Pessoa

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "Porém, não acontece o [[próprio]] na [[percepção]] íntima? Em cada [[momento]] não percebemos de nosso [[eu]] senão um pequeno número de [[pensamentos]], [[imagens]] e [[emoções]] que vemos passar como fluxo de um rio diante de nosso [[olhar]] [[interior]]. E esta breve [[dimensão]] de nossa [[pessoa]] se nos apresenta destacando-se do resto oculto de nosso [[eu]] total" (1).  
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: "Porém, não acontece o [[próprio]] na [[percepção]] íntima? Em cada [[momento]] não percebemos de nosso [[eu]] senão um pequeno número de [[pensamentos]], [[imagens]] e [[emoções]] que vemos passar como fluxo de um [[rio]] diante de nosso [[olhar]] [[interior]]. E esta breve [[dimensão]] de nossa [[pessoa]] se nos apresenta destacando-se do resto oculto de nosso [[eu]] total" (1).  
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: (1) ORTEGA Y GASSET, José. "Como nos vemos a nós. A mulher e seu corpo". In: '''Obras Completas de José Ortega y Gasset''', 6. e. Madrid: Revista de Occidente, 1964, Tomo VI (1941-1946), p. 159.
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: (1) ORTEGA Y GASSET, José. "Como nos vemos a nós. A [[mulher]] e seu [[corpo]]". In: '''Obras Completas de José Ortega y Gasset, 6. e. Madrid: Revista de Occidente, 1964, Tomo VI (1941-1946)''', p. 159.
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: O [[tema]] da ''[[Persona]]'' se faz presente em todos os grandes [[autores]] (e na [[vida]] de cada um de nós), expondo-o de formas variadas. Completando a [[questão]] da ''[[Persona]]'', vamos ter a [[temática]] do [[espelho]], praticamente a mesma. Neste caso, temos dois contos famosos, de dois [[autores]] igualmente muito importantes e famosos: O [[conto]] "O [[espelho]]", de Machado de Assis, e o [[conto]] "O [[espelho]]", de João [[Guimarães Rosa]]. E, claro, um [[mito]] importantíssimo, onde aparece essa [[temática]] de uma maneira [[essencial]]: o [[mito]] de [[Narciso]]. No [[cinema]], temos um [[filme]] famoso de um diretor igualmente muito importante e famoso: Ingmar [[Bergman]]. Seu [[filme]] ''[[Persona]]'' está entre os mais famosos e [[enigmáticos]]. No fundo, a [[questão]] da ''[[Persona]]'' sempre nos coloca diante do dilema da [[vida]] de todo [[ser humano]]: [[ser]] e [[parecer]], [[ser]] ou [[parecer]]. Ligadas a estas [[questões]] ainda temos: [[pessoa]], que se origina de [[persona]], e [[personalidade]].
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: O [[tema]] da ''[[Persona]]'' se faz presente em todos os grandes [[autores]] (e na [[vida]] de cada um de nós), expondo-o de formas variadas. Completando a [[questão]] da ''[[Persona]]'', vamos ter a [[temática]] do [[espelho]], praticamente a mesma. Neste caso, temos dois contos famosos, de dois [[autores]] igualmente muito importantes e famosos: O [[conto]] "O [[espelho]]", de Machado de Assis, e o [[conto]] "O [[espelho]]", de João Guimarães [[Rosa]]. E, claro, um [[mito]] importantíssimo, onde aparece essa [[temática]] de uma maneira [[essencial]]: o [[mito]] de [[Narciso]]. No [[cinema]], temos um [[filme]] famoso de um diretor igualmente muito importante e famoso: Ingmar [[Bergman]]. Seu [[filme]] ''[[Persona]]'' está entre os mais famosos e [[enigmáticos]]. No fundo, a [[questão]] da ''[[Persona]]'' sempre nos coloca diante do dilema da [[vida]] de todo [[ser humano]]: [[ser]] e [[parecer]], [[ser]] ou [[parecer]]. Ligadas a estas [[questões]] ainda temos: [[pessoa]], que se origina de [[persona]], e [[personalidade]].
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Análise da Existência humana em Binswanger". In: -----. '''Filosofia contemporânea'''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 69.
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "[[Análise]] da [[Existência]] [[humana]] em Binswanger". In: -----. '''[[Filosofia]] [[contemporânea]]. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013''', p. 69.
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: "A [[diferença]] e [[referência]] [[entre]] [[consciente]] e [[inconsciente]] não se pode [[reduzir]] apenas a [[mecanismos]] e [[processadores]], mas inclui ambas as [[coisas]]. O que a [[fenomenologia]] do [[fenômeno]] nos faz [[perceber]] é que qualquer emergente na [[vida]] perfaz um [[movimento]] só na [[criação]] das [[pessoas]]. Sem o [[percurso]] desta [[identidade]], de [[igualdade]] e [[diferença]], não é [[possível]] [[sentir-se]] dentro nem encontrar-se com [[movimento]] de [[transformação]] da [[fenomenologia]] de todo [[fenômeno]]. Assim é indispensável passar dos [[mecanismos]] para o [[sentido]] que revelam e a que visam  os [[mecanismos]]" (1).
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: "A [[diferença]] e [[referência]] [[entre]] [[consciente]] e [[inconsciente]] não se pode [[reduzir]] apenas a [[mecanismos]] e [[processadores]], mas inclui ambas as [[coisas]]. O que a [[fenomenologia]] do [[fenômeno]] nos faz [[perceber]] é que qualquer emergente na [[vida]] perfaz um [[movimento]] só na [[criação]] das [[pessoas]]. Sem o [[percurso]] desta [[identidade]], de [[igualdade]] e [[diferença]], não é [[possível]] [[sentir-se]] dentro nem encontrar-se com [[movimento]] de [[transformação]] da [[fenomenologia]] de todo [[fenômeno]]. Assim é indispensável [[passar]] dos [[mecanismos]] para o [[sentido]] que [[revelam]] e a que visam  os [[mecanismos]]" (1).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Análise da Existência humana em Binswanger". In: ---. '''Filosofia contemporânea'''. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 70.
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "[[Análise]] da [[Existência]] [[humana]] em Binswanger". In: ---. '''Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013''', p. 70.
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: (1) KAUR, rupi. '''meu corpo / minha casa'''. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 112.
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: "[[Pessoas]] são [[entidades]] incrivelmente complexas. Se nos focarmos apenas numa pequena parte da nossa [[identidade]], nunca chegaremos a [[saber]] quem verdadeiramente somos" (1).
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: (1) HARARI, Noah. Citado por José Eduardo Agualusa, na ''Crônica'': O TOLSTÓI DOS ZULUS. In: ---. '''O Globo''', ''Segundo Caderno'', p. 6, Sábado, 28.1.2023.

Edição atual tal como 19h37min de 19 de Setembro de 2024

Tabela de conteúdo

1

"Porém, não acontece o próprio na percepção íntima? Em cada momento não percebemos de nosso eu senão um pequeno número de pensamentos, imagens e emoções que vemos passar como fluxo de um rio diante de nosso olhar interior. E esta breve dimensão de nossa pessoa se nos apresenta destacando-se do resto oculto de nosso eu total" (1).


Referência:
(1) ORTEGA Y GASSET, José. "Como nos vemos a nós. A mulher e seu corpo". In: Obras Completas de José Ortega y Gasset, 6. e. Madrid: Revista de Occidente, 1964, Tomo VI (1941-1946), p. 159.

2

"Aliás, se perguntou, o que é um segredo íntimo? Será que é nisso que reside o que há de mais individual, de mais original, de mais misterioso num ser humano? Será que esses segredos íntimos fazem de Chantal esse ser único que ele ama? Não. É secreto aquilo que é mais corriqueiro, mais banal, mais repetitivo e comum a todos: o corpo e suas necessidades, suas doenças, suas manias, a prisão de ventre, por exemplo, ou a menstruação. Se escondemos pudicamente essas intimidades, não é porque elas são tão pessoais, mas, ao contrário, porque são lamentavelmente impessoais" (1).


Referência:
(1) KUNDERA, Milan. A identidade, trad. Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca. São Paulo: Companhia de Bolso, 2009, p. 74.

3

O tema da Persona se faz presente em todos os grandes autores (e na vida de cada um de nós), expondo-o de formas variadas. Completando a questão da Persona, vamos ter a temática do espelho, praticamente a mesma. Neste caso, temos dois contos famosos, de dois autores igualmente muito importantes e famosos: O conto "O espelho", de Machado de Assis, e o conto "O espelho", de João Guimarães Rosa. E, claro, um mito importantíssimo, onde aparece essa temática de uma maneira essencial: o mito de Narciso. No cinema, temos um filme famoso de um diretor igualmente muito importante e famoso: Ingmar Bergman. Seu filme Persona está entre os mais famosos e enigmáticos. No fundo, a questão da Persona sempre nos coloca diante do dilema da vida de todo ser humano: ser e parecer, ser ou parecer. Ligadas a estas questões ainda temos: pessoa, que se origina de persona, e personalidade.


- Manuel Antônio de Castro.

4

"Para Binswanger a vida mental é sintonia e disposição afetiva, Stimmung und Befindlichkeit, dois termos tirados de Ser e Tempo. Uma pessoa nunca é, nem mesmo pode ser somente fato bruto. Todo fato é sempre feito e feito num processo sobredeterminado e pessoal de fazer. Todo sintoma tem um sentido dentro de uma nova intencionalidade. Por isso é necessário buscar não apenas os mecanismos de sua formação, mas também a intencionalidade de seu sentido pessoal" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Análise da Existência humana em Binswanger". In: -----. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 69.

5

"A diferença e referência entre consciente e inconsciente não se pode reduzir apenas a mecanismos e processadores, mas inclui ambas as coisas. O que a fenomenologia do fenômeno nos faz perceber é que qualquer emergente na vida perfaz um movimento só na criação das pessoas. Sem o percurso desta identidade, de igualdade e diferença, não é possível sentir-se dentro nem encontrar-se com movimento de transformação da fenomenologia de todo fenômeno. Assim é indispensável passar dos mecanismos para o sentido que revelam e a que visam os mecanismos" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Análise da Existência humana em Binswanger". In: ---. Filosofia contemporânea. Teresópolis/RJ: Daimon Editora, 2013, p. 70.

6

a pessoa com quem você se relaciona
deve tornar sua vida mais rica
não sugar sua energia
ficar quando dói não é amor (1)


Referência:
(1) KAUR, rupi. meu corpo / minha casa. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 68.

7

uma pessoa
não pode
te preencher
de todas as formas
que você precisa
a pessoa com quem você se relaciona
não pode ser tudo o que você tem (1)


Referência:
(1) KAUR, rupi. meu corpo / minha casa. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 72.

8

nós já temos as coisas que nos completam
só que elas não são coisas
elas são pessoas
e conexão e riso
- insubstituíveis


Referência:
(1) KAUR, rupi. meu corpo / minha casa. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Editora Planeta, 2020, p. 112.

9

"Pessoas são entidades incrivelmente complexas. Se nos focarmos apenas numa pequena parte da nossa identidade, nunca chegaremos a saber quem verdadeiramente somos" (1).


Referência:
(1) HARARI, Noah. Citado por José Eduardo Agualusa, na Crônica: O TOLSTÓI DOS ZULUS. In: ---. O Globo, Segundo Caderno, p. 6, Sábado, 28.1.2023.
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