Substantivo
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. " | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Ser]] e [[estar]]". In:------. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 25.''' |
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: "Quando digo o [[sendo]] [[substantivo]]. Quando digo o [[sendo]] sendo, verbalizo, porque no [[sendo]] [[sendo]], este só pode estar sendo porque originariamente é [[verbo]], [[possibilidade]] de e para [[possibilidade]]. [[Verbo]] [[é]] o [[agir]] do [[possível]]. O [[sendo]] [[substantivo]] [[é]] o [[sendo]] no [[limite]]. O [[sendo]] [[sendo]], [[verbal]], [[é]] o [[sendo]] deixando [[vigorar]] o [[não-limite]], [[sendo]] o [[não-ser]] que desde sempre já é enquanto [[possibilidade]] de e para [[possibilidade]] (1). | : "Quando digo o [[sendo]] [[substantivo]]. Quando digo o [[sendo]] sendo, verbalizo, porque no [[sendo]] [[sendo]], este só pode estar sendo porque originariamente é [[verbo]], [[possibilidade]] de e para [[possibilidade]]. [[Verbo]] [[é]] o [[agir]] do [[possível]]. O [[sendo]] [[substantivo]] [[é]] o [[sendo]] no [[limite]]. O [[sendo]] [[sendo]], [[verbal]], [[é]] o [[sendo]] deixando [[vigorar]] o [[não-limite]], [[sendo]] o [[não-ser]] que desde sempre já é enquanto [[possibilidade]] de e para [[possibilidade]] (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Amar]] e [[ser]]". In: -----. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 309.''' | ||
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+ | : ''[[Ousía]]'' (οὐσία, pronúncia moderna "ussía") é um [[substantivo]] da [[língua]] [[grega]] formado a partir do [[feminino]] do [[particípio]] [[presente]] do [[verbo]] [[ser]], ''esse'' em latim e ''εἶναι'', ''[[einai]]'', em grego. Esta [[palavra]] é, por vezes, [[traduzida]] para [[português]] como [[substância]] ou [[essência]], simples [[traduções]] da ''[[ousia]]'' [[grega]] para o latim como [[substantia]] ou [[essentia]]. De [[substância]] se formou a importante [[palavra]] em [[português]]: [[substantivo]]. Devido à sua [[origem]] [[filosófica]], [[substância]] é muito utilizada em [[Filosofia]] e em [[Teologia]]. Note-se logo que as [[palavras]] [[substância]] e [[substantivo]] têm originalmente um caráter [[verbal]], o que já não ocorre no uso que delas faz a [[gramática]] e muitas vezes a [[filosofia]] e a [[teologia]], onde se perde completamente o [[sentido]] [[verbal]]. | ||
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+ | : "O [[substantivo]] diz respeito sempre ao [[ente]], seja como tal, seja em sua [[essência]]. Por isso, gramaticalmente, tudo é substantivável, mas nem tudo é redutível a um [[ente]]. Eis a primeira contradição da nomenclatura gramatical. Dizemos: a [[claridade]], o [[mundo]], o ''[[Logos]]'', a [[ideia]] etc. Porém, estes e outros "[[substantivos]]" não são e jamais serão [[entes]]. O mesmo acontece com [[humano]] e com [[dialética]]. Por quê? O [[substantivo]], sendo [[conceito]], não terá implicitamente a pretensão de substituir o [[acontecer]] da [[realidade]]" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Dialética]] e [[diálogo]]: A [[verdade]] do [[humano]]". In: Revista Tempo Brasileiro, 192, [[Dialética]] em [[questão]] I. Rio de Janeiro, jan.- mar., 2013, p. 9.''' |
Edição atual tal como 19h36min de 31 de março de 2025
1
- "A palavra sub-stantivo forma-se do prefixo sub-, o que fundamenta aquilo que ocupa uma posição e por isso está. O que está provém do stare, de onde se forma – -stantivo. Substantivo diz o que está a partir de um fundamento" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 25.
2
- "Quando digo o sendo substantivo. Quando digo o sendo sendo, verbalizo, porque no sendo sendo, este só pode estar sendo porque originariamente é verbo, possibilidade de e para possibilidade. Verbo é o agir do possível. O sendo substantivo é o sendo no limite. O sendo sendo, verbal, é o sendo deixando vigorar o não-limite, sendo o não-ser que desde sempre já é enquanto possibilidade de e para possibilidade (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 309.
3
- Ousía (οὐσία, pronúncia moderna "ussía") é um substantivo da língua grega formado a partir do feminino do particípio presente do verbo ser, esse em latim e εἶναι, einai, em grego. Esta palavra é, por vezes, traduzida para português como substância ou essência, simples traduções da ousia grega para o latim como substantia ou essentia. De substância se formou a importante palavra em português: substantivo. Devido à sua origem filosófica, substância é muito utilizada em Filosofia e em Teologia. Note-se logo que as palavras substância e substantivo têm originalmente um caráter verbal, o que já não ocorre no uso que delas faz a gramática e muitas vezes a filosofia e a teologia, onde se perde completamente o sentido verbal.
4
- "O substantivo diz respeito sempre ao ente, seja como tal, seja em sua essência. Por isso, gramaticalmente, tudo é substantivável, mas nem tudo é redutível a um ente. Eis a primeira contradição da nomenclatura gramatical. Dizemos: a claridade, o mundo, o Logos, a ideia etc. Porém, estes e outros "substantivos" não são e jamais serão entes. O mesmo acontece com humano e com dialética. Por quê? O substantivo, sendo conceito, não terá implicitamente a pretensão de substituir o acontecer da realidade" (1).
- Referência: