Positivismo
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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| - | :O positivismo parte do positivo, do dado, do feito. O equívoco está em pensar que se pode partir do | + | : O [[positivismo]] parte do positivo, do dado, do feito. O equívoco está em [[pensar]] que se pode partir do positivo como o posto sem que haja um "pôr". Este é que deve ser o ponto de partida. Ora, o pôr e o posto têm como [[horizonte]] o quê? O fazer/[[agir]]. E aqui é que mora a [[questão]]. E [[morar]] é o termo preciso no sentido de necessário. Quem é o [[sujeito]] do [[agir]]? |
| - | :Depende da resposta, ou seja, do re-por a questão na [[resposta]], ou seja, posta depois do círculo feito, onde algo se manifestou. Mas o que se manifestou? Três vias: a) o [[homem]]; b) a ''[[phýsis]]''; c) | + | : Depende da [[resposta]], ou seja, do re-por a [[questão]] na [[resposta]], ou seja, posta depois do círculo feito, onde algo se manifestou. Mas o que se manifestou? Três [[vias]]: a) o [[homem]]; b) a ''[[phýsis]]''; c) a escuta da ''[[phýsis]]'', feita pelo [[homem]], em que acontece nele o [[agir]] da própria ''[[physis]]'', na qual o [[homem]] agindo chega a ser o que [[é]]: a [[consumação]] ou [[plenificação]] da ''[[phýsis]]'' que se destina como própria no [[próprio]] do [[homem]] como [[ser humano]]: a propriedade do que em si é o [[próprio]]: a ''[[phýsis]]''. É a [[obra]]/[[homem]], a [[plenitude]], onde o [[empenho]] é o [[penhor]] de todos os [[empenhos]], sendo o [[empenho]] a [[propriedade]] ([[humano]]) do [[penhor]] que é o [[próprio]]. Há então o ''Ereignis'': o [[acontecer]] apropriante. É neste [[horizonte]] que se pode observar o positivo. |
| - | :Quando o homem é o fundamento do agir só há empenhos sem realização do penhor nem do homem em sentido próprio. O homem se move no impróprio porque sua [[medida]] são as propriedades | + | : Quando o [[homem]] é o [[fundamento]] do [[agir]] só há [[empenhos]] sem [[realização]] do [[penhor]] nem do [[homem]] em [[sentido]] próprio. O [[homem]] se move no [[impróprio]] porque sua [[medida]] são as propriedades - expressas e medidas como [[conhecimentos]] - e não a [[medida]] como sendo o [[penhor]] cuja [[manifestação]]/''[[alétheia]]'' de descobrimento do encobrimento é o [[próprio]] e não simplesmente as [[propriedades]]. A [[alienação]] aí significa o [[outro]] em que as [[propriedades]] não são o [[próprio]] como [[propriedades]] do [[próprio]], ou seja, em que os [[empenhos]] não se empenham no e a partir do [[penhor]], mas em algo que não é o [[penhor]], porque não é o [[próprio]] (ambíguo, como [[ente]] de si e [[ente]] do [[ser]]). O [[positivismo]], enfim, se fundamenta apenas na [[epistemologia]], definida pelo [[saber]] [[racional]] [[moderno]], no e pelo qual a ''[[phýsis]]'' é esquecida. |
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Edição atual tal como 20h31min de 14 de fevereiro de 2025
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- O positivismo parte do positivo, do dado, do feito. O equívoco está em pensar que se pode partir do positivo como o posto sem que haja um "pôr". Este é que deve ser o ponto de partida. Ora, o pôr e o posto têm como horizonte o quê? O fazer/agir. E aqui é que mora a questão. E morar é o termo preciso no sentido de necessário. Quem é o sujeito do agir?
- Depende da resposta, ou seja, do re-por a questão na resposta, ou seja, posta depois do círculo feito, onde algo se manifestou. Mas o que se manifestou? Três vias: a) o homem; b) a phýsis; c) a escuta da phýsis, feita pelo homem, em que acontece nele o agir da própria physis, na qual o homem agindo chega a ser o que é: a consumação ou plenificação da phýsis que se destina como própria no próprio do homem como ser humano: a propriedade do que em si é o próprio: a phýsis. É a obra/homem, a plenitude, onde o empenho é o penhor de todos os empenhos, sendo o empenho a propriedade (humano) do penhor que é o próprio. Há então o Ereignis: o acontecer apropriante. É neste horizonte que se pode observar o positivo.
- Quando o homem é o fundamento do agir só há empenhos sem realização do penhor nem do homem em sentido próprio. O homem se move no impróprio porque sua medida são as propriedades - expressas e medidas como conhecimentos - e não a medida como sendo o penhor cuja manifestação/alétheia de descobrimento do encobrimento é o próprio e não simplesmente as propriedades. A alienação aí significa o outro em que as propriedades não são o próprio como propriedades do próprio, ou seja, em que os empenhos não se empenham no e a partir do penhor, mas em algo que não é o penhor, porque não é o próprio (ambíguo, como ente de si e ente do ser). O positivismo, enfim, se fundamenta apenas na epistemologia, definida pelo saber racional moderno, no e pelo qual a phýsis é esquecida.
