Nós
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : "[[Nós]] só somos o que somos no âmbito, densidade e [[dimensão]] das [[questões]]. Mas há uma [[aprendizagem]] – não há outro [[método]] senão os [[caminhos]] de [[Hermes]]. A [[aprendizagem]] de [[Hermes]] é a [[experienciação]] do [[verbo]]. Pois [[Hermes]], em sua [[etimologia]], significa [[verbo]]. E [[verbo]] é [[ação]]. É importante guardar que o [[agir]] do [[verbo]], que é a ''[[physis]]'', o [[ser]], o [[real]] se manifestando, os [[gregos]] chamaram ''[[poiesis]]''. Mas em que consiste a [[essência]] e [[sentido]] do [[agir]] do [[real]], da ''[[physis]]''? Todos sabemos que [[Hermes]] é o [[mensageiro]] dos [[deuses]]. A [[nós]], [[mortais]], cabe [[escutar]] a sua [[voz]] ou a [[voz]] de '' | + | : "[[Nós]] só somos o que somos no âmbito, densidade e [[dimensão]] das [[questões]]. Mas há uma [[aprendizagem]] – não há outro [[método]] senão os [[caminhos]] de [[Hermes]]. A [[aprendizagem]] de [[Hermes]] é a [[experienciação]] do [[verbo]]. Pois [[Hermes]], em sua [[etimologia]], significa [[verbo]]. E [[verbo]] é [[ação]]. É importante guardar que o [[agir]] do [[verbo]], que é a ''[[physis]]'', o [[ser]], o [[real]] se manifestando, os [[gregos]] chamaram ''[[poiesis]]''. Mas em que consiste a [[essência]] e [[sentido]] do [[agir]] do [[real]], da ''[[physis]]''? Todos sabemos que [[Hermes]] é o [[mensageiro]] dos [[deuses]]. A [[nós]], [[mortais]], cabe [[escutar]] a sua [[voz]] ou a [[voz]] de ''Mmemosine'' através das [[Musas]]. É neste [[sentido]] que proponho as [[questões]] da [[arte]] na [[obra]] de [[Heidegger]]. Outras [[escutas]] podem achar outros [[caminhos]]. Eles serão [[sempre]] bem-vindos" (1). |
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' [[Heidegger]] e as [[questões]] da [[arte]]. In: Manuel Antônio de Castro, (org.). [[Arte]] em [[questão]]]: as [[questões]] da [[arte]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 29.''' |
Edição atual tal como 22h12min de 9 de Maio de 2025
1
- "O mundo enquanto rede é uma sintaxe constituída de linhas e nós. A comunicação pressupõe os dois e é impossível pensar as linhas sem os nós. O funcionamento da rede se dá em duas dimensões: 1ª. A inter-conexão; 2ª. os inter-conectados. A linha por si e como tal ainda não se constitui como linha, assim como o inter-conectado não é também em si e por si. O “lugar” da linha e dos inter-conectados, dos nós (Entre-ser) só aparece a partir de algo que já vimos: o diá-logo (entre-ser enquanto ser-com). “Lugar” é mundo enquanto diálogo" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o entre". Revista Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, 164, jan.-mar., 2006, p. 32.'
2
- "Tanto os nós como as ligações precisam do “entre” enquanto identidade das diferenças. Uma tal faceta do “entre” aparece bem claramente na imagem-questão: rede. Uma tal faceta é o vazio, o silêncio. A rede sem o vazio/silêncio não se pode constituir como rede, ou seja, como “fios” e “nós”. A rede é uma doação do vazio e do silêncio. O vazio é o não-limite do silêncio e seu sentido. A língua enquanto código é a rede enquanto fios e nós. Mas assim como a rede precisa do vazio/silêncio, a língua precisa da linguagem. Por isso, a linguagem é a mãe de todas as línguas, assim como o vazio é a origem de todas as redes, de todos os códigos. E o silêncio é a origem de todas as falas e escutas, enquanto energia de sentido, verdade e mundo" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o entre". Revista Tempo Brasileiro: Rio de Janeiro: Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, 164, jan.-mar., 2006, p. 33.
3
- "Nós só somos o que somos no âmbito, densidade e dimensão das questões. Mas há uma aprendizagem – não há outro método senão os caminhos de Hermes. A aprendizagem de Hermes é a experienciação do verbo. Pois Hermes, em sua etimologia, significa verbo. E verbo é ação. É importante guardar que o agir do verbo, que é a physis, o ser, o real se manifestando, os gregos chamaram poiesis. Mas em que consiste a essência e sentido do agir do real, da physis? Todos sabemos que Hermes é o mensageiro dos deuses. A nós, mortais, cabe escutar a sua voz ou a voz de Mmemosine através das Musas. É neste sentido que proponho as questões da arte na obra de Heidegger. Outras escutas podem achar outros caminhos. Eles serão sempre bem-vindos" (1).
- Referência: