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De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. ''Metafísica''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
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:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. '''Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963'''. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal. Já faleceu.
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: "... devo [[compreender-me]] a mim [[mesmo]] como [[ente]], ou seja, deve dar-se uma [[identidade]] [[entre]] meu [[saber]] e meu [[ser]], pois nesta [[identidade]] eu tenho uma [[abertura]] ao [[ser ilimitado]] e total dentro do qual eu [[sou]] capaz de [[compreender]] também o [[outro]] como [[ente]], como [[algo]] que “[[é]]” " (1). Para ser mais preciso, no [[lugar]] de [[algo]] deveria [[dizer]]: [[alguém]], pois [[alguém]] diz uma [[pessoa]], um [[outro]] [[ser humano]], que se diferencia dos [[outros]] [[seres]] como, por exemplo: pedras, animais. Em [[verdade]], só o [[ser humano]] pode [[ser]] um [[próprio]].
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: "... devo [[compreender-me]] a mim [[mesmo]] como [[ente]], ou seja, deve dar-se uma [[identidade]] [[entre]] meu [[saber]] e meu [[ser]], pois nesta [[identidade]] eu tenho uma [[abertura]] ao [[ser ilimitado]] e total dentro do qual eu [[sou]] capaz de [[compreender]] também o [[outro]] como [[ente]], como [[algo]] que “[[é]]” " (1).  
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: Para ser mais preciso, no [[lugar]] de [[algo]] deveria [[dizer]]: [[alguém]], pois [[alguém]] diz uma [[pessoa]], um [[outro]] [[ser humano]], que se diferencia dos [[outros]] [[seres]] como, por exemplo: pedras, animais. Em [[verdade]], só o [[ser humano]] pode [[ser]] um [[próprio]].
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:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. ''Metafísica''. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
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:  (1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. '''Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963'''. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal. Já faleceu.
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: "[[Silêncio]] é [[concentração]] e [[recolhimento]] de todo o [[comportamento]], de maneira que este se atenha a si [[mesmo]] e, com isso, fique ligado em si e, sobretudo, exposto ao [[sendo]], com que se relaciona e comporta. ''[[Silêncio]] é a [[abertura]] concentrada para a pressão e afluência do [[sendo]] em sua [[totalidade]]" (1).
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: "[[Silêncio]] é [[concentração]] e [[recolhimento]] de todo o [[comportamento]], de maneira que este se atenha a si [[mesmo]] e, com isso, fique ligado em si e, sobretudo, exposto ao [[sendo]], com que se relaciona e comporta. [[Silêncio]] é a [[abertura]] concentrada para a pressão e afluência do [[sendo]] em sua [[totalidade]]" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''Ser e verdade''. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, p. 123.
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: (1) HEIDEGGER, Martin. '''Ser e verdade. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes''', p. 123.
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: "... a [[palavra]] não é uma cópia ou decalque das [[coisas]], mas justamente a [[elaboração]] que contém e retém em si a [[abertura]] [[recolhida]] e [[tudo]] que nela se oferece e patenteia" (1).
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: "...a [[palavra]] não é uma cópia ou decalque das [[coisas]], mas justamente a [[elaboração]] que contém e retém em si a [[abertura]] [[recolhida]] e [[tudo]] que nela se oferece e patenteia" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''Ser e verdade''. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, p. 123.
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: (1) HEIDEGGER, Martin. '''Ser e verdade. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes''', p. 123.
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: "Só podemos [[perguntar]] porque, [[ontologicamente]], já estamos [[abertos]] para o [[ser]], não sendo, portanto, consequência desta ou daquela [[circunstância]], [[conjuntura]] ou [[decisão]] [[histórica]] ou [[social]]. Tal [[abertura]] é o [[saber]] que [[liberta]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -------. '''Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011''', p. 193.

Edição atual tal como 21h55min de 14 de Abril de 2024

1

"O homem assim é um ente-presente-a-si-mesmo, ou seja, um espírito. Porém, se o homem compreende a si mesmo a partir do horizonte do ser ilimitado, significa que ele está aberto a este horizonte. E estando aberto a este horizonte o homem deve ser capaz igualmente de compreender os outros entes à luz do ser ilimitado" (1).
É esta abertura para o horizonte do ser que torna o ser humano propriamente humano, pois ele funda seu agir nesta abertura. E é esta abertura que o caracteriza como espírito. Desse modo toda obra de arte se funda na abertura do sentido do ser em que age o ser humano.


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal. Já faleceu.

2

"... devo compreender-me a mim mesmo como ente, ou seja, deve dar-se uma identidade entre meu saber e meu ser, pois nesta identidade eu tenho uma abertura ao ser ilimitado e total dentro do qual eu sou capaz de compreender também o outro como ente, como algo que “é” " (1).
Para ser mais preciso, no lugar de algo deveria dizer: alguém, pois alguém diz uma pessoa, um outro ser humano, que se diferencia dos outros seres como, por exemplo: pedras, animais. Em verdade, só o ser humano pode ser um próprio.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal. Já faleceu.

3

"Silêncio é concentração e recolhimento de todo o comportamento, de maneira que este se atenha a si mesmo e, com isso, fique ligado em si e, sobretudo, exposto ao sendo, com que se relaciona e comporta. Silêncio é a abertura concentrada para a pressão e afluência do sendo em sua totalidade" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Ser e verdade. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, p. 123.

4

"...a palavra não é uma cópia ou decalque das coisas, mas justamente a elaboração que contém e retém em si a abertura recolhida e tudo que nela se oferece e patenteia" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Ser e verdade. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, p. 123.

5

"Só podemos perguntar porque, ontologicamente, já estamos abertos para o ser, não sendo, portanto, consequência desta ou daquela circunstância, conjuntura ou decisão histórica ou social. Tal abertura é o saber que liberta" (1).


Referência bibliográfica:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 193.
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