Procura

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Quão difícil é pactuar com os mistérios do [[amor]], já que amar exige sempre uma procura. Só que a procura do amor não significa a [[esperança]] do encontro nas vicissitudes do [[caminho]], mas sim a esperança de alcançar a matéria viva da própria [[realidade]]. Tudo o que nos vem ao [[encontro]] permanece ainda a ser encontrado..." (1).
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: "A [[medida]] do [[entre]] tanto é a [[vida]] quanto é a [[morte]]. Na medida está o [[sentido]], no [[sentido]] está a [[medida]]. Toda procura, no fundo, é sempre a procura do [[sentir]] do [[sentido]]. É justamente isso que denomino aqui experienciação e não (jamais!) [[experiência]]. Toda procura advém sempre enquanto experienciação. Todo [[conceito]] advém sempre enquanto [[experiência]]. É por isso que posso dizer que “Fulano é experiente no fazer artefatos de madeira, de barro, em dar aula etc”. Todavia, jamais posso dizer que alguém é experiente na [[experienciação]] de morrer. Das [[experiências]] surge um [[aprendizado]], passível de ser ensinado, porque é um [[saber]] baseado em [[conceitos]], por exemplo, um carpinteiro que ensina o aprendiz a [[fazer]] móveis. Das [[experienciações]] surge uma [[aprendizagem]], algo absolutamente pessoal e impossível de ser ensinado, porque não é redutível aos [[conceitos]]. A [[aprendizagem]] é experienciação das [[questões]]" (1).
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: (1) FILÍPPOVNA, Verônica.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 215.

Edição de 21h10min de 28 de Abril de 2017

1

"As procuras são regidas ao mesmo tempo pelas possibilidades, isto é, pela cura, e pelo tempo, pois toda procura se dá no e enquanto tempo. O tempo nunca é exterior nem interior a nós. Somos tempo. Que tempo? O tempo que já vigora na cura. A cura do tempo e o tempo da cura são nossas possibilidades. O humano de todo ser humano é a cura. O que compreender por cura? (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 232.


2

"Entendemos que retorno não significa volta a um contexto anterior, mas viagem rumo à interioridade que o homem faz ao se escutar: pro-cura" (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. "Homem: corpo insólito". In: GARCÍA, Flavio; PINTO, Marcello de Oliveira; MICHELLI, Regina (orgs.). O insólito e seu duplo – Anais do VI Painel Reflexões sobre o Insólito na narrativa ficcional/ I Encontro Regional Insólito como Questão na Narrativa Ficcional. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2010, p. 139.


Ver também:

7

"A medida do entre tanto é a vida quanto é a morte. Na medida está o sentido, no sentido está a medida. Toda procura, no fundo, é sempre a procura do sentir do sentido. É justamente isso que denomino aqui experienciação e não (jamais!) experiência. Toda procura advém sempre enquanto experienciação. Todo conceito advém sempre enquanto experiência. É por isso que posso dizer que “Fulano é experiente no fazer artefatos de madeira, de barro, em dar aula etc”. Todavia, jamais posso dizer que alguém é experiente na experienciação de morrer. Das experiências surge um aprendizado, passível de ser ensinado, porque é um saber baseado em conceitos, por exemplo, um carpinteiro que ensina o aprendiz a fazer móveis. Das experienciações surge uma aprendizagem, algo absolutamente pessoal e impossível de ser ensinado, porque não é redutível aos conceitos. A aprendizagem é experienciação das questões" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 215.
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