Chi

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(1)
(2)
Linha 6: Linha 6:
== 2 ==
== 2 ==
-
: "''Energia ancestral''. Esta é a que recebemos ao sermos concebidos e provém de nossos [[pais]], que a receberam de seus [[pais]] e assim [[sucessivamente]], ou seja, temos uma [[ligação]] [[profunda]] e [[originária]] com a [[família]]. Ela é [[memória]] [[imemorial]]. Os [[gregos]] denominavam a [[unidade]] e [[origem]] das [[famílias]] e das [[pessoas]]: ''[[genos]]''. Este ''[[genos]]'' (de onde se forma a [[palavra]] [[genética]]) passa, como [[energia]], a [[ser]] [[tudo]], a própria [[energia]] [[Qi]]. É ela também que faz com que cada um tenha um [[próprio]], aquilo que cada um [[é]], sua [[identidade]] e [[essência]]. Em si, a [[energia]] [[Qi]] é [[infinita]] e inesgotável. Contudo, aquela que cada um recebe do ''[[genos]]'' e [[pais]] é [[finita]], [[originando]] a [[morte]]. E então se coloca a [[questão]] da [[relação]] [[essencial]] [[entre]] [[infinito]] e [[finito]] para nós" (1).
+
: "''Energia ancestral''. Esta é a que recebemos ao sermos concebidos e provém de nossos [[pais]], que a receberam de seus [[pais]] e assim sucessivamente, ou seja, temos uma [[ligação]] [[profunda]] e [[originária]] com a [[família]]. Ela é [[memória]] [[imemorial]]. Os [[gregos]] denominavam a [[unidade]] e [[origem]] das [[famílias]] e das [[pessoas]]: ''[[genos]]''. Este ''[[genos]]'' (de onde se forma a [[palavra]] [[genética]]) passa, como [[energia]], a [[ser]] [[tudo]], a própria [[energia]] [[Qi]]. É ela também que faz com que cada um tenha um [[próprio]], aquilo que cada um [[é]], sua [[identidade]] e [[essência]]. Em si, a [[energia]] [[Qi]] é [[infinita]] e inesgotável. Contudo, aquela que cada um recebe do ''[[genos]]'' e [[pais]] é [[finita]], [[originando]] a [[morte]]. E então se coloca a [[questão]] da [[relação]] [[essencial]] [[entre]] [[infinito]] e [[finito]] para nós" (1).
: Referência:
: Referência:
-
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Filosofia e o pensamento do corpo". In: ''Desdobramentos do corpo no século XXI''. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.
+
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' [[Filosofia]] e o [[pensamento]] do [[corpo]]. In: [[Desdobramentos]] do [[corpo]] no [[século]] XXI. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.'''

Edição de 14h48min de 19 de janeiro de 2025

1

A filosofia chinesa parte de um princípio que a tudo origina: Qi (grafado também como: Ki, Chi). De maneira muito especial se manifesta nos seres vivos, especialmente no ser humano, no qual se faz presente de maneira muito complexa. Enfim, tudo é Qi. É no horizonte do vigorar deste princípio que se pensa o corpo no pensamento chinês. Ele é composto de outros dois princípios, opostos, mas não dicotômicos nem excludentes, pois sempre convergentes e divergentes, pelos quais acontece toda diferenciação, na procura (tao) inesgotável da harmonia: Yin e Yan (também se grafa Ying e Yang). As traduções mais correntes são: luz e escuridão; masculino e feminino. É impossível a existência de um sem o outro. De algum modo, cada ser, cada ser humano é partícipe de ambos, embora em cada ser um ou outro predomine.


- Manuel Antônio de Castro

2

"Energia ancestral. Esta é a que recebemos ao sermos concebidos e provém de nossos pais, que a receberam de seus pais e assim sucessivamente, ou seja, temos uma ligação profunda e originária com a família. Ela é memória imemorial. Os gregos denominavam a unidade e origem das famílias e das pessoas: genos. Este genos (de onde se forma a palavra genética) passa, como energia, a ser tudo, a própria energia Qi. É ela também que faz com que cada um tenha um próprio, aquilo que cada um é, sua identidade e essência. Em si, a energia Qi é infinita e inesgotável. Contudo, aquela que cada um recebe do genos e pais é finita, originando a morte. E então se coloca a questão da relação essencial entre infinito e finito para nós" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Filosofia e o pensamento do corpo. In: Desdobramentos do corpo no século XXI. MONTEIRO, Maria Conceição & GIUCCI, Guilhermo (orgs.). Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2016, p. 23.
Ferramentas pessoais