nessa perspectiva, nessa percepção, só é verdadeiro o que for científico. Se não for verdadeiro é falso. Nesse jogo entre verdadeiro e falso o que vigora é a lógica, como único modelo, padrão de verdade. E fica esquecido com isso o ontológico, tanto que o verdadeiro é um transcendental, ou seja, um atributo essencial.


- Manuel Antônio de Castro

3

O homem moderno criará a partir da imaginação. Contudo, para isto haverá uma profunda transformação. E a grande metáfora para indicar e conduzir esta mudança será o universo como um gigantesco relógio. Nesta mudança o Ser é substituído pelo Tempo, mas agora um tempo que pode ser conhecido, medido e até se podem efetuar intervenções, fundamentadas, claro, desde então, nesse novo conhecimento que passou a ser denominado científico, porque objetivo. E desde então só será verdadeiro o que for científico. A prática vai levar a metáfora do relógio/tempo (1) para todas as esferas da realidade/natureza. Temos de ficar atentos às reduções que se vão operando. A mais complexa é aí o abandono da preocupação ontológica com o que é e o foco único no como é, mas não mais relacionado a o que é. Agora o como é diz respeito a o como se conhece. É este em última instância que determina tudo, pois tudo será objeto do conhecimento que se torna o verdadeiro sujeito, o verdadeirocriador”. Um tal conhecimento é exercido pela razão crítica, que se fundamenta na Razão Crítica de Kant.


- Manuel Antônio de Castro.
(1) A metáfora do relógio/tempo está bem explicada no filme O ponto de mutação, direção de Ernst Capra, com roteiro de Fritjof Capra.

4

"Tomando o científico como padrão de verdadeiro, há uma tendência a afirmar que a arte da palavra é ficção, não é real e serve para fruições estéticas, para divertir, para “passar tempo”. Isso ela faz, mas se fizer só isso, não é arte. Não há nada mais real, verdadeiro e profundo do que a poesia, a grande poesia" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 85.

5

"O que separa o erro da mentira, mostram os pesquisadores, é a intenção. O mentiroso, seja ele um negacionista profissional ou um disseminador de fake news, geralmente conhece a verdade. Negacionistas dizem propagar não uma mera interpretação histórica, mas a verdadeira História. Mas existe verdade histórica?" (1).


Referência:
(1) GABRIEL, Ruan de Sousa. A disputa pela verdadeira história. In: O GLOBO, Segundo Caderno, sábado, 8-5-2021, p.1.
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