Distância
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 20h42min de 30 de Julho de 2019 por Profmanuel (Discussão | contribs)
Tabela de conteúdo |
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- "Jamais a proximidade será a realização de todas as possibilidades. Nunca haverá uma anulação da distância nem uma plenitude total na proximidade, simplesmente porque é impossível tanto a distância total quanto a proximidade total" (1). Daí surge a angústia e a ansiedade.
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, 307.
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- Distância e proximidade se fundam no paradoxo do entre. É que toda diferença se dá num entre. Na relação do leitor com a obra, essa proximidade e distância é concreta. Então devemos afirmar a distinção fundamental pela qual a primeira condição para haver o diálogo é que haja em primeiro lugar o autodiálogo e a auto-escuta. Se ainda não sei o que sou, mas procuro, daí a proximidade, como saber o que sou e não sou em relação ao outro?, daí a distância. A condição para eu apreender e escutar o outro é eu me procurar e escutar continuamente, no estar sendo o que sou: proximidade e distância.
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- "O vigorar da inclusão é que faz a proximidade e distância tornarem-se sempre presentes no amar e não parecer no aparecer. É o dar-se da união amorosa. Só há aparência do aparecer quando há o esquecimento do sentido do ser, porque o aparecer se move no plano dos entes. E estes nunca podem fundar ser, porque só este é vigorar, acontecer. Amar é acontecer" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 308.
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- "Jamais a proximidade será a realização de todas as possibilidades. Nunca haverá uma anulação da distância nem uma plenitude total na proximidade, simplesmente porque é impossível tanto a distância total quanto a proximidade total" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 307.
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- "Com a linguagem, dá-se algo muito estranho: ela faz lembrar o começo precisamente quando apresenta uma diferença, um desdobramento do começo. A palavra só pode ser referência a uma coisa porque traz para a proximidade as coisas, lembrando, ao mesmo tempo, que elas continuam sendo distantes. Como o dia não consegue apagar a noite, a palavra e todo o seu mundo de aproximações não consegue apagar as distâncias, os limites a partir dos quais ela se pronuncia. E é até por isso que toda palavra pede explicações, de que nenhuma palavra consegue ser final. Uma palavra só poderia ser final se conseguisse apagar todo vestígio de distanciamento, de limite, de infinição. Uma palavra só poderia ser final se o dia fosse eterno e apagasse para sempre a noite" (1).
- Referência:
- (1) SCHUBACK, Márcia Sá Cavalcante. "Para que língua se traduz o Ocidente?". In: O que nos faz pensar. Homenagem a Martin Heidegger. Rio de Janeiro: Cadernos do Departamento de Filosofia da PUC-RIO, nº 10, out. 1996, v. I, p. 62.
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- "Não é possível haver medição sem dois pontos distantes entre si. Essa distância (dia-stare, o entre-estar) diz respeito à totalidade do Universo, que é infinita e é inimaginável, segundo a Física Clássica. É o Todo. Já na Física Quântica a distância é a fronteira entre a extensão e o vazio, isto é, o Nada" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 278.