Instinto

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(1)
(2)
 
(5 edições intermediárias não estão sendo exibidas.)
Linha 1: Linha 1:
== 1 ==
== 1 ==
-
: "Mas, sem dúvida, se não podemos falar em [[sensação]] pura, também, em se tratando do [[ser humano]], é impossível ficar preso a uma [[razão]] pura. Por isso, melhor do que falar em [[instinto]], seja melhor dimensioná-lo pelo [[mito]] de [[Cura]], conjugando a sua [[origem]], tanto em ''[[Eros]]'', quanto em ''[[Cura]]'', fazendo desta uma [[dimensão]] do próprio ''[[Eros]]'', pois, em última [[instância]], as ''[[libidos]]'' são sempre uma [[procura]], inerente ao [[próprio]] do [[ser humano]], enquanto dimensionada por ''[[Eros]]''" (1).
+
: "Mas, sem dúvida, se não podemos [[falar]] em [[sensação]] pura, também, em se tratando do [[ser humano]], é [[impossível]] ficar preso a uma [[razão]] pura. Por isso, [[melhor]] do que [[falar]] em [[instinto]], seja [[melhor]] dimensioná-lo pelo [[mito]] de [[Cura]], conjugando a sua [[origem]], tanto em ''[[Eros]]'', quanto em ''[[Cura]]'', fazendo desta uma [[dimensão]] do [[próprio]] ''[[Eros]]'', pois, em última [[instância]], as ''[[libidos]]'' são [[sempre]] uma [[procura]], inerente ao [[próprio]] do [[ser humano]], enquanto dimensionada por ''[[Eros]]''" (1).
: Referência:
: Referência:
-
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: '''Eros, tecnologia, transumanismo'''. MONTEIRO, Maria Conceição e Outros (org.). Rio de Janeiro: Caetés, 2015, p. 47.
+
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Eros]], o [[humano]] e os [[humanismos]]". In: [[Eros]], [[tecnologia]], transumanismo. MONTEIRO, Maria Conceição e Outros (org.). Rio de Janeiro: Caetés, 2015, p. 47.'''
== 2 ==
== 2 ==
-
: "O [[arquétipo]] é, na [[realidade]], uma ''tendência'' instintiva, tão marcada como o impulso das aves para [[fazer]] seu ninho ou o das formigas para se organizarem em colônias.
+
: "O [[arquétipo]] é, na [[realidade]], uma ''tendência'' instintiva, tão marcada como o [[impulso]] das aves para [[fazer]] seu ninho ou o das formigas para se organizarem em colônias.
-
: É preciso que eu esclareça, aqui, a [[relação]] [[entre]] [[instinto]] e [[arquétipo]]. Chamamos [[instinto]] aos [[impulsos]] fisiológicos percebidos pelos [[sentidos]]. Mas, ao mesmo tempo, estes [[instintos]] podem também manifestar-se como [[fantasias]] e [[revelar]], muitas vezes, a sua [[presença]] através de [[imagens]] [[simbólicas]]. São a estas [[manifestações]] que chamo [[arquétipos]]. A sua [[origem]] não é conhecida; e eles se repetem em qualquer [[época]] e em qualquer [[lugar]] do [[mundo]] - mesmo onde não é possível [[explicar]] a sua [[transmissão]] por descendência direta ou por "fecundações cruzadas" resultantes da migração" (1).
+
: É preciso que [[eu]] esclareça, aqui, a [[relação]] [[entre]] [[instinto]] e [[arquétipo]]. Chamamos [[instinto]] aos [[impulsos]] fisiológicos percebidos pelos [[sentidos]]. Mas, ao mesmo tempo, estes [[instintos]] podem também manifestar-se como [[fantasias]] e [[revelar]], muitas vezes, a sua [[presença]] através de [[imagens]] [[simbólicas]]. São a estas [[manifestações]] que chamo [[arquétipos]]. A sua [[origem]] não é conhecida; e eles se repetem em qualquer [[época]] e em qualquer [[lugar]] do [[mundo]] - mesmo onde não é possível [[explicar]] a sua transmissão por descendência direta ou por "fecundações cruzadas" resultantes da migração" (1).
: Referência:
: Referência:
-
: (1) JUNG, Carl G. "Chegando ao inconsciente". In: JUNG, Carl G e Outros. ''O homem e seus símbolos''. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, Tradução Maria Lúcia Pinho, s/d, p. 69.
+
: (1) JUNG, Carl G.''' "Chegando ao inconsciente". In: JUNG, Carl G e Outros. O [[homem]] e seus [[símbolos]]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, Tradução Maria Lúcia Pinho, s/d, p. 69.'''

Edição atual tal como 19h00min de 8 de janeiro de 2025

1

"Mas, sem dúvida, se não podemos falar em sensação pura, também, em se tratando do ser humano, é impossível ficar preso a uma razão pura. Por isso, melhor do que falar em instinto, seja melhor dimensioná-lo pelo mito de Cura, conjugando a sua origem, tanto em Eros, quanto em Cura, fazendo desta uma dimensão do próprio Eros, pois, em última instância, as libidos são sempre uma procura, inerente ao próprio do ser humano, enquanto dimensionada por Eros" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: Eros, tecnologia, transumanismo. MONTEIRO, Maria Conceição e Outros (org.). Rio de Janeiro: Caetés, 2015, p. 47.

2

"O arquétipo é, na realidade, uma tendência instintiva, tão marcada como o impulso das aves para fazer seu ninho ou o das formigas para se organizarem em colônias.
É preciso que eu esclareça, aqui, a relação entre instinto e arquétipo. Chamamos instinto aos impulsos fisiológicos percebidos pelos sentidos. Mas, ao mesmo tempo, estes instintos podem também manifestar-se como fantasias e revelar, muitas vezes, a sua presença através de imagens simbólicas. São a estas manifestações que chamo arquétipos. A sua origem não é conhecida; e eles se repetem em qualquer época e em qualquer lugar do mundo - mesmo onde não é possível explicar a sua transmissão por descendência direta ou por "fecundações cruzadas" resultantes da migração" (1).


Referência:
(1) JUNG, Carl G. "Chegando ao inconsciente". In: JUNG, Carl G e Outros. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, Tradução Maria Lúcia Pinho, s/d, p. 69.
Ferramentas pessoais