Sujeito

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "O [[ser humano]], desde Édipo - o [[mito]] imemorial que pensa o [[humano]] no que lhe é [[próprio]] em sua [[essência]] sócio-político-histórica - sempre teve a pretensão de [[ser]] o [[sujeito]] das suas escolhas e [[realizações]]. A [[Moira]] sorri, em [[silêncio]], diante de tais pretensões, deixando-o iludir-se, em seu pseudo-poder racional de dar-se a [[existência]], segundo a [[liberdade]] fundada na sua [[vontade]]. É uma [[ilusão]] que custa caro e gera o [[sofrimento]] de muitos fracassos inúteis" (1).
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: "O [[ser humano]], desde [[Édipo]] - o [[mito]] imemorial que pensa o [[humano]] no que lhe é [[próprio]] em sua [[essência]] sócio-político-histórica - sempre teve a pretensão de [[ser]] o [[sujeito]] das suas escolhas e [[realizações]]. A [[Moira]] sorri, em [[silêncio]], diante de tais pretensões, deixando-o iludir-se, em seu pseudo-poder racional de dar-se a [[existência]], segundo a [[liberdade]] fundada na sua [[vontade]]. É uma [[ilusão]] que custa caro e gera o [[sofrimento]] de muitos fracassos inúteis" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: ''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 40.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: ''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 40.
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Edição de 15h51min de 3 de Agosto de 2018

1

Na crise do eu (do indivíduo) com sua subjetividade há a tendência de se colocar a questão central ligada à crise do poder da razão, da crise dos valores ético-sociais, pessoais, religiosos etc. Contudo, não se presta atenção a algo que, no fundo, é essencial: o destino. A emergência dessa crise, tanto maior do sujeito quanto mais profunda, mostra que ela está no fato de que o sujeito se afirma - pessoal, histórica e socialmente - na medida em que tem a pretensão de construir seu destino. Ora, isso é o que hoje em dia mais evidencia a sua crise. E a questão tanto mais cresce quanto mais a genética avança. E é aí que se dá o combate entre ciência e ser, próprio e sistema, conhecimento e sabedoria, técnica e poíesis. Qual o sujeito que emerge da genética? Não se afirma cada vez mais que cada ente é uma autopoiese? E ela não é para o ser humano o seu próprio?


- Manuel Antônio de Castro


2

" Auto-dialogar é apropriar-se do que é próprio na e a partir da linguagem. De maneira alguma se reduz a algo subjetivo, pois este trabalha somente no horizonte da epistemologia, dentro da qual se pode afirmar um sujeito numa correlação com um objeto. Portanto, no auto-diálogo não há uma relação entre sujeito e objeto, atitudes e posições necessárias para algo ser aclamado e proclamado de científico. Auto-dialogar é manifestar as nossas possibilidades de ser o que somos enquanto seres humanos lançados desde que nascemos e por nascermos em nossa condição humana, no ser-tão, no ser, no mundo, um mundo sempre inaugural para aqueles que fazem do viver um aprender e apreender o que já somos como possibilidades" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Pacto: a poética do amor". In: --------. www.travessiapoetica.blogspot.com, 2017.


3

"O ser humano, desde Édipo - o mito imemorial que pensa o humano no que lhe é próprio em sua essência sócio-político-histórica - sempre teve a pretensão de ser o sujeito das suas escolhas e realizações. A Moira sorri, em silêncio, diante de tais pretensões, deixando-o iludir-se, em seu pseudo-poder racional de dar-se a existência, segundo a liberdade fundada na sua vontade. É uma ilusão que custa caro e gera o sofrimento de muitos fracassos inúteis" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 40.

4

"O traço fundamental da Modernidade é a fundação do ser humano como sujeito, enquanto este sujeito é o exercício da razão. Ao se construir e ao construir racionalmente a realidade, fundando as ciências, algo imemorial no ser humano foi confrontado: a sua memória mítica. A compreensão do ser humano a partir dos mitos foi considerada i-lógica, frente à concepção lógica (racional)" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro, (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 26.
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