Lógica

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"É necessário dizer que a primeira [[experiência]] natural da maneira que têm os [[homens]] de estar juntos capta a [[linguagem]] como um tornar manifesto, conversando, como um [[pensamento]] determinador e regulador. Linguagem - fala - pensamento: os três se identificam em algo único como o modo de ser do homem no que torna manifesto para si mesmo e para os outros o próprio [[mundo]] e a própria [[existência]], iluminando-os para ter uma visão dentro desta claridade, como introspectiva em si mesmo e perspectiva e circunspectiva em relação ao mundo. A lógica como [[ciência]] da fala investiga o falar no que ele é propriamente, quer dizer, em este seu manifestar. Para a lógica a fala é tema em relação a seu sentido fundamental: fazer ver o mundo e a existência humana, o existente em geral" (1).
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: "É necessário [[dizer]] que a primeira [[experiência]] natural da maneira que têm os [[homens]] de estar juntos capta a [[linguagem]] como um tornar manifesto, conversando, como um [[pensamento]] determinador e regulador. [[Linguagem]] - [[fala]] - [[pensamento]]: os três se identificam em algo único como o modo de [[ser]] do [[homem]] no que torna manifesto para si mesmo e para os [[outros]] o próprio [[mundo]] e a própria [[existência]], iluminando-os para ter uma [[visão]] dentro desta [[claridade]], como [[introspectiva]] em si mesmo e [[perspectiva]] e [[circunspectiva]] em [[relação]] ao [[mundo]]. A [[lógica]] como [[ciência]] da [[fala]] investiga o [[falar]] no que ele é propriamente, quer dizer, em este seu [[manifestar]]. Para a [[lógica]] a [[fala]] é [[tema]] em [[relação]] a seu [[sentido]] [[fundamental]]: fazer [[ver]] o [[mundo]] e a [[existência]] [[humana]], o existente em geral" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''Lógica, la pregunta pela verdad''. Madrid: Alianza Editorial, 2004, p. 15.
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''Lógica, la pregunta pela verdad''. Madrid: Alianza Editorial, 2004, p. 15. Trad. Manuel Antônio de Castro.
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:Nem sempre o lógico matemático é o lógico [[humano]]. Todos sabem que a menor distância entre dois pontos é a reta. Porém, a menor distância [[entre]] dois portos é a rota segura.  
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: Nem sempre o [[lógico]] [[matemático]] é o [[lógico]] [[humano]]. Todos sabem que a menor [[distância]] [[entre]] dois [[pontos]] [[é]] a reta. Porém, a menor [[distância]] [[entre]] dois portos é a rota segura.  
: - Manuel Antônio de Castro
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: - [[Manuel Antônio de Castro]].

Edição atual tal como 22h17min de 19 de Junho de 2020

1

"É necessário dizer que a primeira experiência natural da maneira que têm os homens de estar juntos capta a linguagem como um tornar manifesto, conversando, como um pensamento determinador e regulador. Linguagem - fala - pensamento: os três se identificam em algo único como o modo de ser do homem no que torna manifesto para si mesmo e para os outros o próprio mundo e a própria existência, iluminando-os para ter uma visão dentro desta claridade, como introspectiva em si mesmo e perspectiva e circunspectiva em relação ao mundo. A lógica como ciência da fala investiga o falar no que ele é propriamente, quer dizer, em este seu manifestar. Para a lógica a fala é tema em relação a seu sentido fundamental: fazer ver o mundo e a existência humana, o existente em geral" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Lógica, la pregunta pela verdad. Madrid: Alianza Editorial, 2004, p. 15. Trad. Manuel Antônio de Castro.

2

Nem sempre o lógico matemático é o lógico humano. Todos sabem que a menor distância entre dois pontos é a reta. Porém, a menor distância entre dois portos é a rota segura.


- Manuel Antônio de Castro

3

A questão do universal é a questão que não cessa de nos envolver. É nele que se coloca para nós finitos a questão permanente de pré-saber, saber e não-saber. Sem pré-saber ou pré-compreender não haveria a menor possibilidade de nos movermos no Universal. A Lógica é uma de suas facetas, aquela assegurada pela mathesis, mas ela não determina o Universal do pré-saber, somente já do saber, enquanto uma Lei, uma das facetas do saber inerente, claro, ao Universal, que sempre une a diversidade de todo Universal, pois ele é essencialmente Tempo. A Lógica não dá conta do Tempo.


- Manuel Antônio de Castro.