Aprendizado
De Dicionário de Poética e Pensamento
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arteâ€. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). ''Arte em questão: as questões da arte''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 15. | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arteâ€. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). ''Arte em questão: as questões da arte''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 15. | ||
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+ | : "A fórmula ''[[páthei máthos]]'' fala não do [[aprendizado]] [[abstrato]] da [[lógica]], mas da [[aprendizagem]] [[concreta]], pela [[dor]], da [[liminaridade]] da [[existência]] [[humana]], lançada, em [[razão]] do [[devir]] [[temporal]], na [[dança]] [[entre]] [[Vida]] e [[Morte]]" (1). | ||
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+ | : FERRRAZ, Antônio Máximo. "O trágico como dança de vida e morte". In: In: FAGUNDES, Igor e OUTROS (Org.). ''Entre Pares - Partilhas em Dança & Outros Movimentos''. Guaratinguetá/SP: Penalux, 2019, p. 87. |
Edição de 20h46min de 2 de Agosto de 2019
Tabela de conteúdo |
1
- Toda pergunta surge o exercÃcio do questionar. A pergunta pode exercer-se em dois horizontes: o do pensamento e o do conhecimento. Quando se pergunta para conhecer, procura-se uma resposta que aumente o conhecimento e nos traga mais informações sobre o objeto da pergunta. E aà a resposta desfaz a pergunta. Tal pergunta surge quando nos dedicamos ao estudo e nos conduz a um aprendizado. Quando se pergunta para pensar, a resposta, em vez de me trazer um conhecimento, reinstala a questão, que originou a pergunta, em outro nÃvel, como se desse um passo para reintalar não mais saber, mas o não-saber. Esse é o exercÃcio da aprendizagem do aprender a pensar. O aprender a pensar é aquele questionar que nos liberta para o desaprender. Nesse nÃvel todo desaprender é em essência sempre uma renúncia, onde esta não tira, dá, porque liberta para ser sem a prisão de algo que já sabemos e não somos. Ser é ser sem limites e sem estar preso a algo.
2
- "A medida do entre tanto é a vida quanto é a morte. Na medida está o sentido, no sentido está a medida. Toda procura, no fundo, é sempre a procura do sentir do sentido. É justamente isso que denomino aqui experienciação e não (jamais!) experiência. Toda procura advém sempre enquanto experienciação. Todo conceito advém sempre enquanto experiência. É por isso que posso dizer que “Fulano é experiente no fazer artefatos de madeira, de barro, em dar aula etcâ€. Todavia, jamais posso dizer que alguém é experiente na experienciação de morrer. Das experiências surge um aprendizado, passÃvel de ser ensinado, porque é um saber baseado em conceitos, por exemplo, um carpinteiro que ensina o aprendiz a fazer móveis. Das experienciações surge uma aprendizagem, algo absolutamente pessoal e impossÃvel de ser ensinado, porque não é redutÃvel aos conceitos. A aprendizagem é experienciação das questões" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 215.
3
- "Os conceitos geram um conhecer passÃvel de aprendizado. As questões, quando experienciadas por cada um, produzem um saber como aprendizagem (o que não pode ser ensinado)" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. “Heidegger e as questões da arteâ€. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte em questão: as questões da arte. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 15.
4
- "A fórmula páthei máthos fala não do aprendizado abstrato da lógica, mas da aprendizagem concreta, pela dor, da liminaridade da existência humana, lançada, em razão do devir temporal, na dança entre Vida e Morte" (1).
- Referência:
- FERRRAZ, Antônio Máximo. "O trágico como dança de vida e morte". In: In: FAGUNDES, Igor e OUTROS (Org.). Entre Pares - Partilhas em Dança & Outros Movimentos. Guaratinguetá/SP: Penalux, 2019, p. 87.