Inteligência artificial

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 14h25min de 12 de Maio de 2018 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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O excepcional desenvolvimento tecnológico levou à "criação" da denominada inteligência artificial. Esta denominação é apropriada? Até onde há aí inteligência? E o termo "artificial" é apropriado? Eis algumas considerações, porque tudo se comprime no entendimento do alcance da palavra grega techne, hoje reduzida à técnica, mas que as realizações técnicas estão problematizando.
"A Escolástica medieval distinguiu no conhecimento humano entre ratio, razão e intellectus (intelecto). A ratio (razão) é o poder da discursividade do raciocínio que busca e investiga, que abstrai e argumenta, que define e conceitua. O intellectus (intelecto) é o simplex intuitus (simples intuição), a força de acolhimento que recebe o real em sua realidade. O conhecimento humano é a integração de ambos, tanto da ratio (razão) como do intellectus (intelecto)" (1).
Sem dúvida nenhuma hoje teríamos que diferenciar além de intelecto, razão e conhecimento, também conhecimento, intuição e emoção. O enigmático é que tudo isto era dito em grego pela palavra logos. Por isso Heráclito será o grande pensador do logos. E a referência do ser humano com o logos Platão a pensou como eidos. É que entre o ser humano e o ser (realidade), tradução latina da palavra grega (Physis) há um mediador, denominado por Platão, o maior pensador grego e de todos os tempos: Demiurgo. Não foi sem motivo que São João, Apóstolo, chama Cristo de logos, no início do seu Evangelho. De uma maneira ou de outra, as grandes culturas sempre falam de um mediador. Miticamente, os gregos tinham o deus Hermes.
Em vista disso, até onde a denominação atual de inteligência artificial é apropriada? A invenção de um sistema operacional não é ainda uma criação racional? Há de fato nele inteligência? Para compreender este meu questionamento, remeto para o filme Ela, de Spike Jonze, 2013.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Ócio e negócio". In: Revista Tempo Brasileiro - Caminhos do pensamento hoje: novas linguagens no limiar do terceiro milênio, 136, jan.-mar., 1999, p. 75.


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