Hegel

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Tabela de conteúdo

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"Hegel tem três descendências: a descendência da direita, a descendência da esquerda e a descendência poética. Esta foi, sobretudo, deslocada para a Itália. São os neo-hegelianos italianos" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Dialética: entre o fechado e o aberto". Revista Tempo Brasileiro: Dialética em questão II. Editora Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, jul.-set., 2013, 194, p. 9.

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"A diferença de Hegel quanto ao pensamento de Heidegger é uma diferença sutil. Para Hegel, o processo dialético tanto na História quanto no sujeito (tanto no espírito subjetivo quanto no espírito objetivo) constitui uma dialética trancada. Ela entra e alcança a sua plenitude. E então só pode se dar a repetição do mesmo processo. Ela começa a se desfazer da sua riqueza para voltar novamente a se fazer. É um ciclo trancado. Para Heidegger, a dialética é sempre aberta. Nós não sabemos o mistério que estabelece a possibilidade de andamento do ritmo dialético e ele nunca termina. Está sempre em aberto. É o que nos diz o verbo latino hiare, abrir-se, de onde vem hiatos, hiato, hiância, em português. Para Heidegger, o movimento em qualquer nível que seja: no real, na natureza, na vida, na consciência, na cultura, na história, é sempre aberto. Nunca se tranca. Nunca termina" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Dialética: entre o fechado e o aberto". Revista Tempo Brasileiro: Dialética em questão II. Editora Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, jul.-set., 2013, 194, p. 8.

3

"Como conclusão, podemos dizer que para Hegel – para quem “através de todas as épocas não há senão uma única filosofia” – a história da filosofia é a própria filosofia em evolução. E esta filosofia única é o Espírito absoluto que se torna sempre mais consciente de si mesmo através de sua evolução" (1).


Referência:
HUMMES ofm, Cardeal Dom Cláudio. História da Filosofia. Curso dado em 1963, em Daltro Filho, hoje cidade de Imigrantes, RS. Anotações distribuídas em sala de aula.

4

"A crítica de Kant se dirigia ao mundo objetivo para reivindicar os direitos do sujeito; a crítica de Hegel (que por sua vez sucumbiu) e de Marx, pelo contrário, se dirigem ao mundo subjetivo, para reivindicar os direitos do objeto, da matéria, da natureza, contra o dogmatismo alienador do subjetivismo" (1).


Referência:
(1) HUMMES ofm, Dom Cláudio (Hoje Cardeal). "Os hegelianos de esquerda". In: ----. História da Filosofia.
Curso proferido em 1964 em Daltro Filho, (hoje cidade Imigrantes), RS, em 1964.

5

"Todavia, a subjetividade do homem, embora apenas parcialmente tomada, i.é apenas como sujeito pensante, e embora de novo alienada numa Subjetividade suprema e única, havia sido por demais exaltada para não ressuscitar da sua alienação. E isto irá acontecer imediatamente depois de Hegel – que foi o ponto final da filosofia moderna – com a crítica acerba ao sistema hegeliano, feita pelos existencialistas (a começar por Kierkegaard), precisamente com a acusação de que, em Hegel, chegou ao seu auge uma filosofia do sujeito, mas em quem o homem concreto, este sujeito concreto, acabou se perdendo na identidade absoluta do sujeito infinito. No sistema hegeliano, o homem concreto e individual não tinha mais sentido como tal" (1).


Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois tornou-se Bispo e hoje é Cardeal.
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