Educar poético

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(1)
(3)
 
(3 edições intermediárias não estão sendo exibidas.)
Linha 1: Linha 1:
== 1 ==
== 1 ==
-
: "[[Educar]] não é uma [[questão]] de [[escola]] e currículo. É uma [[questão]] de [[ser]], de [[humanizar-se]] sendo o que recebeu para [[ser]]. O [[humano]] de todos os [[homens]] é inerente a todas as [[épocas]], [[povos]] e suas [[culturas]]. Desde a eclosão do [[ser humano]] na [[vida]], há [[educar]] porque ele diz respeito à eclosão de [[mundo]], sendo indissociável da [[essência]] do [[ser humano]] e da [[verdade]] no [[acontecer]] da [[realidade]]. [[Educar]] diz respeito [[sempre]], portanto, à [[realização]] [[poética]] do [[ser humano]] enquanto vigora na [[verdade]] do [[sentido do ser]]" (1).
+
: "[[Educar]] não é uma [[questão]] de [[escola]] e currículo. É uma [[questão]] de [[ser]], de [[humanizar-se]] sendo o que recebeu para [[ser]]. O [[humano]] de [[todos]] os [[homens]] é inerente a [[todas]] as [[épocas]], [[povos]] e suas [[culturas]]. Desde a eclosão do [[ser humano]] na [[vida]], há [[educar]] porque ele diz respeito à eclosão de [[mundo]], sendo indissociável da [[essência]] do [[ser humano]] e da [[verdade]] no [[acontecer]] da [[realidade]]. [[Educar]] diz respeito [[sempre]], portanto, à [[realização]] [[poética]] do [[ser humano]] enquanto vigora na [[verdade]] do [[sentido do ser]]" (1).
: Referência:
: Referência:
-
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. '''O educar poético'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 15.
+
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Educar poético]]: [[diálogo]] e [[dialética]]". In: ..... e [[outros]]. '''O [[educar poético]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014''', p. 15.
== 2 ==
== 2 ==
Linha 13: Linha 13:
: Referência:
: Referência:
-
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. '''O educar poético'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 15.
+
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Educar poético]]: [[diálogo]] e [[dialética]]". In: ..... e [[outros]]. '''O [[educar poético]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014''', p. 15.
 +
 
 +
== 3 ==
 +
: "[[Educar]] originou-se no [[verbo]] [[latino]] '''ek-ducere'''. '''Ducere''' significa: [[conduzir]]; e o prefixo '''ek-''', significa: ''para fora'', em [[sentido]] [[ontológico]], que inclui tanto o [[espacial]] quanto o [[temporal]], dizendo mais. [[É]] o [[livre aberto]]. Assinala, portanto, um processo [[ontológico]] pelo qual cada [[ser humano]] é levado para além dos [[limites]], porque [[ontologicamente]] somos [[finitos]] e [[não-finitos]]. Cada um [[é]] e [[não-é]], mas não é o [[ser]]. Eis a nossa [[finitude]]. Por isso, o [[educar]] é a [[caminhada]] [[dialética]] pela qual somos lançados no [[livre aberto]] da tensão de [[limite]] e [[não-limite]] para que [[aconteça]] o [[libertar]]" (1). Todo [[verdadeiro]] [[educar]], como vemos, é [[necessariamente]] [[poético]].
 +
 
 +
 
 +
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
 +
 
 +
: Referência:
 +
 
 +
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "[[Educar poético]]: [[diálogo]] e [[dialética]]". In: ..... e [[outros]]. '''O [[educar poético]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014''', p. 16.

Edição atual tal como 19h01min de 29 de Setembro de 2024

1

"Educar não é uma questão de escola e currículo. É uma questão de ser, de humanizar-se sendo o que recebeu para ser. O humano de todos os homens é inerente a todas as épocas, povos e suas culturas. Desde a eclosão do ser humano na vida, há educar porque ele diz respeito à eclosão de mundo, sendo indissociável da essência do ser humano e da verdade no acontecer da realidade. Educar diz respeito sempre, portanto, à realização poética do ser humano enquanto vigora na verdade do sentido do ser" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. O educar poético. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 15.

2

"Originariamente, todo educar é mítico, posteriormente se desdobrou no lógico-racional. O educar poético é dialético, nada excluindo. A sua origem mítica fica bem clara na conhecida afirmação de que Homero educou a Grécia, pois ele, em suas obras poéticas, trata de mitos. E estes são conaturais a todos os povos e culturas. Dessa maneira, as formas originárias de educar são os ritos dos mitos, daí a força das narrativas hoje e sempre, porque estas dizem respeito à narrativa da caminhada entre vida e morte do ser humano, em seu sentido e mistério" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. O educar poético. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 15.

3

"Educar originou-se no verbo latino ek-ducere. Ducere significa: conduzir; e o prefixo ek-, significa: para fora, em sentido ontológico, que inclui tanto o espacial quanto o temporal, dizendo mais. É o livre aberto. Assinala, portanto, um processo ontológico pelo qual cada ser humano é levado para além dos limites, porque ontologicamente somos finitos e não-finitos. Cada um é e não-é, mas não é o ser. Eis a nossa finitude. Por isso, o educar é a caminhada dialética pela qual somos lançados no livre aberto da tensão de limite e não-limite para que aconteça o libertar" (1). Todo verdadeiro educar, como vemos, é necessariamente poético.


- Manuel Antônio de Castro.
Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Educar poético: diálogo e dialética". In: ..... e outros. O educar poético. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014, p. 16.
Ferramentas pessoais