Educar poético
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→2) |
||
Linha 14: | Linha 14: | ||
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. '''O educar poético'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 15. | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. '''O educar poético'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 15. | ||
+ | |||
+ | == 3 == | ||
+ | : "[[Educar]] originou-se no [[verbo]] [[latino]] '''ek-ducere'''. '''Ducere''' significa: [[conduzir]]; e o prefixo '''ek-''', significa: ''para fora'', em [[sentido]] [[ontológico]], que inclui tanto o [[espacial]] quanto o [[temporal]], dizendo mais. [[É]] o [[livre aberto]]. Assinala, portanto, um processo [[ontológico]] pelo qual cada [[ser humano]] é levado para além dos [[limites]], porque [[ontologicamente]] somos [[finitos]] e [[não-finitos]]. Cada um [[é]] e [[não-é]], mas não é o [[ser]]. Eis a nossa [[finitude]]. Por isso, o [[educar]] é a [[caminhada]] [[dialética]] pela qual somos lançados no [[livre aberto]] da tensão de [[limite]] e [[não-limite]] para que [[aconteça]] o [[libertar]]" (1). Todo [[verdadeiro]] [[educar]], como vemos, é [[necessariamente]] [[poético]]. | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : - [[Manuel Antônio de Castro]]. | ||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. '''O educar poético'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 16. |
Edição de 22h16min de 5 de Dezembro de 2020
1
- "Educar não é uma questão de escola e currículo. É uma questão de ser, de humanizar-se sendo o que recebeu para ser. O humano de todos os homens é inerente a todas as épocas, povos e suas culturas. Desde a eclosão do ser humano na vida, há educar porque ele diz respeito à eclosão de mundo, sendo indissociável da essência do ser humano e da verdade no acontecer da realidade. Educar diz respeito sempre, portanto, à realização poética do ser humano enquanto vigora na verdade do sentido do ser" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. O educar poético. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 15.
2
- "Originariamente, todo educar é mítico, posteriormente se desdobrou no lógico-racional. O educar poético é dialético, nada excluindo. A sua origem mítica fica bem clara na conhecida afirmação de que Homero educou a Grécia, pois ele, em suas obras poéticas, trata de mitos. E estes são conaturais a todos os povos e culturas. Dessa maneira, as formas originárias de educar são os ritos dos mitos, daí a força das narrativas hoje e sempre, porque estas dizem respeito à narrativa da caminhada entre vida e morte do ser humano, em seu sentido e mistério" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. O educar poético. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 15.
3
- "Educar originou-se no verbo latino ek-ducere. Ducere significa: conduzir; e o prefixo ek-, significa: para fora, em sentido ontológico, que inclui tanto o espacial quanto o temporal, dizendo mais. É o livre aberto. Assinala, portanto, um processo ontológico pelo qual cada ser humano é levado para além dos limites, porque ontologicamente somos finitos e não-finitos. Cada um é e não-é, mas não é o ser. Eis a nossa finitude. Por isso, o educar é a caminhada dialética pela qual somos lançados no livre aberto da tensão de limite e não-limite para que aconteça o libertar" (1). Todo verdadeiro educar, como vemos, é necessariamente poético.
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. O educar poético. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 16.