Valor

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(3)
(3)
Linha 27: Linha 27:
: (1) MERQUIOR, José Guilherme. ''Saudades do carnaval''. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
: (1) MERQUIOR, José Guilherme. ''Saudades do carnaval''. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
 +
 +
 +
 +
== 4 ==
 +
: "Há uma [[escolha]] valorativa em toda discussão [[cibernética]]: [[poder]] mais ou [[poder]] o que já se pode? Valoremos o [[poder]] mais, pois eles nos libertam das amarras do que já somos. Assim, o [[ser]] permanece [[ente]], e a régua de sua [[interpretação]], substituição e [[transformação]] é o [[tecnológico]]. Assim, o [[ser]] é constitor, e torná-lo descartável, materiável, é o [[horizonte]] necessário para a [[subjetividade]]" (1).
 +
 +
 +
: Referência:
 +
 +
: (1) LIRA, André. "O ciborgue frente ao real". In: Revista ''Tempo Brasileiro: globalização, pensamento e arte'', 201/202, abr.-set., 2015, p. 80.

Edição de 22h21min de 21 de fevereiro de 2019

1

O valor está ligado à linguagem; e esta ao sentido; e este à compreensão; e esta à abertura para o sentido do Ser, o qual se manifesta poeticamente. Interpretar poeticamente é abrir-se para o sentido do Ser enquanto linguagem. E nisso consiste o ético, ou seja, medir-se pela medida do sentido do Ser. Portanto, o ético é valor enquanto sentido do Ser e sua medida. O ético nos advém na eclosão de uma tal medida, ou seja, a verdade do Ser. É a medida do valor ético. Porém, a sua verdade é a não-verdade porque não se pode confundir com a verdade relacionada aos entes, daí também não poder ser confundida a medida das relações entitavas com a medida fundada no Ser. E dessa maneira se diferencia a moral (entes e suas relações) da ética (medida do Ser).


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
Cf. HEIDEGGER, Martin. "... poeticamente habita o homem". In: ______. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002.

2

Em geral, as concepções das questões essenciais, o que seja a realidade, o humano e a poética/arte, nos vêm das seguintes fontes:
1º. Mitos; 2º. Religiões; 3º. Filosofias; 4º. Teologias; 5º. Ciência. E todas essas fontes, através da ciência e no paradigma da ciência, foram transformadas em disciplinas. Então, frente às disciplinas temos de nos perguntar que lugar ocupam nelas a Poética, uma vez que ela não é nenhum cânone, paradigma, modelo, arquétipo, teoria, corrente crítica, pois não parte de conceitos abstratos, de universal abstrato. A Poética é uni-versal concreto, porque nela acontece a aprendizagem do valor da vida e do valor da morte. E essa aprendizagem constitui a essência do valor ético. Enfim, é o valor que dá sentido à vida e se faz presente em todos os nossos atos e escolhas.


- Manuel Antônio de Castro

3

Este é o tema central do livro Saudades do carnaval (1). Muito importante é a análise da questão da intersubjetividade vista por Habermas. Mas esta parte da crítica de três autores: Schütz, Wittgenstein e Gada. O autor deixa bem claro que se trata de ver o problema sob o ângulo da sociologia, isto é, como a sociologia pode ao mesmo tempo ser científica e incluir a ação não instrumental, ou seja, a partir de valores que passam por uma compreensão subjetiva. Falta-lhe, portanto, a dimensão do pensamento em tudo que expõe e defende. Falta-lhe, enfim, o que é valor ontológico ou poético.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) MERQUIOR, José Guilherme. Saudades do carnaval. Rio de Janeiro: Forense, 1972.


4

"Há uma escolha valorativa em toda discussão cibernética: poder mais ou poder o que já se pode? Valoremos o poder mais, pois eles nos libertam das amarras do que já somos. Assim, o ser permanece ente, e a régua de sua interpretação, substituição e transformação é o tecnológico. Assim, o ser é constitor, e torná-lo descartável, materiável, é o horizonte necessário para a subjetividade" (1).


Referência:
(1) LIRA, André. "O ciborgue frente ao real". In: Revista Tempo Brasileiro: globalização, pensamento e arte, 201/202, abr.-set., 2015, p. 80.
Ferramentas pessoais